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Curso do Encceja Geografia

Capítulo 7

MEIOS DE TRANSPORTE
NO BRASIL E NO MUNDO
Olá! Venha estudar conosco sobre os principais meios de transporte utilizados no Brasil e no mundo.

Esta aula de geografia irá tratar das principais questões relacionadas aos Meios de Transporte no
Brasil e no mundo, destacando as principais características, vantagens e desvantagens do uso de
cada um.

Em termos globais, o transporte é uma das atividades mais importantes da cadeia produtiva de um
país, pois ela tem um peso relevante no custo final dos bens ofertados.

Sendo assim, a questão dos transportes é tão importante em nível mundial que as empresas, ao
escolherem locais para a instalação de suas unidades produtivas, analisam se um país dispõe de um
eficiente sistema de transporte, tanto para receber, quanto para escoar mercadorias.

Dessa maneira, quanto melhor a infraestrutura de transportes oferecida, maior a probabilidade de que
empresas busquem determinada localidade para se instalar. O que gera investimentos para o país, e
mais empregos.

Atualmente, existem cinco categorias de transporte: hidrovias, ferrovias, rodovias, transporte aéreo e
dutos.

Vantagens e desvantagens de cada tipo de transporte


Na análise das vantagens e desvantagens de cada modal de transporte, são considerados os
seguintes fatores: investimento necessário para sua operacionalização; capacidade de carga e o 2
consumo de energia; tempo gasto para o transporte da mercadoria; flexibilidade de rotas e horários;
garantia de que as mercadorias cheguem ao destino sem danos materiais e possíveis danos
ambientais.

Sendo assim, os modais apresentam como principais características:

» Ferroviário e hidroviário: transporte de cargas volumosas e pesadas por longas


distâncias (commodities agrícolas e minerais); deslocamento de carga com baixo
consumo de energia;
» Rodoviário: transporte por pequenas distâncias, de cargas relativamente leves e com
entregas mais ágeis, com flexibilidade de rota e horário;
» Aéreo: transporte muito ágil de cargas leves e de alto valor;
» Dutoviário: transporte de grandes volumes por médias e longas distâncias, com baixo
custo operacional e de energia;

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Volume de cargas – meios de transporte mais utilizados
No que se refere ao volume de transporte de cargas intercontinentais, a navegação oceânica ocupa
o primeiro lugar, sendo responsável por mais de 40% do volume total em nível mundial. Sendo assim,
os portos e a infraestrutura para esse tipo de transporte tornam-se cada vez mais importantes para o
fluxo de mercadorias globais.

Já os dutos são tubulações subterrâneas, usados principalmente para


o transporte de petróleo e seus derivados (combustíveis e gás), embora
seja possível transportar por eles minérios, grãos e biocombustíveis. Um
exemplo de duto importante no Brasil é o gasoduto Bolívia-Brasil que
transporta gás combustível da Bolívia para algumas regiões do país.

O uso do transporte aéreo, por sua vez, vem crescendo em nível mundial.
Entretanto, apesar de muito ágil, esse tipo de transporte apresenta
alto custo. Dessa maneira, é mais indicado para transportar pessoas e
mercadorias de alto valor que ocupam pequeno volume.

Ainda assim, em sua maior parcela, os transportes de carga dentro de


um país, são efetivados por ferrovias, rodovias e hidrovias. Os custos
podem variar de acordo com a extensão do trajeto e com a qualidade e
conservação das vias de fluxo.

Sendo assim, as vias fluviais (rios) apresentam certas vantagens em relação às ferrovias em
percursos muito grandes. Apesar disso, as hidrovias são limitadas a áreas onde os rios são profundos,
sem desníveis acentuados e mantêm o volume de água com pequenas variações, como é o caso da
bacia Amazônica.

Já as ferrovias apresentam, em relação às rodovias, vantagens comparativas mais acentuadas


quando se trata de distâncias maiores. Assim, o alto custo de instalação das ferrovias, é compensado
pela economia ao longo do tempo, associada ao baixo custo de manutenção.

As rodovias dominam os transportes em curtas distâncias, sendo o meio mais eficiente para a
distribuição das mercadorias até os pontos de consumo.

Modernização dos meios de transporte 3

Com a modernização dos meios de transporte (principalmente em países desenvolvidos), é cada vez
mais utilizada a intermodalidade. Ela consiste em promover a conexão entre os diferentes meios de
transporte, interligando por exemplo, ramais ferroviários e portos, tornando as redes de transporte
mais eficientes e ampliando o fluxo de mercadorias e pessoas.

Por sua grande extensão territorial, o Brasil necessita de uma rede de transportes que realize a
interligação dessa vasta área. As redes de transporte são fundamentais em termos econômicos,
sendo vitais para o escoamento da produção e para a circulação de pessoas.

