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TRANSPORTES

Os transportes sempre foram responsáveis pelo desenvolvimento de estados e


regiões, pois é por meio dos transportes que vários objetivos podem ser alcançados,
como a locomoção das pessoas pelos imensos locais existentes no globo terrestre, a
entrega e distribuição de mercadorias dos mais diversos tipos e nos locais mais
longínquos, etc. Assim sendo, é por meio do transporte que uma série de atividades
econômicas podem ser desenvolvidas e realizadas.
Atualmente, os objetivos das organizações só podem ser atingidos pela
realização dos transportes, seja de mercadorias, seja de pessoas. Desse modo, em
quase todas as atividades que as diversas organizações desenvolvem, o transporte
está presente, sendo o elo para o alcance dos objetivos.
Dessa forma, o transporte desempenha um papel muito importante para a
economia mundial, pois é por intermédio dos mesmos que as mercadorias chegam
aos seus diversos consumidores, sejam clientes finais, ou outras empresas, as
pessoas conseguem se deslocar por vários locais e lugares, buscando os seus
interesses e objetivos e diversas e inúmeras relações são realizadas, como o
comércio, o turismo, entre outros.

HISTÓRIA DOS TRANSPORTES

Os transportes existem desde a antiguidade, pois os homens primitivos já


realizavam o fenômeno dos transportes, que eram feitos a pé, com as mudanças que
os homens realizavam de lugares, indo de um local para outro. Após isso, os homens
perceberam que era necessário desenvolver algum tipo de instrumento que
possibilitasse o transporte, principalmente em função de poder se transportar os seus
equipamentos e outros materiais que possuíam, e que eram transportados
1

manualmente, gerando grandes esforços e dificuldades.


Dessa maneira, o homem percebeu que era possível criar alguns instrumentos
que facilitassem o transporte dessas indumentárias, como às canoas, que foram os
primeiros inventos usados pelos homens na antiguidade para realizar o transporte,
tanto de mercadorias, como de pessoas ao longo dos rios.
O primeiro tipo de equipamento usado para o transporte terrestre foi o trenó,
que era semelhante a uma canoa, deslizava nas planícies geladas da Escandinava e
do Oriente. Inicialmente, os trenós eram movidos pela força humana e pelo
deslizamento por meio das descidas provenientes do solo. Posteriormente, o homem
domesticou alguns animais, que passaram a ser utilizados como tração de transporte.
Assim sendo, os trenós passaram a serem puxados pelos animais, como cães, bois,
camelos e elefantes.
A partir da invenção da roda, o transporte terrestre conseguiu um grande
avanço, pois possibilitou a criação de carros tracionados por animais, com maior porte,
e que possibilitaram o transporte de maior quantidade de mercadorias e pessoas.
No entanto, com a criação desses carros, tornou-se necessário a criação de
estradas para que os mesmos pudessem ser usados. Os primeiros povos que
construíram estradas foram os egípcios, seguidos pelos persas e romanos. Esses dois
últimos foram os maiores construtores de estradas, em razão de seus impérios serem
muito grandes.
Os romanos foram os maiores desenvolvedores de estradas, visto que seu
império era muito grande e necessitava de comunicação entre todas as partes do
mesmo. A rede viária romana era de cerca de 350.000 km de estradas não
pavimentadas.
No século XIX desenvolve-se a construção de estradas de ferro e a utilização
dos trens como um meio de transporte eficiente e barato, tanto no aspecto do
transporte de cargas, como de passageiros. Dessa maneira, uma grande malha
ferroviária é construída na Europa, principalmente em função da Revolução Industrial,
que possibilitou o uso do motor a combustão, como forma de força de movimento.

MÁQUINA FERROVIÁRIA MOVIDA A VAPOR


2

<http://elisaflor697.blogspot.com.br/2011/03/subtitulo-4-revolucao-dos- transportes.html>.

