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BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICACÃO OFICIAL DA REPÚBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Concentração letal 50% inalatoria (CL 50 inalatoria) - é a concentração de
A V I S O provocar a morte em 50 % dos animais testados apos uma
exposição mínima de uma hora
A materia publicarna «Boletim da República deve ser remetida em
côpia devidamente autenticada uma por cada assuntodondeconstealem
indiçações necessarias para esse efeito o averbamento seguinte,
Contramarca - os números, leiras, palavras ou siglas
assinado e autenticado Parap u b l i ç â c a ono «Boletim da República» colocadas antes ou apos a marca
Dose - é a quantidade de produto por entidade tratada
ou por áreas
SUMÁRIO Dose letal 50% dérmica (DL 50 dermica) - e a dose
unica, expressa em miligrama da substância por quilo de
Ministérios da Saude e da Agricultura peso corporeo, que provoca a morte em 50 % dos animais
Diploma Ministerial n.o 88/87: testados apos contacto com a pele intacta por um período
Aprova o Regulamento sobre Pesticidas (Nova publicação de vinte e quatro horas, estendendo-se o controle durante
completa) catorze dias
Dose letal 50% oral (DL 50 oral) - e a dose única ex
pressa em miligramas da substância por quilo de peso
Por ter sido publicado incompleto o Diploma Ministerial corporeo, que provoca a morte de 5 0 % dos animais em
n.o 88/87, inserto no Boletim da Republica 1a série 30 de experiência ate catorze dias apos administrarão por via oral
29 de Julho ultimo volta a ser publicado ficando sem efeitos Embalagem - todo o recipiente destinado a acondicionar
a publicação anterior
os pesticidas e seus produtos formulados
MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DA AGRICULTURA Embalagem externa - embalagem destinada a proteger
os recipientes sujeitos a quebra, deformaçoes e a outras ava
Diploma Ministerial 88/87 nas durante o transporte
de 29 de Julho Ingrediente activo - substância de natureza química ou
biologica responsável pela acção pesticida
Nos termos das disposiçoes conjugadas dos artigos 4 e 20 Intervalo de segurança - é o intervalo mínimo de tempo
do Decreto no 12/82, é aprovado o Regulamento sobre Pes- entre a data de aplicação do pesticida, segundo a boa prá-
ticidas que faz parte integrante do presente diploma minis- tica agrícola e a da colheita ou consumo, garantindo uma
terial residualidade inferior a (LMR) estabelecida por este regula-
Maputo, 30 de Janeiro de 1986 - O Ministro da Saúde, mento
Pascoal Manuel Mocumbi - O Ministro da Agricultura, Limite Estranho de Resíduo (LER) - a concentração ma
João dos Santos Ferreira. xima de resíduo no pesticida tolera no alimento, proveniente
de circunstâncias não especificas, expressa em miligramas
Regulamento sobre Pesticidas do resíduo de pesticida por quilo de alimento (mg/kg)
Limite Maximo de Resíduos (LMR) - a concentração
CAPITULO I máxima do resíduo de um. pesticida, legalmente tolerado em
Definições um alimento, expresso em miligramas do resíduo do pesti-
cida por quilo de alimento (mg/kg)
ARTIGO 1 Marca - o nome ou a expressão utilizada para identifi-
Para efeitos deste regulamento estabelecem se as seguin car comercialmente o pesticida
tes definições Pesticida - substância ou mistura de substancias de na-
Adjuvantes - são substâncias tais como solventes, di- tureza química ou biológica destinadas a controlar qualquer
luentes, agentes tensio-activos ou ingredientes inertes ou ou agente patogenico ou outras formas de vida animal o vege
tros, incluindo em uma formulação com a finalidade de pos- tal prejudiciais a agricultura pecuaria e seus produtos,
sibilitar a aplicação do ingrediente activo de maneira assim como vectores de agentes patogenicos para o homem
homogénea, segura e eficaz e pragas domésticas
Boa prática agrícola - emprego correcto e eficaz de um Produto formulado - preparação obtida a partir de pro
pesticida, levando em consideração as quantidades mínimas dutos técnicos com adição de ingredientes inertes e /ou adju
necessárias para alcançar o controlo adequado, e aplicado vantes destinada a aplicação no combate as pragas, directa
de maneira que os resíduos sejam mínimos do ponto de vista mente ou apos diluição
toxicológico Produto técnico - produto constituido pelo ingrediente
Concentração - e a quantidade do ingrediente activo no activo e impurezas resultantes do processo industrial de fa
