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ESCOLARES IV - 2021
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
GEOGRAFIA
Códigos das habilidades Objetos de conhecimento/conteúdos
EM13CHS401 ➢ Transportes e integração do espaço mundial
EM13CHS403 ➢ Sistemas de transportes no Brasil
EM13CHS404 ➢ Modais de transportes no Brasil
➢ Mobilidade no meio urbano no Brasil
➢ Energia no mundo atual
➢ Consumo de energia
Nome da escola:
Nome do(a) professor(a):Janeth Cassaro , Dhyeisson Santos
Nome do estudante:
Período: ( ) Matutino ( ) Noturno Turma: 2° ano EM
A evolução dos meios de transporte possibilitou ao ser humano ocupar grande parte do planeta,
explorar os recursos da natureza nos mais diferentes lugares, ampliar o comércio e impulsionar outras
atividades econômicas. O desenvolvimento da navegação marítima está diretamente relacionado à
consolidação do capitalismo comercial e à ampliação do horizonte geográfico europeu, a partir do final do
século XV. Sem as caravelas e o desenvolvimento da Cartografia, portugueses e espanhóis no máximo
contornariam a costa da Europa e da África, mas jamais teriam atravessado o Oceano Atlântico. A Segunda
Revolução Industrial, no final do século XIX, ocorreu ajustada a uma efetiva modernização dos meios de
transporte, com o desenvolvimento de grandes navios de aço a vapor, que ampliaram a navegação (figura 1)
e com a difusão da ferrovia a vapor. O transporte rodoviário traçou novas rotas no decorrer do século XX,
possibilitando maior alcance da carga transportada. Esse também foi o século do avião, que se transformou no
principal meio de transporte transcontinental de passageiros e de cargas não tão pesadas quanto as carregadas
por grandes navios. De fato, o desenvolvimento dos transportes a longa distância está vinculado à evolução
do capitalismo, sendo a base técnica para a expansão desse sistema econômico em todo o mundo.
Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE,2012; Ministério dos Transportes. Disponível em:
<www.transportes.gov.br>. Acesso em: jan. 2016.
Estrada do Pacífico, no Acre, 2015.
Fonte: CARVALHO, Pedro. Na nova estrada Brasil-Pacífico, o progresso é via de mão dupla. IG, 12 jul. 2011.
Disponível em: <http://economia.ig.com.br>.
Outra conexão importante com o Pacífico é o Corredor Interoceânico Sul-Americano, que une
comercialmente os oceanos Atlântico e Pacífico na América do Sul. Ele foi construído por Brasil, Bolívia e
Chile, e conecta o porto de Santos aos portos de Arica e Iquique, no Chile, por rodovias. As obras envolvendo
a articulação de infraestrutura entre os países sul-americanos fazem parte da Iniciativa para a Integração da
Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), um amplo e audacioso plano de infraestrutura viária e
energética voltado à integração física dos países da América do Sul.
São notáveis as assimetrias na distribuição dessas redes. As regiões com maior infraestrutura de
transportes são o Sudeste, o Sul e parte do Centro-Oeste. Esta tem recebido investimentos para a construção
de novas rodovias e ferrovias devido à expansão de atividades agroexportadoras. No Nordeste, há expressiva
capilaridade do sistema rodoviário; porém, as estradas não apresentam a mesma qualidade de outras regiões.
Na Amazônia, em decorrência de suas condições naturais, o transporte hidroviário é muito expressivo; já o
rodoviário apresenta as maiores lacunas do sistema de transportes. Comparado ao transporte ferroviário e
hidroviário, o rodoviário apresenta desvantagens. A quantidade de carga transportada é pequena em relação
aos demais, o que aumenta os custos desse transporte. O roubo de cargas é um problema que vem tomando
grandes proporções no país. Outro problema é a poluição produzida pela queima de combustível fóssil (diesel,
gasolina) na atmosfera. A construção de uma rodovia requer altos investimentos, além de a manutenção ser
cara. No entanto, o transporte rodoviário é adequado para curtas e médias distâncias, sendo mais ágil que os
demais, além de apresentar maior flexibilidade diante da extensa malha rodoviária nacional.
