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Universidade Católica de Moçambique

EXTENSÃO DE GURUÉ

Culpa e causas da exclusão da culpa

Licenciatura em Direito 2º ano

Estudante: Júlia Filipe Magaia, Código: 712200056

Gurué, Novembro de 2021


Universidade Católica de Moçambique

EXTENSÃO DE GURUÉ

Culpa e causas da exclusão da culpa

Licenciatura em Direito 2º ano

Estudante: Júlia Filipe Magaia, Código: 712200056

Trabalho de pesquisa da Cadeira de


Direito Penal apresentado ao Dr.
Isaac Fernando Tomás para fins
avaliativos

Gurué, Novembro de 2021


Índice
1. Introdução....................................................................................................................1

1.1. Objectivos de trabalho..............................................................................................1

1.1. Metodologia.............................................................................................................1

2. Culpa e causas da exclusão da culpa em direito penal..................................................2

2.1. Situacoes em que se verifica a culpa.........................................................................2

2.2. Causas que Excluem a Ilicitude e a Culpa................................................................2

3. Conclusão.....................................................................................................................5

4. Referencias Bibliográficas............................................................................................6
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Direito penal tem como conteudo o estudo da culpa. Para se
aceitar a responsabilidade penal própria da pessoa coletiva é necessário que se preencha o
requisito da culpa da pessoa coletiva no cometimento do crime e as ações das pessoas
coletivas o estudo do código penal permitiu descrever as situacoes em que há exclusao da
culpa tais como os que praticam o facto violentados por qualquer força estranha, física e
irresistível e os que praticam o facto dominados por medo insuperável de um mal igual ou
maior, iminente ou em começo de

1.1. Objectivos de trabalho


O trabalho apresenta os seguintes objectivos:

 Conceituar os culpa;
 Descrever as situacoes em que se exclui a culpa;

1.1. Metodologia

Para a realizacao do presente trabalho foi usada a pesquisa bibliográfica que partiu da
consulta de diversos materiais que pemitiram entre eles livros, revistas e obras na internet que
abordam o tema.
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2. Culpa e causas da exclusão da culpa em direito penal

Umas das questões a ter em conta na imputação de responsabilidade penal é a questão da


culpa, ora não há responsabilidade penal sem culpa e a lei penal só admite a responsabilidade
criminal por atos próprios culposos. Para se aceitar a responsabilidade penal própria da pessoa
coletiva é necessário que se preencha o requisito da culpa da pessoa coletiva no cometimento
do crime, desta feita Hirsch alega que as ações das pessoas coletivas se manifestam por meio
de pessoas humanas que a compõem, nesse caso esta sempre presente a liberdade da vontade
exigido pelo conceito de culpa (Nhatitima, 2012)

A culpa é o bom-senso de condenação ético-jurídica emitido contra alguém em virtude de ter


procedido de uma forma proibida quando podia e/ou devia ter agido de outra (não proibida,
evitando, assim, a acção criminosa

2.1. Situacoes em que se verifica a culpa

Quer isso dizer que, sempre que se verificasse uma causa de exclusão da culpa em sentido
amplo, excluir-se-ia a culpa e acabaria ali a análise; se não se verificasse qualquer causa de
exclusão, haveria culpa o juízo de censura ético-jurídica emitido contra alguém em virtude de
ter agido de uma forma quando podia e/ou devia ter agido de outra

2.2. Causas que Excluem a Ilicitude e a Culpa

Segundo Amade (2017): excludente de culpabilidade é a circunstância que afasta ou exclui a


culpa. Assim, deixa de estar caracterizado o delito e de ser cabível a sanção. É importante não
confundir esse conceito de “culpa” como contraposto a “dolo”.

Como tal, a culpa é definida por um princípio de culpabilidade que rege o direito de o Estado
punir um sujeito por um ato

A exclusão de culpa é de natureza pessoal, respeitando apenas ao agente da infração, não


sendo comunicável aos comparticipantes. Por seu turno, as

causas da exclusão da ilicitude torna o acto lícito e a impossibilidade de lhe ser exigido um
outro comportamento.

