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CONTEMPORÂNEO
AULA 4
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TEMA 1 – A QUESTÃO SOCIAL E O PAPEL DO ESTADO
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Neste mesmo período, a Alemanha também implantou medidas de
assistência e de seguro social. Mesmo os EUA, país de forte tradição liberal,
implantou, após a crise econômica de 1929, medidas de proteção e assistência
social. No entanto, as duas grandes guerras, além da depressão econômica dos
anos de 1930, forçaram o estabelecimento de políticas sociais, levadas a cabo
após 1945.
2 Carta enviada a todos os bispos expondo um ponto de vista ou forma de ação da Igreja,
orientando a ação e a tomada de decisão em relação a fatos concretos da vida e da realidade.
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especial na Alemanha, Áustria, Itália e França, além de países onde o papel do
Estado era forte, como o caso do Japão. Seriam basicamente
países nos quais a Igreja teve um poderoso papel nas reformas sociais
e onde o absolutismo era forte, sendo, portanto, lentamente abolido;
países nos quais a revolução burguesa foi fraca, incompleta ou mesmo
ausente. Marcado pela iniciativa estatal, este modelo favoreceu um
ativo intervencionismo estatal destinado a promover lealdade e
subordinação ao Estado e deter a marcha do socialismo e do
capitalismo.
Os serviços sociais, então, não são tão amplos como nos países
escandinavos, e os benefícios variam de acordo com a classe social do
beneficiário. Por outro lado, a Alemanha investiu maciçamente em uma
educação pública universal, fato que elevou o padrão dos trabalhadores e da
própria indústria alemã, desde o começo do século XX.
Nos anos de 1970, ocorreu uma forte crise financeira global: inflação,
estagnação econômica, juros altos, desemprego – problemas decorrentes,
dentre outros fatores, da crise do petróleo e de uma crise fiscal. Neste segundo
aspecto, o Welfare State foi apontado pelos críticos neoliberais como um dos
principais responsáveis da crise, na medida em que os gastos estatais eram
enormes e a altíssima carga de impostos não dava conta de atender à crescente
demanda.
Outros fatores intensificaram a crise, como, por exemplo, a diminuição da
taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida, ou seja, o número de
aposentados cada vez maior e, o de contribuintes para financiar o sistema, cada
vez menor.
Ao mesmo tempo, a Teoria Neoliberal se fortalece e aponta algumas
hipóteses para as falhas do modelo, conforme indica Draibe (1984) a respeito
das críticas ao Welfare State, quando os gastos sociais do Estado só
aumentavam, gerando.
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Em função dessas críticas, principalmente a dos neoliberais, a partir dos
anos de 1980 vários países passaram a rever seus programas sociais, ou os
gastos com eles, e a enfatizar soluções típicas de mercado, privatizando
empresas e fomentando a previdência privada. Ainda assim, em termos
comparativos, os programas sociais da maioria das nações europeias ocidentais
são amplos e de boa qualidade, porém, os princípios são outros. Moser (2011)
aponta uma nova geração de políticas e programas sociais na Europa unificada,
definidas como políticas sociais ativas, ao invés de passivas
NA PRÁTICA
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Cuba é o modelo mais conhecido aqui no Brasil. Apesar da relativa
pobreza, ainda hoje os serviços sociais e a assistência médica cubana possuem
um padrão superior à maioria dos países latino-americanos. Contudo, é inegável
que, desde que a maioria daquelas nações abandonou o regime comunista,
muitas das políticas também cessaram, em especial a do pleno emprego.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
______. O futuro do Welfare State na nova ordem mundial. Lua Nova, 1995, n.
35, p. 73-111.
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