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26/02/2017 AVA UNINOVE

O desenvolvimento psicossocial
(continuação)
IDENTIFICAR OS DIFERENTES ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL PROPOSTOS POR ERIK

ERIKSON.

Primeiro estágio: confiança x desconfiança


Ocorre no período do nascimento até por volta dos 18 meses. Segundo Erikson, é nessa fase da vida que a
criança terá experiências que a levarão a confiar ou não na sua mãe e, posteriormente, a extender essa

confiança às outras pessoas. Por exemplo, o bebê que é atendido em suas necessidades, alimentado e
cuidado, desenvolverá confiança em sua mãe. Depois, isso se refletirá em seu convívio com as pessoas,
mantendo relações amistosas. Do contrário, se o bebê não tiver satisfeitas suas necessidades e sentir-se

negligenciado, desenvolverá sentimentos de desconfiança em relação a sua mãe e, posteriormente, com as


outras pessoas.

Segundo estágio: autonomia x vergonha


Ocorre durante os segundo e terceiro anos de vida. De acordo com Erik Erikson, em decorrência do

crescimento da criança, vem o desmame, a locomoção e a capacidade de aprender a controlar os instintos.


Essas novas aquisições contribuem para a independência da criança em relação à mãe, dando-lhe

sentimentos de autonomia, liberdade. A criança sente necessidade de fazer as coisas sozinha, de explorar o
ambiente, manipular objetos.

Nessa fase, o desenvolvimento da criança dependerá dos adultos. Há adultos que permitem que a criança

explore livremente o ambiente e exercite a sua autonomia.

Terceiro estágio: iniciativa x culpa


Ocorre no período que vai dos 3 aos 6 anos de idade, aproximadamente. Segundo Erikson, nessa fase a

criança vai desenvolver sua identidade de menino ou menina, identificando-se com o progenitor do mesmo
sexo, ou seja, com o pai ou com a mãe, copiando aspectos do comportamento desse adulto.

É comum nessa fase o menino identificar-se com o pai, buscando a afeição da mãe, e a menina, por sua vez,

identifica-se com a mãe, buscando a afeição do pai.

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É comum presenciarmos situações nas quais a criança deixa transparecer essa identificação. A menina,
algumas vezes, manifesta que tem ciúmes do pai com a mãe, que quer ser a "namorada do pai" etc. Já o

menino demonstra ciúmes do pai em relação à mãe, e tem dificuldade de compartilhar a sua atenção com o

pai e/ou outros irmãos. No entanto, a falta de habilidade de muitas famílias para lidar com essa fase pode
gerar sentimentos de culpa na criança, principalmente pela censura que lhe é imposta.

É importante, nessa fase, que a família promova um ambiente seguro para a criança, a fim de que ela não se

sinta culpada por expressar seus desejos e sentimentos. À medida que forem surgindo dúvidas a respeito de

sexualidade, por exemplo, a criança precisa receber esclarecimentos, de acordo com sua idade e sua
capacidade de compreensão.

Quarto estágio: domínio x inferioridade


Ocorre no período escolar, que vai dos 6 aos 12 anos, antes da adolescência. Segundo Erikson, nessa fase, a
criança sente-se competente e capaz de produzir. Começa a desenvolver diversas habilidades, dentro e fora
da escola, como ler, escrever, tocar um instrumento, nadar, andar de bicicleta etc. Tais conquistas

proporcionam à criança energia e motivação.


Com essas novas aquisições, a criança desperta um sentimento de domínio. Se a criança não for encorajada
e estimulada nesse momento, porém, esse sentimento pode ser substituído pelo de inferioridade.

Sentindo-se inferiorizada, a criança pode apresentar bloqueios cognitivos e atitudes regressivas. Por isso, é
necessário que a escola intervenha e estimule diversas competências na criança pelas suas atividades
cotidianas, evitando que se instale o sentimento de inferioridade.

Quinto estágio: identidade x confusão de papéis


Ocorre no período da adolescência, aproximadamente dos 12 aos 18 anos. O que marca esse período,
segundo Erikson, é a crise de identidade pela qual passa o adolescente ao tentar responder à pergunta:

"Quem sou eu?".


O adolescente tem necessidade de entender o seu papel no mundo. Nessa fase, ele recapitula os elementos
já adquiridos de sua identidade, como as identificações com os pais, professores e outras pessoas. Alguns

aspectos de identificações anteriores são abandonados, enquanto outros são fortalecidos. Dessa forma, o
adolescente vai descobrindo quem é e torna-se capaz de responder à pergunta inicial.
Nessa fase é necessário atribuir cada vez mais independência e responsabilidades ao adolescente.

Alguns fatores como perda de laços familiares, falta de apoio no crescimento, dificuldades em lidar com as
mudanças, falta de laços sociais exteriores à família e o insucesso no processo de separação emocional
entre a criança e os adultos podem causar ao adolescente sentimentos de confusão de papéis.

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Sexto estágio: intimidade x isolamento


Ocorre no período que vai dos 20 aos 40 anos. Segundo Erikson, a característica principal desse estágio é o
desenvolvimento da capacidade de estabelecer relações íntimas com outras pessoas. Em contrapartida, a

dificuldade de estabelecer essas relações levam ao isolamento.


No entanto, para conseguir estabelecer tais relações, é necessário que o jovem adulto tenha consciência de
sua identidade pessoal, pois o casamento é visto como uma ameaça da perda da independência.

Sétimo estágio: generatividade x estagnação


Ocorre no período que vai dos 30 aos 60 anos. A principal característica dessa fase é a necessidade de cuidar
de gerações mais novas e orientá-las, que é o que Erikson chama de generatividade.

Assim como a criança precisa dos cuidados dos adultos, os adultos também precisam cuidar da criança e do
jovem para se sentirem úteis nessa fase da vida, caso contrário, surge a sensação de estagnação.

Oitavo estágio: integridade x desesperança


Ocorre a partir dos 60 anos. Nessa fase da vida é necessário que o adulto tenha resolvido satisfatoriamente

todas as crises anteriores, adquirindo o senso de ajuda ao próximo e atingindo sua integridade.
Caso contrário, a falta de integração do ego leva ao desespero, uma vez que o tempo para novas tentativas
se torna curto.

REFERÊNCIA
ERIKSON, E. H. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

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