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BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Feira de Santana
2016
ROSÂNGELA MENDES BARBOSA
PAULO EDUARDO SANTANA
Feira de Santana
2016
1. INTRODUÇÃO
2. ÚLCERA PÉPTICA
A úlcera péptica é uma doença milenar, que acompanha o homem desde a pré-
história, porém o seu reconhecimento como entidade mórbida é relativamente recente.
Nas antigas civilizações há apenas referências a sintomas que poderiam ser a ela
atribuídos, especialmente a hematêmese e melena.
A úlcera duodenal foi descrita pela primeira vez por Hamberger em 1746, porém
a sua identidade etiopatogênica com a úlcera gástrica só ocorreu posteriormente. No
século XIX há várias referências à úlcera duodenal, destacando-se a de Kraus, em 1865,
que registrou sua maior frequência no homem que na mulher e sua localização
preferencial na primeira porção do duodeno, donde proveio a designação de “úlcera
bulbar” (REZENDE, 2005).
EPIDEMIOLOGIA
Estima-se que as úlceras duodenais (UD) ocorrem em 6 a 15% da população
Ocidental. A incidência de UD diminui uniformemente de 1960 a 1980 e manteve-se
estável desde então. As úlceras gástricas (UG) tendem a ocorrer em idades mais
avançadas do que as lesões duodenais com uma incidência máxima. Mais da metade das
UG ocorrem em homens e é menos comum que as UD.
FATORES DE RISCO
Os estudos demonstram a dependência de álcool e nicotina como fatores de risco
no desenvolvimento de úlceras pépticas. O fumo do cigarro tem um impacto direto na
formação, severidade e recorrência de úlceras, sendo considerado um fator de risco no
desenvolvimento destas. Para, além disso, foi estabelecida uma associação entre o fumo
do tabaco e o aparecimento de infeção por H. pylori, assim como um aumento de risco
do consumo de álcool e a toma de medicamentos não sujeito a receita médica, o que
consequentemente leva a um aumento do risco de aparecimento de úlceras pépticas. Os
cigarros contêm nicotina, substância que aumenta a probabilidade do aparecimento de
úlceras através do aumento da produção de ácido gástrico no estômago e da diminuição
da proteção do muco nesse local. (CARVALHO, 2013).
O maior fator de risco isolado é o desenvolvimento da úlcera péptica, a infecção
pelo Helicobacter pylori. (TIMBY e SMITH, 2005).
A questão importante é o papel do H. pylori na ulceração péptica. A infecção por
H. pylori está presente em praticamente todos os pacientes com úlceras duodenais e em
cerca de 70% daqueles com úlceras gástricas. (RAMZI e col., 2000).
HELICOBACTER PYLORY
A bactéria é um bastonete microaerofílico Gram negativo encontrado mais
comumente nas porções mais profundas do gel mucoso que reveste a mucosa gástrica
ou entre a camada mucosa e o epitélio gástrico. Pode fixar-se no epitélio gástrico. A
transmissão de H. pylori ocorre de uma pessoa a outra, via ora-oral ou orofecal. A
infecção por H. pylori está sempre associada a uma gastrite crônica ativa. (FAUCI e
LONGO, 2015). Essa bactéria libera enzimas digestivas que liquefazem a barreira,
permitindo a digestão das células epiteliais pelas secreções gástricas. Esse processo
resulta em ulceração. A infecção por H. pylori também é associada a níveis elevados de
gastrina e pepsinogênio. (GUYTON e HALL, 2006).
O resultado final específico da infecção por H. pylori (gastrite, DUP, linfoma
gástrico MALT, câncer gástrico), é determinado por uma complexa interação, entre os
fatores bacterianos e relacionados com o hospedeiro. O H. pylori é capaz de facilitar a
fixação no estômago, de induzir uma lesão mucosa e de evitar a defesa do hospedeiro.
(FAUCI e LONGO, 2015).
AINES
Os anti-inflamatórios não-esteróides (AINES) causam úlcera péptica por seus
efeitos danosos tópicos sobre a mucosa ou por seus efeitos sistêmicos depletadores das
prostaglandinas na mucosa. (KUTTY e col. 2005).
