Você está na página 1de 11

INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE DIREITO DOS TRATADOS

LICENCIATURA EM DIREITO

2ºANO – LABORAL - 1° GRUPO

CADEIRA: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Chimoio, 2022
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE DIREITO DOS TRATADOS

Realizado por:

Fernanda José Castigo

Luisa Soares

Melissa Alexendre Pita

Paulo João Joaquim

Vanessa Pack

Docente:

MSC. Ilídio Jacinto

LICENCIATURA EM DIREITO

2ºANO – LABORAL - 1° GRUPO

CADEIRA: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Chimoio, 2022
ÍNDICE

CAPITULO: INTRODUÇÃO................................................................................................................4

1.1. Objectivo geral.......................................................................................................................5

1.2. Objectivos específicos............................................................................................................5

1.3. Metodologia............................................................................................................................5

CAPÍTULO II. CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE DIREITO DOS TRATADOS.............................6

2.1. Classificação dos tratados........................................................................................................7

2.2. Conclusão dos tratados............................................................................................................8

2.3. Orgãos competentes.................................................................................................................9

CAPITULO III. CONCLUSÃO...........................................................................................................10

CAPÍTULO IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................11


CAPITULO I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho versa sobre Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, portanto é
definido como o tratado dos tratados como ficou conhecida a Convenção de Viena, obedece o
princípio base de que todos os pactos devem ser respeitados (pacta sunt servanda).

Isso significa que os membros signatários são legalmente obrigados a seguir o que foi
determinado, mesmo em casos de discordâncias internas, tendo em vista como seu objectivo
de definir e normatizar temas referentes aos tratados internacionais.

Portanto, o trabalho os objectivos gerais e específicos contextualização conclusão e por fim as


referências bibliográficas. Entretanto, a melhor compreensão encotra-se no desenvolvimento
do trabalho.

4
1.1. Objectivo geral

Este trabalho tem como objectivo geral o estudo sobre Convenção de Viena sobre Direito dos
Tratados, isto é, normas e resoluções referentes aos tratados internacionais.

Objectivos específicos

1.2. Objectivos específicos


 Conceitualização do tema acima referido;
 Classificação;
 Conclusão;
 E por fim indicar os órgãos internos competentes dos tratados internacionais.
1.3. Metodologia

Para a feitoria deste trabalho fez-se o uso da internet, livros, e referências bibliográficas.

5
CAPÍTULO II. CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE DIREITO DOS TRATADOS

A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (CVDT) é um tratado do direito internacional que
estabelece as regras comuns para a assinatura de tratados entre Estados-nações. Elaborada em 1969
pela Comissão de Direito Internacional (CDI), uma instituição das Nações Unidas, após quase duas
décadas de planejamento, a Convenção foi efetivada em 1980. Ao prover uma estrutura unificada para
a condução de tratados internacionais, ela ficou conhecida como o "Tratado dos Tratados", e sua base
em costumes prevalentes do direito internacional a caracteriza como um exemplo de direito
consuetudinário. É acordo formal internacional: é acordo escrito devendo que ter animus contraendi e
sanção em caso de descumprimento. Artigo 26 CVDT pacta sunt servanda. Todo o tratado em vigor
vincula as partes e deve ser por elas cumpridos de boa fé.( CVDT 1969. Artigo 2).

1.Celebrado por escrito: para ser válido, deve ser feito por escrito, sendo vedada a forma oral. É
acordo formal internacional: é acordo escrito devendo que ter animu contraendi e sanção em caso de
descumprimento.

É celebrado entre Estados ou Organizações Internacionais: que são pessoas de direito internacional. A
Convenção de Viena de 86 acresceu as Organizações internacionais como sujeitos de Direito
Internacional. Excepcionalmente, por razões políticas, um ente que não é estatal pode celebrar tratado:
ex. OMC, Taiwan e Hong Kong (são tigres asiáticos que, por meio do Acordo de Mahakesch, permitiu
que os territórios aduaneiros autônomos, para dizer que podem participar os Não-estados, mas que
tenham autonomia comercial, como no caso de Taiwan e Hong Kong).

2. Deve ser regido pelo Direito Internacional: se um compromisso for regido pelo direito interno de
uma das partes, não será um Tratado Internacional, mas sim um Contrato Internacional.

3.Quer conste de um instrumento único, quer de mais ou dois instrumentos conexos: permite os
acordos por troca de notas diplomáticas (acordos em forma simplificada/acordos executivos).

