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ETNOMETODOLOGIA E ANÁLISE DA CONVERSA

TEORIA E CULTURA
Livro: WATSON, R.; GASTALDO, E. Etnometodologia e Análise da Conversa. Petrópolis /
Rio de Janeiro: Vozes / PUC-Rio, 2015.
Fábio Ferraz de Almeida¹
O que é a etnometodologia? Uma seita eso- seria frustrada em razão do caráter não-irônico e
térica de apelo limitado a seus seguidores, que fundalmentalmente contextual daquela. Enquan-
ignora fatores institucionais e a centralidade do to as análises formais funcionariam a partir de
poder na produção das interações sociais, e que uma oposição entre o cientista social e as pessoas
tem por objetivo reconstruir um mapa cogniti- comuns, num modelo em que as estas são vistas
vo da mente das pessoas, diria Coser (1975). E a como idiotas ou imbecis culturais, a EM estaria
analise da conversa? Nada mais do que uma so- fundamentada na premissa de que o ator social
ciologia subjetivista concebida por e para hippies é um agente que emprega métodos de produção
do sul da Califórnia, segundo Gellner (1975). de sentido, i.e. etnométodos, que referem-se a seu
Desde o início da década de 1970, talvez nenhu- saber cultural e procedimental (pp. 29-30). Ade-
ma outra abordagem nas ciências sociais tenha mais, a EM operaria sempre com refêrencia a um
sido alvo de tantas críticas quanto a etnometo- contexto local no qual as ações e práticas sociais
dologia (EM) e a análise da conversa (AC); parte são produzidas. Ao adotar essa postura radical-
delas, como as duas acima, no entanto, fruto de mente contextual – ou indexical, para usar o ter-
incompreensões e leituras descaracterizadas des- mo ao qual Garfinkel faz referência -, a EM faz
ses dois projetos. Mas o que afinal são a EM e a uma crítica incisiva às sociologias tradicionais,
AC? O que essas abordagens têm em comum e as quais funcionariam a partir da substituição de
o que as distinguem das sociologias ortodoxas? expressões indexicais por expressões objetivas,
i.e. proposições que seriam verdadeiras indepen-
Em Etnometodologia e Análise da Conversa dente do contexto (pp. 34-39). A importância da
(2015), Rod Watson e Edison Gastaldo respon- referência ao contexto é ainda fundamental para
dem a esses e a outros questionamentos, apre- explicar a rejeição do método documentário de
sentando ao leitor uma introdução genuinamen- interpretação (MDI) e a adoção do modelo da
te etnometodológica, sem solecismos analíticos gestalt contextual (pp. 40-42) por parte de Gar-
ou conceituais. O livro é estruturado basicamen- finkel após a publicação do clássico Studies in
te em quatro capítulos, do mais geral ao mais es- Ethnomethodology (GARFINKEL, 1967). Essa
pecifico. No primeiro deles, os autores apresen- mudança é extremamente significativa porquan-
tam a EM – o estudo dos métodos usados pelas to vários pesquisadores que de alguma forma
pessoas comuns da sociedade para dar sentido às estudam ou utilizam a EM, continuam fazendo
coisas do mundo (p. 13) -, suas origens intelec- alusão ao MDI como o método de produção de
tuais e algumas de suas premissas teóricas, en- sentido por excelência, o que foi descartado por
fatizando sobretudo seu caráter anti-cognitivista Garfinkel, que passou a considerá-lo demasiada-
(p. 21) e radicalmente praxiológico em relação ao mente genérico, tratando-se, portanto, de uma
problema da ordem (p. 20). concessão às análises formais.

