ODONTOLOGIA

PARA BEBÊS EDUCAR PARA PREVINIR

SORRISOS SAUDÁVEIS DESDE O INÍCIO

DISCENTE: TAMIRES PASSADORI MARTINS

DOCENTE RESPONSÁVEL: PROFª DRª MARCELLE DANELON
DISCIPLINA: BASES CIENTÍFICAS PARA O CONTROLE E TRATAMENTO
DA CÁRIE DENTÁRIA: CONCEITOS E ABORDAGENS DE TRATAMENTO
 APRESENTAÇÃO
Este e-book destina-se à graduandos de

odontologia e cirurgiões-dentistas, a fim

de orientá-los sobre o correto manejo,

planejamento e tratamento odontológico

para bebês, tendo como base evidências

científicas.
 SUMÁRIO . . . . .
1. Introdução à filosofia da Odontologia para Bebês .

2. Atendimento odontológico ao bebê . . . . . . . . . . . . .

3. Alterações do desenvolvimento dentário . . . . . . .

4. Manejo da cárie dentária em bebês . . . . . . . . . . . . .

5. Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
 04

INTRODUÇÃO
A Odontologia para Bebês surgiu no Brasil no final da
década de 80, através da instalação da Bebê Clínica na
Universidade Estadual de Londrina, seguida pela
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, no
final dos anos 90. Desde então, inúmeros projetos
preventivos foram criados, tornando-se uma realidade no
âmbito público e privado.

Abordar a saúde bucal da criança precocemente é de

extrema importância para a prevenção de doenças
bucais, uma vez que esta conduta influenciará no
desenvolvimento de hábitos que perpetuarão por toda
vida do indivíduo. Por isso, a Odontologia para Bebês
tem como objetivo “educar para prevenir”,
desconstruindo a visão curativa da odontologia, ou seja,
incentivando a busca pelo dentista antes mesmo que
problemas surjam e conscientizando sobre a importância
dos dentes não só para a saúde bucal, mas também para
a geral.

Cabe ao cirurgião-dentista atuar como fonte de

orientação e motivação aos pais, garantindo, assim,
sorrisos saudáveis desde a infância.
 05

ATENDIMENTO AO BEBÊ
O ATENDIMENTO AINDA NA VIDA INTRAUTERINA

As inúmeras mudanças que ocorrem durante

a gestação podem contribuir para o
desenvolvimento de desordens bucais. A
instrução de higiene e o atendimento
odontológico neste período garantem um
bom estado de saúde, diminuindo os riscos
de complicações como parto prematuro e
pré-eclâmpsia. Ainda, o estabelecimento de
bons hábitos de higiene oral nesta fase
podem perpetuar para o resto da vida,
fazendo com que os mesmos sejam aplicados
à criança.
A PRIMEIRA CONSULTA DO 06

BEBÊ . . .
1 - ANEMNESE
ATENTAR-SE À:
História médica;
Núcleo familiar;
Estabelecimento de vínculos.
A criança faz uso de medicamentos?

Açúcares;
Corantes;
Pigmentação dentária;
Infecções oportunistas.

Hábitos alimentares:
Identificar todas as informações possíveis
sobre dieta da criança.

Até 6 meses: amamentação

exclusiva;
> 6 meses: introdução
alimentar;
AÇÚCAR NÃO É
> 8 meses: alimentação RECOMENDADO ANTES
familiar. DOS 2 ANOS E MEIO
A PRIMEIRA CONSULTA DO 07

BEBÊ . . .
Higiene oral:
A higienização é realizada?
Qual a frequência?
Qual a qualidade?

Ausência de dentes
A higienização oral de bebês sem dentes e em
amamentação exclusiva não é necessária, entretanto,
recomenda-se a limpeza com a finalidade de instalação
do hábito.

Presença de dentes
Uso de dentifrício fluoretado (≥1000 ppmF) a partir do
nascimento de primeiro dente.

Quantidade de dentifrício:
Bebês: grão de arroz cru.
Crianças: grão de ervilha.

A partir de dois (2) dentes,

recomenda-se o uso de fio dental.
A PRIMEIRA CONSULTA DO 08

BEBÊ . . .
2 - EXAME CLÍNICO
RAPIDEZ NÃO SE PREOCUPAR COM
O CHORO
CONHECIMENTO DA NORMALIDADE

Extraoral

Buscar quaisquer alterações

de cabeça e pescoço, desde
alterações genéticas à
linfadenopatias.