No século XX, com o advento do automóvel e, principalmente pela criação do


carro Ford T, o transporte passou a ser feito com a utilização de automóveis,
principalmente o transporte de pessoas, visto que o modelo T era barato e acessível
às pessoas.
AUTOMÓVEL MODELO FORD T

FONTE:<http://www.transitocomvida.ufrj.br/HistoriaDoTransitoNoMundo.asp>.
3

AUTOMÓVEL DO INÍCIO DO SÉCULO XX

<http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/curio_primeiros.htm>.

VEÍCULO UTILIZADO PARA TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

FONTE: <http://forquilhaontemhojeesempre.blogspot.com.br/2011/10/historia-
dos- transportes-de-veiculos.html>.

VEÍCULO UTILIZADO PARA TRANSPORTE DE PASSAGEIROS


4

<http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/platb/miltonjung/2010/01/18/a-
historia-dos-onibus-na-cidade-de-sao-paulo/>.

BONDE ELÉTRICO USADO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

<http://intpubcoletivoricardo1sem2011.blogspot.com.br/2011/03/historia-dos-
transportes-terrestres-no.html>.

Com o desenvolvimento tecnológico, diversos meios de transporte foram sendo


incorporados às mais diversas necessidades humanas de transporte de produtos e de
pessoas, como a invenção do avião, que possibilitou o transporte aéreo de cargas e
pessoas, além do transporte marítimo e fluvial, com o uso de barcos, navios, e grandes
5

cargueiros que fazem o transporte de carga entre os continentes, levando os mais


diversos produtos pelos oceanos.
Também os barcos que trafegam pelos rios, desempenham grande
importância, por transportarem pessoas e cargas nos mais afastados locais que,
muitas vezes, só possuem essa forma de transporte.
Além disso, nota-se o grande avanço no transporte de cargas e pessoas que é
realizado pelos meios rodoviários, em que, principalmente no Brasil, tem uma grande
importância, visto que a maior parte das cargas e pessoas é transportada por rodovias,
sejam em caminhões e ônibus, sejam em automóveis e motocicletas.

CAMINHÃO E CARRETA USADOS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE


CARGAS

FONTE: <http://www.transportabrasil.com.br/2012/08/livro-conta-historia-do-
transporte-rodoviario-de-cargas-em-minas-gerais/>.

ÔNIBUS RODOVIÁRIO USADO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS


6

FONTE: <http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/01/11/licitacao-da-
antt-edital- de-onibus-rodoviarios-ficara-pronto-em-marco/>.

METRÔ USADO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

FONTE:<http://hist-8b.blogspot.com.br/2008/05/revoluo-dos-
transportes.html>.
AVIÃO USADO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
7

FONTE:<http://fanaticosporaviacao.blogspot.com.br/2012/07/vrg-transportes-
aereos- brasil.html>.

AVIÃO USADO NO TRANSPORTE DE CARGAS

FONTE:<http://www.da-hora.com/index.asp?identidade=%7B6A105C1D-
A499-479A-A2FB-D7E9E39AFB6E%7D&idpagina=%7BE40C389D-B88A-4370-
B6AA-B5FDBEC0B7D4%7D&IDProduto=%7BB30F6458-4770-4DF0-85A3-
3D829CEB89CC%7D>.
TRANSPORTES: CONCEITO, TIPOS DE
MODAIS E TECNOLOGIA.

Basicamente, quando se fala de transporte expõe-se a movimentação de


cargas entre dois pontos diferentes. Assim, o transporte é o fenômeno que
consiste em se movimentar cargas, que podem ser mercadorias, produtos,
insumos, etc., e também pessoas, animais e outros seres viventes, de um ponto
inicial para um destino.
Nesse contexto, o transporte possibilita uma infinidade de possibilidades
relacionadas aos seus objetivos, ou seja, nas inúmeras formas de se fazer essa
movimentação o transporte pode se utilizar de vários modelos de meios para
alcançar os objetivos.
Baseado nesses pensamentos pode-se afirmar que existem alguns tipos
de meios de transportes, ou modo de se realizar a movimentação de cargas e
pessoas, ou ambos, saindo de um ponto inicial e transportando-se essas cargas,
e/ou pessoas, até um destino final, ou objetivo do transporte.
Assim sendo, os diversos meios de transporte, ou modos de transportes,
chamados de modais de transporte, podem ser de cinco tipos diferentes:

1. Modal Rodoviário;
2. Modal Ferroviário;
3. Modal Aquaviário;
4. Modal Dutoviário;
5. Modal Aéreo.

A. MODAL RODOVIÁRIO

O modal rodoviário é o tipo de transporte mais utilizado no Brasil, em


virtude da imensa gama de investimentos que foram realizados na década de
1960 com a implantação da indústria automobilística. Dessa forma, foram
realizados grandes investimentos na construção de rodovias ao longo de todas
as regiões brasileiras, possibilitando a implantação, crescimento e
desenvolvimento do modal no Brasil.
Atualmente, o modal possui uma regulamentação muito complexa e
grande, principalmente no tocante aos padrões e normas de conduta dos
veículos nas rodovias e cidades, e em razão da grande quantidade de acidentes
automobilísticos que acontecem anualmente, deixando marcas muito profundas
e afetando a economia do país e causando a morte e invalidez de uma grande
quantidade de pessoas.
Nos últimos anos, grandes investimentos têm sido realizados,
principalmente com a privatização das rodovias no país. Isso acarretou uma
melhora muito grande na estrutura das rodovias do Brasil, possibilitando a
grande circulação de veículos existentes.
Como consequência, há um aumento significativo da quantidade de
veículos que circulam pelas rodovias e cidades, produzidos pelo aumento na
produção das montadoras de veículos, tanto veículos de passeio como de
transporte de cargas e passageiros, além de estímulos ao crédito para as
empresas e para as pessoas.
O modal rodoviário possui algumas vantagens, como a facilidade de
acessos, o transporte de cargas pequenas e fracionadas, a entrega em qualquer
local, pela facilidade de trânsito. Outra vantagem é a velocidade e a facilidade
de deslocamento pela imensa malha rodoviária existente no país. As
desvantagens dizem respeito aos grandes investimentos na construção e
manutenção de rodovias, os custos elevados de manutenção de veículos, a
carga tributária incidente, a baixa relação custo/benefício por tonelada
transportada, ou passageiro transportado por quilometro, além da elevada
incidência de acidentes, causando mortes e perdas financeiras irreparáveis.

MODAL RODOVIÁRIO DE TRANSPORTE DE CARGAS


FONTE: <http://www.mmzerep.com.br/propaganda-rodovia.php>.

MODAL RODOVIÁRIO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

FONTE: Disponível em:


<http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/albuns-de-fotos/imagens-da-
semana-12-a-16-de-marco>.
MODAL RODOVIÁRIO DE TRANSPORTE DE CARGAS (2)

FONTE: Disponível em:


<http://fateclog.blogspot.com.br/2012/11/transporte-rodoviario-mantem-
lideranca.html>.

MODAL RODOVIÁRIO DE TRANSPORTE DE CARGAS (3)


FONTE: Disponível em:
<http://modallogistica.blogspot.com.br/2011/02/tipos-de-modais-na-
logistica.html>.