O transporte ferroviário
O transporte ferroviário é muito usado no transporte de cargas em países de grande extensão
continental, como Estados Unidos e Rússia, por apresentar vantagens em relação ao rodoviário. Esse meio de
transporte apresenta grande capacidade de carga e eficiência energética; os custos e a manutenção do sistema
são baixos; é pouco poluente e mais seguro que o rodoviário, visto que ocorrem poucos acidentes e roubos.
Por outro lado, há que se considerar que os investimentos para a implantação de ferrovia são bastante
altos e as operações de carga e descarga são lentas. Atualmente, as ferrovias são responsáveis pela condução
de 33% da carga total do país, sendo utilizadas particularmente para o transporte de minério de ferro entre as
regiões produtoras e as indústrias siderúrgicas (para consumo interno) e os portos (para exportação). A malha
ferroviária também é utilizada para o transporte de grãos, especialmente da soja, entre os principais centros
produtores (hoje localizados na Região Centro-Oeste) e os portos de Santos e de Paranaguá. Nos anos 1990,
a rede ferroviária — até então gerida pelo poder público — foi privatizada. Hoje, a maioria das ferrovias é
administrada por empresas concessionárias, muitas delas ligadas ao setor de mineração e siderurgia. As linhas
férreas receberam investimentos novos e sua utilização é relevante também para o transporte de matérias-
primas para as indústrias na Região Sudeste; de grãos na Região Sul e em parte do Centro-Oeste; além de
combustíveis na Região Nordeste.
O transporte hidroviário
O Brasil dispõe de uma extensa rede fluvial, que pode servir à navegação em condições naturais. São
28 mil quilômetros de rios naturalmente navegáveis, ou seja, não há necessidade de nenhuma obra de
dragagem ou transposição para sua utilização como meio de transporte. No entanto, apenas 10 mil quilômetros
são utilizados para o transporte de passageiros e de carga. O rodoviarismo e a ausência de planejamento
territorial levaram a navegação fluvial no Brasil a um papel inferior em relação aos outros sistemas de
transporte, ainda que essa modalidade ofereça condições tão favoráveis e, consequentemente, apresente um
custo muito inferior em relação às demais. Chama a atenção, portanto, o fato de a navegação fluvial, apesar
de apresentar vantagens quanto às potencialidades naturais e à redução dos custos, ser o sistema de menor
participação no transporte de cargas no Brasil. Todavia, deve-se destacar também que, em algumas áreas, há
fatores que dificultam o aproveitamento hidroviário. Alguns rios brasileiros correm em planaltos, o que
impede sua navegabilidade em trechos de cachoeira, por exemplo.
É o caso de certos trechos dos rios Tietê, Paraná, Grande e São Francisco. A utilização desses cursos-
d’água para a produção de energia elétrica também é um fator que dificulta a navegação. Já os rios de planície,
navegáveis com maior facilidade — como o Amazonas e o Paraguai —, estão mais distantes dos maiores
centros econômicos do país. O transporte de cargas na região amazônica, por exemplo, ainda não apresenta
grande relevância econômica, dado o tamanho de seus mercados produtores e consumidores. Os trechos
hidroviários economicamente mais relevantes estão situados no Sudeste e no Sul do país; seu pleno
aproveitamento precisa ser viabilizado por obras que superem as dificuldades de
navegação. Algumas soluções de engenharia vêm tentando tornar navegáveis
alguns rios brasileiros mais próximos dos grandes centros urbanos e industriais,
por meio da construção de eclusas. A eclusa de Barra Bonita, no rio Tietê, e a
eclusa de Jupiá, no rio Paraná, permitem que existam hidrovias nesses trechos.
A viabilidade do transporte hidroviário também depende da existência de portos
fluviais. O porto de Manaus, situado à margem esquerda do rio Negro, é o de
maior importância no Brasil, tanto para o transporte de cargas como de pessoas.
O porto de Corumbá, no rio Paraguai, tem relevância econômica e territorial:
através dele é escoado o manganês extraído de uma área próxima à cidade.
Principais hidrovias
Apresentamos, a seguir, as principais hidrovias brasileiras.
➢ Hidrovia Araguaia-Tocantins: é o corredor de transporte na Região Norte.
➢ Hidrovia São Francisco: o principal trecho navegável está entre Minas Gerais e Bahia, com 1.300
quilômetros de extensão.
