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ONTRODUÇÃO

Adolescência é a fase que marca a transição entre a infância e a idade adulta.


Caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e
representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de
comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de
características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis
sociais do adulto. Os termos "adolescência" e "juventude" são por vezes
usados como sinónimos (como em alemão Jugend e Adoleszenz,1 inglês
Youth e Adolescence) e por vezes como duas fases distintas mas que se
sobrepõem: para Steinberg a adolescência se estende aproximadamente dos
15 aos 21 anos de vida, enquanto a ONU define juventude (em inglês, youth)
como a fase entre 15 e 24 anos de idade - sendo que deixa aberta a
possibilidade de diferentes nações definirem o termo de outra maneira; a
Organização Mundial da Saúde define adolescente como o indivíduo que se
encontra entre os quinze e vinte anos de idade.
AS FASES DA ADOLESCÊNCIA E DA JUVENTUDE
As fases da adolescência e da juventude são objeto de estudo de diferentes
disciplinas, como sociologia, política, psicologia, pedagogia, biologia, medicina,
direito e outras, apresentando diferentes significados. Tais significados
abrangem, por exemplo, "juventude como fase do desenvolvimento individual",
"juventude como ideal e mito" (com uma correspondente idealização dessa
fase da vida) e "juventude como grupo social" que possui uma cultura própria.

Psicologia do desenvolvimento 

Se, do ponto de vista da psicologia do desenvolvimento, o início da


adolescência é claramente marcado pelo início do amadurecimento sexual
(puberdade), o seu fim não se define apenas pelo desenvolvimento corporal,
mas sobretudo pela maturidade social - que inclui, entre outras coisas, a
entrada no mercado de trabalho e o assumir do papel social de adulto.

Desenvolvimento cognitivo 

A adolescência não é, no entanto, uma fase homogênea. Pelo contrário, é uma


fase dinâmica que, para o seu estudo, exige uma maior diferenciação.
Steinberg propõe uma divisão em três fases: Adolescência inicial, dos 11 aos
14 anos; adolescência média, dos 15 aos 17 anos e adolescência final, dos 18
aos 21. Essa última fase sobrepõe-se à "juventude" em sentido estrito, que
marca o início da idade adulta, definida por Oerter e Montada como a fase
entre os 18 e os 29 anos de idade.

O desenvolvimento cognitivo é, ao lado das mudanças corporais tratadas mais


abaixo, uma das características mais marcantes da adolescência. Tal
desenvolvimento se mostra sobretudo através:

Do aumento das operações mentais;

Da melhora da qualidade no processamento de informações;

Da modificação dos processos que geram a consciência.

Dessa maneira o adolescente adquire a base cognitiva para redefinir as formas


com que lida com os desafios do meio-ambiente, que se torna cada vez mais
complexo, e das mudanças psicofisiológicas. As principais características
desse desenvolvimento são:
Pensar em possibilidades - ou seja, o pensamento não se limita mais à
realidade, mas atinge também hipóteses irreais e permite ao indivíduo gerar
novas possibilidades de ação;

Pensamento abstrato - a capacidade de abstrair se desenvolve, permitindo ao


indivíduo compreender não somente conceitos abstratos, mas também
estruturas complexas, sobretudo sociais, políticas, científicas, econômicas e
morais;

Metacognição - o próprio pensamento é alvo de reflexão, permitindo o


direcionamento consciente da atenção, a reflexão e a avaliação de
pensamentos passados, abrindo assim caminho para as capacidades de
autoreflexão e introspecção;

Pensamento multidimensional - o indivíduo torna-se capaz de levar em conta


cada vez mais aspectos dos fenômenos. Essa capacidade permite ao individuo
compreender a interdependência de fenômenos de diferentes áreas e
argumentar a partir de diferentes pontos de vista;

Relativização do pensamento - o indivíduo se torna cada vez mais capaz de


compreender outros pontos de vista e sistemas de valores.

Desenvolvimento corporal e psicossexual

Durante a adolescência, o corpo do indivíduo cresce continuamente até a idade


de 16 a 19 anos, quando a estatura adulta é alcançada - os rapazes atingem a
estatura adulta em média dois anos mais tarde do que as moças. Tal
crescimento, no entanto, não se dá de maneira contínua: aproximadamente
aos 14-15 anos os rapazes - as moças dois anos antes - têm um "salto no
crescimento", ou seja eles crescem em um ano mais do que nos anos
anteriores e nos seguintes. Depois desse salto, a velocidade do crescimento
diminui marcadamente até o indivíduo atingir sua altura final. Paralelamente ao
crescimento físico há um aumento no peso, que, no entanto, é dependente da
alimentação e da forma de vida.1