2.1 DEFINIÇÃO
2.2 FISIOPATOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
Este teste utiliza cápsula de 13C-uréia para detectar a presença de H. pylori, a bactéria
associada à úlcera péptica. Trata-se de um teste simples e direto. O paciente toma cápsula de
13C-uréia, aguarda aproximadamente dez minutos e enche uma bexiga. O ar então é transferido
para um frasco especial para análise. Se a uréase gástrica, uma enzima que normalmente não
está presente nas células humanas, for identificada no ar da bexiga, é muito provável que o
paciente tenha infecção pelo H. pylori. Esta analise do ar expirado possui uma precisão 90%.
Para garantir um resultado acurado do teste, o enfermeiro orienta ao paciente a não manipular
nem mastigar a cápsula utilizada no teste. Em vez, disso ele deve degluti-la intacta. (TIMBY e
SMITH, 2005).
TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA A REDUÇÃO DO ÁCIDO GÁSTRICO:
ANTIÁCIDOS
Os antiácidos fazem parte da terapia mais simples para tratamento de casos de
excessiva secreção de ácido gástrico. Estes neutralizam diretamente o ácido através do
aumento do pH. Este aumento leva também à inibição da atividade de enzimas pépticas,
as quais cessam a sua atividade a um pH de 5. (CARVALHO, 2013).
Os antiácidos mais largamente utilizados consistem em misturas de hidróxido
de alumínio e hidróxido de magnésio. O íon hidróxido reage com íon hidrogênio,
formando água, enquanto o magnésio e o alumínio reagem com o bicarbonato de sódio
nas secreções pancreáticas e com os fosfatos da dieta formando sais. Os efeitos adversos
comuns associados a esses antiácidos incluem diarreia (magnésio) e obstipação
(alumínio). (GOLAN, 2009).
O bicarbonato de sódio reage rapidamente com o HCl, formando água, dióxido
de carbono e sal. Os antiácidos que contem bicarbonato de sódio apresentam grandes
quantidades de sódio. Nos pacientes com hipertensão e sobrecarga hídrica, pode resultar
em retenção significativa de sódio.
O carbonato de cálcio é menos solúvel que o bicarbonato de sódio; reage com
ácido gástrico produzindo cloreto de cálcio e dióxido de carbono. O carbonato de cálcio
também pode servir de suplemento de prevenção à osteoporose. Doses elevadas podem
levar a obstipação.
TERAPIA QUÁDRUPLA
Omeprazol 20mg ou 30mg/dia
Subsalicilato de bismuto 02 comprimidos, 4x/dia
Metronidazol 250mg, 4x/dia
Tetraciclina 500mg, 4x/dia
Fonte: TIMBY E SMITH, 2005.
VAGOTOMIA
A vagotomia é uma técnica cirúrgica que tem como princípio bloquear a
secreção de ácido e pepsina pelo estômago. (MACEDO, 1994).
1. Vagotomia Troncular
A técnica consiste na secção dos nervos vagos, esquerdo e direito, acima dos
ramos hepático e celíaco, logo acima da junção GE. É a cirurgia mais comum a ser
realizada para doença ulcerosa duodenal. Muitas vezes há necessidade de realizar
piloroplastia, caracterizando a técnica como vagotomia troncular clássica associada à
piloroplastia de Heineke-mikulicz.
Sendo a vagotomia troncular associada à piloroplastia um procedimento não
complicado e rápido, torna-se interessante para úlceras sangrantes (são pacientes que já
estão hemodinamicamente instáveis). (OSIOWY e col., 2010).
2. Vagotomia Seletiva
É a secção dos ramos gástricos dos troncos vagais, preservando-se o ramo
hepático do tronco vagal anterior e o ramo celíaco do tronco vagal posterior.
Tem vantagem sobre as vagotomias tronculares, pois com a desenervação
exclusivamente gástrica evitam-se as complicações intestinais e biliares. (OSIOWY e
col., 2010).