veículo diluente utilizado brico
Registo - aprovação oficial de um pesticida e a defini- ARTIGO 6
ção das condições de sua comercialização e utilização no
A Entidade de Registo pode exigir ao requerente quais-
Pais
quer informações não especificadas no Anexo I que consi-
Resíduos de pesticidas - qualquer substância que per-
dere indispensável, ou exigir a alteração do rotulo, material
manece em alimentos e águas destinadas ao consumo hu-
de publicidade ou embalagem de pesticidas de modo a cum-
mano ou animal resultante do emprego de um pesticida, ou
prir as normas em vigor no País
proveniente de circunstâncias não específicas. Incluem-se
nesta definição derivados específicos como produtos de de-
ARTIGO 7
gradação e conversão, metabolitos e produtos de reacção
consideradas de importância toxicológica A verificação da documentação é da competência da En-
Rotulo - toda a informação impressa, pintada, gravada tidade de Registo No caso do pedido do requerente estar
ou aplicada sobre qualquer especie de embalagem incompleto, a Entidade de Registo poderá devolvê-lo ao re-
querente ou solicitar as informações em falta num prazo
CAPITULO II máximo de trinta dias a partir da data de recepção
Registo de pesticidas
ARTIGO 8
ARTIGO 35
No caso de pesticidas importados em forma comercial,
deve-se indicar no boletim o valor total da importação, o Quando o processo revelar deficiências, o Ministério de
preço unitário do produto formulado e da substância activa, Tutela notificará o requerente para suprir, num prazo a fi-
indicando a moeda de pagamento e o valor equivalente em xar, essas deficiências ou proceder às modificações que fo-
meticais e em dolares americanos Não é obrigatório o for- rem necessárias, sob pena de não aprovação
necimento destes dados nos casos de produtos importados
para fins experimentais (AUEP) ARTIGO 36
CAPITULO IV
localização, -
jectos e das aguas residuais
pretende comercializar, -
mentares
dios -
ARTIGO 4 2
e habilitações técnicas conforme o artigo 51
O inicio do funcionamento so poderá fazer se apos des
ARTIGO
pacho final sobre o auto de vistoria dado pela estrutura
provincial do Ministério de Tutela apreciadas as opiniões
No prazo de trinta dias a partir da recepcao do pedido
dos diversos componentes da comissão de vistoria, sendo
de autorização, a entidade sanitaria local devera executar
indispensável o parecer favoravel da DPS A vistoria deve
a vistoria dos locais e controlo das habilitações para emissão
ser efectuada num prazo máximo de sessenta dias a partir
da autorização para comercialização c venda onde deverão
da data de recepção do pedido
constar
ARTIGO 43
localização
Para o despacho final aplica-se o disposto no n ° 1 do ar-
tigo 37 do presente regulamento
SECÇAO II ARTIGO 49
Requisitos d o s armazéns
ARTIGO 4 4
A autoridade sanitaria local que emitiu a autorizacao
para comercio e venda de pesticidas pode revogar a referida
Os armazéns ou depósitos de pesticidas podem ser auto- autorização quando faltem os requisitos na base dos quais
rizados conforme o disposto no artigo 39 deste Regulamento foi emitida a autorização
quando
ARTIGO 5 0
a) Projectados ou construídos em local apropriado, em
terreno não sujeito a inundações, distantes de Os pesticidas da classe podem ser vendidos somente a
cursos de aguas naturais ou fontes subterrâneas indivíduos munidos de autorização especifica emitida pela
b) Situados a uma distancia minima de cem metros de Direcção Distrital de Agricultura conforme as disposições
habitações ou de locais onde são produzidos ali- estabelecidas no artigo seguinte
mentos rações, ou outros produtos que possam
entrar em contacto com pessoas ou animais, ARTIGO 51
c) Fornecidos de instalações sanítarias funcionantes e
1 A autorização emitida pela Direcçao Distrital de
adequadas as exigências de higiene e segurança Agricultura é concedida a indivíduos maiores de dezoito
e proporcionais ao numero de trabalhadores anos e que possuam como habilitações literarias minimas
a 4 a classe e tenham sido aprovados numa entrevista de ava
ARTIGO 4 5 liação feita por esta Direcção Na entrevista o individuo
deve demonstrar que conhece os perigos ligados a detenção
Os armazéns ou depósitos de pesticidas devem possuir as
conservação, manipulação e utilização de pesticidas uso
características de boa ventilação protecção contra a entrada
