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1. PROJETO GENOMA
- Histórico do Projeto Humano: data do início do projeto e suas expectativas iniciais; ano
de conclusão, empresas participantes, conclusões finais.
O projeto Genoma específica voltado para a análise humana oficialmente começou em 1990
como algo público que foi inicialmente financiado pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) e pelo
Departamento de Energia dos Estados Unidos. O projeto partiu de uma iniciativa liderada por James
Watson, chefe da NIH na época, em que buscavam decifrar o código genético, para assim mapear,
identificar e sequenciar todos os genes do genoma humano a fim de possivelmente utilizar a
tecnologia para alterar certas características visando aprimorar a qualidade de vida do ser humano.
No começo o projeto teve um financiamento de 50 bilhões de dólares que previa uma
pesquisa de duração de 15 anos, porém já em 1995 o sequenciamento do DNA em larga escala já se
tornou possível, e em 2003, o projeto foi declarado oficialmente concluído tendo seus resultados
apresentados, em que 90% do genoma teria sido sequenciado. O Financiamento também partiu de
outras escolas, universidades e laboratórios ao redor do mundo.
Mesmo assim, o projeto teve sequenciamento em uma pesquisa paralela não governamental
que foi lançada em 1998, sendo financiada pela Celera Corporation com colaboração de 20
universidades e centros de pesquisas de todo o mundo.
O grande positivo do Projeto Genoma Humano seria que, com o melhor entendimento do
funcionamento genético do ser humano, teríamos melhores formas de desenvolver tecnologias e
medicamentos mais eficientes que venham a gerar seres humanos com atributos mais desejados.
Outras descobertas positivas advindas do projeto seriam:
● A sequência de genoma é 99,9% igual em cada ser humano
● Melhor compreensão sobre a causa de alguns tipos de câncer
● Produção de medicamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais
● Produção de medicamentos mais específicos a cada tipo de paciente
● Possibilidade do diagnóstico de doenças genéticas.
Porém, o futuro do mais próspero do projeto genoma seria uma realidade mais voltada para a
bioengenharia de seres humanos mais eficientes, resistentes e com maiores expectativas de vida, ou
seja, manipulação genética.
- Aspectos negativos ou possíveis riscos decorrentes da dos conhecimentos adquiridos a
partir do Projeto Genoma Humano, entre eles, o risco da exclusão genética no futuro da
humanidade.
Grande parte dos negativos envolvidos com o Projeto Genoma Humano envolve ou os
possíveis riscos de erros e a questão moral de todo o processo. Por exemplo, caso a manipulação de
genes se torne tão avançada a ponto de que parentes podem escolher as características, a humanidade
teria uma grande perda na variedade genética dos indivíduos, já que muitos criaram seus filhos com os
"melhores atributos”. A falta dessa variedade essencialmente compromete o aspecto evolutivo da
natureza genética da humanidade, já que não permitiria a seleção natural. Além disso, o erro genético
é mais difícil de ser corrigido já que afeta o gene diretamente.
Além do Projeto Genoma Humano, outros projetos genomas foram cometidos em torno de
outros animais, plantas e microorganismos, visando encontrar semelhanças para assim facilitar o
entendimento geral do genoma humano, como o processo de evolução.
Podemos listar os projetos de:
● Neandertais
● Galinha doméstica, para melhor eficiência de sua dominação
● Tomate, um dos primeiros projetos a terem seus produtos geneticamente modificados
disponíveis ao consumo geral, em que tomates mais resistentes ao apodrecimento foram
lançados em 1994.
● Haemophilus influenzae, a primeira bactéria a ter seu genoma totalmente sequenciado, assim
contribuindo para o estudo do genoma humano
2. CLONAGEM REPRODUTIVA
A clonagem reprodutiva pode ser definida como a produção de um novo indivíduo com o mesmo
material genético, porém a aparência e o comportamento não são necessariamente idênticos.
Em 1938, Hans Spermann, embriologista alemão, deu início à ideia da clonagem reprodutiva ao
propor um experimento que consistia em transferir o núcleo de uma célula em estágio tardio de
desenvolvimento para um óvulo. A primeira clonagem de sapos a partir de células embrionárias foi
realizada anos depois, em 1952, por Robert Briggs e Thomas King. Mas a grande inovação iniciou-se
apenas em 1995, quando Ian Wilmut e Keith Campbell, na Escócia, clonaram duas ovelhas idênticas
partindo de células embrionárias de 9 dias. Um ano depois, Dolly surgiu, a partir de células
congeladas de uma ovelha. O que gerou repercussão neste caso foi o fato dos pesquisadores terem
originado um clone de uma célula mamária e em 1997, a ovelha era anunciada e dava início a uma
nova era da biotecnologia.