3. Vagotomia Troncular com Antrectomia
A vagotomia troncular consiste em secção dos ramos anteriores e posteriores do
nervo vago presentes no esôfago distal. A vagotomia reduz significativamente a
secreção de ácido, mas também marcadamente altera a motilidade gástrica,
prejudicando tanto o relaxamento receptivo do estômago e coordenação do esfíncter
pilórico, que permite o esvaziamento gástrico. (OSIOWY e col., 2010).
A antrectomia destina-se a eliminar o estimulante adicional da secreção acida
gástrica, a gastrina. Dois tipos reanastomoses são usados após a antrectomia:
Gastroduodenostomia (Billroth I) ou Gastrojejunostomia (Billroth II). (FAUCI e
LONGO, 2015).
3. CÂNCER GÁSTRICO
3.1 EPIDEMIOLOGIA
O câncer gástrico é uma das neoplasias malignas mais comuns e apresenta alta
mortalidade, sendo considerada a segunda causa de morte por câncer mundialmente.
(SANTOS, 2015).
3.2 HISTOPATOLOGIA
ESTADIAMENTO DO CA DE ESTÔMAGO
(TX) tumor primário inacessível (NX) Linfonodos regionais (MX) Presença de metástase à
inacessíveis distância não pode ser avaliada.
(T1) invade lâmina própria ou (N1) comprometimento de um a seis (M1) metástase à distância.
submucosa linfonodos regionais
3.5 DIAGNÓSTICOS
DIAGNÓSTICO PRECOCE
Marcadores tumorais: Marcadores tumorais são substâncias encontradas no
sangue, urina ou tecidos de pessoas com certo tipo de câncer. A maioria dos marcadores
tumorais são proteínas ou pedaços de proteínas. Eles são produzidos pelo próprio tumor
ou pelo organismo como resposta à presença do câncer. (ONCOCIR, 2013).
Marcadores Tumorais do Câncer do Trato Gastrointestinal – Estômago,
Colorretal:
CEA (antígeno carcinoembrionário): é um marcador tumoral encontrado
em vários tumores do trato GI. Originalmente foi descrito como presente em
adenocarcinoma de cólon e reto e em cólon fetal, mas ausente em tecido
colônico adulto normal. Atualmente, sabe-se que o CEA é produzido pelas
células da mucosa gastrintestinal.
CA 19-9: é outro marcador tumoral genérico encontrado em vários tipos de
câncer do trato gastrointestinal incluindo tumor pancreático e de estômago.
CA 72-4: Este marcador tumoral tem elevada especificidade para cancro,
mas sem sensibilidade de órgão. Este marcador tumoral é utilizado no
controle de remissão e recidiva de carcinomas de trato gastrintestinal
(gástrico, cólon, pâncreas e trato biliar). Cinquenta por cento dos pacientes
com câncer gástrico apresentam níveis elevados de CA 72-4.
CA 50: o antígeno do câncer 50 é uma glicoproteína. Este marcador é
expresso pela maioria dos carcinomas epiteliais (câncer gastrintestinal e de
pâncreas), e nos estádios mais avançados do câncer colorretal também ficam
bem elevados.
DIAGNÓSTICO DE IMAGEM
Série Gastrointestinal Superior: É um exame de raios X para avaliar o
esôfago, estômago, e a primeira parte do intestino delgado. Este exame é
realizado utilizando contraste de bário, que ao ser ingerido cobre o
revestimento do esôfago, estômago e intestino delgado. Como os raios X não
atravessam o bário é possível delinear quaisquer anormalidades no
revestimento destes órgãos.
Endoscopia Digestiva Alta: A endoscopia digestiva alta é o principal exame
utilizado para identificar o câncer de estômago. Pode ser solicitado para
pacientes com fatores de risco ou quando os sinais e sintomas sugerem
presença da doença. Se áreas anormais são encontradas, uma biópsia é
realizada, por meio de instrumentos que são colocados através do
endoscópio. As amostras de tecido retiradas são enviadas para análise
anatomopatológica.