correcto dos mesmos e medidas de prevenção a serem usa
de animais e pessoas adequado sistema de drenagem e sis-
das para o seu emprego correcto do ponto de vista agrícola
tema contra incêndios O responsável do armazém deve ser
pessoa habilitada e munida de autorização conforme o dis 2 Esta autorização habilita o portador a comercializaçao
posto do artigo 51 deste regulamento transporte e utilização de pesticidas
3 A autorização deve conter o nome e implete data e lo-
ARTIGO 4 6 cal de nascimento, residência e fotografia do requerente
Esta autorização e valida por um período de cinco anos e
E renovável
proibido armazenar mediante
pesticidas as mesmas
ao ar livre formalidades da obtenção
ou em recin
tos não adequadamente protegidos da agua da chuva outra Desta entrevista de avaliação ficam isentos os agronomos
diaçào solar e técnicos diplomados pelas escolas c institutos agrarios
CAPÍTULO VII 3) Precauções no manuseamento, sintomas de alarme
Transporte de pesticidas e primeiros socorros colocadas no corpo esquerdo
ARTIGO 5 2 ARTIGO 57
1 Todos os veículos que transportam pesticidas devem
ser autorizados para tal Esta autorização pode ser de natu- N a identificação do produto devem constar as seguintes
reza temporária ou permanente. informações
2 O órgão competente para a emissão da autorização é 1 Símbolos e avisos correspondentes à classificação toxi-
a Direcção Provincial de Transportes e Comunicações que cológica do produto, devem ser colocados em posição evi-
em alguns casos pode delegar em outras autoridades, coman- dente conforme o Anexo IV Para produtos de classe 1 e de
dos distritais da Polícia peso ou volume liquido igual ou superior a 20 (kg) (1), o seu
símbolo deve ser aplicado na embalagem de forma repetida
ARTIGO 5 3
para ser visível independentemente da colocação da embala-
A autorização permanente com validade de três anos ou gem
temporária com validade de quinze dias é concedida aos veí 2 Marca do produto constituída pelas seguintes partes
culos que apresentem os seguintes requisitos
a) Denominação comercial,
b) Percentagem do ingrediente activo com o respec- -
nidas pelo Código da Estrada; tivo símbolo (%) Para produtos com mais de
um ingrediente activo a percentagem representa o -
entre o motorista e a carga, total destes,
c) Código do tipo de formulação conforme o Anexo V -
para eventuais operações de limpeza,
Não é permitida a utilização de siglas, números ou letras -
adequadas para cobrir e amarrar toda a carga, na denominação comercial, a não ser que estas façam parte
do nome comum aprovado, do ingrediente activo A deno- -
minação COMBI ou PLUS só podem ser utilizadas quando -
se pretender transportar (tóxico, inflamável ou o produto é constituído por dois ingredientes activo A deno-
outros) minação M U L T I só pode ser utilizada quando o produto é
ARTIGO 54
constituído por três ou mais ingredientes activos
O 3 Indicação
condutor, para alémdodotipo de produtodasde disposições
cumprimento acordo com o seu
legais previstas do Codigo da Estrada deve ser portador da campo de aplicação (herbicida, insecticida, etc), e uso (só
autorização referida no artigo 5 do presente regulamento uso em agricultura, veterinária, doméstica, saúde publica) e
suas limitações
CAPITULO VIII 4 Indicação obrigatória dos insecticidas organoclorados,
Rotulagem de pesticidas organofosforados, carbonatos e piretróides
ARTIGO 55
5 Substância activa seguida pelos nomes dos ingredientes
activos impressos em letras de tamanho igual a um terço
1 Todas as substâncias com acção pesticida ou regulado- da marca usando a designação aprovada pela Direcção Ge-
res do crescimento vegetal, para serem importadas, produ- ral da Qualidade de Portugal, junto com a quantidade mi
zidas, comercializadas e utilizadas no País devem ter ró- nima garantida de cada ingrediente activo presente, expri-
tulo de identificação e de informações sobre qualquer emba- mida da seguinte forma
lagem externa conforme o disposto neste capítulo
a) Sólidos, líquidos viscosos, aerosóis e líquidos volá-
2 Todos os rótulos devem ser aprovados pela Entidade
teis grama por quilograma (g/Kg) ou percenta-
de Registo nos termos do Capítulo II do presente regula-
gem (%) por peso,
mento
3 A aprovação está sujeita à apresentação do rótulo em b) Outros líquidos grama por litro (g/1) ou percenta-
forma de prova de imprensa gem ( % ) por peso.
