Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1971), inspirado, em alguma medida, na ciência positivista de
Auguste Comte, avança no desenvolvimento de uma ciência social e busca atribuir à Sociologia uma
reputação científica. Quando ocorre a publicação de “As regras do método sociológico” em 1895, Émile
Em busca de analisar a sociedade como um organismo, tal qual as ciências naturais, Durkheim observa
que, independente da vontade individual, a humanidade é regida por causas exteriores e, portanto,
sociais. Uma das grandes preocupações de Durkheim é centrar o estudo da vida social como uma
realidade objetiva. O autor defendia que os acontecimentos sociais deveriam ser estudados como coisas
ou objetos.
Portanto, o sociólogo deveria desenvolver a capacidade de realizar uma observação neutra, racional e
livre de preconceitos e concepções predefinidas. O método para estabelecer essa relação com um objeto
de estudo na Sociologia, segundo Durkheim, seria por meio do estudo do fato social, o objeto de estudo
manifestações individuais.
Para Durkheim (1971), os fatos sociais podem ser divididos em três categorias:
coercitivo
O fato social é uma imposição coletiva sobre o indivíduo, que se configura como uma obrigação a seguir
um determinado comportamento estabelecido pela sociedade por meio de grupos sociais e instituições,
b) exterior ao indivíduo
O fato social ocorre independentemente da vontade do indivíduo, sendo imposto por determinações
externas, ou seja, o fato social não se expressa no comportamento de uma só pessoa, e sim na adesão
c) coletivo/geral
O fato social é comum a todos os indivíduos da sociedade. Além de ser externo às nossas vontades
individuais e nos coagir a seguir padrões de comportamento, o fato social é ditado pelo meio social em
que convivemos.
REFLITA - O Fato Social
“É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção
exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência
própria, independente das manifestações individuais que possa ter.” Fonte: Durkheim (1971, p. 11)
O fato social, constituído como o objeto de estudo de Durkheim (1971), torna o autor o primeiro sociólogo
a desenvolver uma metodologia própria para a Sociologia, ou seja, não é apenas uma réplica de métodos
e técnicas das ciências naturais, como pretendeu a física social de Comte, é uma metodologia sociológica
OBSERVAÇÃO EMPÍRICA - a análise por experiência, detida aos sentidos, e o contato direto com sujeito
e o objeto de estudo;
DIAGNÓSTICO DE
FUNÇÃO E CAUSA SOCIAL
a procura pela explicação das causas que tornaram possível a existência do fato social e a busca pela
função do fato social em sua sociedade de origem;
INDUÇÃO
o resultado da análise de um fato social específico deve servir para a compreensão de uma lei geral
O objetivo de atribuir uma reputação científica à Sociologia se deu quando Durkheim conseguiu, por meio
das premissas citadas anteriormente, denotar um rigor metodológico ao estudo da sociedade, de maneira
Destaca-se que, além de ter contribuído para o projeto de ciência social, Émile Durkheim colaborou para
que uma lógica de pensamento importante se colocasse nos estudos sobre a sociedade. O autor definiu
seu método científico de modo a considerar as imposições sociais sobre os nossos hábitos e modos de
ser, agir e pensar, em um movimento que determina uma relação do geral para o particular, ou seja, do
Os padrões de beleza no decorrer da história são um bom exemplo de fato social, no que se refere à
imposição exterior de modelos de comportamento. No artigo indicado a seguir, é possível perceber que os
nossos gostos e as nossas preferências estéticas são construídos socialmente e não possuem relações
com laços genéticos e determinações biológicas. O padrão de corpo considerado bonito pela sociedade
sofre modificações de acordo com o nosso contexto histórico e reflete em como a maioria dos indivíduos
lidará com os padrões de beleza de seu tempo. - Fonte: Elaborado pelas autoras.
Para refletir sobre as interferências que a sociedade impõe sobre a nossa trajetória, Durkheim criou dois
trata do que é:
[...] comum a todo nosso grupo e, por conseguinte, não é a gente mesmo, mas a sociedade vivendo e
agindo em nós; a outra, ao contrário, representa apenas nós mesmo, naquilo que temos de pessoal e
distinto, naquilo que faz de nós um indivíduo. (DURKHEIM, 2008, p. 27-28).