4. Deve produzir efeitos jurídicos: não se considera documentos meramente políticos. Tratados devem
produzir direitos e obrigações, de modo que a inadimplência gere responsabilidade internacional.

5. Qualquer que seja a sua nomenclatura particular: os Tratados Internacionais não tem denominação
específica, podem ser denominados de Tratado, Convenção, Protocolo, Acordo. ExTratados
celebrados pelo Vaticano com outros Estados denominam-se concordata, desde que versem sobre
privilégios direcionados aos católicos.

6
2.1. Classificação dos tratados

Quanto ao número de Partes

Tratados bilaterais: Matérias típicas: fronteira, bitributação, extradição, cooperação judiciária.


Temos diversas classificações no que tange ao tema Tratados Internacionais. Um tratado pode ser
constituído por duas partes, ou seja, começar bilateral, uma vez que concluído apenas entre A e B, mas
que se possibilitar o ingresso de outros Estados Soberanos, ou seja, de início, ser um tratado bilateral-
aberto. Nada impede que um tratado bilateral se converta em multilateral.

Mazzuoli salienta que em casos como o retratado acima (tratado bilateral, mas aberto à quem quiser
aderir) não se está de fato diante de um tratado bilateral, enaltecendo que “trata-se de acordo
verdadeiramente coletivo, uma vez presente a autorização de ingresso de outras partes pela via da
adesão”. Em sendo aberto o tratado, já que permite que terceiros que não fizeram parte da tratativa
original ingresse no mesmo, poderá aderir na sua totalidade ou em parte.

Tratados multilaterais: podem ter aplicação universal, para todos. Ex. direitos humanos. Nestes
tratados aparecem questões referentes à adesão de outros Estados ao tratado (regras para adesão): as
vezes exige-se aprovação dos demais membros integrantes, inclusive com cláusula de unanimidade
segundo (Mercosul).

Fixa-se regras para denúncia do tratado, em regra, é fixada a comunicação prévia para sair. Quantos
são necessários para permanecer vigente é outra cláusula. Uma cláusula muito importante é a de
reserva, que é a possibilidade de o Estado se vincular ao tratado, mas com reservas. Há tratados que
não permitem reservas (TPI – Estatuto de Roma). Nos tratatos multilaterais, as matérias atinentes às
reservas aparecem ao fim do tratado. Se um Estado soberano não concorda com os termos do novo
tratado, é perfeitamente possível que haja o engajamento parcial ou condicional a determinados
tratados. A limitação ao consentimento acerca de parte do tratado recebe o nome de reserva ou
declaração interpretativa. A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969, no seu art. 2º,
“d”, explica que: d) "reserva" significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou
denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir,
com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua
aplicação a esse Estado; O que os distingue é a possibilidade de alargamento do número de partes.
Havendo a hipótese de ingresso ou saída de Estados, será multilateral. Nos bilaterais, se uma das
partes denunciar, extingue-se o tratado.

Quanto à abertura ou não Abertos- são aqueles acessíveis a outros Estados; possuem cláusula de
adesão.

7
Fechados- são aqueles realizados somente entre as partes, não são acessíveis a outros Estados;

Semi-abertos- são abertos somente á alguns países específicos;

Quanto à solenidade De forma solene- são aqueles que precisam de assinatura e ratificação;

De forma simplificada-são aqueles que a mera assinatura já lhe da validade;

Tratados lei, contrato e Constituição

Tratados-lei- são aqueles normativos, ou seja, disciplinam com força de lei; Todos os integrantes
acordam com propósitos idênticos.

Tratados-contrato- são aqueles que se formam a partir da vontade das partes, em geral disciplinando
tratos comerciais. Todos os integrantes acordam com propósitos diferentes. Ex. acordo nuclear Brasil-
Alemanha: o Brasil se comprometeu a fornecer urânio enriquecido ao passo que a Alemanha se
comprometeu a fornecer tecnologia nuclear ao Brasil.

Tratados-Constituição: “são celebrados pelos sujeitos da SI que visam a institucionalizar um


processo internacional de criação de uma entidade que possua orgãos e poderes próprios e vontade
intependente dos Estados que a originaram”.

2.2. Conclusão dos tratados

De acordo com o artigo 11 CVDT, formas de consentimento em ficar vinculado por um tratado. O
consentimento de um Estado em ficar vinculado por um tratado pode manifestar-se pela assinatura, a
troca de instrumento constitutivos de um tratado, a ratificação, a aceitação, a aceitação, a aprovação ou
a adesão, ou por qualquer outra forma acordada.