4 Todos os dizeres do rótulo devem ser redigidos em Lín- c) Gases percentagem (%) por volume
gua Portuguesa e facilmente legíveis por pessoa de visão
normal 6 «PODE SER U T I L I Z A D O E X C L U S I V A M E N T E
P O R PESSOAL A U T O R I Z A D O » para produtos de
5 Todas as unidades devem ser exprimidas em sistema
classe I « M A N T E R A F A S T A D O DAS CRIANÇAS»
métrico
para produtos das classes II e Ill
6 Todo o material usado na confecção do rótulo deve
possuir qualidades técnicas adequadas de maneira a ser du- 7 Tipo de formulação
rável, forte, aderente e resistente aos elementos, atritos, bem 8 Peso ou volume líquido do produto na embalagem
como ao material contido na embalagem e a curtas subs- 9 Numero de identificação do lote, data de fabricação e
tâncias que poderão vir a entrar em contacto com o rótulo prazo de validade com as seguintes indicações USAR AN-
7 Os rótulos deverão ser de cor branca, com dizeres em TES D E
preto contendo nas partes superiores e inferiores faixas con- 10 Número de registo da Entidade de Registo
forme as indicações do Anexo III
8 Só é permitido o uso de letras itálicas em nomes cien- ARTIGO 58
tíficos
ARTIGO 56 Nas instruções de uso deve constar na parte superior do
rotulo a seguinte frase «ANTES DE U T I L I Z A R E S T E
As informações obrigatórias constantes do rotulo são PRODUTO, L E I A AS PRECAUÇÕES INDICADAS»,
constituídas de três corpos e no mínimo as seguintes informações
1) Identificação do produto colocada no corpo central, 1 Para todos os produtos, o texto A constante d o
2) Instruções de uso colocadas no corpo direito, Anexo V I
2 Instruções específicas para cada tipo de formulação, ARTIGO 6 4
seleccionadas de acordo com os textos de E a L indicados,
Para os produtos experimentais as informações obriga-
no Anexo VI
tórias constantes no rotulo são as seguintes
3 Culturas e campo de utilização constante no registo
4 Pestes controladas indicadas por nomes comuns ou 1 Marca ou código de produtos
científicos. Os nomes padronizados no País devem ser utili- 2 Nome de ingredientes activos, utilizando o nome
zados obrigatoriamente comum, o código ou a denominação química, e ainda, a
5 Doses ou concentrações recomendadas expressas con- quantidade mínima garantida de cada ingrediente activo
forme a utilização prevista do produto e a indicação presente, expressa no seguinte modo
NUNCA EXCEDER A DOSE RECOMENDADA a) Sólidos, líquidos viscosos, aerosois e líquidos volá-
6 Equipamento e método de aplicacão
lagens e não podem, no caso de produtos líquidos, ter um CAPÍTULO X
diâmetro superior a 63 mm
Eliminação de pesticidas
ARTIGO 6 9 ARTIGO 7 2
Os pesticidas e seus produtos formulados so podem ser A eliminação de substâncias com acção pesticida ou re-
embalados em recipientes limpos e secos, sendo necessária guladoras do crescimento vegetal pode ser executada só
a remoção de qualquer contaminação externa da embala- quando autorizada pelos órgãos competentes do Ministério
gem, depois do enchimento da Saúde, que definirá os termos em que a autorização será
concedida
ARTIGO 70 ARTIGO 73
Para os produtos solidos e líquidos devem ser seguidos São orgãos competentes em relação a quantidade de pro-
os requisitos de embalagem conforme o disposto no artigo dutos a serem eliminados
seguinte Estes requisitos podem ser substituídos por ou-
tros aconselhados pelo fabricante, quando convenientemente dutos;
justificados
A r t i g o 71 produtos,
As características e tipo das embalagens de pesticidas são
periores a 500 kg
as seguintes
ARTIGO 7 4
1 Produtos sólidos
1 1 Embalagens pequenas até à capacidade de três O pedido de autorização deve conter a quantidade de pro-