As técnicas de clonagem reprodutiva mais utilizadas podem ser definidas em duas:
● Utilizar o material genético extraído de uma célula não reprodutiva ou somática e inseri-lo em
um óvulo cujo núcleo com DNA tenha sido retirado;
● Fusão de uma célula inteira com um óvulo sem material genético (técnica usada em Dolly).
● A técnica de clonagem pode ser usada na obtenção de células tronco para restaurar a função
de um tecido ou órgãos;
● Diminuição do tráfico clandestino de órgãos;
● Resgate de material genético, maior desenvolvimento animal e maximização do potencial
genético de uma raça;
● Recuperação de espécies extintas e resgate de espécies em extinção ou ameaçadas.
A clonagem humana é proibida por lei em grande parte do mundo, e também no Brasil, sendo
permitido apenas o uso das células-tronco em pesquisas em função de avanços científicos ou
tratamentos de saúde. As possíveis consequências estariam relacionadas com a média de sucesso de
experiências em clonagem, que atualmente ainda é relativamente baixa, e fariam com que muitas
mortes fossem concretizadas. Basicamente, a clonagem reprodutiva laboratorial em seres humanos é
proibida por questões éticas, mas ela é possível.
3. PRODUÇÃO DE TECIDOS OU ÓRGÃOS A PARTIR DE
CÉLULAS-TRONCO
A Clonagem Terapêutica se encaixa como uma das técnicas para a produção laboratorial de
células-tronco. A qual consiste na retirada do núcleo de um óvulo e posterior injeção de uma célula
somática no espaço antes ocupado pelo núcleo, processo esse que não mais demanda a volta do óvulo
para o útero, a divisão desse óvulo modificado ocorre em laboratório. Após a fusão do óvulo com a
célula somática, há uma tendência a haver a formação de células totipotentes (atuantes no
desenvolvimento do embrião) até chegar no estágio de blastocisto (esfera oca de células embrionárias,
fase inicial para a geração do zigoto). Esse estágio as células ainda são desprovidas de diferenciação,
logo, se configuram como células pluripotentes e nesse caso, induzidas. A partir de modificações
específicas na estrutura destas, pode-se atribuir à elas a especialização que o caso clínico exige. A
exemplo de um paciente que apresenta uma falha no músculo cardíaco. Sabendo de seu caso, as
células do blastocisto podem ser modificadas especificamente para desempenharem o papel de
músculo cardíaco. Ou seja, a Clonagem Terapêutica permite a fabricação de quaisquer tecidos do
corpo.
Pesquisas publicadas em 2013, feitas pelo diretor do Centro para Pesquisa e Aplicação de
Células iPS da Universidade de Kioto, mostraram uma nova técnica capaz de produzir células-tronco
a partir de células adultas. Falando por um viés simplista, o pesquisador japonês Shinya Yamanaka
explica que esse novo procedimento envolve uma pequena biópsia e partindo dessas células maduras
seria feita a reprogramação de quatro genes para que voltassem ao seu estado embrionário (sem
diferenciação, as pluripotentes) e posteriormente modificadas para o fim que o paciente exige, de
acordo com suas necessidades clínicas. Yamanaka acrescenta que pelas células virem do próprio
paciente, as chances de rejeição do organismo se reduzem quase a zero.
● Alguns pesquisadores da universidade de Tel Aviv, que está localizada em Israel, foi
desenvolvida uma nova tecnologia que permite a criação de implantes de tecido totalmente
personalizados usando células e biomateriais do próprio paciente. A maior vantagem desse
método é que ele evita a rejeição do implante pelo sistema imunológico, que ataca o que
pensa ser um corpo estranho no organismo. Esta descoberta tem aplicações potenciais para
transplante cardíaco, medula espinhal e cortical. Publicado na revista Advanced Materials, os
pesquisadores observam que a técnica permite o uso de reprogramação celular e produção de
tecido em hidrogel 3D. Segundo a equipe, os tecidos criados com o novo método não são
rejeitados pelos pacientes porque são feitos de células do próprio corpo.
● Mauricio Pozza, médico e diretor da empresa 1000Medic, foi um dos incentivadores da
comercialização da bioimpressora 4D no Brasil (devido aos resultados promissores vistos no
exterior), a qual produz curativos com células-tronco do próprio paciente. O mesmo explica
que a bioimpressora serve para acelerar o tratamento de feridas mais complexas, como pé de
diabético e úlceras de decúbito. Justamente para impedir o crescimento do número de
amputações no Brasil.
4. FONTES BIBLIOGRÁFICAS
Clonagem Humana
A ovelha Dolly não é a única: veja outros clones criados pela ciência - Fotos
Nova técnica cria implantes de tecido com células do próprios paciente | Exame