Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3º Ano
Nito Magaço
1
UNIVERCIDADE ABERTA ISCED
Nito Magaço
Introdução.......................................................................................................................................4
Conclusão.....................................................................................................................................9
Referências bibliográficas..........................................................................................................10
3
Introdução
Moçambique não é uma ilha, pese embora, ser um Estado independente e soberano. No concerto
das Nações, Moçambique é parte integrante e membro de várias organizações internacionais.
Nestes termos, sendo parte integrante do concerto das Nações, fica obrigado ao direito
internacional, fazendo com que haja coabitação de normas, nomeadamente, internacionais e
internas no seu ordenamento jurídico.
Outro sim, é um facto que Moçambique enquanto parte integrante do concerto das Nações, é
subscritor de tratados e acordos internacionais. Com o presente trabalho, pretende-se analisar o
ponto de situação do direito internacional na Ordem Jurídica Moçambicana, de modo a perceber-
se o seu valor jurídico, o grau de cumprimento dos mesmos, bem como, os mecanismos de
recepção e vinculação.
4
Incorporação tratados internacionais ordenamento jurídico moçambicano
5
Moçambicano, este exercício jurídico foi feito com base na Constituição de 1975, ao prever no
seu artigo 71 que toda legislação anterior no que não for contrário à Constituição mantém-se em
vigor até que seja modificada ou revogada. De salientar que esta redação constitucional
acompanhou a reforma constitucional de 1990 e a revisão de 2004 e a mais recente de 2018.
6
específicas de acordos de cooperação, onde a Assembleia da República atua em aspetos ligados a
questões básicas da política externa, e, o Governo trata de questões específicas com destaque
para acordos bilaterais, mormente os de natureza socioeconómica e financeira.
Nestes termos, a nossa abordagem tem como base, Convenções, Tratados, Protocolos e Acordos,
ratificados pela Assembleia da República. Importa referir que desde a criação da primeira
república em 1975, vários instrumentos internacionais foram ratificados e que vigoram no
Ordenamento jurídico. Em Moçambique os instrumentos internacionais assumem a força legal,
de acordo com a forma da sua ratificação. Contudo, tirando a Declaração Universal dos Direitos
do Homem da ONU e a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, cujos preceitos nos
termos do artigo 43 da Constituição são tidos na interpretação constitucional, com aplicação
direta, os demais instrumentos de Direito Internacional, a sua materialização obrigou que o
país/Estados-Parte a criarem mecanismos legislativos e políticas internas para a efetivação.
A CRM prevê o direito anterior, estabelecendo no seu artigo 312 que a legislação anterior, no
que não for contrária à Constituição, mantém-se em vigor até que seja modificada ou revogada.
Este dispositivo constitucional introduziu na Ordem Jurídica Moçambicana o direito
internacional ratificado no período colonial.
7
A Constituição da República de Moçambique de 2004 enfrenta o problema do posicionamento
hierárquico do Direito Internacional na ordem jurídica interna em termos particularmente
impressivos.9 Na verdade, de uma forma muito pouco comum no direito constitucional
comparado, o n.º 2 do artigo 18.º prevê que as “normas de direito internacional têm na ordem
jurídica interna mesmo valor que assumem os atos normativos infraconstitucionais emanados da
Assembleia da República e do Governo
8
Conclusão
No presente trabalho conclui Para a compreensão da configuração do Direito Internacional na
Ordem Jurídica moçambicana, é curial a conjugação do instituído nos artigos 2.º (n.º 3 e 4) e
18.º, ambos da Constituição da República. As normas de Direito Internacional recebidas na
ordem jurídica moçambicana são integradas no ordenamento jurídico moçambicano, assumem
uma posição infraconstitucional e estão vinculadas ao princípio da constitucionalidade e por isso
são objeto controlo da sua constitucionalidade. As normas do Direito Internacional são recebidas
no ordenamento
9
Referências bibliográficas
10