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Conjunto de expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raíz
comum: a produção social enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada,
monopolizada por uma parte da sociedade.
Relação capital/trabalho
➢ Num momento essencial aquele que pareceu ser quase total o divórcio entre uma
ordem jurídico-política, fundada sobre os direitos dos cidadãos, e uma ordem
económica que acarreta uma miséria e uma desmoralização de massa.
• Kar Marx:
✓ Obra “O Capital”, publicada em 1867;
✓ Contribuiu para a compreensão da Questão Social.
• Capitalismo Industrial
✓ Objetivo: lucro sobre os bens produzidos, conseguindo-o através da separação
da população dos seus meios de produção;
✓ Forma-se uma classe que, sem ter meios de subsistência, se vê obrigada a
vender a sua força do trabalho como uma mercadoria, a fim de conseguir um
salário que lhe permita sobreviver;
✓ A relação fundamental do capitalismo industrial, é o trabalho assalariado.
Palavras-chave:
Levou a:
❖ Titmuss
I. Modelo residual
▪ Surgiu na Inglaterra, no século XVII, com a Rainha Elizabeth.
▪ A relação que o Estado estabelece com a proteção social é residual, é
mínima pois o Estado considera que quem está em situação de pobreza
é inapto e incapaz do ponto de vista social e económico.
▪ O Estado considera, também, que a sua intervenção só ia tornar os
indivíduos dependentes do mesmo, não sendo capazes de ser
autónomos, isto é, o Estado acha que o indivíduo vale por si só e acha
que quem o deve proteger são as redes informais e as instituições
privadas (Igrejas e família).
▪ Surgem 2 leis:
1. Lei dos pobres
o Conjunto de medidas administradas pela Igreja.
o Tinham como objetivo combater as situações de
pobreza numa perspetiva caritativa e redutora da
pobreza.
2. Lei do domicílio
o A Igreja tinha a função de não deixar que os indivíduos
pobres deixassem a sua área de residência porque se
considerava que se isso acontecesse, estes iriam
propagar a pobreza.
o Considera-se a pobreza como um fenómeno individual
e não social (hoje em dia, sabemos que é uma questão
social).
o Ideia de que os pobres seriam sempre pobres e que os
ricos seriam sempre ricos: o Estado não atuava porque
considerava que se o fizesse só iria aumentar as
desigualdades.
II. Modelo Meritocrático-Particularista (comutativo)
▪ Surgiu na Alemanha, no século XIX, por Bismark.
▪ Considera-se que apenas tem direito à proteção social quem merece,
isto é, quem tem utilidade social, quem contribui para a sociedade,
quem trabalha; quem não trabalha, não é útil para a sociedade e não
tem direito à proteção social.
▪ Surgem um conjunto de medidas direcionadas para a classe
trabalhadora, uma vez que, o desenvolvimento económico não
acompanhou o desenvolvimento social e que os trabalhadores foram os
que mais saíram prejudicados desta situação.
III. Modelo Institucional-Redistributivo
▪ Surge na Inglaterra, no século XX, através de Beveridge.
▪ Surge decorrente da segunda Guerra Mundial e pretendia-se criar um
modelo que fosse universal, direcionado a toda a população,
independentemente da sua capacidade contributiva (uma medida para
todos).
▪ Surge a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde.
▪ O Estado acha que, para garantir a igualdade, deve ser ele a distribuir a
riqueza e considera que toda a gente deve ter acesso à proteção social.
▪ Atenua-se as desigualdades através dos bens e serviços públicos –
Estado-providência – garante que a proteção social vai ser “dada” a
todos.
Esping-Andersen: apresenta estes modelos de acordo com a atualidade, tendo
influência de Titmuss. O nome dos mesmos tem haver com a forma como o Estado
encara a proteção social. Cada um dos modelos definidos por este autor existe
atualmente em função de cada país e daquilo que é a sua conjuntura social, política,
económica e mental.
I. Modelo Liberal
▪ Este modelo tem uma visão muito semelhante à do modelo residual
e associa-se a este (o indivíduo vale por si).
▪ Defende uma intervenção mínima do Estado, dizendo que a mesma
deve ser feita pelas instituições privadas e pelas redes informais.
▪ Considera-se que as situações de pobreza e de injustiça social são
criadas pelos indivíduos que se encontram nestas situações.
II. Modelo Conservador-Corporativo
▪ Tem uma visão muito semelhante à do modelo meritocrático e
associa-se a este.
▪ Considera-se que os indivíduos devem ser valorizados mediante o
seu estatuto social e económico.
▪ Não há qualquer intervenção do Estado e este ainda faz juízos de
valor acerca dos indivíduos.
▪ Considera-se que as situações de pobreza e de injustiça social são
criadas pelos indivíduos que se encontram nessas situações.
(Não se pode dizer que Portugal é um país verdadeiramente social-democrata, devido a não estarmos suficientemente desenvolvidos,
pois ainda não temos um desenvolvimento económico verdadeiro).