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26/02/2017 AVA UNINOVE

Dificuldades de aprendizagem –
dislexia
OFERECER SUBSÍDIOS PARA QUE O ALUNO POSSA IDENTIFICAR AS CARACTERÍSTICAS DA DISLEXIA

NAS ATIVIDADES ESCOLARES. REFLETIR QUAIS MATERIAIS E ATIVIDADES PODERÃO SER UTILIZADOS
PARA FACILITAR A SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DISLEXIA EM SALA DE AULA, BEM COMO

CONTRIBUIR PARA O SEU DESENVOLVIMENTO.

A dislexia, também conhecida como "cegueira verbal" ou "assimbolia", refere-se à dificuldade para aprender

a ler encontrada em pessoas saudáveis, sem deficiências sensoriais, com inteligência normal ou superior.
Caracteriza-se pela dificuldade em processar símbolos, inverter palavras e números.

Estudos mostram que a dislexia foi descoberta em 1877, quando começou a ser estudada pela área médica. A
primeira descrição de dislexia foi feita em 1896 por um oftalmologista inglês chamado Pringle Morgan, que

a atribuiu a uma deficiência do corte cerebral. Nos estudos de casos na época, as pessoas que apresentavam
essa dificuldade tinham inteligência preservada e nenhuma deficiência sensorial, o que intrigava bastante
os estudiosos.

As pessoas consideradas disléxicas são aquelas que apresentam dificuldades para ler e escrever. Na escola,
percebemos a dislexia quando o aluno:

Inverte a ordem das letras (por exemplo, escreve porcura em vez de procura).
Troca letras (como b e d, p e q).
Hesita em dizer esquerda ou direita, por ser mal lateralizado.
Muitas vezes, possuem "escrita espelhada" ou escrita invertida.
Confunde n/u, pois não sabe ao certo distinguir a parte de cima da de baixo.
Na fase de alfabetização, é normal as crianças sentirem esse tipo de dificuldade, mas, aos poucos, vão

superando-a. As crianças com dislexia, no entanto, mantêm essas dificuldades por muito tempo, ou, em

alguns casos, por toda a vida.


A leitura do disléxico pode se manifestar entrecortada, sem ritmo, repetitiva e, em muitos casos, com

omissão e inversão de sílabas. Por causa da dificuldade que apresentam na direcionalidade e lateralidade,

podem "pular" linhas e parágrafos.

Dificuldades de aprendizagem – dislexia 01 / 03

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Por terem tais dificuldades, as pessoas com dislexia, muitas vezes, apresentam dificuldades emocionais por
causa dos fracassos repetitivos que vão se acumulando com o passar dos anos, sendo comum desenvolverem

ansiedade e tensão.

A dislexia é mais comum do que imaginamos. Existem registros de pessoas famosas que a tinham, como o
físico alemão Albert Einstein, o desenhista Walt Disney e a escritora Agatha Christie, entre outros.

Apesar de os sintomas da dislexia serem comprovados, existe ainda muita resistência em aceitá-los,

principalmente por parte dos professores, que a veem como uma desculpa para a "falta de vontade" ou

"preguiça" do aluno. Outros acreditam que a dislexia, na verdade, é um "disfarce" de um retardo mental, por
meio do qual o aluno não consegue ler e escrever.

Estudos nos mostram que a dislexia pode ter causas genéticas e hereditárias. Portanto, se a criança tiver

pais ou parentes com dislexia, existe uma grande probabilidade de ela apresentar a dificuldade.
O tratamento para a dislexia é bastante variado, uma vez que suas causas também o são. Os que acreditam
que a dislexia provém de uma deficiência física recomendam exercícios físicos e atividades corporais. Os

que a veem como problema neurológico indicam tranquilizantes e ansiolíticos. Os psicanalistas e os


psicólogos sugerem desde a terapia individual ao aconselhamento parental e análise da família. Mas, sem

dúvida, o diagnóstico precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar especializada.
A educação da pessoa com dislexia precisa ser baseada em um programa educacional com técnicas
diferenciadas, recursos específicos e atividades multissensoriais (que utilizem todos os sentidos), que

estimulem a memória e a atenção, pois, muitas vezes, poderá haver:

Dificuldades com a linguagem escrita.


Lentidão na leitura.
Disgrafia (caligrafia feia).
Discalculia (dificuldade com cálculos e operações matemáticas).
Confusão entre direita e esquerda.
O professor precisa ficar atento se na idade pré-escolar a criança apresentar dispersão, atraso na evolução
da linguagem oral, baixo desenvolvimento da coordenação motora e dificuldade para aprender rimas e

canções.
Já na idade escolar, é necessário acompanhamento adequado para que a criança possa prosseguir seus
estudos, com menos prejuízo emocional, pois ela talvez apresente dificuldade na aquisição da linguagem

escrita e em copiar textos de livros e da lousa, desatenção e dispersão, desorganização, problemas de


coordenação motora fina e grossa, esforço maior decorar sequências e confusão entre esquerda e direita.

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REFERÊNCIA
BARROS, Célia S. G. Pontos de Psicologia do desenvolvimento. 11.ed. São Paulo: Ática, 1998.

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