➢ Hidrovia do Madeira: o rio Madeira é um dos principais afluentes da margem direita do Amazonas.
A hidrovia é importante para o escoamento de grãos no
Norte e no Centro-Oeste.
➢ Hidrovia Tietê-Paraná: o corredor formado pelos dois rios permite o transporte de grãos e de outras
mercadorias através de três estados: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
➢ Hidrovia Taguari-Guaíba: está localizada no Rio Grande do Sul, com 686 quilômetros de extensão.
É a principal hidrovia brasileira em volume de carga transportada. Os principais produtos que
passam por ela são grãos e combustíveis.
Sistema portuário
O transporte marítimo sempre foi um elemento primordial para o intercâmbio de pessoas e mercadorias
ao redor do mundo. Essa modalidade de transporte vem sendo impulsionada por diversos avanços
tecnológicos, que têm contribuído para uma circulação mais eficiente de produtos entre as várias regiões do
planeta. Além do aumento do tamanho e da velocidade dos navios, a invenção do contêiner permite o
acondicionamento e a conservação mais racional e eficiente de cargas (algumas delas impossíveis de serem
transportadas por trajetos muito longos antes do aparecimento do contêiner). O sistema portuário brasileiro é
formado por 40 portos públicos organizados, sob a administração de companhias estatais (federais ou
estaduais) e de empresas privadas. Das exportações brasileiras, 95% são realizadas por transporte marítimo
— o que evidencia a importância dos serviços portuários para nossa economia, diante do crescimento das
exportações. O volume de carga movimentado pelos portos marítimos aumentou de forma significativa nos
últimos anos. Minério de ferro, soja, café e açúcar são os principais produtos brasileiros que dependem dos
portos para sua comercialização no exterior.
O transporte aeroviário
O crescimento econômico e a consequente melhoria das condições de renda dos brasileiros têm
aumentado, de forma considerável, a demanda pelo transporte aeroviário. Sua relevância, no Brasil, se dá
principalmente no que se refere ao transporte de pessoas. O comércio realizado por via aérea é relativamente
pequeno devido a seu alto custo, sendo mais utilizado para o transporte de cargas pequenas e bens perecíveis.
O crescimento exponencial da demanda pelo transporte aéreo tem superlotado os principais aeroportos do
país, principalmente os dois mais movimentados, ambos na Região Metropolitana de São Paulo: Congonhas,
na capital paulista, e Governador André Franco Montoro (Cumbica), em Guarulhos, município vizinho à
capital. O mapa a seguir evidencia a concentração das atividades aeroportuárias em São Paulo.
INTERMODALIDADE DOS MEIOS DE TRANSPORTE
Até chegar ao local de destino, as mercadorias podem passar por sucessivas etapas de carga e descarga.
Exemplo: um produto chega de outro país por navio, segue em terra por trem e, finalmente, por caminhão, até
chegar ao comprador. Essa variedade de tipos de transporte conectados entre si levou à criação de sistemas
padronizados para que os processos de carga e descarga sejam realizados no menor tempo possível. Entre os
sistemas padronizados, o contêiner é o mais eficiente. No Brasil, apesar do grande volume de contêineres
exportados, os portos trabalham com baixa
produtividade em relação à média
internacional, há atrasos no embarque e no
desembarque de navios e imensas filas de
caminhões do lado de fora do porto. O
armazenamento das cargas em contêineres
facilita a intermodalidade, isto é, o tráfego
por mais de uma modalidade de transporte.
Os terminais que fazem essa interligação são
intermodais e a alguns podem estar
interligados oleodutos e gasodutos, que
transportam petróleo e gás natural. Nos
grandes centros urbanos, também existem
terminais intermodais de passageiros que
interligam meios de transporte como
bicicletas, ônibus e trens urbanos; ônibus
interurbanos e interestaduais; metro e
outros. Isso possibilita aos usuários passar
de um tipo de condução a outro num lugar e,
muitas vezes, com um único bilhete de
passagem.
ATIVIDADES
1. Qual a situação da infraestrutura de transporte no Brasil?
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5. O Brasil é um país de dimensões continentais, o que eleva a importância de uma articulada rede de transporte
que integre de maneira eficaz e pouco onerosa todas as áreas habitadas e de uso do espaço geográfico no país.