B. MODAL FERROVIÁRIO

As ferrovias surgiram na Inglaterra, com a construção e desenvolvimento


da máquina a vapor. Eram usados com a finalidade de transportar passageiros
e cargas, com a vantagem do grande volume que é possibilitado a se fazer esse
transporte.
O modal ferroviário é um dos mais destacados no conceito de transporte,
visto que é um tipo específico de modal com características próprias de sua
atuação e função. A sua importância sempre foi muito destacada, principalmente
nos tempos do século XIX e XX.
Na Europa e EUA o destaque desse modal é muito maior que no Brasil.
Lá, o meio ferroviário exerce grande influência no transporte de passageiros e
cargas. No Brasil, o modal sofre uma grande desestimulação principalmente pela
implantação da indústria automobilística na década de 1960. O governo
brasileiro da época privilegiou a implantação da indústria de veículos
automotores rodoviários, fato que criou grandes estímulos para o
desenvolvimento do modal rodoviário, em desestímulo ao ferroviário. Isso
também aconteceu em virtude da pressão das grandes empresas produtoras de
petróleo, que necessitavam de um mercado cada vez maior de veículos, que
iriam consumir petróleo em larga escala, ao contrário do trem. Dessa maneira, o
modal rodoviário foi assumido pelo governo como o modal principal do país, que
passou a assumir as funções desempenhadas anteriormente pela ferrovia.
Assim sendo, o transporte rodoviário de cargas e passageiros se tornou oficial
no país e a ferrovia foi desestimulada, reduzindo-se a sua participação no Brasil,
principalmente no tocante ao transporte de passageiros e cargas.
Atualmente, há poucas linhas férreas que fazem o transporte de cargas,
principalmente de produtos como minérios, combustíveis, grãos e alguns outros
tipos de materiais que são produzidos e transportados em grandes quantidades.
O transporte de passageiros praticamente foi extinto, existindo apenas o
transporte municipal em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, que
utilizam trens para o transporte de pessoas. Além dos trens convencionais,
também é utilizado nesse transporte o metrô, que é um tipo de trem que faz o
seu deslocamento no subsolo, em túneis específicos para o seu desempenho.
As principais vantagens do modal ferroviário são:
1. Grande capacidade de cargas, ou seja, os trens possuem uma
capacidade muito grande de volume de cargas no mesmo momento, visto que
uma composição de locomotiva e vagões chega a transportar quantidades muito
grandes de cargas, da ordem de até 1000 toneladas em cada viagem realizada.
2. É um meio de transporte seguro.
3. Causa pequenos impactos ambientais.
4. O consumo de combustível é pequeno devido à proporcionalidade
da carga que é transportado, ou seja, a relação entre volume de carga e
consumo de combustível é pequeno.
No entanto, o sistema ferroviário possui algumas desvantagens:
a) Baixa velocidade de transporte, se comparado com outros modais.
b) Pouca flexibilidade nas rotas e na carga.
c) Grandes investimentos na construção das ferrovias e máquinas.
d) Manutenção cara.
e) Necessidade de integração com outros modais, visto que o modal
ferroviário não consegue sozinho realizar todas as operações de carga,
transporte e descarga em todos os produtos possíveis.
f) Impossibilidade de fragmentação de cargas, ou transporte de
cargas conjugadas, na maioria dos casos.
MODAL FERROVIÁRIO

FONTE: Disponível em:


<http://pontoaporto.blogspot.com.br/2009/06/modal-ferroviario-e-o- futuro.html>.

MODAL FERROVIÁRIO: TRANSPORTE DE CARGAS

FONTE: Disponível em: <http://logisticasobrerodas.blogspot.com.br/>.


MODAL FERROVIÁRIO: TRANSPORTE DE CONTEINÊRES

FONTE: Disponível em:


<http://www.transportabrasil.com.br/2012/05/brado-logistica-conquista- clientes-
gauchos-no-modal-ferroviario/>.

MODAL FERROVIÁRIO: TRANSPORTE DE CARGAS DE GRÃOS


http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/index.php/sistema-
ocepar/comunicacao/2011-12-07-11-06-29/

C. MODAL AQUAVIÁRIO

O modal aquaviário compreende toda forma de transporte que é realizado


com auxílio de fontes de águas, como rios, lagos, mares, oceanos, canais, etc.,
e compreende tanto o transporte de cargas, tanto em pequenos como em
grandes volumes, como o transporte de passageiros, seja em formas
convencionais como em turismo.
Assim sendo, o modal aquaviário é usado para o transporte entre os
diversos países do mundo na realização de suas negociações internacionais de
compra e venda de produtos, dos mais diversos aspectos, sendo transportados
em grandes navios cargueiros, petroleiros, graneleiros e com plataformas para
contêineres, como também no transporte de passageiros em turismo nacional e
internacional, que se utiliza de grandes navios que oferecem cruzeiros marítimos
e oceanográficos.
Além disso, o modal aquaviário é realizado em rios e canais menores, nas
dimensões internas dos países, como forma de transporte de passageiros e
cargas, como os que são realizados nos rios da Amazônia, no transporte fluvial
nos rios Paraná, Tietê entre outros.
As principais vantagens desse modal são a grande capacidade de
transporte de cargas, o que acarreta no barateamento dos fretes e do baixo custo
por tonelada transportada por quilômetro, o pequeno impacto médio ambiental
(desconsiderando- se os acidentes), e a grande possibilidade a ser explorada no
Brasil, em virtude da imensa existência de rios. As desvantagens estão
relacionadas ao custo do investimento inicial necessário, as necessidades de
construção de portos para carga e descarga e a menor flexibilidade do transporte
de produtos e serviços prestados.
TRANSPORTE MARÍTIMO DE CARGAS