Ao dimensionar esses dois tipos de consciência, Durkheim inaugura uma série de discussões sobre como
lidamos coletivamente com nossos gostos, nossas maneiras de ser, nossos pensamentos e nossas
ações. Assim, reconhece-se uma dimensão individual, proveniente da personalidade que possuímos, a
qual é vinculada a preferências como: cor favorita, tipo de comida preferida, entre outros aspectos muito
particulares. No entanto, demonstra-se uma atenção a como nossas ações, também, estão condicionadas
a fatores externos. Por exemplo, quando um indivíduo que vai a um casamento pensa que deve vestir um
terno, o dever, nesse caso, não é porque há uma preferência por usar ternos, e sim porque, nesses
Destacar as características que constituem o fato social como um objeto de estudo e os conceitos de
consciência individual e coletiva é essencial para aprender a teoria Durkheimiana, principalmente, no que
se refere à interpretação de Durkheim sobre uma sociedade que nos molda coletivamente como um
organismo funcional.
avaliar uma de suas obras que apresenta uma análise prática da realidade moderna. Em 1893, Durkheim
publicou sua tese de doutoramento “A divisão social do trabalho”, que analisa a sociedade moderna e as
[...] a divisão do trabalho não é específica do mundo econômico: podemos observar sua influência
crescente nas regiões mais diferentes da sociedade. As funções políticas, administrativas, judiciárias
especializam-se cada vez mais. O mesmo ocorre com as funções artísticas e científicas. Estamos longe
do tempo em que filosofia era a ciência única; ela fragmentou-se numa multidão de disciplinas especiais,
cada uma das quais tem seu objeto, seu método, seu espírito. (DURKHEIM, 1999, p. 2).
O sociólogo compreende que a divisão social do trabalho possuía a função de estabelecer coesão social
e vínculos de solidariedade social, “[...] fenômeno totalmente moral e que não pode haver uma
observação exata.” (DURKHEIM, 1999, p. 13). A coesão social se refere ao compartilhamento de ideais,
valores, crenças e modos de agir e pensar em uma sociedade, quanto mais coeso é o funcionamento de
“Para Durkheim, o progresso é o progresso da divisão social do trabalho que se impõe pelo crescimento
do volume e densidade moral das sociedades, pela intensificação dos contatos e das relações sociais.”
(MARTINS, 2008, p. 3). Assim como vimos anteriormente, a imposição de valores sociais e morais
vida social, a qual depende do estabelecimento de vínculos de solidariedade social para atingir uma
melhor coesão em sociedade. Considerando esse contexto, para o autor, existem dois tipos de
Solidariedade Mecânica
As sociedades com solidariedade mecânica são aquelas baseadas na divisão social do trabalho simples,
em que todos os seus membros reconhecem todos os processos de produção. Esse tipo de organização
advém de sociedades mais elementares, em que há um forte senso de coletividade e não há muitos
níveis de individualidade.
Segundo Durkheim (2008): - As moléculas sociais cuja a coesão se dê dessa forma singular, só poderão
agir em conjunto se não tiverem movimentos próprios, como as moléculas de corpos inorgânicos. Por isso
nos propomos chamar esta espécie de solidariedade mecânica. Com essa expressão não queremos dizer
que ela seja produzida por meios mecânicos artificialmente. Chamamo-la assim apenas por analogia com
a coesão que une entre si os elementos dos corpos brutos, em oposição àquela que dá unidade aos
corpos vivos. O que completa a justificação de tal denominação é que o laço que une os indivíduos à
É comum perceber alusões a nomenclaturas das ciências naturais nas obras de Durkheim,
principalmente, em suas primeiras produções, dado a tentativa do autor de adaptar os métodos desse
campo de estudos para a investigação sociológica. Na citação anterior, o autor justifica o uso da
expressão solidariedade mecânica, para nos mostrar que a sua definição se trata da relação dependente
Considera-se que as sociedades de solidariedade mecânica são constituídas por modelos de produção
com processos simples, como a economia e a alimentação, que são baseadas em caça, coleta, pesca e
agricultura complementar, assim como vivem o povo Kaingang, uma das maiores populações indígenas
brasileiras. Para saber mais sobre o tema e compreender melhor a dinâmica de solidariedade mecânica,
acesse o link a seguir. - Fonte: Elaborado pelas autoras. - ACESSAR
Sociedades de solidariedade mecânica são aquelas em que o senso de coletividade é maior do que o de
Solidariedade orgânica
seja, no sistema capitalista. Esse tipo de divisão social do trabalho se baseia no alto grau de
muita dependência uns dos outros, complexificando o sistema de relações sociais nos mais diversos
Portanto, para Durkheim, quando a sociedade muda, os indivíduos dependem uns dos outros,
causa interação entre as pessoas é o progresso dos meios da especialização das funções que os
Logo, os indivíduos acabam se tornando independentes das atividades em diferentes setores da vida
social. Portanto, Durkheim postula que a divisão social do trabalho não deve se reduzir ao seu papel
econômico: “Ao contrário, a divisão do trabalho social tem antes de tudo uma função moral, no
sentido de que ela passa a ser o elemento-chave para a integração dos indivíduos na sociedade.”
Sob essa perspectiva, Durkheim demonstra uma preocupação com a constituição dos valores morais em
sociedade, pois, para o sociólogo, nossas fragilidades estão na perda, ou na falta de adesão, dessa
dimensão coletiva de compartilhamento de ideias, normas e valores, responsável por orientar as condutas
dos indivíduos.
