A desigualdade social ainda é um dos grandes problemas mundiais que reflete
diretamente na sociedade como um todo. No Brasil, o grau de educação de uma pessoa tem relação com a renda. Quanto maior o nível educacional da pessoa maior a sua remuneração. Isso leva muitos jovens a desejar em ingressar no ensino superior. Mas, ingressar no ensino superior não é tão simples assim. E isso não somente pela concorrência na seleção, mas também por conta da desigualdade educacional. Essa desigualdade pode ser percebida no começo da escolarização ou até antes. Estudos mostram que existem diferenças desde os primeiros anos de vida de uma criança: o número de palavras que ela conhece depende do nível socioeconômico da família. Isso mostra a importância de políticas públicas que foquem na primeira infância, que é de 0 a 6 anos. Com isso, gera uma sociedade muito desigual onde os menos favorecidos sempre estarão numa corrida desleal com aqueles mais favorecidos e melhor financeiramente. No entanto, pesquisas recentes mostram que com mais investimentos em políticas públicas esse número na desigualdade educacional tem diminuído e assim dando mais acesso aqueles que por sua vez não tiveram chance de ter uma boa educação na infância . Isso é fundamental porque muitas vezes é a única forma daquela criança sair do ciclo de pobreza. Essa discussão aponta para a importância e a responsabilidade das políticas educacionais que, em conjunto com outras políticas sociais, precisam incorporar este olhar sobre a desigualdade, no momento da formulação. Por exemplo, há evidência de que a repetição do ano escolar penaliza mais injustamente os mais pobres. Importante lembrar que o combate a desigualdade na educação não deve acontecer nivelando todos por baixo, que é o que chamamos de efeito Robin Hood – ocorre quando uma ação tem como resultado favorecer os menos privilegiados, retirando benefícios dos mais privilegiados. Eficácia e equidade precisam ser perseguidas juntas. A escola deve buscar a melhoria do desempenho de todos os seus alunos e, ao mesmo tempo, buscar reduzida diferença entre alunos de grupos sociais distintos.
A priorização da educação na primeira infância para implementação de uma sociedade (verdadeiramente) livre, justa e solidária: oportunizando que cada um possa buscar a sua melhor versão