<http://www.portosdoparana.pr.gov.br/modules/noticias/print.php?storyid
=396>.

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO DE CARGAS EM RIOS

<http://www.coladaweb.com/geografia/meios-de-transporte>.

D. MODAL DUTOVIÁRIO

O modal dutoviário é um tipo de modal que é pouco utilizado no Brasil,


mas que possui uma grande importância pelos objetivos que são alcançados
pelo seu uso. Assim sendo, por meio do modal de dutos são transportados
líquidos e gases, como petróleo, gás natural, óleo diesel, gasolina, entre outros.
A vantagem principal desse sistema é a facilidade de gerenciamento do sistema,
a rapidez e facilidade do sistema. As desvantagens principais são os elevados
custos de implantação e manutenção do sistema, além da possibilidade de
acidentes ambientais, entre outros.

MODAL DUTOVIÁRIO

FONTE: Disponível em:


<http://faturame.blogspot.com.br/2012/11/agilidade-custos-beneficios-
existem.html>.

E. MODAL AÉREO

O modal aéreo é um dos tipos de modais mais utilizados para o transporte


de passageiros, além de cargas. É um transporte que possui como vantagens
principais a grande velocidade de efetuação do transporte, além de ser
praticamente possível de ser realizado em todo o mundo.
Além disso, a grande capacidade de cargas transportadas é vantajosa. As
desvantagens principais são os altos custos por tonelada ou por quilômetro
transportado, se comparado ao modal ferroviário, rodoviário e aquaviário, além
da infraestrutura necessária para operar o sistema, como aeroportos,
controladores de tráfego aéreo, entre outros.
Outra desvantagem diz respeito aos acidentes, que são bem menores que
os demais modais, mas que são muito impactantes quando ocorrem.

MODAL AÉREO DE TRANSPORTE DE CARGAS

FONTE: <http://cleitonlog.blogspot.com.br/2011/04/o-transporte-aereo-e-
o-movimento- de.html>.

MULTIMODALIDADE,
INTERMODALIDADE E TERMINAIS DE
CARGA

Dentro do processo logístico de transportes, dois conceitos são utilizados:


a intermodalidade e a multimodalidade.
O conceito de intermodalidade significa que ocorre a utilização conjunta
de mais de um modal de transporte, em que os documentos fiscais que são
necessários ao transporte a ser realizado, são emitidos individualmente para
cada tipo de modal, sendo que cada transportador assume a responsabilidade
pelo seu transporte.
Assim sendo, esse conceito expõe o processo de se levar cargas da
origem ao destino, pelo uso de dois ou mais tipos de modais, de forma que
aconteça a perfeita coordenação e integração das etapas do transporte, bem
como das informações que são necessárias para o alcance dos objetivos.
A intermodalidade propicia oportunidades de redução de custos, pois
possibilita uma infinidade de combinações de transportadores, podendo ser
analisado de acordo com aquelas empresas de transporte que oferecem
melhores preços e condições de pagamentos, além de outros aspectos que
impactam os custos da empresa de transporte, ou da empresa logística.
Além disso, o transporte intermodal envolve uma complexa rede de
estrutura física e sistemas de comunicação, visto que juntamente com as cargas
a serem transportados, existe uma complexa rede de informações que o
acompanham e que precisam ser analisados e gerenciados pelas empresas de
transporte.
Por outro lado, a intermodalidade pode ser vista como um problema, pois
podem acontecer grandes dificuldades de se transferir as cargas de um modal
para o seguinte, por exemplo, além dos processos de carga e descarga serem
dificultados pelas diferenças dos modais.
Por exemplo, suponha-se que determinada empresa adota a utilização
intermodal baseado no transporte de cargas por meio de ferrovia e hidrovia.
Surgirão grandes dificuldades, e a exigência de investimentos, para que
aconteça a carga e descarga dos trens e carga e descarga do navio até o seu
destino final. Assim sendo, as empresas que adotam a intermodalidade
necessitam conhecer os processos e realizar os investimentos necessários para
que o sistema opere perfeitamente e consiga produzir as vantagens que são
possibilitadas pelo seu uso.
O grande desafio da intermodalidade é manter as mercadorias em
constante movimento, por meio de um fluxo contínuo de todo o processo de
transportes, buscando não ter atrasos nos momentos de transferências de um
modal para o outro, conseguindo fazer todo o processo de transporte de forma
eficiente e eficaz.
Nesse contexto, a intermodalidade é uma forma integradora de todo o
processo logístico que deve ser realizado pela cadeia de suprimentos. Dessa
maneira, toda a cadeia de suprimentos trabalha integrada e em parceria,
buscando atender aos desejos e necessidades do consumidor final.
Já o transporte multimodal é uma forma de transporte que utiliza um, ou
vários modais diferentes, porém com a utilização de um único documento fiscal
de transportes. Com esse documento acontece toda a realização do transporte
da origem até o final do processo.
Esse documento é emitido por um operador de transporte multimodal, que
é o responsável pelo mesmo, do início ao fim. As principais vantagens desse tipo
de transporte são:

a) Contratos melhor estruturados;


b) Melhor utilização da capacidade disponível do operador de
transporte;
c) Eficiência na combinação de diferentes modais;
d) Melhor utilização da tecnologia de informação;
e) Ganhos de escala com o transporte;
f) Redução dos custos.

Há algumas leis, decretos e resoluções que expõem como são as normas


e regras para o Transporte Multimodal no Brasil. Entre esses estão:

1. DECRETO Nº 1.563, DE 19 DE JULHO DE 1995: Dispõe sobre a


execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte
Multimodal de Mercadorias, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, de 30
de dezembro de 1994.
2. LEI Nº 9.611, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998: Dispõe sobre o
Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências.
3. DECRETO Nº 5.276 DE 19 DE NOVEMBRO DE 2004: Altera os
artigos 2o e 3o do Decreto no 3.411, de 12 de abril de 2000, que regulamenta o
Transporte Multimodal de Cargas, instituído pela Lei n o 9.611, de 19 de fevereiro
de 1998, e dá outras providências.
4. RESOLUÇÃO Nº 794, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2004: Dispõe
sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal, de que tratam a Lei
nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, e o Decreto nº 1.563, de 19 de julho de
1995.
Os processos de transportes, tanto aqueles que se utilizam da
intermodalidade quanto da multimodalidade necessitam das operações dos
chamados terminais de carga, que nada mais são que postos estratégicos onde
os modais se encontram, e que podem fazer o carregamento.
Dessa maneira, os terminais são locais onde são realizadas as operações
de carga e descarga de um modal para outro modal, ou até mesmo, dentro de
um mesmo modal.
Por exemplo, quando uma empresa transporta soja de trem e navio,
usando os dois modais, ela irá se utilizar do terminal de cargas para transferir a
soja dos
vagões de trem para o navio. Por outro lado, se a empresa utiliza um caminhão
de capacidade de 15 toneladas para retirar a soja do produtor e depois transfere
essa carga para um caminhão tipo “bitrem” com capacidade de 45 toneladas, ela
também utiliza o terminal de cargas para realizar essa transferência.
Assim sendo, os terminais podem ser desenvolvidos de acordo com as
necessidades existentes por cada operador logístico, sendo que o terminal pode
fazer a sua tarefa entre dois modais somente, ou entre mais modais, ou entre
apenas um tipo de modal.
Ele também pode servir apenas para cargas secas, ou cargas
refrigeradas, ou cargas vivas, ou cargas embaladas em contêineres, ou cargas
a granel, etc. Cada terminal será construído seguindo o seu objetivo específico.