quilogramas podem ser constituídas por sacos, dutos que se pretende eliminar, a discriminação dos for-
caixas, latas e vasilhames de plástico mulados ou produtos técnicos, natureza da formulação e
1 2 Embalagens grandes com capacidade de 10-25 Kg causas que determinaram a inutilização dos produtos, local
podem ser constituídas por sacos, tambores de proposto e sistema utilizado para a sua eliminação
fibra, plástico ou aço, caixas de papelão corru-
gado e resistente ARTIGO 7 5
1 3 Os sacos devem ser manufacturados com mais de
A autoridade sanitária conforme a complexidade dos ca-
uma camada do material empregue na confecção,
sos pode remeter a autorização ao órgão directamente superior definido no artigo 73
sendo a camada interna de um filme de polieti-
leno com espessura mínima de 0,02 mm
1 4 As latas devem ser manufacturadas com folha-de-
ARTIGO 7 6
-flandre compostas por lâmina fina de aço re-
vestida de ambos os lados por uma camada de Para eliminação de substâncias com acção pesticida po-
estanho dem ser autorizadas áreas permanentes e controladas para
Externamente, quando necessário, pode apli- servir indústrias ou grandes sistemas de armazenamento
A autorização é da competência da Direcção Nacional de
car-se tinta ou verniz
Saúde A eliminação de substâncias nestas áreas está su-
1 5 Os tambores de fibra, plástico ou metálicos são de jeita a comunicação da lista e quantidade de produtos que
tamanhos padronizados, com revestimentos cons- se pretendem eliminar
tituídos por sacos de polietileno, usados para
CAPÍTULO X I
protecção contra a humidade, redução da conta-
minação do tambor e facilitação da limpeza de Classificação toxicológica
forma a poderem ser reutilizados pela firma pro ARTIGO 77
dutora
Único Todos os recipientes devem ser testa- 1 Para os fins do presente regulamento, os pesticidas são
dos em relação à prova de vasamento assim classificados na base da toxicidade aguda para o homem ou
como também as tampas e outros sistemas de animais, resultante de uma exposição única ou repetida du-
fecho rante um prazo de tempo relativo
2 A classificação toxicológica dos pesticidas baseia-se na
2 Produtos líquidos
dose letal 50 % (DL50) por via oral, dérmica ou inalatória
2 1 Todo o recipiente para produtos líquidos deve ter 3 Sempre que o produto represente para o homem um
uma capacidade tal que após o envase apresente risco maior ao real do que a DL50 indica a classificação
um espaço vazio mínimo de cinco por cento deste produto deve ser modificada
2 2 Recipientes pequenos com capacidade até CINCO
litros podem ser constituídos por latas e frascos ARTIGO 78
com gargalos de vidro/plástico
2 3 Recipientes grandes com capacidade de dez a du- 1 Os ingredientes activos e produtos formulados serão
zentos litros são geralmente padronizados e cons- classificados em três classes
tituídos por latas, vasilhames e tambores ma-
nufacturados com aço ou plástico
Unico Os recipientes grandes de plástico ma-
nufacturados com polietileno necessitam de uma
embalagem externa, geralmente tambores de 2 Um resumo de classificação toxicológica consta no
aço ou caixas de papelão resistente, corrugado Anexo VIII
ARTIGO 7 9 CAPITULO XIII
Enquadram-se como pesticidas da classe I Fiscalização e penalidades
ARTIGO 8 2
A violação do disposto no Capitulo V I I e punida com
No Anexo I X encontra-se a classificação toxicologica dos multa de 10 000,00 a 50 000,00 MT, independentemente da
produtos registados em Moçambique até ao ano de 1983 apreensão do meio de transporte que haja dado origem a
infracção, até a obtenção da competente autorização sani-
tária
CAPITULO XII
ARTIGO 9 0