O nível de consciência individual é maior nesse tipo de sociedade, na qual a divisão social do trabalho
Isso significa que, quanto maior forem o nível de interdependência entre cada indivíduo na
nos processos de produção, melhor será o nível de coesão social. Quando essa coesão se perde e
o nível de solidariedade social diminui, em razão da não adesão, pelos indivíduos, de regras e
valores coletivos, nossa sociedade entra no que o Durkheim chama de anomia social. (M)
O sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) propõe uma Sociologia que busca compreender e interpretar
as relações entre indivíduos, isto é, a ação social. Para Weber, a ação, sem seu sentido social, é puro
fruto do comportamento humano, já a ação social possui, como referência, o comportamento entre
indivíduos, uns com relação aos outros, constituindo o que chamamos de vida em sociedade.
Segundo Cruz (2004), a pesquisa histórica é, para Weber, essencial para a (MÔN) compreensão das
“A ação social (incluindo tolerância ou omissão) orienta-se pelas ações de outros, que podem ser
passadas, presentes ou esperadas como futuras (vingança por ataques anteriores, replica a ataques
presentes, medidas de defesa diante de ataques futuros). Os ‘outros’ podem ser individualmente
(o ‘dinheiro’, por exemplo, significa um bem – de troca – que o agente admite no comércio porque sua
ação está orientada pela expectativa de que outros muitos, embora indeterminados e desconhecidos,
estarão dispostos também a aceitá-lo, por sua vez, numa troca futura).” Fonte: Weber (2008, p. 117)
Diferentemente de Durkheim, Weber não defende que há leis gerais ou exteriores que se impõem sobre
os seres humanos, pelo contrário, para Weber, todo fenômeno social tem uma causa, um comportamento
individual que o precede. Portanto, leis universais que influenciam o comportamento humano e o
desenvolvimento histórico são inexistentes, o que mantém o construto coletivo dado pelas relações
individuais, em um movimento do particular para o geral, do indivíduo para a sua relação com a
[...] apreensão interpretativa do sentido ou contexto de sentido: a) realmente visando no caso particular (à
luz da apreciação histórica) ou b) em média e aproximativamente visando (à luz da apreciação
sociológica de massas) ou c) a construir cientificamente para o tipo puro (tipo ideal) de um fenômeno
frequente (sentido ou conexão de sentido “ideal” típico). (CRUZ, 2004, p. 588).
A análise sociológica proposta por Weber, diante da ação social como seu objeto de estudo, presume um
método que busca compreender as motivações individuais que impulsionam determinadas ações
sociais.
determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros
homens, e utilizando essas expectativas como “condições” ou “meios” para o alcance de fins próprios
determinada pela crença consciente no valor interpretável como ético, estético, religioso ou de qualquer
outra forma - próprio e absoluto de uma determinada conduta, considerada de per si e independente de
êxito;
Tradicional: - determinada por um costume arraigado. (WEBER, 2008, p. 118, grifo do autor).
As ações sociais, que possuem diferentes formas de expressão no cotidiano, segundo Weber, são:
[...] como tipos conceituais puros, construídos para fins de pesquisa sociológica, com relação aos quais a
ação real se aproxima mais ou menos ou, o que é mais frequente, de cuja mescla se compõe. Somente
os resultados que com eles se obtenham é que podem nos dar a medida de sua conveniência. (WEBER,
2008, p. 119).
Ao mobilizar o conceito de ação social como objeto de estudo, podemos dimensionar sociologicamente as
ações, como nos seguintes casos: 1) um político que busca ocupar uma posição de poder sob a
finalidade de, supostamente, cumprir promessas de campanha eleitoral (ação social do tipo racional com
relação a fins); 2) a ida a cultos religiosos, que só se justifica quando se acredita nos valores ali pregados
(ação social do tipo racional com relação a valores); 3) atitudes passionais, movidas por afeição a outro,
crises de ciúmes, declarações de amor etc. (ação social do tipo afetiva); 4) hábitos culturais e festas
tradicionais, como o Carnaval, a Folia de Reis, a festa do boi-bumbá e as festas juninas que acontecem
aqui no Brasil, podem ser pensados pela ação da tradição (ação social do tipo tradicional).
Weber defende que a compreensão da sociedade se dá pelo olhar atento às relações entre os indivíduos
que a compõem e pelas ações efetivas desses indivíduos entre si. Isso significa que, se quisermos
entender como a instituição escola funciona, por exemplo, devemos olhar para os indivíduos que fazem
parte dela (alunos, professores etc.) e verificar o modo como essas pessoas agem em relação umas às
outras, ou seja, a interação social; assim, esse processo é denominado pelo autor como relação social.
A relação social é a reciprocamente dotada de sentido na ação, sentido esse que é modificado por uma
Ao centrar sua atenção na ação social dos indivíduos, Max Weber defendia a possibilidade de
afirmar que a base inicial do sistema capitalista foi a ação social dos indivíduos que seguiam a
ética protestante calvinista, vertente do movimento de Reforma Protestante iniciado no século XVI.
