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Texto 3
ERIK ERIKSON
Coincide com o desenvolvimento oral em Freud, no qual a boca é a zona mais sensível do
corpo. O bebê procura preencher suas necessidades, localizando o mamilo, sugando-o e ingerindo
outros alimentos. A mãe induz confiança atendendo assiduamente a essas necessidades, deste
modo prepara o terreno para futuras expectativas acerca do mundo. Esta interação permite ao
bebê desenvolver um sentimento de confiança de que suas necessidades serão satisfeitas ou, se
a mãe não foi atenta e carinhosa, de que não irá obter o que precisa, tornando-se desconfiado.
Entretanto, se a confiança básica é forte, a criança desenvolve a virtude esperança solucionando
sua primeira crise (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Neste estágio, os bebês adquirem um sentimento de que são separados dos outros. A
autonomia permite o domínio sobre si mesmo e sobre seus impulsos. Coincidindo com o estágio
anal em Freud, a criança tem a opção de reter ou liberar as fezes, ambos os comportamentos
têm um efeito sobre a mãe. Ao permitir que a criança funcione com alguma autonomia, sem
superprotegê-la, ela adquire autoconfiança e sente que consegue controlar a si mesma e ao
mundo ao seu redor. Porém, se a criança é punida por ser autônoma ou é excessivamente
controlada, sente-se irada e envergonhada. Ao equilibrar esta crise, a criança desenvolve a
virtude da vontade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
A principal tarefa deste período é desenvolver o senso de identidade, no entanto, esta fase
coincide com a puberdade e a adolescência. As características que estabelecem quem é o
indivíduo e para onde está indo, definem a identidade. Sendo que a identidade saudável é
construída a partir da passagem bem-sucedida pelos estágios anteriores. O adolescente pode
fazer vários “falsos começos” onde seus valores podem mudar, porém, um sistema ético é por
fim consolidado em uma moldura organizacional coerente. Ao final deste estágio é desenvolvida
a virtude da fidelidade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Generatividade não é somente o gerar filhos, mas também envolve o fato de criar e orientar
as gerações seguintes, desenvolvendo assim a virtude do cuidado. Para isso, é necessário que os
pais tenham adquirido identidades próprias e bem-sucedidas. Do contrário, são adultos que não
possuem interesse em guiar as gerações seguintes e optam pelo estado estéril, estagnando-se
pela incapacidade de transcender e falta de criatividade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Este estágio é descrito como o conflito entre a integridade e o desespero, sendo o primeiro
um senso de satisfação ao se refletir sobre uma vida produtivamente vivida, e possibilitando ao
idoso aceitar a própria vida, permitindo aceitação da morte e desenvolvendo, assim, a virtude da
sabedoria. O seguinte refere-se ao senso de que a vida teve pouco valor, recaindo o desespero
e o desgosto pela incapacidade de revivê-la (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).