Nesse sentido, o sistema de transporte mais utilizado para deslocamento de cargas e serviços é o:
a) rodoviário
b) ferroviário
c) hidroviário
d) aeroviário
e) marítimo
Aeroportos, aviões, ferrovias, trens, rodovias, automóveis, hidrovias e navios são alguns dos
componentes dos sistemas de transporte que permitem o rápido deslocamento de pessoas e de mercadorias. A
legislação que rege esses sistemas é geralmente elaborada pelo Estado, mas sua organização e sua gestão
podem ser entregues tanto a empresas públicas quanto a empresas privadas. O planejamento e a construção de
instalações que possibilitem contar com meios de transporte eficientes são medidas essenciais para atrair
investimentos, uma vez que esses meios contribuem, e muito, para a redução dos custos de produção.
Com o desenvolvimento dos sistemas de transporte, o setor incorporou novos métodos e passou a
empregar uma nova terminologia. Hoje, distinguimos os transportes de acordo com o modo e a forma como
são utilizados.
Principais modais de transporte
➢ Aquaviários - Reúnem sistemas que usam como vias de transporte mares e oceanos
(transportes marítimos), rios e lagos (transportes hidroviários). Apesar do custo elevado, têm a
vantagem de transportar grandes volumes de carga. Para realizar esse tipo de transporte, além
de construir instalações portuárias, muitas vezes é preciso modificar o meio físico com grandes
obras de engenharia, como canais e hidrovias, retificação do leito de rios e dragagens periódicas
para manter a profundidade necessária à navegação.
➢ Terrestres - Abrangem os transportes rodoviário, ferroviário e dutoviário (cargas líquidas,
sólidas e gasosas). O investimento para montar a infraestrutura desse tipo de transporte é alto,
principalmente no caso das ferrovias.
➢ Aéreos - Incluem os deslocamentos por avião. Sua principal vantagem é a redução do tempo
de deslocamento. Entretanto, além de ser o modal de transporte mais caro, seu funcionamento
requer um investimento muito alto em infraestrutura.
Os meios de comunicação também evoluíram muito desde o final do século XIX, com a invenção do
telefone fixo, do rádio, da televisão, do telefone celular e, principalmente, da rede mundial de computadores,
a internet. As telecomunicações por meio de satélites, assim como os modernos meios de transporte, estão
entre os grandes responsáveis pela formação do que chamamos economia-mundo e pelo desenvolvimento do
turismo no mundo globalizado. Se quiser saber a importância das tecnologias da telecomunicação e da
informação, experimente “viver sem elas”. A afirmação não é exagerada. Basta ver, por exemplo, que hoje
em dia celulares e computadores pessoais tornaram-se quase indispensáveis em nossa vida. Chamamos
telecomunicação ou tecnologia de informação e comunicação (TIC) a comunicação que utiliza transmissão
eletrônica de sinais de um emissor para um receptor. Os meios de comunicação diferem quanto à capacidade
e à velocidade de transmissão, quanto ao custo e à segurança. Podem atuar através do meio físico (par
trançado, cabo coaxial e fibra óptica) e através do espaço (micro-ondas, satélites, rádio, celulares,
infravermelho).
Também denominados transportes invisíveis, permitem a comunicação imediata entre sedes de
empresas transnacionais e suas filiais espalhadas pelo mundo. Essa velocidade de transmissão de informações
só foi possível graças ao aperfeiçoamento das ligações telefônicas, à invenção do fax (transmissão de imagem
por telefone), e à utilização de satélites nas telecomunicações. Essas novas formas de comunicação a distância
deram caráter quase instantâneo às conexões em qualquer lugar da Terra. Nas últimas décadas, a união entre
a informação digitalizada e as telecomunicações deu origem à telemática, com a qual toda informação
armazenada em computadores pode ser transmitida por redes de comunicação. Essas redes podem ligar alguns
computadores ou milhares deles, como na internet, que utiliza cabos terrestres, cabos submarinos e conexões
via satélite. A internet revolucionou as formas de comunicação e o acesso à informação. Organismos
internacionais, jornais, revistas, governos locais mantêm sites que permitem o acesso a notícias, artigos e
estatísticas. Pelo correio eletrônico (e-mail), é possível comunicar-se ou realizar negócios com pessoas ou
empresas em qualquer lugar do mundo. Por exemplo, graças à internet, o capital especulativo pode ser aplicado
de manhã em um mercado e transferido na tarde do mesmo dia para outra praça.
