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HIGIENE BUCAL

Professora : Lygia Rostoldo


Macedo
O QUE SERÁ ABORDADO?
Escovas Dentais Comuns
Técnicas de Escovação
Escova Interproximal
Escova Elétrica
Escova Unitufo
Fio Dental
Enxaguantes Bucais

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INTRODUÇÃO
 No Brasil: Cárie dentária constitui um problema de saúde pública
 Último levantamento epidemiológico nacional: Presença
considerável da doença – 2,3 dentes em crianças de 5 anos
 Ações de prevenção da doença são necessárias:
-Remoção mecânica do Biofilme: ESCOVAÇÃO manual
-Método mais acessível
-Escova: Instrumento de autocuidado simples, baixo custo e eficaz

(GARBIN et al., 2012)

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CONTROLE MECÂNICO
DO BIOFILME
• Atua na prevenção e remoção;
• Técnica simples;
• Instrumentos:
 Escova;
 Fio dental;
 Escovas interproximais;
 Escovas elétricas;
 Escovas unitufo.

(GEBRAN, 2002)

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ESCOVAS DENTAIS
• Escova ideal promove eficiente limpeza, de fácil acesso e manuseio;
• Método eficaz, mas insuficiente em áreas interproximais;
• Condições ideais:
- macia/média;
- cabeça arredondada;
- cabo anatômico com boa empunhadura.
• Sua escolha dependerá das características do paciente:
- Idade;
- Habilidade manual;
- Condições anatômicas da boca.

(GEBRAN, 2002)
ESCOVAS DENTAIS
 Podem ser uma forma de transmissão de microorganismos, já que
diferentes espécies estão na cavidade oral – transferidas as escovas
durante uso
 Necessários alguns cuidados de acordo com a ADA (American
Dental Association)
-Correto acondicionamento
-Substituição de 3 a 4 meses ou mais previamente se as cerdas
apresentarem sinais de desgaste

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SCOVAS DENTAIS INTERPROXIMAI
• Usadas na existência de espaços
interproximais amplos, normalmente
com recessão gengival;

• Introduzido no espaço interdental


acompanhando a inclinação papilar;

• 5 movimentos vibratórios para


vestibular e 5 para lingual;
(SILVA, 1997)
ESCOVAS DENTAIS ELÉTRICAS
• Surgiram em 1960;

• Efetividade similar a das escovas manuais;

• Realizam automaticamente movimentos


desejados sob baixa frequência vibratória;

• Indicada para pacientes com dificuldades


manuais.

(KRIGER, 2003)
ESCOVAS DENTAIS UNITUFO
• Para áreas de difícil alcance para escovas tradicionais;

• Útil para pacientes portadores de aparelhos ortodônticos ou


próteses fixas;

• Facilita limpeza em áreas de maior retenção de placa.

(KRIGER, 2003)
TÉCNICAS DE
ESCOVAÇÃO
Fones Stillman Bass
Cerdas contra a gengiva
Movimentos circulares Modificada
na vestibular e lingual Cerdas contra a gengiva e o dente sob ângulo de 45°
sob leve pressão

Realizar pequenos movimentos


Face oclusal movimento Deslizar para oclusal e vibratórios
ântero-posterior incisal, na vestibular
e lingual

Dentes anteriores: escova posicionada


Recomendado para verticalmente
crianças menores Face oclusal movimento
ântero-posterior
FIO DENTAL
• Ocupam lugar importante na prevenção e terapêutica
periodontal;
• Remoção de resíduos interproximais;

(SILVA, 1997)
TIPOS DE (ROCHA, 2005)

Encerados FIO DENTAL


Com
Em fita
Com
sabor Flúor
“escorregam” Eficiente na
mais fácil entre Deixa um certo Mais larga que liberação de
um dente e frescor na boca o fio tradicional flúor nas faces
outro interproximais

Indicados para Indicados para Indicado para


Indicados para o
pessoas com momentos onde pessoas com
controle da
dentes mais exista a dentes mais
placa em áreas
próximos entre impossibilidade afastados entre
proximais
si da escovação si
CONTROLE QUÍMICO DO
• Reduz aBIOFILME
adesividade das bactérias;

• Inibe o crescimento e proliferação de microorganismos;

• Modificação do biofilme tornando-o menos patogênico;

• Utilizados como auxiliares aos métodos mecânicos.


(MOREIRA, 2001)
DENTIFRÍCIOS
• Compostos de várias substâncias: água, abrasivos, umectantes,
espessantes, detergentes e terapêuticos, sabores e preservantes;

• Promovem efeito adicional de limpeza;

• Importante papel terapêutico no controle e prevenção da cárie – removem


70% de biofilme em associação com a escova dental

• Agentes microbianos: clorexidina, triclosan, óleos essenciais) – funções


terapêuticas como antiplaca, antigengivite e anticálculo

(ANDRADE JUNIOR et al., 1997; KRIGER, 2003; CURY et al.,


2004)
DENTIFRÍCIOS
• Tipos de compostos fluoretados encontrado nos dentifrícios:
- Fluoreto de Sódio (NaF)  ionização quando em contato
com a água
- Monofluorfosfato de sódio  ação de enzimas fosfatases

• De acordo com a ANVISA (Resolução nº 79 de 28 de agosto de 2000):


- Concentração de flúor no máximo 1.500 ppm.

• Indicações: toda população, crianças menores de 9 anos devem usar


pequenas quantidades (0,3 gramas) devido ao risco de fluorose.