DIMENSIONAMENTO DA FROTA
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO NO BRASIL

A estrutura do transporte rodoviário no Brasil é de extrema complexidade


e importância, visto que mais de 60% das cargas movimentadas no Brasil são
transportados por meio de rodovia.
Esse tipo de transporte possui várias peculiaridades, como a rapidez,
flexibilidade, agilidade entre outros aspectos. O país desenvolveu uma malha
rodoviária complexa e variada, atingindo praticamente todos os pontos do país.
As rodovias são classificadas quanto à sua gestão e abrangência do
órgão governamental que a submete, sendo que existem rodovias federais,
estaduais e municipais, chamadas de vicinais.
Por outro lado, as rodovias podem ser gerenciadas pelo governo, tanto
federal como estadual, que se torna o responsável pela sua conservação e
cuidados, e também podem ser privatizadas. Esse movimento teve início na
década de 1990 e grande parte das rodovias federais e estaduais, atualmente
são concedidas a empresas privadas, que são responsáveis pela conservação
das mesmas e todos os demais aspectos do tráfego, como a assistência técnica
para os veículos danificados e o apoio aos acidentes.
Atualmente, as rodovias privatizadas apresentam uma qualidade
excepcional em sua estrutura física e nos demais aspectos da prestação de
serviços que essas concessionárias desempenham, quando comparado às
demais rodovias que são gerenciadas pelo governo, que são, em sua maioria,
de qualidade ruim, sem conservação e outros aspectos, aumentando os riscos
de acidentes e produzindo grandes perdas para todos os envolvidos no
transporte, principalmente pelos danos causados aos veículos e cargas, além da
demora em se fazer o transporte.
Por outro lado, as rodovias privatizadas cobram o pedágio, que é uma
taxa pelo uso das mesmas. A vantagem de se utilizar rodovias de excelente
qualidade proporciona o aumento da produtividade das empresas de transporte,
em função da rapidez e agilidade do transporte e da menor incidência de quebras
e danos aos veículos e cargas em função da qualidade da estrada.
Assim sendo, as empresas de transporte conseguem obter vantagens
importantes nesse aspecto, pois conseguem atender os seus clientes com
rapidez e qualidade. Por outro lado, as taxas de pedágio são muito altas e
acabam impactando os custos variáveis, reduzindo os ganhos das empresas.
As rodovias federais são classificadas em rodovias radiais, que interligam
pontos radiais ao longo do território nacional, como é demonstrado pela figura
abaixo:

FIGURA – RODOVIAS RADIAIS NO BRASIL


<http://www.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/mapas/Rodovias%20R
adiais.jpg/view>.

Também são classificadas em rodovias transversais, que cortam o


território nacional de forma transversal.

RODOVIAS TRANSVERSAIS NO BRASIL


<http://www.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/mapas/Rodovias%20T
ransversais.jpg/view>.

Outro tipo de classificação das rodovias diz respeito às chamadas


rodovias diagonais, que são feitas de forma diagonal no seu trajeto e transcurso,
cortando o território nacional de forma diagonal, em muitas vezes ligando
diversos estados da nação.

RODOVIAS DIAGONAIS NO BRASIL

FONTE:
<http://www.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/mapas/Rodoviais%20Diagon
ais.jpg/view>.
Por fim, as rodovias podem ser classificadas como sendo rodovias
longitudinais, que são aquelas que cortam o território de forma longitudinal,
como mostrado pela figura.

RODOVIAS LONGITUDINAIS NO BRASIL

<http://www.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/mapas/Rodovias%20L
ongitudinais.jpg/view>.

Outro aspecto importante relacionado à estrutura do transporte rodoviário


brasileiro são aqueles relacionados às características da frota de veículos que
estão circulando no Brasil.

FIGURA – FROTA DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NO BRASIL

Frota de Veículos Rodoviários no Brasil.