Ultrassom endoscópico: o ultrassom é uma técnica que não emprega
radiação ionizante para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de
frequência acima do limite audível para o ser humano, que produzem
imagens em tempo real de órgãos, tecidos e fluxo sanguíneo do corpo. Na
ultrassonografia endoscópica, um pequeno transdutor é colocado na ponta do
endoscópio. Este endoscópio é passado pela garganta até o estômago. Desse
modo, o transdutor é posicionado diretamente sobre a parede do estômago,
permitindo que o médico visualize as camadas da parede do estômago, bem
como os gânglios linfáticos e outras estruturas.
Radiografia do esôfago e estômago: após a ingestão de um contraste
chamado de bário são realizadas radiografias (Raios X) sequenciais que
delineiam o interior do esôfago e do estômago e o profissional médico
procura por áreas anormais ou tumores.
Tomografia Computadorizada: é uma técnica de diagnóstico por imagens
que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo,
por meio da rotação do tubo emissor de Raios X ao redor do paciente. A
tomografia computadorizada permite confirmar a localização do câncer, e
também se o tumor se espalhou para os órgãos ou linfonodos.
Ressonância Magnética:
Tomografia de Emissão de Pósitrons:
Radiografia de tórax: Este exame é realizado para verificar se a doença se
disseminou os pulmões. O exame de raios X de tórax também pode
determinar a existência de doença cardíaca ou pulmonar. (ONCOGUIA,
2014).
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma completo: para detectar presença de anemia, que pode ser
causada por hemorragia interna.
Sangue oculto nas fezes: revela presença de eritrócitos. Investiga-se existe a
possibilidade de sangramento do trato digestivo alto. Um teste de sangue
oculto positivo pode ser um sinal de lesão do estômago, como úlcera péptica
ou mesmo tumores.
Enzimas hepáticas: para fornecer informações sobre o estado do fígado do
paciente.
Laparoscopia: geralmente é realizada após diagnóstico do câncer de
estômago. Neste procedimento, um laparoscópio, tubo fino e flexível, é
inserido no paciente através de uma pequena abertura cirúrgica no abdome.
Isso permite que o profissional médico obtenha uma avaliação detalhada das
superfícies dos órgãos e gânglios linfáticos próximos.
4. CÂNCER INTESTINAL (CÓLON E RETO)
4.1 EPIDEMIOLOGIA
4.2 HISTOPATOLOGIA
Sinais e sintomas:
Diarréia e constipação.
Presença de sangue nas fezes.
Dor abdominal tipo cólica, sensação de inchaço abdominal.
Perda de peso sem motivo específico.
Cansaço e fadiga constante
Náuseas e vômitos
4.4 DIAGNÓSTICO
QUIMIOTERAPIA
A quimioterapia antineoplásica consiste no emprego de substâncias químicas,
isoladas ou em combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas. E o
tratamento de escolha para doenças do sistema hematopoiético e para os tumores
sólidos, que apresentam ou não metástases regionais ou a distancia. (INCA, 2008).
A quimioterapia pode ser administrada em diferentes momentos para tratar o
câncer de estômago:
Quimioterapia Neoadjuvante - É realizada antes da cirurgia com o objetivo de
reduzir o tamanho do tumor e, eventualmente, tornar a cirurgia mais fácil. Também
pode ajudar a manter o paciente mais tempo livre da doença, permitindo uma sobrevida
maior. Para alguns estágios do câncer de estômago, a quimioterapia neoadjuvante é uma
das opções do tratamento padrão. Pode ser administrada novamente após a cirurgia.
Quimioterapia Adjuvante - É realizada após a cirurgia para destruir as células
cancerígenas remanescentes. Isso pode ajudar a evitar uma recidiva da doença. Em
alguns casos a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia após a cirurgia,
essa combinação é denominada quimioirradiação. Isto pode ser especialmente útil para
os tumores que não podem ser completamente removidos cirurgicamente.
Quimioterapia para Câncer Avançado - A quimioterapia também pode ser
administrada como o principal tratamento do câncer de estômago que se espalhou para
outros órgãos. Esse tratamento pode retardar a evolução da doença, o que pode aliviar
os sintomas de alguns pacientes e ajudá-los a viver mais tempo. (ONCOGUIA, 2014).
