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CURSO DE ODONTOLOGIA – UNIARA

DISCIPLINA DE DENTÍSTICA II
RESPONSÁVEIS: Profª Drª Cristina Magnani Felício
Profª Drª Patricia Aleixo dos Santos Domingos

ROTEIRO DE AULA

Lesões cervicais não cariosas


– HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA CERVICAL (HSDC) –

1. LESÕES NÃO CARIOSAS: Perda de estrutura dental na região cervical, que se origina a partir de mecanismos
não relacionados com o processo de cárie.

2. ETIOLOGIA

2.1. CAUSAS EXÓGENAS


❖ Técnica de escovação incorreta
❖ Hábitos alimentares
❖ Trauma oclusal (dentes mal posicionados)
❖ Higiene oral deficiente

2.2 CAUSAS ENDÓGENAS


❖ Defeitos na junção cemento-esmalte
❖ Defeitos na formação dentária
❖ Doenças periodontais
❖ Doenças sistêmicas: Bulimia; Anorexia nervosa; Distúrbios gástricos; Hipertireoidismo

3. CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS (LCNC):


3.1 – EROSÃO: Perda progressiva e irreversível de estrutura dental na região cervical provocada por processos
químicos de substâncias ácidas, não envolvendo a ação de bactérias.

3.2 – ABRASÃO: Perda de estrutura dental na região cervical por desgaste mecânico extrínseco, independente da
oclusão. Ex: escovação traumática; grande abrasividade de pastas; hábitos deletérios.

3.3 – ABFRAÇÃO: Perda de estrutura dental na região cervical resultante da flexão dental durante a função
oclusal (decorrentes do excesso de esforço). Ex.: interferências oclusais, bruxismo, apertamento, forças oclusais
excêntricas.

4. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE LCNC

EROSÃO ABRASÃO ABFRAÇÃO


Etiologia Agentes químicos Agentes mecânicos Trauma Oclusal
Localização Vestibular
Vestibular ou lingual Vestibular
Aspectos Clínicos “U” ou pires; “V” ou cunha
“V” ou cunha
rasa Rasa
Profunda
Ampla Superfície liso-polida
Margens bem definidas
Aspecto arredondado Contorno regular
Ocasionalmente subgengival
Sem borda definida Margens agudas

5. EXPOSIÇÃO DE DENTINA CERVICAL


Estímulos que desencadeiam a DOR:
- Contato com alimento frio, ácido ou doce;
- Contato com a cerda da escova dental;
- Unha, explorador ou objeto que toque a lesão;
- Jato de ar da seringa tríplice;
- Respiração bucal
6. TRATAMENTO DAS LCNC

6.1. Discretas perdas de estrutura dental => Lesões extensas ou profunda

6.2. 1º PASSO: Identificar e eliminar o fator etiológico (problemas de caráter sistêmico)

6.3. Hipersensibilidade: Caracteriza-se pelo surgimento de dor aguda, de intensidade variável, que ocorre frente a
um estímulo, mas que desaparece imediatamente após a remoção deste estímulo.

- É definida também como uma dor resultante das estimulações térmicas, tácteis ou osmóticas, afetando os
dentes com túbulos dentinários expostos.

6.4. TEORIA DA HIDRODINÂMICA: Alteração velocidade do fluido no túbulo dentinário deformação dos
odontoblastos estimulação de terminações nervosas pulpares adjacentes – DOR

6.5 – Diagnóstico diferencial de patologia pulpar

7. TRATAMENTO DA HIPERSINSIBILIDADE DENTINÁRIA CERVICAL (HSDC):

7.1 – CONTROLE DO FATOR ETIOLÓGICO


7.2 – USO DE DESSENSIBILIZANTE
7.3 – RESTAURAÇÃO

Profundidade Hipersensibilidade Tratamento


dentinária
Menos de 1 mm presente Remoção do fator etiológico
Dessensibilização
Proservação
Menos de 1 mm ausente Remoção do fator etiológico
Proservação
Mais de 1 mm presente Remoção do fator etiológico
Dessensibilização
Restauração adesiva
Proservação
Mais de 1 mm ausente Remoção do fator etiológico
Restauração adesiva
Proservação

• Ação Anti-inflamatória: corticosteróides


• Oclusão dos túbulos dentinários: Formação e deposição de cristais nos túbulos dentinários
• Formação de Dentina reacional
• Bloqueio neural da resposta pulpar
• Aplicação do laser (alta e baixa intensidade)

DESSENSIBILIZADOR IDEAL
✓ Não irritante pulpar
✓ Relativamente indolor
✓ De fácil aplicação
✓ Ação rápida e permanente
✓ Eficaz e não causar alteração de cor do dente

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