1.897.273

1.020.412
862.864
Registros Emitidos
810.808
Veículos
683.292

127.187
329 13.997

Autônomo Empresa Cooperativa Total

<http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/20270/Transportadores_
Frota_de_Veiculos.htm>.

Desse modo, ao se analisar a figura, pode-se expor que a frota de


veículos brasileira em abril de 2013, que são os últimos dados oficiais, mostram
que existem no país 810.808 transportadores registrados, sendo a maior parte
desses com características de autônomos, ou seja, 683.292 transportadores
registrados no Brasil são pessoas independentes que fazem o transporte de
cargas e de passageiros de forma autônoma.
Também existem 127.187 empresas de transporte rodoviário no país e
329 cooperativas de transporte, tanto de cargas como de pessoas. Do mesmo
modo, existem no Brasil 1.897.273 veículos registrados para realizar o transporte
de pessoas e cargas, o que equivale dizer que existe aproximadamente 2,3
veículos para cada transportador.
RELAÇÃO DOS VEÍCULOS POR TRANSPORTADORES NO BRASIL

Relação de Veículos por Transportadores Registrados no Brasil

2,3 1,3

42,5
Autônomo Empresa

Cooperativa Total

<http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/20270/Transportadores_
Frota_de_Veiculos.html>.

Ao se analisar a distribuição dos veículos e transportadores, pode-se


visualizar os tipos de veículos que cada tipo de transportador utiliza. Sendo
assim, percebe-se que os transportadores autônomos utilizam-se na sua maioria
de caminhões simples, de capacidade de carga entre oito toneladas a 29
toneladas (415.427 veículos), seguido pelo uso de caminhões tipo trator
(130.068) e pela utilização de caminhões leves (124.373 veículos).

DISTRIBUIÇÃO DOS VEÍCULOS PELOS TRANSPORTADORES


AUTÔNOMOS

109.138 494
202 Autônomo
20.907
1.914
124.373 CAMINHÃO LEVE (3,5T A 7,99T)
11.238
CAMINHÃO SIMPLES (8T A 29T)
CAMINHÃO TRATOR
48.391
CAMINHÃO TRATOR ESPECIAL

712 CAMINHONETE (1,5T A 3,49T)


REBOQUE
SEMI-REBOQUE
BITREM
415.427
SEMI-REBOQUE ESPECIAL
130.068
UTILITÁRIO LEVE (0,5T A 1,49T)
VEÍCULO DE APOIO

<http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/20271/Transportadores_Frota_Tipo_de
_Veiculo.html>.
Ao se analisar a distribuição dos veículos pelas empresas
transportadoras, percebe-se a utilização na sua maioria de caminhões
semirreboque (391.916 veículos), seguido pelo uso de caminhões tipo trator
(280.613) e pela utilização de caminhões simples de capacidade de carga entre
oito toneladas a 29 toneladas (230.595 veículos).
DISTRIBUIÇÃO DOS VEÍCULOS PELAS EMPRESAS

1.160 9.956 Empresa


2.009 3.091
50.494
CAMINHÃO LEVE (3,5T A
7,99T)
CAMINHÃO SIMPLES (8T A
29T)
CAMINHÃO TRATOR

230.595 CAMINHÃO TRATOR


ESPECIAL
391.916 CAMINHONETE (1,5T A 3,49T)

REBOQUE

SEMI-REBOQUE

BITREM
280.613
SEMI-REBOQUE ESPECIAL

UTILITÁRIO LEVE (0,5T A


25.076 1,49T)
VEÍCULO DE APOIO
24.189 1.313

TRANSPORTADORAS

http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/20271/Transportadores_Frota_Tipo_de_
Veiculo.html>.
Por fim, ao se analisar a distribuição dos veículos pelas cooperativas,
percebe-se a utilização na sua maioria de caminhões semirreboque (5.536
veículos), seguido pelo uso de caminhões tipo trator (4.699) e pela utilização de
caminhões simples de capacidade de carga entre oito toneladas a 29 toneladas
(2.572 veículos).

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