As diferentes partes do corpo também crescem com velocidades diferentes. De


maneira geral os membros superiores (braços) e inferiores (pernas) e a cabeça
crescem mais rapidamente que o resto do corpo, atingindo seu tamanho final
mais cedo. Isso leva a uma desproporção visível com relação ao tronco, que
cresce mais devagar. Essa desproporção é observável também nos
movimentos por vezes desajeitados, típicos da adolescência.1

Até a idade de 11 anos, meninos e meninas tem aproximadamente a mesma


força muscular. O crescimento muscular dos rapazes é, no entanto, maior, o
que explica a maior força física média dos homens na idade adulta

Considerações finais

Esta é uma fase, que requer muita atenção na parte dois pais. Eles nesta fase
estão em descoberta e querem experimentar tudo que está a sua volta. Todos
pais têm obrigação de assentar e conversar com seus filhos que estão nessa
fase, lhes falarem o que é realmente o verdadeiro significado das coisas a sua
volta, antes que não recebe informações da rua que so danificara o mesmo.

Introdução a problemas na adolescência


VISÃO EDUCAÇÃO PARA O PACIENTE
Felizmente, a maioria dos adolescentes tem boa saúde física e mental. Mas a
incidência e a prevalência de doenças crônicas em adolescentes estão
aumentando e, provavelmente, ocorrem por causa do início mais precoce dos
distúrbios associados à obesidade, maior sobrevida após doenças graves na
infância e outros fatores desconhecidos. Além disso, a pandemia de covid-19
e a resposta global a ela, incluindo transtornos nos cronogramas domiciliar e
escolar, afetaram a saúde mental dos adolescentes.
Os problemas mais comuns entre os adolescentes estão relacionados
ao crescimento e desenvolvimento, escola, doenças da infância que
continuam na adolescência, transtornos de saúde mental e as consequências
de comportamentos de risco ou ilegais, incluindo lesões, consequências
legais, gestação, doenças infecciosas e transtornos por uso de substâncias.
Lesões não intencionais resultantes de acidentes de trânsito e lesões
decorrentes de violência interpessoal são as principais causas de morte e
incapacidade entre adolescentes.
Ajuste psicossocial é uma característica marcante dessa fase do
desenvolvimento porque, mesmo indivíduos saudáveis e tipicamente em
desenvolvimento, lutam com questões de identidade, autonomia, sexualidade
e relacionamentos. “Quem sou eu, para onde estou indo e como devo me
relacionar com todas essas pessoas na minha vida?” são preocupações
frequentes para a maioria dos adolescentes. Transtornos psicossociais são
muito mais comuns na adolescência do que durante a infância, e muitos
comportamentos insalubres começam na adolescência. Ter um transtorno
alimentar, má alimentação, obesidade, uso de
substâncias e comportamento violento podem levar a problemas graves de
saúde, doenças crônicas ou morbidade mais tarde na vida.

A adolescência é uma fase na vida marcada por transformações físicas,


psíquicas e sociais. Nesse período, o jovem está testando possibilidades. É o
momento em que naturalmente se afasta da família e se adere ao grupo de
“iguais”.
Nessa fase está vulnerável a comportamentos que podem fragilizar sua saúde.
Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade,
expõe-se também a muitos riscos. Os prejuízos provocados pelo uso do álcool
e de drogas podem ser agudos (intoxicação ou overdose) ou crônicos,
produzindo alterações mais duradouras ou até irreversíveis.
Todas as substâncias psicoativas usadas de forma abusiva produzem o
aumento do risco de acidentes e violência, e adolescentes são mais
vulneráveis, por tornar mais frágeis os cuidados de autopreservação, que já
são enfraquecidos nesse período da vida.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o álcool é o maior
fator de risco de morte entre adolescentes entre 15 e 19 anos, superando o uso
de drogas. Cerca de 14 mil mortes de crianças e jovens com idade menor de
19 anos, nas Américas, foram atribuídas ao álcool em 2010.
O álcool é a droga mais utilizada nessa faixa etária e pode causar intoxicações
agudas graves, convulsões e hepatites.
O uso de maconha pode produzir a síndrome amotivacional, caracterizada por
passividade, apatia, falta de objetivos, de ambição, de interesses e de
comunicação, podendo levar à queda do desempenho escolar, aumentar a
ansiedade e, consequentemente, aumentar o seu uso. Durante intoxicações
por drogas alucinógenas, quadros delirantes e alucinatórios aumentam o risco
de acidentes e podem desencadear quadros psicóticos.
O uso de drogas, tabagismo e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas
podem desencadear problemas para a fertilidade do adolescente do sexo
masculino. O comportamento de risco, com uso de drogas e excesso de álcool,
também aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, que
por sua vez podem afetar a qualidade do sêmen.
O tabagismo, mesmo passivo, pode alterar o volume do sêmen e prejudicar a
sua qualidade. O uso crônico de maconha e drogas alucinógenas também
pode alterar a qualidade do sêmen, podendo levar à diminuição da quantidade
e da motilidade dos espermatozoides.

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