GUIA DE RECOMENDAÇÃO PARA O USO DE FLUORETOS NO BRASIL, 2009


CLOREXIDINA
• Anticéptico de amplo espectro;
• Controla a placa bacteriana;
• Age em bactérias promovendo ruptura da membrana e precipitação do
citoplasma;
(RECHE, 2005)

• Pode ser encontrada em enxaguantes bucais (0,12 – 0,20%)

• Seu uso diário apresenta efeitos colaterais:


 Manchas nos dentes e língua;
 Perda do paladar;
 Sensação de queimação da mucosa oral.

(SOUZA, 2007)
CLOREXIDINA
• Meios de utilização:
- Bochechos 
Periogard,
Duplac,
Plackout
- Géis 
Duplac,
Plackout

• Indicações: recomendada no pós operatório periodontal;

(KRIGER, 2003)
ÓLEOS ESSENCIAIS
• São compostos que agem inespecificamente sobre bactérias;
• Rompem as paredes bacterianas dos microorganismos inibindo os
sistemas enzimáticos;
• Efeitos colaterais: queimação, gosto amargo, manchas nos dentes e
injúrias teciduais;
• Utilizados como:
- desinfetantes,
- antifúngicos
- antissépticos;

(GEBRAN, 2002)
TRICLOSAN
• Anti-séptico de largo espectro;

• Não provoca desequilíbrios na cavidade oral;

• É constituinte de dentifrícios e produtos de bochechos


• Vantagens:
- é utilizado com sucesso no tratamento de ulcerações;
- não apresenta mudança ou perda de paladar;
- não mancha os dentes.

(GEBRAN, 2002)
COMPOSTOS
QUATERNÁRIOS
• Ex: Cloreto de Cetilpiridínio; DE
AMÔNIA
• Mecanismo de ação relacionado ao aumento
da permeabilidade da parede celular
bacteriana;

• Favorece a lise se bactérias;

• Diminui o metabolismo e capacidade da


bactéria se aderir;

• Podem causar irritação da mucosa e leve


sensação de queimação na língua;

• Ação semelhante a clorexidina, com menor


eficácia.
(SEMENOFF, 2008)
PERÓXIDO DE
• HIDROGÊNIO
Liberam oxigênio molecular;

• Auxilia na remoção de tecidos lesados e ferimentos


orais;

• Auxilia na limpeza de aftas e lesões orais causadas


por próteses, aparelhos ortodônticos...

• Seu uso freqüente (3x dia) pode produzir ulcerações


orais;
(SEMENOFF, 2008)
ORIENTAÇÕES DE
HIGIENE BUCAL - BEBÊS
 Limpar a boca mesmo antes do nascimento dos dentes
 Realizada com gaze umedecida com água filtrada, ou fervida, ou
dedeira
(CFO, 2009)
 Criar hábitos de higienização

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ORIENTAÇÕES DE
HIGIENE BUCAL - BEBÊS
 Ao nascerem os primeiros dentes decíduos – limpeza com escova
de dentes pequena, com uma quantidade mínima de dentifrício (0,1g)
 Pais devem escovar os dentes dos filhos até que eles possam fazer
sozinhos

(CFO, 2009)

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ORIENTAÇÕES DE HIGIENE
BUCAL - CRIANÇAS
 Escova de dentes pequena associado ao creme dental com flúor,
mas em pequena quantidade – menos de um grão de arroz (0,3g)
 Limitar a escovação a 2x ao dia e ensinar a criança a não engolir a
espuma do creme dental
 Indicada técnica de fones
(STUANI et al., 2007)
 Deve usar fio dental

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ORIENTAÇÕES DE HIGIENE
BUCAL – ADOLESCENTES,
JOVENS E ADULTOS
 Escovação com pasta fluoretada pelo menos 3x ao dia
 Quantidade de pasta do tamanho de um grão de ervilha
 Diminuir frequência de ingestão de alimentos entre as refeições
 Examinar a cavidade oral
 Não utilizar força em excesso – desgaste dos dentes
 Técnica de Stilmann modificada
 Utilizar fio dental

(BARROS, 2007)

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ORIENTAÇÕES DE HIGIENE
BUCAL - IDOSOS
 Independentes: conseguem viver por si só, ou seja, sem auxílio de
outras pessoas
 Parcialmente dependentes: muitas vezes ou quase sempre precisam
do auxílio de um cuidador
 Totalmente dependentes: não têm iniciativa própria, seja por
deficiência física, seja por problemas psíquicos e, por isso,
necessitam de um cuidador. (CFO, 2012)

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ORIENTAÇÕES DE HIGIENE
BUCAL - IDOSOS
 Independentes:
- Observar maiores cuidados com dentaduras e pontes móveis quanto
à sua limpeza - realizada após cada refeição, antes de dormir e ao
acordar
-Se o idoso usar dentadura mas também tiver dentes deve-se usar uma
escova para dentadura e outra escova macia ou extramacia para os
dentes naturais
-À noite, antes de se recolher e após promover a limpeza da prótese, o
idoso deve colocá-la em um recipiente fechado com água
-Idosos que não têm dentes devem promover a limpeza das mucosas e
gengivas utilizando-se de solução de digluconato de clorexidina a
0,12% sem álcool, aplicada numa gaze (CFO, 2012)
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ORIENTAÇÕES DE HIGIENE
BUCAL - IDOSOS
 Parcialmente e totalmente dependentes:
-Cuidador deve receber várias orientações sobre a importância da
manutenção da saúde bucal
-Irá realizar a higiene bucal do idoso e da prótese
-Idoso acamado: faz-se uso de abridores de boca para facilitar
escovação
-Para enxague da boca, pode-se utilizar uma seringa descartável
com água

(CFO, 2012)

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