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Curso do Encceja História

Capítulo 3

A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


Se a primeira revolução industrial foi marcada pela indústria têxtil e pelas máquinas a vapor, a segunda
revolução industrial foi marcada por novas tecnologias baseadas no ferro e no aço, na eletricidade e
no petróleo. Descubra agora como tudo aconteceu no Curso do Encceja.

Novas tecnologias
A 1ª Revolução Industrial aconteceu no período de 1750 a 1850, quando os modos de produção na
Inglaterra sofreram grandes transformações. A produção artesanal foi substituída pela produção
industrial, com grandes fábricas movidas pela força da máquina a vapor.

E foi por conta da mentalidade capitalista, do acumulo de dinheiro e da exploração de territórios em


outras partes do mundo que os empresários britânicos passaram a investir em maneiras de como
aumentar suas fortunas.

A segunda Revolução Industrial, que durou mais ou menos entre 1850 e 1950, se diferencia da
primeira em vários aspectos. Algumas destas diferenças foram:

a. sua ampliação desde a Europa para boa parte da Europa e América do Norte;
b. um aumento da exploração dos recursos naturais da África e da Ásia;
c. o uso de novas tecnologias e novos combustíveis;
d. o fortalecimento do movimento operário.

Foram diversas as novas tecnologias empregadas durante o século XIX. Na área da química merecem 2
destaque a invenção da fotografia de Joseph Nicéphore Niépce e, tempos depois, a criação do
fertilizante artificial por Fritz Haber.

A eletricidade também passou a ser muito estudada e utilizada, substituindo a iluminação a gás em
muitas cidades da Europa e permitindo a comunicação rápida através do telégrafo.

O petróleo move o mundo


Em 1866 Nikolaus August Otto cria o motor a explosão, tecnologia usada ainda no presente que
move carros e caminhões. Os barcos e trens movidos a vapor, apesar de usarem uma tecnologia da
Primeira Revolução Industrial, se espalharam em diversas partes do mundo ao longo do século XIX e
XX, e foram gradativamente sendo substituídos pelos motores a explosão movidos pelos derivados do
petróleo.

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Surge o automóvel, que promover uma revolução completa nos meios de transporte. Veja na imagem
um automóvel modelo Ford T, em 1910, em Salt Lake City, estado de UTAH, nos Estados Unidos.

Na imagem é possível ver um automóvel conversível do modelo mencionado que está com a parte de cima retraída para trás. O automóvel
está em primeiro plano e estacionado em uma rua não asfaltada com várias árvores e postes ao fundo. Disponível em https://cutt.ly/zlo4tPS,
acessado em 20 de fevereiro de 2021.

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A exploração da África e da Ásia
Todas estas novas tecnologias permitiram uma aceleração ainda maior da produção nas fábricas.
Com tantos produtos, era necessário que houvesse também cada vez mais compradores. Por
isso, o governo inglês passou a intervir em outros países para garantir que seus produtos fossem
comprados. O Brasil foi um destes países que, por muito tempo, deu privilégio aos produtos ingleses
com relação aos de outros países.

Neste vídeo do canal do Curso Enem Gratuito o professor Felipe Oliveira, com as dicas sobre a
Revolução Industrial?
https://youtu.be/NFrNx3JOXSg

Ocorre que a Inglaterra não continuou por muito tempo sendo a “fábrica do mundo”. Outros países,
principalmente os europeus e os Estados Unidos, passaram também a construir suas próprias
industrias. Mais tardiamente o Japão da Era Meiji também passou a se industrializar, querendo se
tornar um grande império no Oriente.

Com o surgimento de tantas fábricas havia também a necessidade de muitas matérias primas, que
são os recursos naturais para se fazer produtos industrializados.

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Muitos destes países em processo de industrialização
começaram então a ocupar regiões dos continentes africano e
asiático em busca destes recursos.
Figura: Caricatura representando o empresário britânico Cecil Rhodes em proporções
gigantescas sobre o mapa da África, com um pé onde estaria o Egito e outro na África do
Sul, segurando uma linha de telégrafo que une os dois países. Disponível em https://cutt.
ly/7k1mRpV, acessado em 16 de fevereiro de 2021.