Nos termos dessa disposição, justificam o facto:


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– Os que praticam o facto violentados por qualquer força estranha, física e irresistível – neste
caso, é suprimida a própria voluntariedade, transformando o agente em mero instrumento.

– Os que praticam o facto dominados por medo insuperável de um mal igual ou maior,
iminente ou em começo de execução – o medo insuprível é causa da exclusão da culpa.
Tratase de uma perturbação invencível causada pelo receio de um mal iminente.

– Os inferiores, que praticam o facto em virtude de obediência legalmente devida a seus


superiores legítimos, salvo se houver excesso nos actos ou na forma de execução – quando
um subalterno “executa uma ordem, formalmente legal e substancialmente legítima, do seu
superior hierárquico, fica excluída, para o inferior, a ilicitude da sua conduta, se resultar desta
a prática de um crime”.

– Os que praticam o facto em virtude de autorização legal no exercício de um direito ou no


cumprimento de uma obrigação, se tiverem procedido com a diligência devida, ou o facto for
um resultado meramente casual – está no exercício de um direito o agente cuja conduta é
autorizada por disposição de qualquer ramo de direito e por isso excluída a ilicitude. Assim,
“sempre que uma conduta é, através de uma disposição do direito, imposta ou considerada
como autorizada ou permitida, está excluída, sem mais, a possibilidade de, ao mesmo tempo e
com base num preceito penal, ser dita como antijurídica e punível”.

– Os que praticam o facto em legítima defesa própria ou alheia – trata-se de uma causa da
exclusão da ilicitude.

– Os que praticam um facto cuja criminalidade provém somente das circunstâncias especiais,
que concorrem no ofendido ou no acto, se ignorarem e não tiverem obrigação de saber a
existência dessas circunstâncias especiais – é o princípio geral da relevância do erro sobre a
factualidade típica.

O artigo 336 do CC estabelece que “é lícito o recurso à força com o fim de realizar ou
assegurar o próprio direito, quando a acção directa for indispensável, pela impossibilidade de
recorrer em tempo útil aos meios coercivos normais, para evitar a inutilização prática desse
direito, contanto que o agente não exceda o que for necessário para evitar o prejuízo”.

Continua que “a acção directa pode consistir na apropriação, destruição ou deterioração de


uma coisa, na eliminação da resistência irregularmente oposta ao exercício do direito, ou
noutro acto análogo”.
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Porém, “a acção directa não é lícita, quando sacrifique interesses superiores aos que o agente
visa realizar ou assegurar”.

Segundo Amade, (2017)

A acção directa é também dos casos que a lei autoriza as pessoas a usar da força física para
defenderem os seus direitos. Na acção directa, embora com pontos comuns com a legítima
defesa, “não se trata de responder imediatamente a uma agressão que ainda está em curso,
ou que está iminente, trata-se de tentar assegurar um direito que está em tal situação que, se
a pessoa não fizer qualquer coisa, fica sem efeito prático.
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3. Conclusão

Ao terminar, conclui-se que A culpa é o bom-senso de condenação ético-jurídica emitido


contra alguém em virtude de ter procedido de uma forma proibida quando podia e/ou devia ter
agido de outra (não proibida, evitando, assim, a acção criminosa

Quer isso dizer que, sempre que se verificasse uma causa de exclusão da culpa em sentido
amplo, excluir-se-ia a culpa e acabaria ali a análise; se não se verificasse qualquer causa de
exclusão, haveria culpa
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4. Referencias Bibliográficas

Assembleia da República de Moçambique (2012), Projecto de revisão da lei penal em


Moçambique, Maputo, p

Boletim da República, (2019) I Série —Número 248 de 24 de Dezembro de

Amade A. S, et al, (2017) Estudo Sobre Contencioso Administrativo Mocambicano, Maputo,


Mocambique

Morais, C. B. de (2005) Justiça Constitucional, Tomo II – O Contencioso Constitucional


Português entre o Modelo Misto e a Tentação do Sistema de Reenvio, Coimbra Editora,
Coimbra,.

Nhatitima, P. S. A (2012) Jurisdição constitucional moçambicana, in AAVV, Estudos de


Direito Constitucional Moçambicano – Contributos para Reflexão, Maputo,

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