Ao apresentar em mais detalhes o ponto de O terceiro capítulo do livro é centrado nos


vista conceitual da EM, os autores, no segundo estudos etnometodológicos do trabalho (GAR-
capítulo, estabelecem um contraste entre esta FINKEL, 1986), possivelmente o campo mais
abordagem e as sociologias de análise formal. Se- proeminente da abordagem nos dias atuais, ao
gundo eles, qualquer tentativa de usar a EM em lado da AC. Tendo trabalhado em parceria com
conjunto com algum outro tipo de análise formal diversos laboratórios de tecnologia e informação

¹ Doutorando na Loughborough University, Reino Unido, no Departamento de Ciências Sociais. Bolsista Capes,
processo n. 0667-14-5

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de grandes empresas como Xerox e Microsoft no da pela EM em seus primórdios, mas que vem
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Reino Unido e sendo pesquisador associado na gradativamente perdendo tal afinidade. Apesar
Telecom ParisTech em França, Rod Watson é um desse quadro problemático, Watson e Gastaldo
dos expoentes internacionais nessa área, o que ga- destacam os aspectos etnometodológicos da AC,
rante ao leitor inúmeras referências interessantes a começar por sua definição. Para eles, a AC é
e pouco conhecidas do público brasileiro interes- uma abordagem de pesquisa preocupada em es-
sado na etnometododologia ou nas sociologias tudar os etnométodos empregados pelas pessoas
do trabalho e das profissões. Os autores iniciam comuns enquanto conversam, ou seja, a AC, ao
o capítulo contrastando as abordagens sociológi- contrário do que habitualmente é colocado, não
cas tradicionais sobre trabalho com a etnometo- é um método de análise, mas um tópico em si,
dologia, dando ênfase particular ao lugar central já que examina como os membros analisam as
ocupado pela linguagem e pela perspectiva dos suas próprias interações (p. 65). Eles enfatizam
próprios membros nesta última (pp. 45-48). Em ainda a mentalidade analítica da AC; uma abor-
seguida, apresentam a crítica garfinkeliana às dagem radicalmente naturalística, que rejeita
sociologias ortodoxas, sobretudo aos estudos de técnicas experimentalistas, exemplos inventa-
sociologia da ciência, que segundo ele, negligen- dos e convenientes e metáforas – esta última,
ciam os detalhes identificáveis da organização uma crítica direta à sociologia interacionista de
social das práticas dos cientistas, ou seja, perdem Erving Goffman -, e que enxerga a linguagem
de vista o fazer ciência (pp. 51-52). O capítulo como ação (pp. 66-67). Como o fazem em todos
trata ainda de um essencial, porém controverso os demais capítulos, os autores contrapõem essa
conceito etnometodológico: a exigência singular mentalidade à da sociologia tradicional, para a
de adequação, que determina que o pesquisador qual a linguagem seria apenas um veículo por
só conseguirá descrever as práticas que observa meio do qual se expressariam tópicos verdadei-
caso possua o domínio do conhecimento-epistê- ramente relevantes para a investigação sociológi-
mico-em-acão (p. 62). Os autores citam os casos ca, e.g. estratificação, poder, desvio, etc. Embora
de Stacy Burns, orientanda de Garfinkel que cur- também aborde o surgimento da AC e descreva
sou Direito a fim de analisar o ensino e a prática brevemente alguns de seus principais conceitos,
jurídica, e de Christian Greiffenhagen, cuja for- um dos diferenciais do livro é sem dúvida a seção
mação em Matemática e Ciências da Computa- em que os autores apontam para os componen-
cão possibilitou o estudo da atividade profissio- tes etnometodológicos da AC (pp. 77-82), o que
nal da pesquisa em matemática. Essa exigência, pode ser lido como uma crítica sutil a diversos
embora bastante custosa, permitiria a criação de trabalhos que enxergam esta como um método
disciplinas híbridas como ‘Direito-Etnometodo- ou um conjunto de técnicas e não como um tó-
logia’ ou ‘Matemática-Etnometodologia. Talvez a pico em si mesmo, e que, portanto, desconhecem
única debilidade do capítulo seja a falta de refe- ou desconsideram a influência que as ideias de
rências aos trabalhos etnográficos na sociologia Garfinkel exerceram sob Harvey Sacks, criador
e na antropologia. Embora façam uma crítica a da AC (GARFINKEL; SACKS, 1970; SACKS,
esses trabalhos de forma geral, os autores pode- 1992). Watson e Gastaldo destacam que o princi-
riam ter especificado os seus alvos e no que eles pal mérito da AC talvez tenha sido levar adiante
diferem das etnografias etnometodológicas. Para o projeto da EM quanto ao estudo da intersub-
além da etnometodologia, existe uma extensa e jetividade-em-ação, da indexicalidade e da refle-
rica literatura problematizando o método etno- xividade - esta última em especial na investiga-
gráfico (CLIFFORD, 1998; EMERSON; FRETZ; ção das formulações. Os autores então, concluem
SHAW, 2011; FAVRET-SAADA, 2005; GEERTZ, o capítulo apresentando o estudo da análise de
1989), e que poderia ser usada para enriquecer categorizações de pertencimento (ACP), tam-
o polêmico debate levantado pelos autores a res- bém criada por Sacks (pp. 97-107). Ao inserirem
peito da exigência singular de adequação. esta abordagem no capítulo dedicado à AC, os
autores evidenciam uma posição intelectual na
O quarto e último capitulo é destinado à AC, qual a AC seria mais ampla do que análise se-
uma abordagem profundamente influencia- quencial inaugurada e sistematizada por Sacks,

