Você está na página 1de 41

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS

DE TRANSPORTES
Disciplina: Engenharia de
Transportes e Tráfegos
Engenharia civil - 9º semestre
Docente: Allícia Alves
BIBLIOGRAFIA

BARAT, J. Logística, transporte e desenvolvimento econômico. Ed. CLA, São Paulo,


2007.

BRUTON, M. J. Introdução ao planejamento dos transportes. Ed. Interciência,


São Paulo,1979.

KAWAMOTO, E. Análise de sistemas de transportes. EESC/USP, São Carlos-


SP, 1999.

ARTIGOS E TRABAHOS ACADÊMICOS DE APOIO.

bit.ly/livros-e-t-t
O COMEÇO DE
TUDO
O transporte é fator essencial à vida. Foi importante para sociedades no
passado e, se torna cada vez mais, às sociedades atuais e futuras.

O sistema de transportes se consiste num EXCELENTE ÍNDICE do


desenvolvimento econômico de um país.

Desde épocas remotas o homem teve necessidade de transportar coisas,


ou a si próprio de um local a outro:
Fosse para levar uma caça abatida até uma caverna
Necessidade de habitar um local
SEMPRE houve a necessidade da MOVIMENTAÇÃO.
Inicialmente o próprio homem, seja deslocando-se a pé ou transportando
cargas em cestos ou esteiras, servia de “meio de transporte”.

Buscando a EVOLUÇÃO dos transportes conseguiu-se que animais


fossem domesticados para o cumprimento das tarefas típicas do
transporte terrestre. Os remos foram substituídos por velas

AMPLIANDO as condições de comércio entre locais distantes, originando


o ciclo das grandes navegações, expandindo oslimites domundo,então
conhecido.

Revolução Industrial, com o advento da máquina a vapor, fez surgir o


navio e a locomotiva à vapor e com o advento dos motores à combustão
interna, surgem o caminhão e o automóvel (Henry Ford/1908)
O TRANSPORTE
E A SOCIEDADE
Função dos Transportes:
Circulação de mercadorias e pessoas;
Fazer movimentações.

Ojetivo dessas movimentações:


Aumentar o volume e a velocidade da operação;
Diminuir custos e tarifas (deslocamento e estocagem)
Diminuir impactos ao meio ambiente (emissões e acidentes)
Elementos do sistema de transportes:
Infraestrutura (vias, terminais);
Material rodante: Veículos motorizados ou não;
Equipamentos

Dimensões do transporte:
Carga e passageiros;
urbanada e interurbana;
individual e coletivo;
motorizado ou não motorizado
Tipos de Vias de transporte:
Rodovias;
Ferrovias;
Hidrovias;
Aerovias;
Dutovias

O transporte traz contribuições:


à economia;
à atividade industrial;
ao desenvolvimento cultural de uma nação.
O transporte contribui para conferir duas importantes utilidades aos bens:
utilidade de lugar;
utilidade no tempo.

Ou seja, ter os bens onde eles são desejados e quando eles são desejados.

Um sistema eficiente de transporte, proporciona:


aumento da produtividade;
a redução dos custos de produção;
a utilização mais eficiente dos recursos naturais na produção de bens.
Principais objetivos dos transportes:
Promover a integração e o desenvolvimento;
Melhorar a infraestrutura e a operação do sistema;
Otimizar a alocação da demanda por transportes;
Minimizar custos de transporte.

Impactos:
Efeitos sociológicos, culturais e políticos;
Utilização de recursos naturais;
Especialização regional;
Potência e energia;
Novos mercados;
Descentralização;
Tempo.
Sociológicos: o progresso segue as linhas de comunicação e as
populações tendem a se desenvolverem ao longo das vias de
transporte. Exemplo: o Rio Nilo, Implatação de uma rodovia.

Culturais: Diferenças de cunho mundial tem diminuído através do


contato em viagens.

Políticos: O transporte desenvolve um sentido de unidade nacional. A


garantia da manutenção da integridade do território brasileiro
depende da existência de uma ampla rede de transportes.
Utilização de recursos naturais: A riqueza e poder de uma nação
dependem do acesso e da efetiva utilização de seus recursos naturais.

Especialização regional: Regiões produtoras conseguem direcionar os


seus esforços para a exploração dos seus recursos locais ou para a
produção de produtos específicos, possibilitando novas fronteiras
econômicas através de polos industriais e agroindustriais.

Potência e energia: Quantidades ilimitadas de carvão, gás, e óleo


combustível são necessários para prover energia às indústrias, calor e luz
para residências, edifícios públicos, comerciais e iluminação pública.
Novos mercados: Tornam-se disponíveis pelo transporte de e para as
regiões de produção especializadas.

Descentralização: Muitas indústrias mudam-se de centros tradicionais de


produção especializada.

Tempo: A entrega de bens ou de movimento de pessoas, no tempo


desejado, está se tornando cada vez mais importante.Por exemplo:frutas
frescas e vegetais são transportados através dos continentes e oceanos,
em rápida velocidade; atrasos no trânsito causam perdas em quantidade
e em valor de mercado aos produtos.
CONTEXTO
BRASILEIRO
No período compreendido entre 1880 e 1930, a economia brasileira
preservou fundamentalmente à característica de exportadora de
produtos primários (matérias-primas industriais e alimentos).

Sudeste: café, principal produto de exportação do País;

Sul e Centro-Oeste: atividades de pecuária extensiva e extração de


madeiras, com pequena participação da erva-mate no Paraná;

Nordeste: agroindústria açucareira, produção de algodão, cacau e


fumos;

Amazônia: atividades extrativas florestais, notadamente de borracha.