Limites m á x i m o s de resíduos tolerados e m alimentos
A importação, produção, comercialização ou utilização de
ARTIGO 8 3 pesticidas em violação do disposto nos Capítulos V I I I e I X
sobre rotulagem e embalagem são punidas com a imediata
São aprovados os limites máximos de resíduos de subs apreensão dos produtos e multa igual ao triplo do valor
tância com acção pesticida ou reguladoras do crescimento economico dos produtos nos casos de importação e pro-
vegetal referidos no Anexo X para os alimentos contempla- dução e multa de 10 000,00 a 100 000,00 M T nos casos de
dos no mesmo anexo Para os alimentos não contemplados comercialização e utilização
não são tolerados resíduos São também aprovados os inter-
valos de segurança que devem passar entre o ultimo trata- ARTIGO 9 1
mento e a colheita e, para os produtos alimentares arma-
zenados, entre o ultimo tratamento e a colocação dos pro- A eliminação de pesticidas em violação ao disposto no Ca-
dutos para consumo Nos casos em que não é indicado o pitulo X é punida com multa de 10 000,00 a 100 000,00 MT
intervalo de segurança o emprego de pesticidas deve ser e com pena conforme o disposto na Lei no 8/82, de 23 de
efectuado conforme as boas praticas agrícolas, deixando in- Junho, se a eliminação for susceptível de prejudicar grave-
tervalos que garantam o respeito do limite máximo de tole- mente a area ou a Saúde das populações
rância
ARTIGO 8 4 ARTIGO 9 2
Texto B
Lista de tipos de formulações de pesticidas e sistema de código
internacional (GIFAP) Proteje as mãos e use luvas de borracha
AB Isca de grãos. Texto C
AE Bomba de aerosol. As plantas e produtos tratados com este pesticida são venenosos
AI Ingrediente activo/substância. durante X dias depois do tratamento Não entre na machamba
AL Outros líquidos para aplicação d recta. durante este período
BB Isca em blocos.
BR Bloco.
CB Isca concentrada. Texto D:
CG Granulado encapsulado Mantenha a embalagem longe do fogo e na sombra
CS Suspensão de capsulado Para produtos altamente inflamáveis as palavras «CUIDADO.
DP Pó. PEGA FOGO FACILMENTE» e o símbolo de inflamabilidade
DS Pó para tratamento de sementes a seco de tamanho mínimo equivalente a 0,5 % da área total do rótulo.
EC Concentrado para emulsão. Para produtos inflamáveis as palavras «CUIDADO NA ARMA-
ED Líquido para pulverização electroestática. ZENAGEM: AUDE FACILMENTE» e o símbolo de inflama-
EO Emulsão (água em óleo). bilidade de tamanho mínimo equivalente a 0,5 % da área total
EW Emulsão (óleo em água) do rótulo.
FD Pastilha fumigadora.
FG Granulado fino (tamanho de partículas- 300 - 2500 mm) Texto E
FK Vela fumigadora.
FP Cartucho fumigador Evite respirar os produtos pulverizados.
FR Filamento fumigador.
FS Concentrado fluido para tratamento de sementes. Texto F:
FT Tablete fumigadora Não aplique contra o vento.
FU Produto fumigador.
FW Grânulo fumigador. Texto G:
GA Gás (em embalagem pressurizada).
GB Isca granulada. Este produto liberta gás venenoso em contacto com ácidos
GE Produto gerador de gás. e água ESTE GÁS PODE MATAR
GG Macrogranulado (tamanho de partículas. 2000 - 6000 mm)
GP Polvilho fino (para estufas) Texto H:
GR Granulado. Este produto IRRITA a pele e os olhos.
GS Pasta oleosa
HN Concentrado para nebulização a quente (hot fogging) Texto 1:
KN Concentrado para nebulização a frio.
LA Laca. Use uma máscara propria de protecção com filtros novos/Não
LS Solução para tratamento de sementes. produto em culturas, ou alimentos
MG Microgranulado (tamanho de partículas: 100 - 600 um).
OF Concentrado fluído miscível em óleo. Texto J:
OL Solução miscível em óleo. Use óculos protectores/Nunca trabalhe sozinho com este produto.
