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DINÂMICA

DE

INTERVENÇÃO

Centro Universitário Mauricio de Nassau


Alunos:Maycom Sidney pereira Bernardo-16019316
Graziele da Gama Dantas Santos-16021412
Saúde Mental
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um
estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias
habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a
sua comunidade. A saúde mental implica muito mais que a ausência de
doenças mentais.
Para a OMS, a saúde mental é parte do que sustenta as capacidades
individuais e coletivas das pessoas para tomar decisões, estabelecer relações
e moldar o mundo. Em suma, “a saúde mental é um direito humano
fundamental. É um elemento essencial para o desenvolvimento pessoal,
comunitário e socioeconômico”, afirma a organização.
As condições que alteram a saúde mental incluem transtornos e deficiências
psicossociais, bem como outros estados mentais associados a um alto grau de
sofrimento, incapacidade funcional ou risco de comportamento auto lesivo,
completa a OMS.

O que determina a saúde mental


Cada pessoa vivencia a saúde mental de uma maneira diferente. Existem
muitos fatores individuais, sociais e estruturais que a influenciam, tais como os
psicológicos e biológicos individuais; as habilidades emocionais; o abuso de
substâncias; e a genética todos eles podem tornar as pessoas mais vulneráveis
a certas condições de saúde mental.

Os riscos de sofrer com doenças ligadas ao estado da saúde mental podem se


manifestar em qualquer fase da vida. Mas aqueles que acontecem na primeira
infância são particularmente prejudiciais à saúde da mente, alerta a OMS.

Em contrapartida, os fatores de proteção aumentam a resiliência e também


ocorrem ao longo da vida. “Isso inclui habilidades e atributos sociais e
emocionais individuais, bem como interações sociais positivas, educação de
qualidade, trabalho decente, bairros seguros e coesão social, entre outros”,
define o órgão.
Determinantes em Saúde Mental

A saúde mental é determinada por fatores biológicos,


psicológicos, sociais, econômicos e ambientais que
interagem de formas complexas, sendo assim, identificar
relações de causalidade únicas não é algo fácil.
Diversos fatores relacionados à saúde mental e ao bem-
estar das pessoas já estão descritos na literatura. Veja
abaixo alguns deles.
Fatores genéticos
Alguns genes podem induzir alterações químicas no cérebro e influenciar
nossos comportamentos, a maneira como vivenciamos algumas emoções,
além da expressão de algumas doenças psiquiátricas. um exemplo disso são
as emoções positivas, que em diversos estudos mostraram graus de
hereditariedade que variaram de 36 a 81%. no entanto, é importante lembrar
que a expressão dos genes em geral é intermediada por fatores ambientais, o
que reforça e importância das circunstâncias e das condições sociais
experimentadas.

Idade
A idade além de um fator epidemiologicamente associado aos transtornos
mentais e também tem mostrado associação com o bem estar. algumas
pesquisas mostram uma distribuição em que os adultos mais jovens e os mais
velhos tendem a um maior grau de bem estar quando comparados aos adultos
na meia idade.
Já no que se refere às patologias, uma grande parte dos distúrbios
psiquiátricos tem início entre o final da puberdade e começo da fase adulta,
mas existem alguns quadros presentes desde a infância e outros que se
iniciam em idades mais avançadas da fase adulta.
As prevalências dos transtornos mentais também variam de acordo com as
faixas etárias. na depressão por exemplo as taxas de prevalência são maiores
entre os adultos de idade entre 55 e 74 anos (média de 7,5% para mulheres e
5,5% para homens, contra 5,1% e 3,6% respectivamente, na população geral).

Sexo
A relação entre o grau de bem estar entre homens e mulheres já foi diferente e
é uma proporção que vem se modificando ao longo do tempo.
Atualmente eles apresentam níveis de bem estar bastante semelhantes, apesar
das variações com a idade já descritas.
Com relação às alterações da saúde mental existem grandes diferenças entre
os gêneros. alguns quadros mostram maior prevalência no sexo masculino,
como a esquizofrenia por exemplo, outros mostram maior prevalência no sexo
feminino, como o transtorno depressivo por exemplo, e certas patologias
psíquicas mostram uma distribuição muito semelhante entre os sexos, como
por exemplo o transtorno afetivo bipolar.