Sobre essa temática, o sociólogo publicou, em 1904, a primeira versão da obra “A Ética Protestante e o
Espírito do Capitalismo”, na qual defendia que haveria um tipo de conduta religiosa que contribuiu para o
desenvolvimento do capitalismo moderno. Weber classifica essa conduta por um conceito que ele chama
de tipo ideal, constituído como um instrumento metodológico que possibilita ao cientista social a
Segundo Weber, a ética de vida dos calvinistas era fortemente voltada ao trabalho e com
disciplinas rígidas, porque estes acreditavam que o trabalho, além de servir como forma de
glorificação divina, garantiria, também, a salvação. Em algum momento de sua vida, você, caro(a)
aluno(a), já deve ter ouvido a expressão “o trabalho dignifica o homem”; é nesse sentido que a
lógica calvinista colaborou para a formação do espírito do capitalismo, criando uma condição
humana divina para a realização do trabalho, de forma que estaríamos, portanto, predestinados ao
trabalho.
REFLITA - Meritocracia
A lógica de pensamento protestante, que difundia um valor de dignidade e recompensa celestial aos
meritocracia. De acordo com a definição de Johnson, a “[...] meritocracia é um sistema social no qual o
sucesso do indivíduo depende principalmente de seu mérito - de seus talentos, habilidades e esforço.”
(JOHNSON, 1997, p. 146). A crença na conquista meritocrática é uma mentira que nosso sistema
discrepâncias que suas desigualdades sociais promovem, como uma espécie de justificativa para
a manutenção do poder nas mãos de pequenos grupos sociais. (não concordo – ver o ESPETO)
busca por sucesso (acúmulo do capital) continuaram a existir na teoria exposta no livro em questão. Isso,
Na Idade Média, a religião motivava a vida das pessoas e dava sentido às suas ações. Com o
pensamento científico ganhando espaço na Europa Ocidental, a cultura religiosa foi confrontada, porém,
para Weber, a ciência não poderia ocupar, por completo, o lugar que a religião tinha ao desenvolver
concepções de mundo. Nesse sentido, na concepção de Weber, a Reforma Protestante contribuiu para a
consolidação do sistema capitalista, pois surgiu como forma de ressignificar a leitura religiosa sobre a
sociedade. A extrema racionalização dos processos sociais seria, segundo o autor, um elemento
conflituoso, que causaria uma fragilidade no sistema capitalista. Weber acreditava que os indivíduos,
mundo, que torna as pessoas mais calculistas e frias. Esse processo de racionalização causaria
uma burocratização da vida, que aprisionaria a humanidade em sua própria organização social.
====================================================================
Karl Marx (1818-1883) é considerado um dos pensadores mais revolucionários da Sociologia, pois, além
de um método científico, o autor propôs um projeto político de atuação e organização social. Os estudos
de Marx buscaram analisar a sociedade capitalista em seu processo de consolidação e discutiram sobre
Karl Marx e Engels (1998) entendiam que a burguesia, classe de proprietários, comerciantes e industriais
donos dos meios de produção, adquiriu poder econômico e político durante a Revolução Industrial e a
Revolução Francesa. Sob posse de um maior poder econômico, a burguesia criou leis e regras sociais
que visam proteger a propriedade privada de seus bens e, assim, proporcionar a manutenção de sua
composta por trabalhadores sem posses, era responsável pelo processo de produção, por meio da venda
Dessa forma, Marx e Engels (1998) demonstram que a sociedade capitalista se constituiu pela divisão
social do trabalho baseada em duas principais classes sociais: a dos capitalistas (burgueses), que detêm
a posse dos meios de produção (as máquinas, as matérias-primas, as terras e as fábricas); e a dos
proletários (operariado/trabalhadores), cuja única posse é a força de trabalho que seria vendida à classe
dominante, os burgueses.
REFLITA - A Sociedade de Classes
Em seu texto político do mundo moderno e contemporâneo, “O manifesto comunista”, publicado em 1848,
Karl Marx explica que “[...] a sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal,
não aboliu os antagonismos das classes. Estabeleceu novas classes, novas condições de opressão,
novas formas de luta no lugar das antigas.” (MARX; ENGELS, 2001, p. 9). - Fonte: Adaptado de Marx e
Engels (2001)
Para Karl Marx, a exploração da classe de trabalhadores possui, como principal objetivo, a acumulação
de capital. Dessa forma, o capital seria o acúmulo de bens e lucros provenientes da exploração da mão
de obra barata pela classe burguesa. Em sua obra mais significativa, “O capital: crítica da economia
política”, publicada em 1867, o autor descreve os processos de produção capitalista e aponta a forma
com que esse modelo aprofundava as desigualdades na sociedade que se consolidava e mantinha uma
organização social, acarretando desigualdades sociais profundas, que propiciam a luta de classes.