MOBILIDADE NO MEIO URBANO NO BRASIL
Os meios de transporte de passageiros nas cidades podem ser coletivos, como ônibus, trens, metrô,
bondes, balsas e VLT (Veículo leve sobre trilhos), ou individuais, como automóveis, motocicletas e bicicletas.
Com a maior parte da população brasileira vivendo nos centros urbanos, o transporte, sobretudo nas grandes
cidades (com mais de 500 mil habitantes), é serviço essencial, devendo ser tratado pelos governos municipal,
estadual e federal como prioridade. A deficiência do transporte coletivo urbano no Brasil – fruto de estratégias
de planejamento urbano de governos que não visavam ao interesse coletivo – acaba por estimular a utilização
do transporte individual, elevando substancialmente o número de veículos que transitam diariamente nas
grandes cidades. Isso, além de causar engarrafamentos, faz as pessoas desperdiçarem muito tempo para se
deslocar da residência ao trabalho e vice-versa. Os que não têm condução própria sujeitam-se à demora e à
superlotação dos coletivos urbanos. Além de apresentarem elevado custo (com combustível, manutenção e
aquisição de veículos em quantidade), os ônibus, juntamente com os automóveis e os caminhões, provocam
problemas de congestionamento nas grandes cidades brasileiras e agravam a poluição atmosférica nos centros
urbanos. Cada veículo emite, em média, 4 toneladas de partículas e gases poluentes por ano.
Os ônibus podem operar num sistema conhecido como Transporte Rápido por ônibus (BRT, na sigla
em inglês de Bus Rapid Transit.). Os ônibus longos e articulados do sistema BRT operam em um corredor
exclusivo com plataformas de embarque e desembarque niveladas à porta de entrada do veículo para facilitar
o acesso do passageiro e tornar as paradas mais rápidas. A cobrança da tarifa ocorre fora do veículo.
O metrô só foi inaugurado no Brasil em 1974, na cidade de São Paulo (SP). Já havia mais de um século
que o primeiro metrô fora instalado no mundo: a linha de Londres (Inglaterra), inaugurada em 1863, como
solução para o transtorno causado pelo trânsito de carroças, carruagens e ônibus puxados por cavalos. O
sistema metropolitano brasileiro ainda está restrito a apenas algumas capitais do país8: São Paulo (SP), Rio
de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Teresina (PI), Fortaleza
(CE), Salvador (BA) e Curitiba (PR).
Bicicleta
O uso da bicicleta como meio de transporte urbano expressivo é uma realidade em diversas áreas
urbanas do mundo há muito tempo. A história varia de acordo com o contexto de cada cidade, mas o
crescimento do número de ciclistas só foi possível com a criação de uma infraestrutura cicloviária capaz de
estimular o uso da bicicleta como meio de transporte. Essa infraestrutura vai além da instalação de ciclovias
e ciclofaixas com segurança. Ela envolve também a existência de bicicletários (estacionamentos) próximos às
estações de ônibus, metrô, trens, VLT e BRT para viabilizar a intermobilidade com outros meios de transporte
disponíveis. Acrescenta-se ainda a instalação de serviços públicos de empréstimo ou aluguel de bicicleta – em
algumas cidades ela é fornecida gratuitamente, em outras cobra-se um valor apenas para cobrir o custo
envolvido no sistema. Além de toda essa infraestrutura, é necessário assimilar mudanças e criar novos hábitos
e comportamentos de todos os envolvidos no cotidiano do trânsito da cidade.