Renda
A relação entre renda e doença mental é bem estabelecida, alguns quadros
específicos estão fortemente ligados a condições econômicas desfavoráveis,
como por exemplo os relacionados às complicações do parto. alguns estudos
mostram associação entre transtornos mentais crônicos graves e tentativas de
suicídio com baixa renda familiar e também uma relação entre redução da
renda familiar com aumento do risco de incidência de distúrbios mentais. há
ainda indicadores que mostram aumento da prevalência dos transtornos
mentais como um todo em populações de baixa renda. por outro lado, a
relação entre renda e bem-estar é bastante complexa. as pesquisas neste
âmbito mostram resultados muito variáveis, dependendo da forma de
mensuração e das comparações realizadas. em geral há uma correlação
positiva entre renda e bem-estar que é mais robusta nas classes mais pobres,
nas classes mais abastadas os efeitos são mais discretos.

Educação
O acesso à educação durante a vida está associado a melhores níveis de
saúde mental e os baixos índices de alfabetização mostram relação com
precariedade da saúde mental. experiências educacionais positivas e bons
resultados acadêmicos contribuem para a saúde mental e melhor
Desenvolvimento dos jovens. sendo também importante lembrar que a escola
pode ser um elemento importante no desenvolvimento de habilidades sociais e
emocionais que são protetoras em saúde mental.

Estrutura familiar
A exposição de crianças a ambientes familiares conturbados ou
desestruturados são fatores de risco para diversas doenças psiquiátricas e
comportamentos negativos na vida adulta. falhas de comunicação,
precariedade de vínculos, abandono, lares inseguros, ausência de laços
afetivos e de suporte são aspectos que mostram relação com piora da saúde
mental e do bem estar.

Relacionamentos
Contar com relacionamentos que trazem apoio é um dos maiores preditores de
bem estar e de saúde, não só da saúde mental. por outro lado, a solidão
mostra influência negativa na saúde das pessoas, está associada com maior
risco de transtornos mentais e de doenças clínicas, bem como piores
prognósticos destes.
Trabalho
A interligação entre o trabalho e a saúde mental é inegável apesar de
complexa. em geral o trabalho remunerado contribui para o bem estar e para a
saúde mental individual, não só por compor parte da renda, mas também por
promover satisfação, sentido e propósito para alguns. no entanto, algumas
vezes o trabalho pode representar uma sobrecarga de stress e uma ameaça a
saúde mental das pessoas.
O desemprego está normalmente associado a prejuízo da saúde mental e bem
estar, apesar de algumas vezes significar alivio de condições de trabalho
insuportáveis.
o desemprego afeta negativamente o bem-estar e a saúde mental, tanto a curto
quanto a longo prazo. ele se relaciona a aumento no risco de suicídio, nos
níveis de ansiedade, no número de casos de depressão e nos sentimentos de
incerteza, raiva, vergonha e baixa autoestima.
Diversas situações vivenciadas no ambiente de trabalho podem contribuir para
o aparecimento de alterações psiquiátricas e piora do bem estar. violência, falta
de reconhecimento, cargas de trabalho excessivas, ausência de suporte social,
isolamento, assedio e incerteza são fatores de risco bem descritos.
Existem ainda doenças mentais que estão diretamente relacionadas ao
exercício profissional. tais patologias são decorrentes da exposição a algumas
substâncias, tais como o chumbo e o mercúrio, que ocorre nos trabalhos que
envolvem o manuseio destes metais.

Por que a saúde mental é importante para a saúde geral?


A saúde mental e física são componentes igualmente importantes da saúde
geral. As doenças mentais, especialmente a depressão, aumentam o risco de
muitos tipos de problemas de saúde física, particularmente condições de longa
duração como derrame, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Da mesma forma,
a presença de condições crônicas pode aumentar o risco de doença mental.

Sua saúde mental pode mudar com o tempo?