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Schegloff e Jefferson (SACKS; SCHEGLOFF; JE- tuação é analiticamente apreendida, a Etnome-

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FFERSON, 1974) e hoje amplamente difundida todologia é readaptada, refeita, ou mesmo renas-
no cenário acadêmico, sobretudo na Linguística cida.” (p. 113).
e na Psicologia Social, além da própria Sociolo-
gia. Segundo Watson e Gastaldo, a ACP surgiu Embora finalizem o livro destacando a exis-
sob a influência de trabalhos etnográficos da an- tência de diversas maneiras de se fazer EM, os
tropologia que focalizavam as práticas sociais e próprios autores parecem optar por uma EM
linguagem sem tratar os membros como idiotas que seja simultaneamente abrangente, pois en-
culturais (p. 97). Coube a Sacks então eliminar os globaria também as análises sequenciais e de
aspectos cognitivos desses trabalhos ao tratar a categorização, e excludente, já que seria com-
categorização como uma prática conversacional; pletamente impermeável em relação às analises
daí, portanto porque não se deveria confundir formais, sejam elas pertencentes à sociologia, à
os estudos tradicionais das ciências sociais sobre antropologia, ou ate mesmo à linguística. Em ou-
identidade e categorias com os de análise de ca- tras palavras, os autores assumem uma postura
tegorização de pertencimento (STOKOE, 2012; de reconciliação interna, desde que não haja ne-
WATSON, 1997, 2015). Os autores encerram o nhuma concessão externa.
capítulo sustentando a integração entre a EM, a
AC – em sua vertente sequencial – e a ACP; para O lançamento de Etnometodologia e Análise
eles: “Se realmente quisermos ver a “ordem por da Conversa coincide com um movimento de
toda parte” em uma conversa, precisamos levar crescente interesse das ciências sociais e humanas
em conta os fenômenos de categorização, senão brasileiras pelas abordagens etnometodológicas.
pelo menos parte do fenômeno se perderá, como Embora ainda marginais num contexto domina-
os elementos normativos da conversação.” (p. do pela sociologia política, – destaque para de-
105). E completam: “De certo modo a sequência partamentos como os da USP e do IESP-UERJ,
fornece o (ou um) contexto para a categorização, dentre diversos outros - tanto a EM quanto a AC
e a categorização, um contexto para a sequência têm gradualmente galgado espaço no cenário
em qualquer sistema interacional organizado acadêmico nacional, o que pode ser evidenciado
por turnos.” (p. 107). pelas seguintes iniciativas: a) a recente tradução
de todos os capítulos dos Studies in Ethnometho-
A influência de Wittgenstein sob os autores dology, publicados separadamente em diferen-
fica evidente na conclusão, organizada como nas tes periódicos (GARFINKEL, 2009, 2010, 2011,
Investigações Filosóficas (WITTIGEINSTEIN, 2013); b) a tradução do seminal artigo On formal
2005). Nessa parte, Watson e Gastaldo apontam structures of practical actions (GARFINKEL; SA-
para a multiplicidade da EM; seria mais pre- CKS, 2012); e c) a publicação de um dossiê em
ciso falar em etnometodologias, no plural (p. Segurança Pública e Justiça Criminal composto
108). Mas o que todas essas abordagens teriam por uma série de artigos que, se não diretamente
em comum? Segundo eles, os pontos de conver- influenciados pela EM, ao menos tangenciam al-
gência seriam: a) a preocupação com as práticas guns dos tópicos de interesse etnometodológico
cotidianas e com os padrões situados de produ- (PAES; RIBEIRO, 2014). Se nas ciências sociais
ção de sentido; b) o antiteoreticismo; c) a recusa de maneira geral, e na sociologia em especifico,
de qualquer traço de ironia metodológica; e c) a o interesse pela EM ainda parece ser bastante in-
atitude fundamentalmente anticognitivista. Alia- cipiente, na sociolinguística, já há algum tempo,
da a essa multiplicidade, os autores enfatizam a a AC ocupa um lugar minimamente relevante,
constante transformação e adaptação dessas et- fruto do esforço permanente de pesquisadores
nometodologias: “a cada vez que um(a) analista como Ana Cristina Ostermann e Paulo Gago, e
etnometodólogo(a) percebe e analisa uma nova seus respectivos grupos de pesquisa. Nesse con-
situação, ele(a) deve adaptar sua abordagem à texto promissor, ainda que todas as iniciativas
Gestalt específica, aos métodos distintos que ca- acima sejam extremamente relevantes, a publi-
racterizam a situação e às ações dos membros cação de Etnometodologia e Análise da Conversa
para produzi-lo. Assim, a cada vez que uma si- apresenta-se imprescindível, pois preenche uma

