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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE DIREITO

Bárbara Peixoto Vianna

Manoel Orlando Solano Ramos dos Santos Junior

Luana Leandro Monteiro

Trabalho de Direito Público das Relações Internacionais

Elaboração de Proposta de Tratado

Niterói
TRATADO DE SEGURANÇA DE CÓRDOVA

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ARGENTINA

O PRESIDENTE DA REPÚBLCA FEDERATIVA DO BRASIL

O PRESIDENTE DA RÉPUBLICA DO PARAGUAI

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI

RESOLVIDOS, em assinalar uma nova fase no processo de combate ao crime


organizado iniciado em convenções e debates por países da América do Sul,

RECORDANDO a importância do estado de bem-estar social, o qual está sendo


trabalhado nestes signatários,

CONFIRMANDO o seu apego aos princípios da liberdade, da democracia, do respeito


pelos direitos do homem e liberdades fundamentais e do Estado de direito,

DESEJANDO aprofundar a solidariedade entre seus povos bem como a criação


concomitante do anseio de exterminação de atividades criminosas,

DESEJANDO estabelecer diretrizes regionais a fim de inibir, proibir e punir crimes


previstos no rol penal acordado pelos signatários,

RESOLVIDOS a executar uma política externa e de segurança que inclua a definição, a


prazo, de uma política de defesa comum que poderá conduzir, no momento próprio, a
uma defesa comum, fortalecendo assim a identidade sul-americana, em ordem a
promover a paz, a segurança e o progresso interno,

DECIDIRAM instituir um acordo de cooperação para o combate do crime organizado.

Convieram no seguinte:
TÍTULO I

Princípios Fundamentais

Fundamentos e Objetivos do Tratado

ARTIGO 1º

As Partes Contratantes comprometem-se a respeitar e fazer respeitar, em todas as


circunstâncias, o presente Tratado.

ARTIGO 2º

O presente Tratado se aplicará entre todas as partes contratantes de modo incisivo nas
áreas em que os mesmos são fronteiriços. Sendo vigorado a partir da data acordada sem
estipulação de data limite, visto idiossincrasia do objeto.

ARTIGO 3º

As Partes Contratantes, tendo em mente a necessidade de segurança social que


demandam os quatro países, concordam em que as suas relações terão por base os
seguintes princípios e objetivos:

1) O desenvolvimento de política publica de combate aos crimes de tráfico de


drogas que ocorrem em suas fronteiras, alicerçados no respeito dos direitos e
liberdades fundamentais, enunciados na Declaração Universal dos Direitos do
Homem, no princípio da organização democrática da sociedade e do Estado, e na
busca de uma maior e mais ampla justiça social;
2) O estreitamento dos vínculos entre os povos com vista à garantia da paz e do
progresso nas relações internacionais, à luz dos objetivos e princípios
consagrados na Carta das Nações Unidas;

TÍTULO II

Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal


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Dos limites

ARTIGO 4º

As partes contratantes prometem respeitar a ordem pública vigente dentro de cada


signatário a fim de estabelecer matéria penal comum a todos. Tendo como referência
para qualquer tomada de decisão os princípios da dignidade da pessoa humana,
proibição de tortura, bem como demais princípios respaldados pelos direitos humanos.

ARTIGO 5º

Não há de se remeter penas de caráter perpetuo ou análogas a tal, pois esta deve exercer
sua função punitiva concomitantemente a sua função ressocializadora.

Da execução

ARTIGO 6º

I- Os acordados registram a promessa de criação de centros de segurança a fim de


remeter a sede deste tratado dados quanto aos índices de criminalidades vigentes em sua
região, bem como acordam em criar centros especializados no processo e julgamento de
crimes de tráfico de drogas internacional;
II- Ademais, Cada Parte contratante esforçar-se-á por promover no território da
outra Parte pontos técnicos de promoção à educação, posto que a ineficiência desta seja
demasiadamente responsável pelos índices de aumento de atividade criminal.

TÍTULO III

Cooperação em Outras Áreas

Justiça
ARTIGO 7º

I- As Partes Contratantes comprometem-se a auxiliar mutuamente em matéria


penal e a combater a produção e o tráfico ilícito de drogas e substancias psicotrópicas;
II- Propõem-se também desenvolver a cooperação em matéria de extradição e
definir um quadro normativo adequado que permita a transferência de pessoas
condenadas para cumprimento de pena no país de origem, bem como alargar ações
conjuntas no campo da administração da justiça.

ARTIGO 8º

As Partes Contratantes desenvolverão a cooperação militar no domínio da defesa,


designadamente através de troca de informações e experiências em temas de atualidade
como, especialmente, as operações de paz das Nações Unidas.

TÍTULO IV

Execução do Tratado

ARTIGO 9º

Será criada uma Comissão Permanente entre os signatários para acompanhar a execução
do presente tratado.

ARTIGO 10

A presidência da Comissão Permanente será assumida, em cada ano, alternadamente,


pelo chefe de cada Estado.

ARTIGO 11

As dificuldades ou divergências surgidas na interpretação ou aplicação do tratado serão


resolvidas através de consultas, por negociação direta ou por qualquer outro meio
diplomático acordado pelas Partes.

TÍTULO V
Disposições Finais

ARTIGO 12

O presente tratado extingue-se com a renuncia de todas as partes, caso renuncia ocorre
por apenas uma das partes o tratado mantêm-se em vigor.

ARTIGO 13

Qualquer atividade não versada neste Tratado poderá ser objeto deste, sendo necessário
recorrer a cúpulas de reuniões para emendas e modificações, como dispõe o artigo 15,
desde que não firam os princípios gerais.

ARTIGO 14

Qualquer acordo tomado que lese os princípios gerais deste Tratado será considerada
nula para efeitos posteriores, bem como será a Parte submetida à comissão deste
Tratado.

ARTIGO 15

I- O presente Tratado entrará em vigor 30 dias após a data da recepção das


assinaturas e da ratificação, sendo requisitos cumulativos, posto que são as ferramentas
pelas quais as partes comunicam reciprocamente a aprovação do mesmo, em
conformidade com os respectivos processos constitucionais.
II- O presente Tratado poderá, de comum acordo entre as partes Contratantes, ser
emendado. As emendas entrarão em vigor nos termos do parágrafo I.
III- Qualquer das Partes Contratantes poderá denunciar o presente Tratado, cessando
os seus efeitos seis meses após o recebimento da notificação de denuncia.

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