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Universidade Católica de Moçambique

EXTENSÃO DE GURUÉ

Direitos de Tratados Internacionais

Licenciatura em Direito 2º ano

Estudante: Bonifácio Fausto Vare, Código: 712200022

Gurué, Novembro de 2021


Universidade Católica de Moçambique

EXTENSÃO DE GURUÉ

Direitos de Tratados Internacionais

Licenciatura em Direito 2º ano

Estudante: Bonifácio Fausto Vare, Código: 712200022

Trabalho de pesquisa da Cadeira de


apresentado ao. Dr. Rafael Escritório
para fins avaliativos

Gurué, Novembro de 2021


Índice
1. Introdução...........................................................................................................1

1.1. Objectivos de trabalho.....................................................................................1

1.2. Metodologia....................................................................................................1

2. Direitos de tratados internacionais......................................................................2

2.1. Conceito..........................................................................................................2

2.2. Importância dos tratados.................................................................................2

2.3. Classificação de tratados.................................................................................2

2.4. Tratados lei e tratados contrato.......................................................................2

2.5. Tratado contrato..............................................................................................3

2.6. Tratados solenes e acordos em forma simplificada.........................................3

2.7. A negociação...................................................................................................4

2.8. Assinatura............................................................................................................4

2.8. Rectificação.....................................................................................................4

2.9. A constituição da república e os tratados internacionais................................5

2.10. A incorporação das fontes de Direito Internacional na ordem jurídica de


Moçambique...............................................................................................................5

3. Conclusão............................................................................................................6

4. Referencias Bibliográficas..................................................................................7
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1. Introdução
O presente trabalho tem como conteúdo o estudo sobre Direito de tratados internacionais.
Como se sabe, as nações estabelecem relações com outras e na sua interacção existe a
necessidade de existirem leis que regulam essas relações. Nos tratados internacionais, o
trabalho destaca o conceito, a classificação dos direitos de tratado internacional, importância
de tratados internacionais e finalmente a constituição moçambicana face aos tratados
internacionais. Estes conhecimentos serão muito importantes ao estudante do curso de direito
na aquisição de mais uma ferramenta sobre apercepção de tratados internacionais.

1.1. Objectivos de trabalho

O trabalho apresenta os seguintes objectivos:

 Conceituar os tratados internacionais;


 Classificar os direitos internacionais;
 Descrever a importância de tratados internacionais,

1.2. Metodologia

Para a realizacao do presente trabalho foi usada a pesquisa bibliográfica que partiu da
consulta de diversos materiais que pemitiram entre eles livros, revistas e obras na internet que
abordam sobre direito de tratados internacionais
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2. Direitos de tratados internacionais


2.1. Conceito

Segundo Pereira(2010)

Tratado internacional é todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou
organizações internacionais, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica de direito
internacional. O tratado internacional é a fonte formal do direito internacional mencionada
no artigo 38º do estatuto Sendo acordo, pressupõe manifestação de vontade bilateral ou
multilateral. p171

2.2. Importância dos tratados

Os tratados internacionais não foram apenas importantes para história das relações


diplomáticas, mas também para a história do mundo, como um todo. Muitas das questões que
são discutidas neles se referem a várias partes das nossas vidas. Gouveia, (2018)

De acordo com a história, desde 1500 até o ano de 1860 haviam sido concluídos 8000 tratados
de paz. Desde1947 até1984 foram celebrados cerca de 30000 a 40000 tratados

Até 1992 este numero pode subir para 50000 tratados pois após a 2ª Guerra Mundial , toda a
produção de regras internacionais nos domínios do direito da integração económica, do
reforço e da especialização da cooperação internacional Pereira, (2010).

2.3. Classificação de tratados

A classificação mais comum é pelo número de signatários.

Um tratado que é celebrado entre dois países é um tratado bilateral, enquanto um acordo


feito entre vários países é chamado de tratado multilateral.

2.4. Tratados lei e tratados contrato

Quanto à natureza dos tratados e convenções internacionais, classificam-se em tratados-


contrato e em tratados – normativos.

Os tratados podem ser classificados como Tratados- contratos ou tratados-lei, no primeiro é o


ajuste de convenções recíprocas entre os Estados- Membros, e os tratados-lei são a definição
de normas a serem aplicadas aos Estados componentes e aos que desejam ingressar.
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O tratado por ter prazo determinado ou indeterminado para a sua efetivação. O tratado de
prazo determinado fixa a data de inicio e indica também a data que o mesmo deveria ter o seu
término.

Já os tratados de indeterminados são aqueles que tem a duração indeterminada, por exemplo
os chamados tratados normativos.

Alexandre (2012), conceitua os tratados normativos como sendo “aqueles caracterizados pela
generalidade, os quais criam uma regra de Direito Internacional de aplicação cogente pelos
signatários, sendo firmados por Estados que possuem vontades coincidentes”.

2.5. Tratado contrato

Os tratados contratuais se tem o estabelecimento de obrigações recíprocas entre as partes,


ocorrendo prestações e contraprestações, se exaurindo com o seu cumprimento.

Segundo Mazzuoli (2012), “tratados bilaterais são naturalmente os celebrados entre apenas
duas partes, sendo multilaterais todos os demais”. esses descrevem em partes e não em
estados ou em sujeitos de direito internacional: aqui pode se fazer com que cada um parte seja
constituída por mais de um sujeito jurídico.