As drogas antineoplásicas podem ser divididas em dois tipos:
Os quimioterápicos se classificam em
DROGAS MECANISMO DE AÇÃO ESPECIFICIDADE DO CICLO EFEITOS COLATERAIS
CELULAR
Agentes Alquilantes: Altera a estrutura do DNA Não específico do ciclo Supressão da medula óssea,
Cisplatina, Busulfan, lendo erroneamente o celular náusea, vômito, cistite,
Mostarda Nitrogenada, código do DNA, iniciando alopecia, estomatite,
Tiopepa, Ciclofosfamida rupturas da molécula de supressão gonodal,
DN, ligações cruzadas de toxicidade renal (cisplatina)
filamentos de DNA.
Nitrosuréias: Carmustina, Similar aos agentes Não específico do ciclo Mielossupressão retardada e
Lomustina, Semustina e alquilantes; atravessa a celular cumulativa, especialmente
Estreptozocina barreira hematoencefálica trombocitopenia
Antibióticos Antitumorais: Interfere na síntese de DNA Não específico do ciclo Supressão da medula óssea,
Bleomicina, Dactinomicina, ligando-se ao DNA; impede celular náusea, vômito, alopecia,
Doxorubicina, Mitomicina a síntese de RNA anorexia, toxicidade
cardíaca (doxorubicina)
Tóxicos do Fuso Mitótico: Interrompe a metáfase Específico do ciclo celular Supressão da medula óssea
Alcaloides vegetais: inibindo a formação tubular (fase M) (leve com a VCR),
Etoposido, Teniposido, mitótica (fuso); inibe a neuropatias (VCR),
Vimblastina, vincristina síntese de DNA e proteínas estomatite.
(VCR), Vindesina,
Vinorelbina;
TRATAMENTO CIRÚRGICO
GASTRECTOMIA
Consiste na retirada parcial ou total do estômago.
Opera-se o estômago por tumores primários do órgão, complicações da doença
péptica, doença do refluxo gastroesofágico, trauma e obesidade mórbida.
Procedimento: a gastrectomia é a retirada de parte ou de todo o estômago, o tipo
de gastrectomia vai depender da localização da lesão no estômago. Na gastrectomia
parcial, poderá ser retirada a parte proximal ou a parte distal. A linfadenectomia
(retirada dos gânglios linfáticos) de escolha é a D2 (até a segunda cadeia de drenagem
linfática), a D1 (somente os gânglios ao redor do órgão) é a exceção. Na gastrectomia
total que é a retirada de todo o estômago, a reconstrução é feita com um Y de Roux.
Complicações:
Hemorragia, que pode levar ao choque;
Distensão abdominal.
GASTROSTOMIA
É a abertura do estomago, através da parede abdominal, para introduzir um tubo
com a finalidade de aspirar secreções estomacais ou, então, alimentar e hidratar o
paciente. Ela pode ser temporária ou definitiva, dependendo da doença.
Complicações:
Distúrbios intestinais como diarréia ou constipação, dependendo da
alimentação usada;
Estase gástrica, que é o acúmulo de alimentos no interior do estômago;
Regurgitação ou vômito e broncoaspiração.
COLOSTOMIA
É a exteriorização de uma porção do colón na parede abdominal, criando uma
abertura para saída de fezes e gazes. Abertura pode ser temporária ou permanente. A
colostomia está indicada em casos de tumores do intestino grosso, anomalias congênitas
e perfurações intestinais, podendo ser definitiva ou temporária.
Complicações:
Prolapso do estoma, com a exteriorização de uma parte do cólon;
Constipação ou diarréia, conforme a tolerância ou a adaptação aos alimentos;
Infecção da pele ao redor do estoma;
Exteriorização do intestino ao lado do estoma, em geral ocasionado por
orifício excessivamente largo na parede abdominal.
ILEOSTOMIA
É a exteriorização de uma porção do íleo na parede abdominal. Cirurgia
realizada após colectomia total ( retirada de todo colón) ou por motivos que necessitem
o desvio intestinal.