Pode-se dizer, ainda, que o grosso da atividade econômica do país estava
concentrado ao longo de uma faixa litorânea de cerca de 600 km.

Sendo que a produção do interior — principalmente aquela destinada à


exportação — buscava sempre o acesso à navegação de longo curso.

Nesse contexto econômico, à função principal dos transportes foi à de


promover o escoamento dos fluxos de produção agropecuária e extrativa,
do interior para o litoral.

Coube às ferrovias a ligação dos centros produtores e de comercialização


aos portos regionais, onde as cargas eram embarcadas em navios de
longo curso para o suprimento de matérias-primas e alimentos aos
países industrializados da Europa Ocidental e da América do Norte.
A notável expansão dos transportes entre 1900 e 1929 resultou do
entrelaçamento das atividades ferroviárias e portuárias à navegação.

Houve uma necessidade imposta pelo comércio exterior de integrar o


escoamento terrestre das mercadorias com sua expedição marítima de
longo curso.

Não houve, todavia, uma articulação entre as diversas malhas ferroviárias,


no sentido da concepção e operação de um sistema ferroviário de
alcance nacional, unificando o mercado interno.

Predominou o objetivo de conceber e tratar os sistemas ferroviários


como suporte às exportações de forma isolada por regiões.
As concessões para construção e exploração de portos tiveram início em
fins do século XIX e início do século XX.

Em 1912, o governo federal criou:


Inspetoria Federal de Portos, Rios e Canais
Inspetoria Federal de Navegação
Em 1932 foi criado o Departamento de Portos e Navega-ção, unindo
essas atividades sob uma única administração

Cenário da Europa Ocidental e América do Norte desde meados do


século XIX já era priorizado a integração das ferrovias e portos.
Reforçando:
O processo industrial;
Desenvolvimento científico e tecnológico.
Na sua função mais importante, o transporte ferroviário:
Propiciou a redução dos custos de escoamento da produção agrícola
Caracterizava-se por ter uma certa capilaridade (o transporte de
cargas fracionadas)
Era responsável pela distribuição de produtos manufaturados
(majoritariamente importados) nas áreas de influência dos portos
regionais

No que diz respeito à navegação nacional, a evolução da frota mercante


foi bem menos expressiva que a das ferrovias, uma vez que o grosso do
tráfego de longo curso utilizava-se de navios estrangeiros.
O transporte rodoviário esteve muito pouco vinculado ao ciclo de
exportações de produtos primários. Existiam somente cerca de 2.000
caminhões no Brasil em 1929. As ligações rodoviárias começaram à ser
implantadas nos anos 20, com caráter exclusivamente local.
EM RESUMO:
Os investimentos em transporte foram feitos, nas diferentes regiões
exportadoras, no sentido de propiciar o escoamento da sua produção
primária da maneira mais eficiente para os mercados consumidores dos
países industrializados. Sendo que, a integração do transporte ferroviário
com à navegação de longo curso permitiu uma maior produtiviade.
ONDE NÓS,
ENGENHEIROS
NOS
ENCAIXAMOS?
O Brasil necessita escoar, ANUALMENTE, mais de 160 milhões de toneladas,
proveniente do setor primário;

E somente na cidade de SÃO PAULO, sua população realiza DIARIAMENTE,


aproximadamente 30 milhões de deslocamentos.

E cabem aos GOVERNOS, nas três esferas da administração, dar condições à


essa demanda
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA (CONFEA)
RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUN 1973:

Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia,


Arquitetura e Agronomia.

Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICAçãO e


CONSTRUçãO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a


edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes,
de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e
diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e
correlatos.
PORTANTO, A
ENGENHARIA DE
TRANSPORTES É UM
DOS GRANDES RAMOS
DE ATUAÇÃO DA
ENGENHARIA CIVIL.
EU, ENQUANTO ENGENHEIRO POSSO:

Trabalhar com:
Estradas;
Rodovias;
Ferrovias;
Hidrovias;
Portos;
Pistas de aeródromos;
Engenharia de tráfego;
Modelos de planejamento em transportes;
Estudos de viabilidade...
EU, ENQUANTO ENGENHEIRO POSSO:

O engenheiro pode:
projetar;
construir estradas, ou equipamentos para agências de transporte;
planejar o uso de transporte em algum projeto envolvendo vários
sistemas de transporte

Como gestor, deve selecionar o tipo de transporte que proporciona mais


economia e eficiência, tanto no acesso às matérias primas, quanto na
distribuição dos produtos acabados, aos mercados consumidores.
MAS, PRA ISSO ACONTECER:

É necessário:
Planejar
Projetar
Construir
Operar
Manter

Geralmente: RECURSOS <<<<<<<<< NECESSIDADES

Por isso é fundamental otimizar a gerência do sistema.


A ENGENHARIA DE TRANSPORTE
ABRANGE:
SENDO ASSIM:

PRECISAMOS CONHECER OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


DOS TRANSPORTES E DAS RELAÇÕES QUE GOVERNAM ESTE
COMPONENTE ESSENCIAL DE NOSSA SOCIEDADE.
ATÉ A
PRÓXIMA
AULA!
PRATIQUEM
EM CASA!
Baixar os livros da disciplina.

Caso precisem entrar em contato:

(73) 98139-7997

eng.alliciaalves@gmail.com

Você também pode gostar