A luta de classes se trata dos embates políticos entre trabalhadores e burgueses. Segundo o sociólogo
alemão, é por meio do movimento de organização social de questionamento à ordem dominante que a
emancipação humana total seria possível, bem como o fim da exploração do trabalho, o advento da
Embora Marx estivesse muito mais preocupado em construir um projeto político de sociedade, o sociólogo
também desenvolveu uma metodologia científica que direciona uma longa tradição de estudos marxistas
na Sociologia, o método do materialismo histórico dialético. Para Marx, são as condições materiais que
material, as estruturas e as relações efetivas que formam a sociedade, o que é denominado, pelo autor,
de materialismo:
[...] não partimos do que os homens dizem, imaginam ou representam, tampouco do que eles são nas
palavras, nos pensamentos, na imaginação e na representação dos outros, para depois se chegarmos
aos homens de carne e osso; mas partimos dos homens em sua atividade real [...]. Assim, a moral, a
religião, a metafísica e todo o restante da ideologia, bem como as formas de consciência a ela
correspondentes, perdem logo toda a sua autonomia. Não tem história, não tem desenvolvimento [...]
(MARX; ENGELS, 1998, p. 19).
Para o pensamento materialista de Karl Marx, a essência do indivíduo é o centro das relações sociais; por
isso, ele compreende que o indivíduo não é um ser isolado, e sim que sua existência é proveniente dos
processos sociais em curso. Nesse sentido, a pesquisa materialista histórico dialética é realizada por
meio da análise dos contextos históricos e processos sociais que solidificam as relações sociais
dialético se dá na contraposição do campo das ideias com a realidade efetiva. Essa contraposição
possibilita a junção desses dois elementos, constituindo, assim, uma concepção única, que é a análise da
realidade.
Em síntese: o materialismo histórico dialético de Marx (MARX; ENGELS, 1998) concebe a realidade
a) interação universal – todos os elementos da vida em sociedade estão relacionados. Os fatos não
b) a realidade em movimento universal – toda a realidade social está em constante movimento, ou seja,
c) unidade dos contraditórios – o ser social é construído com relação ao outro em suas contradições e
conflitos, o que significa que nossa existência está condicionada ao nosso constante desenvolvimento
social.
Sob essa perspectiva, é possível afirmar que a existência de uma sociedade se dá com relação à
materialidade da vida. Assim, nossas relações são reguladas por processos históricos, econômicos e
sociais, principalmente, no que se refere às relações de produção, pois, à medida que elas se
produção, mais especificamente, a nova concepção de trabalho que se instaura na sociedade capitalista.
necessidades básicas. Com a instituição da sociedade capitalista, o que se colocou foi uma espécie de
trabalho alienado, em que o trabalhador perde sua dimensão criativa e consciente de produção
intelectual.
Para Karl Marx: “[...] o processo histórico de alienação distancia o ser humano do objeto que ele produz.
Assim, a alienação do trabalho significa que o operário não percebe que seu trabalho lhe pertence.”
(MARX; ENGELS, 2001, p. 29). Esse processo transforma o trabalhador em simples mercadoria,
tornando-o um ser alienado, que não possui intervenção criativa no produto do seu trabalho.
relação ao trabalho
trabalhador e as suas possibilidades humanas só existem em função do capital. O indivíduo que não tem
trabalho fica sem salário e por isso torna-se inexistente e dispensável para o sistema capitalista. Marx
exemplifica: “Tão logo o trabalhador é explorado pelo fabricante e, no fim, recebe seu salário, ele é
atacado pelas outras porções da burguesia, o senhorio, o lojista, o penhorista etc” (MARX; ENGELS,
2001, p. 21).
O trabalho é uma forma de sobrevivência, assim, o operário não se reconhece no produto que criou.
Dessa forma, o trabalhador torna-se uma extensão da máquina, que tem operações simples e fáceis, e
pode ser facilmente substituído por outro trabalhador. Pelo caráter descartável denotado aos
trabalhadores, o valor da sua força de trabalho é mínimo, o suficiente para a sua sobrevivência. Sobre o
O preço médio do trabalho assalariado é o salário mínimo, ou seja, a quantia do meio de subsistência que
é requisito absoluto para manter o trabalhador na existência simples como um trabalhador. O que o
trabalhador adquire por meio de sua atividade é, pois, o mínimo necessário para a conservação e a
reprodução de vida humilde. [...] o trabalhador vive, meramente para aumentar capital e permitir-lhe viver
somente o quanto o interesse da classe governante requer. (MARX; ENGELS, 2001, p. 32-33).