DP Pó molhável em óleo (não - organophosphorous compunds). Use uma mascara própria de protecção com filtros novos/Não
PA Pasta. deixe entrar n iguém no lugar tratado/Feche durante X dias,
PB Isca em pires depois ventile bem o ambiente
Texto L Antídotos e tratamento (Informações para médicos)
Tire e lave a roupa protectora no f i m do trabalho B-2 atropina, por via intramuscular ou intravenosa (eventual-
N u n c a leve para casa mente também por via oral), 1 a 6 m g cada 5 a 30 minutos, até
atropinizaçao leve
ANEXO VII Oximas - Pralidoxima B - 9 1 a 2 g/dia, nos três primeiros dias
N ã o usar morfina Z-47, aminofilina I - 2 , tranquiIizantes
Directivas sobre sintomas de alarme e primeiros socorros
APÊNDICE IV
1 Recomendações gerais quanto a primeiros socorros Incluir
as recomendações comuns constantes d o Apêndice I Carbematos
2 Textos referentes a perigo, sintomas de alarme, antídoto e
tratamento para produtos Rapidamente absorvido através da pele (quando aplicável)
Não trabalhe com este produto porá mais de seis horas por dia,
2 1 À base de compostos organoclorados. Incluir texto padro- ou trinta horas por semana, em casos de ficar mal disposto (Dores
nizado no Apêndice II de cabeça, enjoo, fraqueza) pare imediatamente o trabalho deixa
22. À base de compostos organofosforados Incluir texto padro- de trabalhar com pesticidas durante quinze dias
nizado n o Apêndice I H
2 3 À base de composto carbomatos Incluir texto padro- Se o acidentado parar de respirar, aplique imediatamente respi-
nizado no Apêndice IV ração artificial
2 4 À base de brometo de metal Incluir texto padronizado
no Apêndice V Sintomas de alarme
Fraqueza, dores de cabeça, aperto n o peito, visao turva, pupilas
não reactivas, salivação abundante, suores, náuseas, vómitos, diar-
3 Para outros grupos químicos, os textos referentes a perigos,
re a e cólicas abdominais
sintomas de alarme, primeiros socorros, antídotos e tratamentos
Antídoto e tratamento (Informações para médicos)
deverão ser apresentados pelos interessados por ocasião do pedido
de registo B-2 Atropina, por via intramuscular ou intravenosa (eventual-
4 Quando devidamente justificados e documentados pelos inte- mente também por via oral), 1 a 6 m g cada 5 a 30 minutos, até
ressados os textos propostos poderão ser parcialmente alterados atropinização leve
a JUÍZO do órgão competente do Ministério d a Saúde Não usar Oximas - pralidoxima B-9, morfim Z-47, aminofilina
1-2, tranquilizantes
APÊNDICE I APÊNDICE V
Recomendações comuns para primeiros socorros Brometo de metilo
(para todos os produtos)
Perigo.
Gás venenoso,
No caso de contacto do produto com a pele, lave imediatamente
com muita água Tira a roupa se estiver suja com pesticida Pode matar ou danificar os pulmões
Não respire vapores
Se o produto atingir os olhos, lave imediatamente com muita
Use roupa de mangas curtas e não use botas e roupa de borracha
água durante dez minutos
Sintomas de alarme
Não corrosivo Náuseas e vómitos, dores de cabeça, fadiga excessiva, visão
embaraçada, fala incorrecta, convulsões e queimaduras na pele
Se o produto foi engolido, faça vomitar imediatamente, dando
água morna e metendo um dedo na garganta.