6. COLELÍTIASE E COLEDOCOLÍTIASE
6.1 EPIDEMIOLOGIA
6.2 FISIOPATOLOGIA
COMPLICAÇÕES
6.4 DIAGNÓSTICO
COLELITÍASE
COLECISTITE
COLEDOCOLITÍASE
EXAMES LABORATORIAIS:
Exame Laboratorial Sangue Indicação
Hemograma completo (HB, HT, eritrócitos, Afastar distúrbios de oxigenação, imunidade e
leucócitos, plaquetas) coagulação.
Glicose Prevenir descompensação metabólica que pode
interferir na cicatrização
Uréia e creatinina Prova de função renal
GS e Rh Previsibilidade de hemotransfusão
PTT Prever sangramentos anormais
TGO, TGP, DHL, Bilirrubinas, Fosfatase Avaliar função hepática
alcalina, Gama GT
Amilase, Lipase Função exócrina pancreática
COLELITÍASE:
Analgesia:
AINEs (Dipirona para alívio imediato e Tromadol para analgesia da cólica
biliar)
DIPIRONA
É analgésico, antitérmico e antiflamatório.
Intervenções de Enfermagem
(Dolatina)
Intervenções de Enfermagem
COLECISTITE
Antibioticoterapia parenteral
Ampicilina + Aminoglicosídeos
Ampicilina
Está indicada no tratamento de infecções causadas por microorganismos
sensíveis à Ampicilina, tais como infecções do trato urinário, respiratório,
digestivo e biliar. Infecções localizadas ou sistêmicas especialmente causadas
por microorganismos do grupo enterococos, Haemophilus, Proteus, Salmonella e
E. coli. Contra-indicação: A Ampicilina está contra-indicada para pacientes com
história de hipersensibilidade a qualquer tipo de penicilina. É também contra-
indicada em infecções causadas por organismos que produzem a penicilinase.
Reações anáfilaticas sérias causadas por hipersensibilidade são bastante
reportadas por pacientes em tratamento com penicilinas. Tais reações são muito
comuns em indivíduos com história de sensibilidade e alergias múltiplas. Para se
evitar esse tipo de reação deve-se fazer o teste de sensibilidade antes de
administrar a droga. Reações anafiláticas graves requerem tratamento de
emergência com epinefrina, oxigenação e esteróides intravenosos para facilitar o
caminho do ar, incluindo intubação. Modo de administração: dissolver o
conteúdo de cada frasco-ampola utilizando a água para injeção contida na
ampola diluente. Esta solução pode ser utilizada para injeção endovenosa,
intramuscular ou infusão. A dose vai de acordo à prescrição médica.
Aminoglicosídeos
COLEDOLITÍASE
Um paciente com qualquer tipo de doença gástrica deve ser monitorado pelo
enfermeiro para que não haja nenhuma complicação. Os cuidados de enfermagem
começa desde a admissão do paciente até os cuidados no pré, trans e pós-operatório.
Esses cuidados não devem se concentrar apenas na avaliação de sinais e sintomas e nem
só na verificação dos sinais vitais, mas em toda implementação da sistematização da
assistência de enfermagem.
Pré-operatório imediato:
Pós-operatório
_______. Ministério da Saúde. Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta
de integração ensino-serviço. / Instituto Nacional de Câncer. – 3. ed. atual. amp. – Rio de
Janeiro: INCA, 2008.
MACEDO, Kássia Rosângela Paz de. Estudo das complicações das vagotomias em nosso meio.
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis-SC. 1994.
RALPH, Raniê. Anatomia Patológica: Tumores do Intestino Delgado. Aula 04. Neoplasias dos
Intestinos.
TIMBY, Barbara K; SMITH, Nancy E. Enfermagem Médico- Cirúrgico. 8. Ed. Rev. e ampl. –
Barueri, SP. Manole. 2005.
Disponível http://ranieralph.weebly.com/uploads/3/1/9/3/3193594/aula04-neoplasias-dos-
intestinos.pdf. Tumores do Intestino delgado. 28/03/2016.