Sim, é importante lembrar que a saúde mental de uma pessoa pode mudar
com o tempo, dependendo de muitos fatores. Quando as demandas feitas a
uma pessoa excedem seus recursos e habilidades de enfrentamento, sua
saúde mental pode ser afetada. Por exemplo, se alguém está trabalhando
longas horas, cuidando de um parente doente ou passando por dificuldades
econômicas, pode ter problemas de saúde mental.
Quão comuns são as doenças mentais?
Os transtornos mentais representam hoje um dos principais desafios na
agenda de saúde, tanto de países desenvolvidos como de países em
desenvolvimento, constituindo um ônus importante para os serviços públicos.
Estima-se que 30% dos adultos em todo o mundo atendam aos critérios de
diagnóstico para qualquer transtorno mental, e cerca de 80% daqueles que
sofrem com transtornos mentais vivem em países de baixa e média renda.
Um estudo sobre a carga global de doenças mostrou que, mundialmente, os
transtornos mentais respondem por 32,4% dos anos de vida vividos com
incapacidade e, no Brasil, estimativas recentes mostraram que os transtornos
depressivos e ansiosos respondem, respectivamente, pela quinta e sexta
causas de anos de vida vividos com incapacidade.
Estudos conduzidos nas últimas décadas têm evidenciado que também entre
crianças e adolescentes houve uma mudança nos padrões de adoecimento
físico e psíquico, com um aumento considerável na prevalência de problemas
emocionais e de conduta.
Um trabalho recente de base nacional e escolar mostrou que, no Brasil, 30%
dos adolescentes apresentavam transtornos mentais comuns, caracterizados
por sintomas de ansiedade, depressão e queixas somáticas inespecíficas, e
um estudo de base populacional conduzido em São Paulo (São Paulo Megacity
Mental Health Study) mostrou que a idade média de início de transtornos
psiquiátricos é mais precoce para os transtornos de ansiedade (13 anos de
idade) e transtornos do controle de impulsos (14 anos), quando comparados
aos transtornos de abuso de substâncias (24 anos) e transtornos do humor (36
anos).
Tais transtornos representam uma carga de doença importante e que resultam
em prejuízo na vida escolar e nas relações familiares e sociais dessas crianças
e adolescentes. Além disso, problemas de saúde mental são altamente
persistentes, fazendo com que uma parcela importante desses adolescentes
tenha algum prejuízo, em decorrência de tais transtornos, na vida adulta.

O que causa a doença mental?


Não existe uma causa única para a doença mental. Vários fatores podem
contribuir para o risco de doença mental, como:
– Experiências adversas no início da vida, como trauma ou história de abuso
(por exemplo, abuso infantil, agressão sexual, testemunhar violência, etc.)
– Experiências relacionadas a outras condições médicas contínuas (crônicas),
como câncer ou diabetes.
– Fatores biológicos, como genes ou desequilíbrios químicos no cérebro
– Uso de álcool ou drogas recreativas
– Ter poucos amigos
– Sentindo solidão ou isolamento

Saúde mental e a inserção social dos portadores de


transtornos mentais
Entende-se que diferentes ações podem ter repercussões claras e diretas no
processo de inserção social dos usuários de serviços de saúde mental.
Um primeiro grupo de problemas e desafios a ser enfrentado diz respeito à
dinâmica das instituições de saúde à qual os trabalhadores estão vinculados, o
que inclui questões salariais e condições de trabalho, até a falta de capacitação
que viabilize a produção de novas formas de cuidado. Além desses pontos, que
podem ser identificados no contexto nacional, assinalamos o investimento
insuficiente e inadequado do SUS para os serviços substitutivos; o aumento
considerável da demanda em saúde mental (egressos de hospitais
psiquiátricos, uso constante e inadequado de benzodiazepínicos, álcool e
outras drogas) e a diminuição, ainda tímida, dos gastos com internação
psiquiátrica (o que reflete a política ideológica dos hospitais).
“Podemos indicar, também, pelo menos no contexto do Rio Grande do Norte, o
baixo índice de pessoas que são atendidas em serviços substitutivos como o
CAPS, devido ao número insuficiente de unidades para atender à crescente
demanda, ao tempo excessivo de sua utilização pelos usuários, ao insuficiente
registro de altas e à absoluta falta de articulação entre esses serviços e a rede
de atenção básica (ALVERGA e DIMENSTEIN, 2005a).”
É preciso, dessa maneira, avançar nos processos de expansão e de O desafio
da política de saúde mental: a inserção social dos portadores de transtornos
mentais articulação da atenção na rede básica e substitutiva e fortalecer o lugar
do CAPS como, por exemplo, organizador da rede de cuidados em saúde
mental, tal como idealizado pelo Ministério da Saúde, na forma de dispositivo
transitório que funcione, preferencialmente, na interface com a comunidade,
potencializando os recursos de suporte social existentes e promovendo a
discussão da cultura manicomial que perpassa os mais diferentes espaços de
convívio.