mantém o crescimento da riqueza dos donos dos meios de produção, ou seja, da classe burguesa de
Comunismo
Como destacamos anteriormente, o intuito de Karl Marx não era apenas desenvolver um método
científico, o sociólogo alemão propunha um projeto político, o comunismo, um sistema social que
superaria o capitalismo e acabaria com as desigualdades sociais da divisão de classes. Considerada, por
Marx, como a fase final da sociedade humana, alcançada somente a partir de uma revolução proletária,
ele tinha a ideia utópica de uma sociedade igualitária, que seria a socialista (QUINTANEIRO; BARBOSA;
OLIVEIRA, 2002). Assim, Marx trabalhava com a temática de progresso das sociedades – lei de
a necessidade de expansão das forças produtivas de uma sociedade choca-se com as estruturas
econômicas, sociais e políticas, gera conflitos sociais, o que dá início à sua desintegração e cria um
terreno fértil para uma revolução. Desse modo, Marx vê o desenvolvimento da sociedade capitalista de
É possível afirmar, portanto, que, para que ocorra a passagem para uma organização social mais
avançada, com um novo modo de produção, ou seja, uma sociedade comunista, a classe emergente deve
se impor à decadente, ultrapassando-a e substituindo-a por outra mais apropriada a seu interesse e a seu
burguesa.
Dessa forma, compreende-se que, pela ótica de Marx, o modo de produção capitalista é uma evolução do
modelo de produção da sociedade feudal. Porém, a partir do desenvolvimento das forças produtivas do
capitalismo e de suas relações sociais, será favorecida a criação de uma nova estrutura superior, e isso
Contribuições Metodológicas
Durkheim, Weber e Marx
Em linhas gerais, podemos afirmar que, devido às diferentes perspectivas dos pensadores pioneiros da
Sociologia, é possível perceber que o esforço para a consolidação da disciplina como um conhecimento
científico possuía um norteador em comum para todos os autores citados até aqui, buscava-se
assim como as características das relações da humanidade com o meio social emergente. Nesse sentido,
Durkheim, Weber e Marx colaboraram significativamente para o desenvolvimento de uma ciência social
A teoria funcionalista de Durkheim, denominada assim devido ao objetivo do autor de avaliar a função
social que os fatos sociais exercem na organização da sociedade, contribuiu para estabelecer uma
perspectiva metodológica clara para a ciência sociológica. Da mesma forma que Weber, ao instituir a
ação social como objeto de estudo, criou uma metodologia específica da disciplina; ou seja, essas
metodologias não seriam mais apenas reproduções dos métodos e das técnicas das ciências naturais,
Embora Durkheim tenha se inspirado fortemente no positivismo e, até mesmo, tratado a sociedade tal
qual um organismo vivo, o funcionalismo durkheimiano inovou ao denotar uma reputação científica à
metodológico, no entanto, sob outra perspectiva de análise, considerando não as interferências exteriores
da sociedade sobre os indivíduos, e sim as interferências das ações individuais sobre a sociedade.
Apesar de muitos colocarem o pensamento de Karl Marx como muito distante das configurações teóricas
sociedade moderna, era perseguido pelo sociólogo alemão, que utilizou, porém, a sua ciência para intervir
politicamente nas lutas de classes provenientes dos conflitos causados por essa sociedade.
Em suma, o que buscamos demonstrar no decorrer desta unidade é o mesmo que afirmou o sociólogo
Todo fenômeno social é, por sua natureza, dinâmico e pelo menos relativamente instável, apresentando-
se à percepção e à observação sistemática do investigador, portanto, nessa condição, qualquer método
de interpretação sociológica, para ser útil e produtivo, deve, pois, compreender e representar os
fenômenos sociais em sua própria natureza, como fenômenos fundamentais e dinâmicos. (FERNANDES,
1962, p. 197.
