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Adolescência

Profa. Ma. Maisa Elena Ribeiro


Disciplina: Desenvolvimento Humano II
Referências Bibliográficas
• JEFFERY, Maira de Lourdes; KOLLER, Silvia Helena. Adolescência e
Psicologia: Concepções, práticas e reflexões críticas. Rio de Janeiro:
Conselho Federal de Psicologia, 2002.

• PAPALIA, Daiane E.; OLDS, Sally Wendkos & FELDMAN, Ruth


Duskin. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: AMGH, 2008.
• O que vocês entendem por adolescência?
Adolescência
• Transição da infância para vida adulta nas sociedades industriais modernas

• Vai dos 10-12 anos até os 20-21

• No ECA vai dos 12 anos aos 17 anos e 11 meses

• OMS: 12 aos 19 anos


Desenvolvimento Físico
• Puberdade:
• É desencadeada por mudanças hormonais.
• Dura cerca de 4 anos mas vária consideravelmente de pessoa para
pessoa
• Processo peço qual o indivíduo atinge maturidade sexual e a
capacidade de reprodução.
• Começa mais cedo nas meninas
PUBERDADE
• Início das transformações físicas

• Desenvolvimento sexual
• Início da capacidade reprodutiva
Transformações Físicas

• A forma do corpo começa a mudar:


• a cintura fica mais fina
• os ossos da bacia alargam-se
• Os seios crescem

• Os órgãos genitais também mudam:


• a vagina fica com a parede mais espessa
• o útero aumenta de tamanho
• aumenta a irrigação sanguínea do clitóris

• Crescem os pêlos das axilas e da região púbica


• Dá-se a primeira menstruação ("menarca")
Transformações Físicas

• Crescem os pêlos do rosto, das axilas


e da região púbica

• A voz muda
• A laringe cresce
• Dá-se o crescimento dos testículos e
do pénis

• Surgem as primeiras ejaculações


Desenvolvimento Cognitivo
• Estágio das operações formais (Piaget): maturação cerebral e expansão das
experiências
• Capacidade de pensar em termos abstratos
• Manipular de maneira mais flexível as informações
• Não são mais limitados ao aqui e ao agora, sendo capazes de entender o
tempo histórico.
• Pensar em termos do que poderia ser e não apenas o que é
• Capazes de interpretar metáforas
• capazes de imaginar possibilidades e formular hipóteses
Adolescência: uma perspectiva crítica

• Estereótipos e preconceitos
• Concepções naturalistas e universais sobre a adolescência
• Período de estresse e confusões, lutos
• Crise pré-existente
• Impulsos sexuais
• Desequilíbrios e instabilidades extremas
• Vulnerabilidade
Adolescência
• Teorias que colocam a adolescência como um estado e não como uma
condição social
• Piaget: Período Operatório Formal
• Freud: Fase genital
• Elkind: Aspectos imaturos do pensamento adolescente
Qual a crítica apresentada
• Apesar de estudos antropológicos que, desde Margareth Mead (1945), têm
questionado a universalidade dos conflitos adolescentes, a psicologia
convencional insiste em negligenciar a inserção histórica do jovem e suas
condições objetivas de vida. Ao supor uma igualdade de oportunidades
entre todos os adolescentes, a psicologia que se encontra presente nos
manuais de Psicologia do Desenvolvimento, dissimula, oculta e legitima
as desigualdades presentes nas relações sociais, situa a responsabilidade
de suas ações no próprio jovem: se ideologiza (Bock, 1997; Climaco,
1991).
Concepções de adolescência
1. Haveria uma desconexão e dissintonia entre os compromissos teóricos e os fatos, que têm como
consequência uma dicotomização (inato x adquirido, universal x particular, racional x emocional,
etc.) e uma tendência à ideologização;

2. Um presentismo caracterizado pela utilização de conceitos ou concepções do passado nas


proposições atuais.

3. Generalizações inconsistentes a partir de estudos sem rigor metodológico ou de concepções


vigentes em todas as culturas ou com base em atitudes e comportamentos identificados nas relações
pais-filhos;
Concepções de adolescência
4. Ligada ao aspecto anterior, a presença de uma relativização extremada no
sentido de que os estudos sobre adolescência são fundamentados em um único tipo
de jovem, isto é: homem-branco-burguês-racional-ocidental, oriundo, em geral, da
Europa Centro-Ocidental ou dos Estados Unidos da América, nunca do Terceiro
Mundo. Isto é, o adolescente estudado pertence à classe média/alta urbana e nunca
a outras classes sociais, etnias, ou a outros contextos, como o rural, por exemplo;

5. As concepções são marcadas pelo adultocentrismo, isto é, o parâmetro é sempre


o adulto.
Concepções atuais de adolescência
• Perspectiva sócio-histórica fundamentada na teoria de Vygotsky
• Adolescência criada historicamente pelo homem, enquanto representação e enquanto
fato social
• É constituída como significado na cultura, na linguagem que permeiam as relações
sociais
• São marcas corporais, necessidades que surgem, formas de vida decorrentes de
condições físicas, econômicas, culturais
• A adolescência não é um período natural do desenvolvimento mas um momento
significado e interpretado pelo homem
Concepções atuais de adolescência
• Há marcas que a sociedade destaca e significa
• Podem estar acontecendo muitas outras coisas que não são consideradas,
nesta e em qualquer outra fase do desenvolvimento
• Se ficarmos presos as essas marcas como tendências e pré-disposições
podemos correr o risco de ignorar outras coisas também importantes na
vida daquela pessoa.
Adolescência e contexto

• Heterogeneidade de experiências e tipos de interação dos


adolescentes:
• Adolescentes que mantém dependência total ou parcial dos pais
• Adolescentes que desde muito cedo têm que trabalhar (formal ou
informalmente)
• Diferentes expectativas de vida
Adolescências

• Entende-se, assim, adolescência, como


constituída socialmente a partir de necessidades
sociais e econômicas e de características que vão
se constituindo no processo (p. 23)
Meios de comunicação e concepções de
adolescência
• Quais os modelos de adolescência que são
vinculados na mídia?
Pós aula e pré aula
• Leitura do Capítulo 4: Saúde sexual e reprodutiva
• Trazer reportagens ou artigos sobre os temas
• Orientação sexual
• Sexualidade na adolescência
• Genêro e sexualidade

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