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Aula 3 - Anatomia

DESENVOLVIMENTO MORFOLÓGICO DO PULMÃO

Inicia na 4ª semana de gestação que cresce da parede ventral da arvores brônquica primitiva

Desenvolve-se na extremidade caudal do divertículo laringotraqueal durante a 4ª semana.

Broto respiratório (pulmonar) ---- divide-se em → brotos brônquicos primários → Brotos


brônquicos secundários e terciários – que crescem lateralmente nos canais pericardioperitoneais.

Os brotos brônquicos diferenciam-se em brônquios e suas ramificações nos pulmões. No início


da 5ª semana a conexão de cada broto brônquico com a traqueia dilata-se e forma o primórdio
dos brônquios principais.

Brônquio principal --- divide-se em → Brônquios secundários que formam: ramos lobar,
segmentar e interssegmentar

Brônquios segmentares (10 no direito e 8-9 no esquerdo) → formam-se pela 7ª semana


|_ Em conjunto com o mesenquima circundante → primórdio do segmento broncopulmonar
Durante 24 semanas +/- 17 gerações de ramos se formam e formam-se os brônquios
respiratórios

Maturação dos pulmões divide-se em 4 fases:

1- Período pseudoglandular (5 a 17 semanas)

Primeira parte: pulmões assemelham-se a uma glândula exócrina


Durante 16 semanas: formam-se todos os principais elementos exceto os envolvidos nas trocas
gasosas.
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2- Período canicular (16 a 25 semanas)

Sobrepoem-se à primeira fase.


Nesta fase: lumens dos brônquios e bronquíolos terminais aumentam e o tecido pulmonar torna-
se muito vascularizado.
Durante 24 semanas: cada bronquíolo terminal, dá origem a 2 ou + bronquíolos respiratórios que
se divide em passagens – ductos alveolares primordiais.

Respiração é possível porque alguns sacos terminais se desenvolveram nas extremidades dos
bronquíolos respiratórios.

3- Período do saco terminal (24 semanas ao nascimento)

Aumento do nº de sacos terminais


Contacto íntimo entre as células epiteliais e endoteliais forma a barreira sangue-ar (hematoaérea)
→ possibilita as trocas gasosas
Durante 26 semanas, os sacos terminais estão revestidos por células epiteliais pavimentosas de
origem endodérmica (Pneumócitos tipo I) → permitem as trocas
As células epiteliais secretoras espalhadas por dentre os pneumócitos tipo I, são os pneumócitos
tipo II que secretam surfactante pulmonar.
A sua produção inicia entre a 20ª e a 22ª semana

Função: recobrir as paredes interiores dos sacos


terminais e neutralizar a força de tensão superficial na
interface ar-alvéolo.

4- Período alveolar (32 semanas até 8 anos)

Aparecimento de alvéolos
Os sacos terminais representam os futuros ductos alveolares.
A membrana alveolocapilar é suficientemente fina para possibilitar a troca gasosa.
Após o nascimento é exigido as seguintes mudanças adaptativas dos pulmões:

• Produção de surfactante nos sacos alveolares


• Transformação dos pulmões em órgãos de trocas gasosas
• Estabelecimento simultâneo das circulações pulmonar e sistémica.

Após o nascimento, os alvéolos primitivos ↑ conforme os pulmões se expandem (transform-se


em alvéolos maduros) MAS, o ↑ do tamanho dos pulmões resulta de: ↑ contínuo no número de
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bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos do que simplesmente o ↑ em tamanho dos
alvéolos.

Adaptação respiratória à vida aérea


Maturação pulmonar caracterizada por:

• Adelgaçamento do epitélio com uma diferenciação dos pneumócitos tipo I e II


• Adelgaçamento das paredes inter-alveolares
• Maturação do surfactante
• Desaparecimento do líquido pulmonar expulso com o líquido amniótico

PÂNCREAS

• Função: auxiliar na digestão dos alimentos


• Em casos de FC:
• É quase sempre lesado
• As enzimas digestivas estão alteradas e podem dificultar a digestão de alimentos
• Até 10-20% dos recém-nascidos com FC podem ter uma obstrução no intestino por causa
da insuficiência no funcionamento das enzimas do pâncreas

Histogénese do pâncreas

• Secreção de insulina começa no início do período fetal (10 semanas)


• As células que contém glucagon e somatostatina desenvolvem-se antes das células
secretoras de insulina, mas a sua produção é posterior - (15ª semana)

NEUROANATOMIA DA RESPIRAÇÃO

• Requer coordenação com a musculatura esquelética


• Controlada pelo sistema nervoso central

2 níveis de controlo: consciente → responsabilidade do cérebro induzir inspiração e expiração


Inconsciente

Controlado por 3 centros respiratórios no bolbo e na protuberância


São núcleos pares, direitos e esquerdos com ligações transversas entre eles
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sobre o paladar
Determina a
frequência e a
profundidade nervo facial
Associado ao ritmo
*
nervo glossofaríngeo

++

* c3,c4 e c5
Complexo de pré-Botzinger: pace-maker

Complexo de Botzinger: expiração

Núcleo ambíguo: Inspiração, controla a úvula,


o palato mole e os M. da laringe

Núcleo retro-ambíguo: Neurónios ins e exp.

Centros respiratórios:

Grupo respiratório ventral

• Principal gerador de ritmo respiratório

Grupo respiratório dorsal

• Próximo ao canal central e posterior ao GRV

Grupo respiratório pontino

• Adapta-se a circunstâncias como o sono, o exercício, a


vocalização e a resposta emocional

Centros respiratórios superiores

• Influenciados pelo sistema límbico, hipotálamo e


córtex cerebral
• Permite um controlo consciente como o respirar fundo
ou as emoções afetarem a respiração
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SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
Principal centro supra espinhal de controlo do SNA é o hipotálamo e córtex

• Núcleos hipotalâmicos posteriores e laterais → simpáticos, a sua estimulação leva a uma


descarga maciça do sistema simpático-adrenal
• Núcleos anteriores e mediais – parassimpáticos
Em geral: medeia as respostas do organismo ao stress, mobilizando as reservas de energia para
as emergências

Fontes dos estímulos para os centros respiratórios:


Quimiorecetores centrais: • Respondem ao processo inflamatório
no pulmão
• Alterações de pH
• Condiciona a excessiva insuflação
• Lateral ao bulbo
através de reflexos protetores que
inibem a inspiração profunda →
reflexo de insuflação de Hering-Breuer
Quimiorecetores periféricos:

• Arco aórtico e corpos carotídeos


• Quantidade de O2, CO2 e pH no Recetores de irritabilidade
sangue
• Terminações nervosas no epitélio das
• Corpos aórticos → nervo vago
vias aéreas
• Corpos carotídeos → nervos
• Respondem ao fumo, ao pó, ao pólen,
glossofaríngeos
aos gases químicos, ao ar frio e ao
muco excessivo
• Comunicam através do nervo vago
Recetores de estiramento
que responde com reflexos
• Musculo liso (túnica) dos brônquios e protetores: tosse, broncoconstrição,
bronquíolos respiração superficial
• Comunicam através do nervo vago

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