essencial para que se possa estabelecer uma boa leitura sobre a sociedade em que vivemos, pois
olhar mais atento sobre as circunstâncias que devemos enfrentar em nosso cotidiano. (CIENCIA
DA RELIGIÃO)
==============================================
aconteciam na sociedade moderna, e com isso muitas problemáticas surgiam sob as lentes dos
estudiosos dedicados a investigação dos fenômenos sociais na época. A principal questão era: Como a
Para Auguste Comte, a vida em sociedade poderia ser harmoniosa e ordeira, conforme fóssemos
conhecendo ela completamente. O autor criador da Ciência Positiva, que considera a ciência como um
conhecimento superior a todos os outros, acreditava que se investigássemos os fenômenos sociais com o
mesmo rigor das ciências naturais, reproduzindo seus métodos e técnicas, teríamos o total domínio dos
processos sociais. “Compreender a ordem para atingir o progresso” – essa era uma premissa do
positivismo de Auguste Comte. Segundo essa perspectiva, se conhecemos a ordem em que regem
nossas vidas, podemos prever como lidarmos com os problemas sociais e solucioná-los. Atualmente
sabemos que a vida em sociedade não é previsível, tampouco controlável. No entanto, para o contexto
em que essa nova ciência se constituía, seguir os passos das ciências naturais era um caminho
Seguindo os passos de seu precedente, Émile Durkheim buscou atribuir à sociologia a legitimidade
Na publicação da obra “As regras dos métodos sociológico” em 1895, Durkheim inaugurou uma
metodologia de pesquisa própria da sociologia. Em analogia ao estudo de organismos vivos das ciências
naturais, também conhecida como biologia, Durkheim trata a sociedade como um corpo que possui
órgãos que funcionam interdependentes. Para o sociólogo, cada instituição social possui uma função. O
conjunto de instituições sociais impõem sobre os indivíduos de sua sociedade de origem, maneiras de
ser, agir e pensar que são padronizadas pela adesão e compartilhamento de regras e valores sociais
definidos de fora, independentemente das vontades individuais de cada. São exemplos de imposições
sociais: os padrões de beleza, as regras de etiqueta, hábitos culturais entre outros comportamentos que
são coletivos, adotados pela maioria. Enquanto Durkheim via na coletividade uma força superior aos
indivíduos,
Max Weber defendia que a vida em sociedade era organizada e construída pelas relações sociais
cotidianas (adesão e compartilhamento de regra e valores sociais). A teoria de Marx Weber vê nas ações
individuais o elemento que estabelece as configurações do nosso sistema social. Para o autor, toda e
qualquer ação que temos em sociedade é movida em relação ao que se espera do outro. Esse
movimento é o que estabelece vínculos e nos organiza coletivamente. O trabalho assalariado, por
exemplo, é o que Marx Weber chamaria de ação social do tipo racional com relação a fins: nós
acordamos todos os dias úteis do mesmo mês, no mesmo horário e vamos até o mesmo local realizar as
tarefas pelas quais fomos contratados. Agimos dessa maneira, pois esperamos que no fim do mês
receberemos um salário que servirá para satisfazer as nossas necessidades básicas. Perceba: a ação de
trabalhar em nossa sociedade é motivada pela ação de quem nos emprega e paga o nosso salário.
Trabalhar é uma escolha individual que está relacionada com a escolha de outro indivíduo do mesmo
meio social.
Em contrapartida, para o sociólogo alemão karl Marx, não há uma imposição entre a individualidade e a
processo histórico institui uma série de transformações sociais recorrentes, e nós somos resultado delas
na mesma medida em que cooperamos para que essas transformações aconteçam. O objeto de estudo
principal de Karl Marx foram as relações de produção da sociedade capitalista. Segundo o autor, as
desigualdades sociais desse sistema são resultado de um curso histórico que dividiu a sociedade em
classes sociais em que proprietários e donos do poder econômico submetem trabalhadores à exploração
do trabalho. Para Karl Marx compreender a estrutura econômica e política da sociedade capitalista nos
permite estabelecer parâmetros de superação de um sistema que torna a vida em sociedade desigual.
Conclusão - Unidade 2
Caro(a) aluno(a), finalizamos esta unidade que apresenta os precursores da Sociologia e as suas
Foi possível aferir que a Sociologia é uma ciência plural, com diversidade de perspectivas teóricas e
Comte colaboraram para que houvesse a possibilidade de um estudo social. O funcionalismo de Émile
Durkheim demonstrou que a sociedade possui influência sobre as nossas maneiras de agir, ser e pensar.
A sociologia compreensiva de Max Weber contribuiu para a consolidação da disciplina, na medida em que
destacou que as nossas ações cotidianas e decisões individuais também podem intervir no meio social. A
perspectiva de Karl Marx, que considera as contradições do mundo moderno, nos ajuda a compreender
que a vida em sociedade produz desigualdades sociais profundas e que precisam ser superadas.
processo de constituição das ciências sociais norteia a atuação de cientistas sociais no mundo todo até a
atualidade; por isso, destacamos a importância de retomar a leitura dos clássicos da Sociologia.
Esperamos que as discussões propostas até o momento possam colaborar para a elaboração de boas
percepções sobre a realidade social em que você, caro(a) aluno(a), atuará profissionalmente em breve.
Bons estudos!
A Ciência sociológica no Brasil
Introdução
Veremos que, inicialmente, mesmo havendo uma preocupação em entender a formação da sociedade
pensamento social brasileiro desenvolviam um trabalho não muito além de um relato histórico, e seus
formação social e cultural do Brasil. Essas pesquisas produziram trabalhos com o intuito de elaborar uma
visão sobre o sujeito nacional, isto é, o brasileiro, evidenciando uma percepção da identidade da nossa
nação.
Por fim, veremos que, a partir de 1930, uma geração de sociólogos, institucionalizados nas universidades
brasileiras, consolida a Sociologia como disciplina acadêmica, ou seja, uma Sociologia científica que visa
metodológicas, que resultaram em importantes estudos nas mais diversas áreas e que permitiram o
Você está preparado(a) para conhecer como a sociedade brasileira é retratada pela Sociologia? Vamos
lá!