Primeiros socorros
Repetir até que o vómito saia claro
Leve o paciente para o ar fresco
Corrosivo Assegure-se que o paciente respire livremente, mantenha-o
aquecido
Se o produto foi engolido, não faça vomitar, beba muita água
Nunca faça beber nada a uma pessoa inconsciente Administre respiração artificial se ocorrer parada respiratória
Em caso de envenenamento chame o médico e mostre-lhe este Tratamento (Informação para médicos)
rótulo N o caso de ocorrência de náuseas e vómitos, administre, por
via intravenosa, soro glicosado, oom objectivo de controlar o vómito
APÊNDICE II
e a desidratação até que eliminação de urina volte a o normal
Se o vómito não ceder, administre u m narcótico Metoclopramida
Compostos organoclorados
(G-15) N o caso de comprometimento pulmonar m a n t e n h a o
Sintomas de alarme paciente em atmosfera 100 % oxigénio ou de mistura de oxigénio
e CO2 O médico deve estar preparado para a acorrência de edema
Dores de cabeça, vómitos, tonturas, tremores, convulsões e coma pulmonar e pneumonite
Antídoto e tratamento (Informações p a r a médicos) N a ocorrência de parada respiratória aplicar respiração artifi-
Barbitúricos pelas vias oral, intramuscular ou intravenosa, nos cial, Mantenha o paciente aquecido, e m repouso e sob observação
casos de excitação d o sistema nervoso Diazepóxidos também são p o r vinte e quatro a quarenta e oito horas após a remissão
indicados Antibióticos e cortidosteróides, n a pneumonite química dos sintomas
ANEXO VIII
APÊNDICE III
Classes toxicológicas
Compostos organofosforados
Rapidamente absorvido através da pele (quando aplicável), vene- DL-50 (mg/kg de peso corpóreo) para ratos
noso se ingerado, inalado ou absorvido através da pele
Não trabalhe com este produto para mais de seis horas por dia Por via oral Por via dérmica
ou trinta horas por senana Em caso de ficar mal disposto (Dores
de cabeça, enjoo, fraquezaj pare imediatamente o trabalho, deixa Classe Produtos Sólidos Liquidos Sólidos Líquidos
de trabalhar com pesticidas durante quinze dias.
Se o acidentado parar de respirar, aplique imediatamente respi-
ração a r t i f i c a l I Altamente tóxicos < 5 0 < 200 < 100 < 400
II
Sintomas de alarme Moderadamente tó- 50-500 200-2000 100-1000 400-4000
xicos
Fraqueza doires de cabeça, aperto do peito, visão turva, pupilas
não reactivas, salivação abundante, suores, náuseas vómitos, diar- III
Ligeiramente tóxicos > 500 > 2000 > 1000 > 4000
reia e cólicas abdominais
ANEXO IX Classe III - Produtos ligeiramente toxicas
Fenitrotião
Cereais e axmazenados 10 20
(Femirothiort)
Arroz 2
_
Carbaru
Crucíferas 10
Fentião
(Fenthian) Cururbit&ceaa , 1 T 45
(Carbaryl) Feijão s
Milho 1
Sorgo 100 Fluometurão
(Fluometuron)
Semente de algodão N E -
Carbofuxão Batata OS T _
(Carbofuran) Milho 01 I — Fluorodifen
Arroz e soja N E 60
(Fluorodifen)
Cianazma
Cana-de-açúcar e milho 0,1 T
(Cyanazine) Fosfamidâo
Batata 0,05 I 20
(Phosphamidon)
Cipermetnna Milho e semente de al
(Cypermethm) godão 0,1 I —
Fosfina e fosfeto
Clorfenvinfos de alumínio
(Chlorfenvmphos) Batata 0,05 - (Phosphme, alu- Grãos armazenados 0,1 -
minium phos-
2j4~D e seus sais Arroz (nfio beneficiado) 02 30 phide>
estéreis e aminas Trigo (não beneficiado) 0,2 30
(2,4-D) Cana-de-açúcar 2 28 Form
Grãbs axmazenados 0,05 42
(Phoxim)
Ioxinil 30
Cana-de-açúcar 0,01
(loxynil)
Dazomet
(Dazomet)
Resíduos nio estabelecidos em razão do plantio ser feito
após deeradaç&o do produto Lindano Cereais (não beneficiados)
-
(Lindane) Leite 0,01
1
Deltametrina Malatião
Semente de algodão 0,0(2 r - Giãos armazenados 8
(Deltamethrin) (Malathion)
(c)
Batata-doce, feijão, soja Mancozeb 0,05
e tomate 0,5 15 (Mancozeb) Batata e tomate 28
0,01 de Etu
Citrinos, cruclfeias e mi-
Diazinão 0,7 15
lho MCPA
(Dtazinon) 15
Sorgo
Carne (na gordura)
1
0,7
(MCPA) Arroz e trigo
- H.E. 20
Leite 0,02 '
Metalaxil H E
(Meialaxyl) Milho 6 tomato -
Diclprvos Couves, feijão e tomate 0,5 7
(Dichlorvos) Soja , 2 7
MSMA
Batata-doce, cana-de- (M etfilarsonic Cana-de-açúcar e semen-
Dieldnn
(Dieldrin) -açúcar, milho, semen-
te de algodão N E
acid 1 sodium te de algodão
salt)
- H E -