Dinâmica de Intervenção
Notamos uma dificuldade de interação entre os usuários e entre a relação do
mesmo com seus familiares.

Então, percebendo essa dificuldade realizamos um projeto de intervenção com a


proposta de integrar o usuário em convívio em seu meio social e propor uma reflexão
de que independente de sua patologia não se faz maior do que seu “ser” e que tem
como autonomia suficiente para enfrentar qualquer dificuldade que venha a enfrentar
na vida. Com isso, foi aplicado no caps- José Fernandes Mecenas uma dinâmica dos
balões junto aos responsáveis Leila Taize Figueiredo Costa e psicólogo Igor
Alexandre, que além do autoconhecimento, a partilha de sentimentos é
importante para trabalhar questões emocionais.
Comece distribuindo três balões vazios para cada participante e siga
os passos indicados abaixo.
Primeiro balão:
 Ao entregar o primeiro balão, peça que as pessoas
imaginem um medo que elas têm, enquanto enchem o
balão. Não é necessário compartilhar que medo é esse;
 Com os balões cheios e amarrados, peça que cada pessoa
segure seu balão diante de si e, olhando para ele,
imagine/visualize o medo;
 Em seguida, peça para que o grupo diga, em voz alta, "eu
não tenho mais medo" e estoure os balões;
 Reflita com o grupo sobre o poder de deixar os medos irem
Embora.
Segundo balão:
 Com o segundo balão, a dinâmica se repete, mas o objetivo
é pensar em algo que cada um deseja para uma pessoa
muito especial;
 Ao invés de estourar esse balão, os participantes devem
presentear uns aos outros com esse sentimento positivo.
Neste momento, informar ao outro o que é o presente (alegria,
prosperidade, dinheiro…) faz sentido. Abraços também são bem-
vindos.
Terceiro balão:
 Com o terceiro balão, a dinâmica se repete com cada um
pensando em um sonho que desejam alcançar;
 Dessa vez, os participantes precisam cuidar do seu balão.
Para criar um momento, você pode colocar uma música animada e
deixar que os colaboradores fiquem um tempo com seus balões,
contemplando seus sonhos.
Os que desejarem podem falar com os outros o que esse terceiro
balão representa.
Conclusão:

 Passado um tempo, peça que todos se sentem e que falem de


seus sentimentos.
Gostaram da dinâmica? Acharam bom colocar os medos pra fora? O
que sentiram quando entregaram ou receberam o presente?
O discurso final fica sob a responsabilidade do aplicador da dinâmica.
Acompanhe com atenção o processo e use a criatividade
BIBLIOGRAFIA

https://bvsms.saude.gov.br/saude-mental-no-
trabalho-e-tema-do-dia-mundial-da-saude-mental-2017-
comemorado-em-10-de-outubro/#:~:text=De%20acordo
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https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2022/11/o-
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https://www.marianasaadeh.com.br/determinantes-
saude-mental

https://saudementalatibaia.com.br/blog/saude-
mental-x-doenca-mental/

chrome-extension://
efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.redalyc.org/
pdf/420/42000607.pdf

https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-
universitario-do-norte/tecnicas-de-grupo-e-relacoes-
humanas/dinamica-dos-baloes-dinamica-para-ser-aplicada-em-
grupo-de-2-ou-mais-pessoas/24595980

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