Alguns exemplos desta exploração foram: a França, que


ocupou a Argélia, Tunísia, Vietnã e outras regiões; a Inglaterra
que passou a explorar ainda mais suas colônias na Índia e
no sul da África; a Bélgica que ocupou o Congo para explorar
borracha, entre outras coisas; o Japão que passou a invadir
a China e a Coréia, além de vencer a Rússia na guerra Russo-
japonesa.

A ocupação e exploração destes territórios garantiu muitos


recursos para estas potências, mas, ao mesmo tempo, significava
o empobrecimento das regiões exploradas. Muitos países africanos
e asiáticos só se tornaram independentes após a Segunda-Guerra
Mundial, a menos de 70 anos atrás. Esta exploração é um dos
principais motivos do subdesenvolvimento econômico de países na
África e na Ásia.

Porém, ao contrário do que se sabe hoje, as potências europeias afirmavam que sua presença
naqueles continentes não era um problema, mas sim uma solução. Os governantes e empresários
afirmavam que levando a lógica capitalista para aquelas regiões distantes estavam, na verdade,
“ajudando” os povos daqueles lugares a se tornarem “civilizados”. O pior, ainda tinham um nome para
isso: diziam ser o fardo (dever) do homem branco.

Confira este vídeo do canal Parabólica sobre Capitalismo:


https://www.youtube.com/watch?v=qEFWozs7VoI

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Movimento operário
Figura: Fotografia em preto e branco mostrando o método de extração
de petróleo em Oklahoma, nos Estados Unidos, em 1922. Na imagem
podemos ver uma grande torre expelindo fumaça preta e duas pessoas na
base da construção. Disponível em https://cutt.ly/rk1nC3l, acessada em 16
de fevereiro de 2021.

Dentro da Europa não foram só as tecnologias que se


modificaram. As relações entre patrões e operários
também sofreram transformações. Isso ocorreu
por conta da organização dos trabalhadores que
não mais toleravam a exploração desenfreada que
sofriam. Desta situação surgiram alguns importantes
movimentos operários.

Ainda no início do século XIX, na Inglaterra, surge


o Ludismo. Este fenômeno se caracterizava por
trabalhadores que se organizavam para destruir as
máquinas das fábricas. Era uma espécie de revolta
pelas condições que viviam, já que as máquinas
acabavam por causar acidentes de trabalhos e
substituir muitos trabalhadores. Como não era um
movimento que combatia a exploração em si, acabou
por desaparecer.

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Um outro movimento que também surgiu na Inglaterra foi o Cartismo. Ao contrário do Ludismo, que
tinha mais um caráter de revolta, o objetivo do Cartismo era garantir em lei direitos aos trabalhadores.
O nome deste movimento tem origem na Carta do Povo, um documento elaborado por representantes
dos trabalhadores e entregue ao parlamento inglês.

Na carta exigiam-se:

1. sufrágio (direito de votar e ser eleito) a todos os trabalhadores homens maiores de 21


anos;
2. igualdade de representação para todos os distritos eleitorais;
3. voto secreto;
4. eleições todos os anos para o parlamento;
5. fim da exigência de riqueza para compor a Câmara dos Comuns;
6. Remuneração das funções parlamentares para que trabalhadores também pudessem
participar da política.

Outra forma de organização que acabou ocorrendo em vários países, e não ficou restrita a Inglaterra,
foram os sindicatos. Esta forma de organização existe até hoje e consiste na união de trabalhadores
para fazer frente a influência dos patrões durante as negociações. Uma das armas mais conhecidas
dos sindicatos é a greve.

Para fechar bem este resumo veja agora com o professor Felipe Oliveira, do canal do Curso Enem
Gratuito, as teorias sociais do século XIX
https://youtu.be/5vxVvcifoa8

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