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OS TRANSPORTES

Nas últimas décadas vêm se intensificando os fluxos de mercadorias e pessoas, informações e


capitais que alteram a dimensão e a velocidade dos fatos no espaço geográfico.
No caso da circulação de mercadorias e de pessoas , são de grande importância os avanços
alcançados pelos meios de transporte e a interação graças ao avanço nos meios de comunicação.
A evolução nos transportes implicou intensa e profunda intervenção técnica sobre o meio natural,
através de obras de engenharia para diminuir a rugosidade e aumentar a fluidez. Nos sistemas modernos de
transportes as diferentes redes geralmente encontram-se conectadas.
OS MODOS DE TRANSPORTES
Os transportes podem ser:
Terrestres: aqueles que se deslocam por terra. Ex.: Ferroviário, Rodoviário, Metroviário. Etc.
Aquáticos: aqueles que se deslocam pela água. Ex.: Marítimo, Fluvial, Lacustre, Etc.
Aéreos: aqueles que se deslocam pelo ar. Ex.: Aviões, helicópteros, jatos, etc.
O TRANSPORTE FERROVIÁRIO
O trem foi o principal meio de transporte do século XIX até a metade de século XX.
Em países como os EUA e Canadá foram construídas grandes ferrovias ligando o Atlântico ao
Pacífico. Na Rússia, a transiberiana que liga Moscou a Vladvostok.
Entre as décadas de 1940 e 1960 houve declínio das ferrovias em função das rodovias, mas a partir
de 1970 com os metrôs e os trens de grande velocidade ( TGV ) esse transporte voltou a concorrer até com o
transporte aéreo.

As maiores malhas ferroviárias do mundo

O TRANSPORTE FERROVIÁRIO NO BRASIL


O desenvolvimento do transporte ferroviário no Brasil está diretamente ligado à expansão da
cafeicultura, primeiro no estado do Rio de Janeiro, ligando o Vale do Paraíba até o porto do Rio de Janeiro
e, a seguir, no estado de São Paulo, do interior até o porto de Santos(SP).
As primeiras ferrovias do café foram a Estrada de Ferro D. Pedro II ( 1855, Rio de Janeiro) e a
Estrada de Ferro Santos – Jundiaí ( 1868, São Paulo ).
O período de maior expansão ferroviária situou-se entre 1870 e 1920, quando a extensão das
ferrovias passou de 745 Km para 28.535 Km. A partir daí e, principalmente, após a crise da cafeicultura, o
ritmo de expansão das ferrovias diminui. Enquanto no período anterior foram construídos quase 28.000 Km
de ferrovias, entre 1920 e 1960 construíram-se menos de 10.000 Km. Desde essa época, as ferrovias
concentram-se nos estados do Sudeste.
Desde 1960, a eliminação de vários ramais antieconômicos diminuiu de 38.280 Km para 28.056 Km
( 1999 ) a extensão das linhas férreas. Enquanto isso, no mesmo período, a extensão das rodovias passou de
476.938 Km para 1.658.677 Km ( 1997 ).
A partir da década passada, o programa de privatização do governo federal transferiu grande parte
das linhas férreas em concessão para a iniciativa privada.
A intenção era expandir a participação do trem na matriz do transporte, mas as empresas
concessionárias investiram menos que o esperado e o crescimento do setor entre 1996 e 2003 foi de 12 %,
inferior ao crescimento do volume de cargas transportado no período.
O grande problema da malha ferroviária é que estava em estado precário na época da privatização. O
Ministério dos Transportes calcula que existem mais de 10 mil pontos críticos em todo o país, dos quais 650
exigem soluções urgente. Principal compradora de soja e minério de ferro do Brasil, a China anunciou que
vai investir 4 bilhões de dólares na recuperação de parte da malha brasileira.
O TRANSPORTE RODOVIÁRIO
A utilização de automóveis como meio de transporte data do início do Século XX na Alemanha, 1902
e EUA, 1903.
As principais causas da preferência pelo transporte rodoviário são:
• O caminhão possui maior flexibilidade e acesso aos diversos lugares;
• Pode haver mais rapidez comparado ao ferroviário. Do início aos dias atuais a expansão do
transporte rodoviário foi espetacular.