A questão enfrentada pelas grandes cidades do mundo, desde a segunda metade do século XX, é afastar
os automóveis do centro, através da ampliação das diversas modalidades de transporte coletivos e da criação
de espaços exclusivos à bicicleta e também à circulação de pedestres. Nas cidades brasileiras o estímulo ao
ciclismo é uma realidade mais recente em divide a opinião pública. As ciclovias e as ciclofaixas implicam em
remoção de áreas de estacionamento nas ruas e de pistas de automóveis para dar lugar ao ciclista, gerando
oposição daqueles que usam o automóvel como único meio de transporte e dos comerciantes, cuja clientela
perdeu espaço para estacionar o seu veículo próximo ao estabelecimento. Apesar disso, é fato que só haverá
mais gente pedalando se houver políticas públicas de incentivo às bicicletas, como aconteceu em outros países
do mundo, e é incontestável que o uso da bicicleta no cotidiano apresenta uma série de vantagens: é um meio
de transporte que não polui o ambiente (ambientalmente sustentável), econômico, provoca menos trânsito na
cidade e é um exercício saudável.
ATIVIDADES
1 . (Enem 2012) “A maior parte dos veículos de transporte atualmente é movida por motores a combustão que
utilizam derivados de petróleo. Por causa disso, esse setor é o maior consumidor de petróleo do mundo, com
altas taxas de crescimento ao longo do tempo. Enquanto outros setores têm obtido bons resultados na redução
do consumo, os transportes tendem a concentrar ainda mais o uso de derivados do óleo.” MURTA, A. Energia:
o vício da civilização. Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (adaptado). Um impacto ambiental da tecnologia mais
empregada pelo setor de transporte e uma medida para promover a redução do seu uso, estão indicados,
respectivamente, em:
a) Aumento da poluição sonora – construção de barreiras acústicas.
b) Incidência da chuva ácida – estatização da indústria automobilística.
c) Derretimento das calotas polares – incentivo aos transportes de massa.
d) Propagação de doenças respiratórias – distribuição de medicamentos gratuitos.
e) Elevação das temperaturas médias – criminalização da emissão de gás carbônico.
2. (Enem 2013) “De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística
de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que
tal ‘ferramenta logística’ ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala
geográfica do Brasil.” HUERTAS, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola
brasileira. Revista Transporte y Territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado). A
necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pela(s)
a) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção.
b) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte.
c) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal.
d) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos.
e) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais.
b) as hidrovias tornariam o preço do produto agrícola brasileiro mais competitivo no mercado internacional,
mas têm sua implementação dificultada pelo custo e pelos impactos ambientais decorrentes de seus projetos.
c) as rodovias, principal modalidade de transporte do País, assumem, com alto custo, elevada tonelagem no
deslocamento de mercadorias diversas e maior percentual de tráfego de passageiros.
d) o transporte aéreo registra um uso mais intenso nas regiões do País onde há grandes distâncias entre os
principais centros urbanos e fraca densidade das redes rodoviária e ferroviária.
a) Fluvial
b) Dutoviário
c) Terrestre
d) Aéreo
e) Marítimo
REFERENCIAS
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br
https://suportegeografico.blogspot.com/2019/05/questoes-sobre-transportes-no-brasil-i.html
Almeida ,Lúcia Marina Alves de, Fronteiras da Globalização/ Lúcia Alves de Almeida, Tércio Rigolin—3
ed.—São Paulo: Ática, 2016.
Lucci, Elian Alabi Território e sociedade no mundo globalizado, 2 : ensino médio / Elian Alabi Lucci,
Anselmo Lazaro Branco, Cláudio Mendonça. -- 3. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2016.
Silva, Angela Correa da Geografia : contextos e redes / Angela Correa da Silva, Nelson Bacic Olic, Ruy
Lozano. — 2. ed. — Sao Paulo : Moderna, 2016.
RETOMADA DAS
APRENDIZAGENS
GEOGRAFIA
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
https://www.cartacapital.com.br/tag/migracao/
Migrar corresponde à mobilidade espacial da população, ou seja, é o ato de trocar de país, estado,
região, ou até mesmo de domicílio. A migração internacional consiste na mudança de moradia com destino a
outro país. Tal ocorrência vem sendo promovida ao longo de muitos anos, a exemplo disso cita-se a migração
forçada de africanos no intento de realizarem trabalhos escravos em outros continentes. A partir daí, esses
fluxos migratórios internacionais têm se intensificado cada vez mais nas últimas décadas.