Fases: Assinatura, Aprovação, Ratificação, e adesão: a fase de assinatura compete ao chefe do Estado
ou representante assinar tratados, de acordo com o número 1 do artigo 12ºCVDT Manifestação, pela
assinatura, do consentimento em ficar vinculado por um tratado 1 - O consentimento de um Estado em
ficar vinculado por um tratado manifesta-se pela assinatura do representante desse Estado: a) Quando
o tratado prevê que a assinatura produzirá esse efeito;

A ratificação é manifestação formal do Estado, de acordo com alínea b) do artigo 2⁰. CVDT "
Ratificação, aceitação, aprovação, adesão designam, conforme o caso, acto internacional assim
denominado pelo qual um Estado manifesta, no plano internacional, o seu consentimento em ficar
vinculado por um tratado". Em geral é o Estado em que foi celebrado o tratado. Uma vez ratificado o
tratado, por ser irrenunciável, o Estado que quiser sair terá que denunciar o tratado. Com a ratificação
o Estado torna-se parte do tratado.

8
Adesão: é a vinculação do Estado sem a ratificação, uma vez que o tratado está em vigor com outros
Estados. Nos tratados que constituem Organização Internacional, em regra, tem que haver
concordância de um órgão ou comitê. Vigência do tratado: em Moçambique de acordo com o nº 1 do
artigo 18 da CRM os tratados e acordos internacionais, validamente aprovados e ratificados, vigoram
na ordem jurídica moçambicana após a sua publicação oficial e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado de Moçambique.

2.3. Orgãos competentes


De acordo com a alíneas a, b, c, número 2- diz em virtude das suas funções e sem terem de apresentar
plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado: a- os chefes de Estado, os chefes de
governo e os ministros dos negócios estrangeiros, para a práctica de todos os actos relativos a
conclusão de um tratado; b- os chefes de missão diplomática para a adopção do texto de um tratado
entre o Estado acreditanto e o Estado receptor; c- os representantes acreditados dos Estados numa
conferência internacional ou junto de uma organização internacional ou de um dos seus órgãos, para a
adopção do texto de um tratado nessa conferência, organização ou órgão.

9
CAPITULO III. CONCLUSÃO
Findo o trabalho, entede-se que o presente trabalho debruçava sobre a CVDT. Portanto, "tratado"
significa um acordo internacional regido pelo Direito Internacional e celebrado por escrito entre um ou
mais Estados e uma ou mais organizações internacionais; ou entre organizações internacionais, quer
este acordo conste de um único instrumento ou de dois ou mais instrumentos conexos e qualquer que
seja sua denominação específica; também fez menção sobre as fase como a "ratificação" significa o
ato internacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano internacional o seu
consentimento em obrigar-se por um tratado; "ato de confirmação formal" significa um ato
internacional correspondente ao ato de ratificação pelo Estado, pelo qual uma organização
internacional estabelece no plano internacional o seu consentimento em obrigar-se por um tratado;
"aceitação", "aprovação" e "adesão" significam, conforme o caso, o ato internacional assim
denominado pelo qual um Estado ou uma organização internacional estabelece no plano internacional
o seu consentimento em obrigar-se por um tratado;

Quanto aos órgãos competentes vimos que são os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os
Ministros de Relações Exteriores, para os atos relativos à conclusão de um tratado entre um ou mais
Estados e uma ou mais organizações internacionais; os representantes acreditados pelos Estados
perante uma conferência internacional, para a adoção do texto de um tratado entre Estados e
organizações internacionais; os representantes acreditados pelos Estados perante uma organização
internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do texto de um tratado em tal organização ou órgão;
os chefes de missões permanentes perante uma organização internacional, para a adoção ou
autenticação do texto de um tratado entre os Estados acreditados e tal organização. Artigo 7 CVDT. E
por fim consta as referências bibliográficas.

10
CAPÍTULO IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direito Internacional Público – Parte Geral. 3ª Ed. São Paulo: RT,
2006.17

J.F REZEK,. Direito Internacional Público: Curso elementar. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 15

PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito internacional público e privado. Salvador: Editora
JusPodivm, 2009, p. 112.

CVDT 1969. Artigo 2, 7, 11.

11

Você também pode gostar