Intraoral
ATENTAR-SE À:

Rodete gengival;
Presença de dentes;
Freios;
Inserções de bridas.
 09
ALTERAÇÕES DO
DESENVOLVIMENTO
DENTÁRIO
ANQUILOGLOSSIA
Trata-se de uma alteração de desenvolvimento
congênita, de origem hereditária, caracterizada por
um excesso de pele no freio lingual, o que limita a
movimentação da língua.

Quais os impactos para o bebê?

Interferência na amamentação;
Menor ganho de peso;
Dificuldade para desenvolver a
Danelon, 2023.
fala.

Tratamento:

INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
 10
DENTES NATAIS E
NEONATAIS
Dentes presentes ao
nascimento (natais) ou nos
primeiros 30 dias de vida
(neonatais).
*Atentar-se à possibilidade
23 .
n, 20
D anelo de Doença de Riga-Fede.

Qual o tratamento?
Supranumerário ou implantação imatura = exodontia

Série normal ou implantação madura = proservação.

CISTO DE ERUPÇÃO

Origem: acúmulo de
líquido entre dente e
capuz pericoronário. Danelon, 2023.

Tratamento:

ULOTOMIA
ULECTOMIA
 11
CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA
Origem: restos da lâmina
dentária.
Localização: crista do

3.
rebordo.
2
n , 20
Da nelo

PÉROLAS DE EPSTEIN
Origem: restos da linha de
fusão da rafe.
Localização: rafe palatina
Dan
elo
n, 2
mediana. 023
.

NÓDULO DE BOHN
Origem: derivados de estruturas
glândulares.
Localização: face V/L dos
3.
202
el on, rodetes gengivais.
Dan

As três lesões apresentam-se como nódulos branco-

amarelados e são assintomáticas. Não há necessidade
de intervenção, pois desaparecem espontaneamente.
 12
MANEJO DA CÁRIE
DENTÁRIA EM BEBÊS
Uma vez identificada a atividade de cárie,
esta deverá ser tratada considerando o nível
de acometimento dental.

O que mais considerar?

RISCO À CÁRIE

MUDANÇA DE HÁBITOS

ADEQUAÇÃO DO MEIO
 13
PLANEJAMENTO
1. FASE DE DIAGNÓSTICO E URGÊNCIA;
2. FASE DE ADEQUAÇÃO DO PACIENTE;
3. FASE DO TRATAMENTO REABILITADOR;
4. FASE DE MANUTENÇÃO.

MAIS
COMPLEXO

MAIS
SIMPLES

ADEQUAÇÃO DO MEIO

O que é realizado?
Restaurações provisórias;
Eliminação dos focos de infecção;
Terapia pulpar;
Exodontias.
 14
ADEQUAÇÃO DO MEIO
Quais os tratamentos para cárie em bebê?
Manchas brancas ativas
Aplicação de verniz fluoretado;
Quatro sessões;
Intervalo de 7 dias/cada.
*Sempre avaliar novamente a
atividade da lesão
(ativa/inativa).

Lesões cavitadas
Opta-se por procedimentos minimamente invasivos,
visando a preservação da maior quantidade possível
de tecido dentário. Além disso, técnicas seguras,
menos traumáticas e que possibilitam o uso de
materiais resistentes à umidade também são
indicadas.

FASE RESTAURADORA

Restaurações definitivas;

Próteses.
 15
FASE DE MANUTENÇÃO
Os retornos variam de acordo
com o risco do paciente à
cárie. Em cada consulta, os
procedimentos feitos deverão
ser analisados, e as
orientações de higiene,
reforçadas.

CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A “chave para o sucesso” da Odontologia para
Bebês está conscientização dos responsáveis,
através de motivações e orientações constantes.
Por isso, o cirurgião-dentista deve utilizar
linguagem simples e clara, a fim de facilitar a
compreensão. Ainda, cabe ao profissional oferecer
alternativas condizentes à realidade familiar do
paciente, sempre visando o objetivo: sorrisos
saudáveis.
REFERÊNCIAS