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humana assistida
Considerações éticas e bioéticas em
reprodução humana assistida
A mudança sobre a forma de procriação exige normas e
condutas éticas bem definidas, já que pode influenciar
questões sociais, econômicas e religiosas de uma
população. Levando em consideração a importância social
da maternidade e o acesso a essas técnicas, este trabalho
tem como objetivo fazer uma amostra sobre as questões
éticas aplicadas à reprodução humana assistida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade é
caracterizada como as tentativas para a fertilização por mais de um
ano consecutivo, sem uso de algum método contraceptivo, em
mulheres em idade reprodutiva e sexualmente ativas. Apesar da
infertilidade e esterilidade muitas vezes serem vistos como
sinônimos, existe uma diferença entre esses termos, que não devem
ser utilizados para definir o mesmo problema. A esterilidade é a
incapacidade de se gerar um filho, enquanto a infertilidade é o
termo usado para pessoas que não conseguem levar uma gestação
adiante.
Requisitos mínimos exigidos aos serviços de reprodução
assistida
1. Possuir um diretor técnico (obrigatoriamente 2. Dispor de um registro permanente das
um médico registrado no Conselho Regional gestações e seus desfechos (dos
de medicina de sua jurisdição) com registro abortamentos, dos nascimentos e das
de especialista em áreas de interface com a malformações de fetos ou recém-nascidos),
RA, que será responsável por todos os provenientes das diferentes técnicas de RA
procedimentos médicos e laboratoriais aplicadas na unidade em apreço, bem como
executados. dos procedimentos laboratoriais na
manipulação de gametas e embriões.
Resolução CFM nº 1.957/105 revoga a resolução de 1992, formulada 18 anos depois, incluindo
transformações significativas. As principais alterações incorporadas com a resolução de 2010
foram: “a transferência embrionária limitada por faixa etária da mulher (até 35 anos – 2
embriões; entre 36 e 39 anos – 3 embriões e mais de 40 anos-máximo 4 embriões), a não
exigência de estado civil e sexo específico para ser considerado candidato a TRA, a
possibilidade de descarte de embrião e, por fim, a regularização da reprodução assistida post
mortem”
A Resolução CFM nº 2.121/20157 veio para preencher alguns espaços
deixados na resolução de 2013, abordando temas ainda não mencionados
nas resoluções anteriores, como “a doação compartilhada de oócitos
(procedimento que consiste na doação de metade dos oócitos de uma mulher
para outra mulher mediante o custeio do tratamento da primeira), a permissão
para gestação compartilhada (ocorre quando em um casal de mulheres uma
doa os oócitos e a outra faz a gestação) entre casais homoafetivos feminino e,
por fim, uma relativização da idade da mulher para gestar”.
Questões polêmicas em reprodução humana assistida
Mori afirma que o embrião não se classifica como pessoa humana e, portanto, não está
incluso em seus direitos. De acordo com o autor, muito se questiona sobre o descarte de
embriões não implantados, mas pouco se fala sobre os inúmeros abortos naturais que
acontecem e não há esforços para evitá-los, já que se tratam de uma seleção natural.
Considerações Finais
A ciência proporciona a possibilidade de diversas configurações familiares por meio do
avanço das tecnologias reprodutivas. A evolução das resoluções do CFM para utilização
das TRA constitui um avanço para os pacientes e profissionais envolvidos na
reprodução humana assistida, além de ampliar o debate sobre as questões éticas e
bioéticas, trazendo à reflexão conceitos como o início da vida e o valor da vida humana.
As leis que regulamentam a reprodução assistida necessitam ser mais bem
fundamentadas, tanto do ponto de vista técnico, que inclui aqui o saber médico, como
também diversas outras áreas de saberes em nossa sociedade, como a bioética, a
sociologia, a filosofia, a psicologia, além do controle social da população, articulando,
assim, diferentes visões sobre o tema e evitando noções arbitrárias e moralistas no que
se refere à constituição de família.
Componentes
Cailaine Paulina- ENFERMAGEM
Iaritsa Santana- ENFERMAGEM
Lauana Menezes- ENFERMAGEM
Nadja Fernanda- ENFERMAGEM
Raiane Souza- FARMÁCIA
Rogério da Silva- ENFERMAGEM
Sarah Nolasco- ENFERMAGEM