O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores: em consequência
de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas ou culturais, causas relacionadas a estudos em
busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros. O principal motivo para esses fluxos migratórios
internacionais é o econômico, no qual as pessoas deixam seu país de origem visando à obtenção de emprego
e melhores perspectivas de vida em outras nações.
Conforme relatório de desenvolvimento humano de 2009, realizado pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD), aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países de
origem, o equivalente a 3% da população mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem em
países ricos e industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação econômica oriunda de alguns países
desenvolvidos, estima-se que em 2010, 60% das migrações ocorram entre países em desenvolvimento.
Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados, entre eles estão:
Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. Os Estados Unidos possuem o maior
número de imigrantes internacionais – dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.
A migração internacional promove uma série de problemas socioeconômicos. Em face das medidas
tomadas pela maioria dos países desenvolvidos no intento de restringir a entrada de imigrantes, o tráfico destes
tem se intensificado bastante. No entanto, esses mesmos países adotam ações seletivas, permitindo a entrada
de profissionais qualificados e provocando a “fuga de cérebros” dos países em desenvolvimento, ou seja,
pessoas com aptidões técnicas e dotadas de conhecimentos são bem-vindas.
Outra consequência é o fortalecimento da discriminação atribuída aos imigrantes internacionais,
processo denominado “xenofobia”.
ATIVIDADES
4.O processo de migração é resultante de vários fenômenos políticos, econômicos e sociais, os quais
modificam as sociedades. No Brasil, um intenso processo de movimentação da população ao longo da segunda
metade do século XX provocou várias mudanças no país. A principal consequência desse movimento da
população nacional foi o aumento da população urbana brasileira. Esse movimento é chamado de:
A) refugiados ambientais.
B) diáspora brasileira.
C) migrações externas.
D) fuga de cérebros.
E) êxodo rural.
5. É um país localizado na América do Norte conhecido internacionalmente pelas rígidas leis migratórias. É
muito procurado, em especial por imigrantes latino-americanos que buscam melhores condições de trabalho
e renda.
O período acima remete a qual país americano?
A) Canadá.
B) Brasil.
C) Estados Unidos.
D) Reino Unido.
E) Emirados Árabes.
TIPOS DE MIGRAÇÕES
VAMOS conhecer os
principais tipos de Com o processo de globalização atualmente existente, as
migrações existentes e os pessoas deslocam-se cada vez mais para os mais diferentes lugares do
seus respectivos conceitos. mundo. Dessa maneira, é possível perceber que esses deslocamentos
acompanham determinadas características, uma vez que eles ocorrem
por razões previamente estabelecidas.
Assim, podemos classificar essas migrações – ou seja, os
deslocamentos realizados pelas pessoas – em diversos tipos diferentes.
Quando as pessoas estão saindo de um determinado local, elas estão emigrandoe, quando elas estão
chegando, elas estão imigrando. Além disso, quando essa migração ocorre entre países diferentes, é chamada
de migraçãoexterna, e, quando ela ocorre em um mesmo país, é chamada de migração interna.
Vamos conhecer agora os principais tipos de migração existentes:
• Migração pendular: é aquela que as pessoas realizam todos os dias, quando vão de casa para o
trabalho ou para a escola. Funciona como um pêndulo, que vai e volta para o local de onde veio.
• Migração sazonal ou transumância: é quando a migração dura um determinado período do ano ou
alguns meses. É uma migração temporária. Por exemplo: uma pessoa que se muda para outra região
do país para estudar e retorna seis meses depois.
• Migração permanente: é quando há o deslocamento e ele dura vários anos ou um tempo
indeterminado.
• Êxodo rural ou migração campo-cidade: é a migração em massa dos trabalhadores do campo para
as cidades.
• Migração cidade-cidade: é quando ocorre um fluxo de pessoas migrando entre as diferentes cidades
em um mesmo território.
• Nomadismo: é quando as pessoas se deslocam entre diferentes pontos, não tendo um local fixo de
moradia.
Compreender as migrações é importante, pois elas obedecem a algumas razões econômicas, sociais e
naturais, evidenciando a existência de inúmeros outros fenômenos.
ATIVIDADES
2. Cite pelo menos três tipos de migrações que você conhece. Dê exemplo.
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REFERÊNCIAS
https://escolakids.uol.com.br/geografia/migracoes.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/migracao-internacional.htm