As maiores redes rodoviárias do mundo

O TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL


O Brasil é um dos poucos países com grande extensão territorial onde o transporte
rodoviário também é predominante no transporte de cargas.
O rodoviarismo ganhou força no Brasil na década de 1920, no governo de Washington
Luís, que tinha como slogan de “ Governar é abrir estradas ”.
A Partir da década de 1960 é elaborado o Plano rodoviário Nacional que definiu cinco
tipos de rodovias, identificadas pelas letras BR, seguidas de um número.
PLANO RODOVIARIO NACIONAL
* RODOVIAS RADIAIS: partem de Brasília. A numeração vai de 1 a 100, aumentando a partir
do norte no sentido horário. Ex: BR-10 ( Brasília – Belém ); BR-20 ( Brasília-Fortaleza).
* RODOVIAS LONGITUDINAIS: traçadas no sentido norte-sul. A numeração vai de 101 a
200, de norte para sul. Ex: BR-101 Estreito (RS) – Touros (RN); BR -116 Jaguarão (RS) – Fortaleza
(CE).
* RODOVIAS LATITUDINAIS OU TRANSVERSAIS: traçadas no sentido de leste para
oeste. A numeração vai de 201 a 300. Ex: BR-230 Cabedelo (PB) – Benjamin Constant (AM).
* RODOVIAS DIAGONAIS: traçadas no sentido diagonal. A numeração vai de 301 a 400. Ex: BR
– 364 Cuiabá (MT) – Porto Velho (RO).
* RODOVIAS DE LIGAÇÃO: são as que ligam as anteriores entre si. A numeração vai de 401 a
500. Ex: BR – 456 Matão (SP) – São José do Rio Preto (SP).
Até 1994, todas as vias de transporte eram administradas pelos governos estaduais e
federais. A partir de 1995, realizaram-se privatizações de rodovias, por meio de concessões, ou seja,
exploram-se trechos, por um período, mediante o pagamento ao governo e o compromisso de
manutenção e de melhorias.
A iniciativa privada já controla 10.000 quilômetros de estradas federais e estaduais. As
concessionárias cobram pedágios dos usuários pela utilização das rodovias. O valor das tarifas tem
aumentado ( 45% de 1997 a 2001 ).
Se, de um lado, a conservação resulta em economia na manutenção de veículos e na
redução de acidentes, de outro lado encarece as viagens e os custos de transporte de carga, tendo
influência direta no custo de vida. Há alimentos que percorrem, às vezes, grande distância para
chegar ao consumidor.
O TRANSPORTE AÉREO
A aviação comercial desenvolveu-se após a Segunda Guerra Mundial. Por razões de
segurança nos voos, os aviões deslocam-se no interior de corredores aéreos estritamente definidos.
Os Estados Unidos concentram os principais aeroportos do mundo em tráfego de
passageiros.
Principais aeroportos do mundo em tráfego de passageiros
• 1. Nova York - 72,4 milhões aa
• 2. Chicago - 71,4 milhões aa
• 3. Londres - 71,0 milhões aa
• 4. Tóquio - 63,0 milhões aa
• 5. Los Angeles - 54,0 milhões aa
A aviação comercial iniciou-se no país em 1927, com a criação da Varig( Viação Aérea Rio-
Grandense). A primeira companhia aérea ligou as cidades gaúchas de Porto Alegre e Rio Grande.
A grande extensão territorial, a deficiência dos outros meios de transporte, o pioneirismo
( Santos Dumont ) e interesses econômicos estrangeiros são os fatores responsáveis pelo
desenvolvimento da aviação brasileira.
O país está ligado por vias aéreas a todos os continentes e todo o seu território acha-se
integrado pelo transporte aéreo. Apesar disso, se levarmos em conta o tamanho da população brasileira,
veremos que o transporte aéreo é pouco utilizado.
Vantagens do transporte aéreo
O sistema tem a vantagem da rapidez, comodidade, segurança, conforto, etc. mas é muito
caro e sua capacidade é limitada.
Por isso, representa apenas 0,3% do total transportado.
O TRANSPORTE HIDROVIÁRIO
O transporte hidroviário se classifica em marítimo, fluvial e lacustre.
O transporte marítimo constitui, em termos quantitativos, o principal modo de transporte de
cargas em escala global, chegando a mais de 4 milhões de toneladas anuais que se dividem em três
categorias : Líquidos ( petróleo e derivados ) secos ( carvão mineral, produtos florestais e agrícolas e
Produtos finais ( máquinas, equipamentos, automóveis, etc.).
O maior porto do mundo é o de Roterdã, na Holanda. Dentre os dez maiores portos, cinco são
japoneses : Chiba, Kobe, Nagoya, Yokohama e Kawasaki.

As maiores frotas marítimas do mundo


O TRANSPORTE HIDROVIÁRIO NO BRASIL
O sistema hidroviário brasileiro tem 43 mil quilômetros, dos quais 27 mil são navegáveis em
condições naturais. O Brasil, porém, só aproveita 8 mil deles.
O sistema hidroviário brasileiro compreende três modalidades de navegação: costeira ou de
cabotagem, internacional e fluvial.
A navegação de cabotagem
A navegação de cabotagem se desenvolveu graças aos inúmeros portos, ao longo do litoral,
voltados à exportação, como também à distribuição de produtos regionais.
A melhoria da navegação costeira depende de várias medidas como a renovação da frota
mercante, regularidade dos navios e melhor infraestrutura portuária. Em 1995 o congresso nacional
iniciou a privatização do setor de navegação.
A navegação internacional
A navegação internacional enfrenta problemas no Brasil como frota de competitividade. Mesmo
com as privatizações, o sistema portuário, em termos tecnológicos, é pouco competitivo para os padrões
internacionais.
O transporte fluvial
Entre 1998 e 2003, o movimento de cargas nos rios cresceu 13%.O transporte por sistema
hidroviário custa apenas 20% do rodoviário e um terço do ferroviário. Uma única barcaça pode levar 20
mil toneladas, o que equivale a 200 vagões de trem ou 800 caminhões.
Os custos para implantar e manter uma hidrovia também são menores do que no caso de uma
ferrovia ou uma estrada de rodagem.
As principais hidrovias brasileiras
São a do rio Madeira, entre Porto Velho (RO) e a foz do rio Amazonas;
A Tietê-Paraná, que liga o interior dos estados de São Paulo e Goiás à saída do rio da Prata, na
Argentina.
A hidrovia do rio Paraguai, que liga Mato Grosso ao rio Prata.
Ainda podemos destacar a hidrovia do rio São Francisco.

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