=====================
Texto do vídeo.
=============================
A Implantação da Sociologia no Brasil: interpretando a realidade brasileira
possuiu uma grande repercussão no território nacional. Um pouco diferente dos clássicos da disciplina, no
Brasil, as relações de produção e de trabalho na sociedade industrial não eram o nosso objeto de estudo
principal, pelo menos, não inicialmente. Dado a condição de colônia, o Brasil possui outras bases no
étnica de povos africanos e indígenas. Por isso, a miscigenação foi um tema tão importante para os
Como apresentaremos no decorrer desta unidade, a maneira com que construímos as estruturas de
poder da sociedade brasileira interfere significativamente em como lidamos com a nossa vida social e em
como nos constituímos culturalmente. Para compreender como os teóricos brasileiros abordaram esses
que esta é uma ciência que emerge da modernização durante sua consolidação na Europa, e no Brasil
não foi diferente. A implantação da Sociologia brasileira ocorreu quando, no início dos séculos XIX e XX,
as transformações sociais rumo à civilização se intensificaram em nosso país, e uma ciência dedicada ao
[...] o saber racional floresce em sociedades estruturalmente diferenciadas e estratificadas, nas quais a
divisão social do trabalho e a especialização dos papéis de produção intelectual concentram nas mãos de
alguns indivíduos toda a atividade criadora na explicação da origem e da composição do mundo
(FERNANDES, 1958, p. 179).
“A ordem social escravocrata e senhorial foi, porém, solapada e desintegrada pela própria força de sua
expansão” (FERNANDES, 1958, p. 183). A partir disso, novas concepções de mundo foram impelidas, e a
necessidade de interpretar a sociedade brasileira se difundiu entre os intelectuais do país .
Segundo o cientista social Octavio Ianni (2000), o Brasil tem, como peculiaridade de seu pensamento
social, a preocupação contínua e constante de avaliar os momentos de rupturas históricas no país. É daí
que surgem as interpretações que podem priorizar determinados setores da sociedade e formular
histórico nacional.
Sob a perspectiva de Ianni (2000), o pensamento social brasileiro se consolida ao pensar as
configurações de sua sociedade e cultura, que criam e recriam a complexidade da realidade social.
Assim, os intérpretes da realidade brasileira podem ser definidos a partir dos temas que os tocam ou por
Diante disso, poderíamos destacar que existem três diferentes fases na implantação da Sociologia no
Brasil: a primeira é representada por intelectuais que conduzem uma leitura histórica sobre a realidade
brasileira, compondo uma produção considerável na literatura; a segunda fase se constitui de trabalhos
que valorizam a pesquisa de campo; por fim, a terceira caracteriza-se por uma Sociologia em sua
consolidação institucional como disciplina acadêmica, sendo composta por uma geração de sociólogos,
ANDRADE, M. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Editora Villa Rica, 1997.
São Paulo (USP), São Paulo, v. 22, n. 1, p. 9-27, jun. 2010. Disponível
CLAUDINO, J. R. Resenha de: A integração do negro na sociedade de classes. Revista de História: revista de
História da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo v. 46, n. 93, p. 265-272, 1973. Disponível
CUNHA, E. da. Os sertões. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010. Disponível
em: https://books.google.com.br/books?id=Tt7OAwAAQBAJ&pg=PT2&hl=pt-
FERNANDES, F. A organização social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1963.
FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Dominus Editora, 1965. 2 v.
FERNANDES, F. A função social da guerra na sociedade Tupinambá. São Paulo: Livraria Pioneira, 1970.
FERNANDES, F. A Sociologia no Brasil. Contribuição para o estudo de sua formação e desenvolvimento. Petrópolis:
Vozes, 1977.
FREYRE, G. Casa-grande & senzala. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.
HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
IANNI, O. A Sociologia de Florestan Fernandes. Estudos Avançados, São Paulo, v. 10, n. 26, p. 25-33, abr. 1996.
IANNI, O. Tendências do pensamento brasileiro. Tempo Social: revista de Sociologia da Universidade de São Paulo
MAZUCATO, T. Uma abordagem preliminar sobre a constituição das ciências sociais no Brasil: Florestan Fernandes e
seus diálogos intelectuais. In: CEPÊDA, V. A.; MAZUCATO, T. (org.). O intelectual Florestan Fernandes e seus
diálogos intelectuais. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), 2015. p. 13-40.
NABUCO, J. O abolicionismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SORJ, B. Dois Olhares sobre Heleieth Saffioti: O Feminismo Adentra a Academia. Estudos Feministas, Florianópolis,
fev. 2019.
SOUZA, J. Ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), 2009.
SOUZA, J. A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: LeYa, 2015.
VIANNA, O. Populações meridionais do Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2005.
WEBER, M. Metodologia das ciências sociais – parte 2. Tradução de Augustin Wernet. São Paulo: Cortez;