2.6. Tratados solenes e acordos em forma simplificada

Os tratados solenes são celebrados segundo a forma tradicional, necessitando sempre de


rectificação

Assim a presença ou ausência de rectificação parece ser ao cabo muitas hesitações da


doutrina, a única característica capaz de em qualquer caso destrincar estas duas espécies

Os tratados podem ser bilaterais, quando há a presença de dois atores internacionais ou


multilaterais, quando o numero for superior a dois. Destaca-se que os tratados multilaterais
podem ser restritos, quando se abre apenas a alguns Estados selecionados. Admite qualquer
estado para a sua adesão como a Carta da ONU. Deferente do tratado regional, do qual apenas
os Estados de uma determinada região geográfica podem aderir , “como é o caso da carta da
Organização dos Estados Americanos ( OEA). Observa-se que importante para essa
classificação , é a possibilidade de adesão e não a sua efetivação”.

A doutrina moderna tem posto em relevo que em rigor as três fases só se encontram na
conclusão dos tratados bilaterais
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2.7. A negociação

Segundo Mazzuoli (2012

É a primeira fase da conclusão de tratados. Nesta fase, o texto do tratado deve ser concebido.
A negociação é levada a cabo através da plenipotenciários, munidos de plenos poderes os
quais constam de documento emanado geralmente do chefe do estado.

A convenção de Viena em seu artigo 20 traz a figura dos plenos poderes na situação de
negociação de tratados internacionais: 

“plenos poderes” significa um documento expedido pela autoridade competente de um Estado


e pelo qual são designadas uma ou várias pessoas para representar o Estado na negociação,
adoção ou autenticação do texto de um tratado, para manifestar o consentimento do Estado em
obrigar-se por um tratado ou para praticar qualquer outro ato relativo a um tratado”

A Convenção de Viena, em seu artigo 7, parágrafo 2, afirma que essas pessoas são
automaticamente autorizadas para tanto. Diz a Convenção:

Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são


considerados representantes do seu Estado: 

a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a


realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado; 

b) os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado entre o Estado


acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados; 

c) os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência.

2.8. Assinatura
A assinatura do tratado produz efeitos jurídicos diferentes conforme se trate de um tratado
solene ou de um tratado de forma simplificada

No tratado solene a assinatura não significa ainda a vinculação do estado ao tratado, mas nem
por isso deixa de gerar uma multiplicidade de efeitos jurídicos seguintes:

 Exprime o acordo formal dos procedimentos quanto ao texto tratado


 Produz para o estado signatário o direito de rectificar o tratado.
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2.8. Rectificação

A rectificação é um acto político ou de governo insindicavel pelos tribunais administrativos

O estado que não rectifica um acordo não viola o direito internacional

Os motivos para a recusa de uma rectificação de um acordo podem ser vários alguns deles
podem resultar das normas constitucionais do estado em questão recusa o parlamento da
aprovação do tratado necessária para a aprovação do tratado, declaração de
incostituicionalidade do tratado (ou do acto legislativo que o aprovou) Pereira, (2012).

2.9. A constituição da república e os tratados internacionais

A Constituição da República de Moçambique de 2004, terceira Constituição do Estado


moçambicano desde a independência, integra-se na família constitucional dos Estados de
língua oficial portuguesa. Na base deste direito constitucional lusófono, em sedimentação e
consolidação desde a década de noventa do século passado, está a Constituição da República
Portuguesa de 1976.

O número 1 do artigo citado prevê que “[o]s tratados e acordos internacionais, validamente
aprovados e ratificados, vigoram na ordem jurídica moçambicana após a sua publicação
oficial e enquanto vincularem internacionalmente o Estado de Moçambique”.

2.10. A incorporação das fontes de Direito Internacional na ordem jurídica de


Moçambique

A questão do método de incorporação das fontes de Direito Internacional na ordem jurídica


moçambicana encontra resposta no artigo 18. As soluções adoptadas neste preceito legal
permitem a incorporação das fontes de Direito Internacional no ordenamento jurídico
moçambicano, sem que haja lugar a qualquer alteração da sua natureza jusinternacional.
Assim, em termos gerais, o número 2 determina que “[a]s normas de direito internacional”
podem produzir efeitos “consoante a sua respectiva forma de recepção”.
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3. Conclusão

Ao terminar, o trabalho da cadeira de Direito Internacional Público tratou de Direito de


Tratados Internacionais. Com o trabalho conclui-se que os tratados internacionais  são
importantes para história das relações diplomáticas pois Muitas das questões que são
discutidas neles se referem a várias partes das nossas vidas. Conclui-se também que quanto à
natureza dos tratados e convenções internacionais, classificam-se em tratados-contrato e em
tratados – normativos. A Constituição da República de Moçambique de 2004, terceira
Constituição do Estado moçambicano desde a independência, integra-se na família
constitucional dos Estados de língua oficial portuguesa. Na base deste direito constitucional
lusófono, em sedimentação e consolidação desde a década de noventa do século passado, está
a Constituição da República Portuguesa de 1976.
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4. Referencias Bibliográficas
1. Constituicao da Republica de Mocambique sobre direito Internacional, 2004
2. Gouveia, J. B. et al (2018) O direito Internacional Público nos direitos de língua
Portuguesa s/e Lisboa, Portugal.
3. Mazzuoli, V. de O. (2011) Curso e Direito Internacional público 5 ed. Sap paulo
4. Pereira, A.G. (2012) Manual de Direito Internacional Público, S/e, 3 ed.
5. Porto, M, Direito Internacional 4 ed.

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