No Brasil, a principal opção de transporte, é o modal rodoviário (responde por mais de 60% do tráfego
nacional). Essa não é a opção mais adequada para um país de grandes dimensões territoriais, pelo
alto custo de implantação e manutenção das rodovias, além do fato de que os veículos que nelas
transitam emitem grandes quantidades de gases que contribuem para o efeito estufa.

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História recente dos meios de transporte no Brasil

Rodovias:
As décadas de 1950 e 1960 foram fundamentais para a implantação de rodovias no Brasil. Nesse
período, o número de veículos no Brasil cresceu exponencialmente, fato relacionado ao crescimento
da indústria automobilística de capital externo.

Já na década de 1960, o transporte de cargas por rodovias passa a ser (no lugar das ferrovias) a
principal modalidade de transporte nacional, principalmente nas áreas de maior concentração da
atividade industrial, com destaque para o centro-sul.

Especialmente a região Sudeste (mais urbanizada e industrializada), recebeu grandes investimentos


em infraestrutura, em razão do aumento de suas redes de transporte, comunicações e energia. Com o
avanço da produção de soja na região Centro-Oeste, esta passou a receber maiores investimentos em
sua malha rodoviária.

Vale destacar ainda que a má condição de grande parte das rodovias brasileiras, associada ao alto
custo de manutenção dos veículos, pedágios e combustível caro, acabam resultando no alto custo
produtivo em nível nacional, encarecendo, o preço final do produto que chega ao consumidor.

Ferrovias:
As ferrovias tiveram sua principal fase de expansão no Brasil até a década de 1930. A partir da década
de 1940, a construção de ferrovias entrou em estagnação e o modo de transporte ferroviário passou
por redução de sua malha.

Apesar da redução, nas últimas décadas, algumas linhas férreas foram implementadas, com o
objetivo principal de escoar cargas de alta tonelagem, como o transporte de minério de ferro.

Embora representem parcela importante do escoamento de cargas como minério e grãos, as ferrovias
são subestimadas em um país de grandes dimensões como o Brasil, apresentando baixa integração
entre as regiões. Além disso, poderiam ser amplamente utilizadas para transportar passageiros.

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A partir da década de 1990, a gestão das ferrovias passou gradativamente do setor público para
o setor privado. Atualmente, a maior parte das ferrovias está sob administração de empresas
concessionárias, muito relacionadas a setores como mineração e siderurgia.

Fotografia de um “estacionamento” de trens de carga em uma ferrovia. Apesar de ter um vasto território favorável a esse tipo de transporte, o
Brasil praticamente não o utiliza. Fonte da imagem: Getty Images.

Transporte fluvial:
A navegação fluvial (rios) também é subutilizada no país, mesmo apresentando fatores naturais
favoráveis, e custo menor em relação a outras modalidades.

Existem rios planos com excelente navegabilidade, que estão localizados em regiões mais distantes
dos grandes centros econômicos, e outros localizados em áreas com melhor desempenho
econômico, apresentam trechos com desníveis de relevo (cachoeiras), não favoráveis à navegação,
necessitando de vultosos investimentos em obras como eclusas.

Transporte marítimo
O transporte marítimo no Brasil realiza mais de 80% de suas exportações. Assim, torna-se
necessária uma infraestrutura adequada, que viabilize essa condição exportadora. Mesmo com mais
investimentos no setor portuário nas últimas décadas, nossos portos ainda apresentam baixo nível de
volume se comparados com os das nações desenvolvidas.

Outra forma bastante interessante de explorar o transporte hidroviário no Brasil é estimular a


navegação de cabotagem, realizada de porto a porto dentro do território brasileiro, tanto pela via
marítima quanto pelas vias navegáveis interiores. Como o país possui imenso litoral navegável, muitos
portos e muita população no litoral, esse tipo de navegação se tornaria bastante favorável.

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Fotografia aérea de uma parte do Porto de Santos – SP onde vemos um grande navio cargueiro carregando muitos
containers. Fonte da imagem: Getty Images.

Transporte aéreo:
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Quanto ao transporte aéreo, a melhoria da renda da população, proporcionou uma expansão no que
tange ao transporte de passageiros, visto que o comércio por rotas aéreas é reduzido, em razão de
seu custo acentuadamente elevado.

Como complemento a esse texto, não deixe de assistir à vídeo aula gravada pelo professor Carrieri no
Canal do Curso Enem Gratuito.

Este texto foi escrito por Miramaya Jabur, que é geógrafa graduada pela Universidade Federal de
Uberlândia, Mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista e ministra aulas na área desde
2010.

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