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lacuna no cenário da literatura das ciências so- 2011.
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ciais brasileiras em português, ocupada outrora


apenas pela competente, mas já ultrapassada – e FAVRET-SAADA, J. Ser afetado. Cadernos de
de tiragem esgotada - introdução de Alan Cou- Campo (USP), v. 13, p. 15–61, 2005.
lon, Etnometodologia (1995).
GARFINKEL, H. Studies in Ethnomethodo-
Embora não seja um dos objetivos explícitos logy. Oxford: Poilty Press, 1967.
dos autores, Etnometodologia e Análise da Con-
versa apresenta uma debilidade ao não dedicar GARFINKEL, H. (ED.). Ethnomethodologi-
um espaço às etnometodologias brasileiras: as cal Studies of Work. London: Routledge, 1986.
especificidades de suas origens e de suas críticas,
ou exemplos empíricos de estudos nacionais. Ao GARFINKEL, H. O que é etnometodologia?
não optar por uma orientação mais ‘brasileira’, os Teoria e Cultura, v. 4, n. 1-2, p. 113–131, 2009.
autores deixam escapar a oportunidade de pro-
duzir uma introdução singular não apenas em GARFINKEL, H. Conhecimento de senso
relação à língua, mas também quanto a alguns comum das estruturas sociais: o método docu-
aspectos de seu conteúdo, pois pouco se conhece mentário de interpretação no levantamento leigo
a respeito da influência e do alcance dessas abor- e profissional de fatos. Teoria e Cultura, v. 5, n.
dagens nas ciências sociais no país. 1-2, p. 83–97, 2010.

De leitura fluida e agradável, Etnometodologia GARFINKEL, H. Estudos dos fundamentos


e Análise da Conversa atende tanto aos interesses rotineiros das atividades cotidianas. Teoria e
de leitores iniciantes quanto aos de pesquisadores Cultura, v. 6, n. 1-2, p. 113–142, 2011.
mais avançados, que já possuam algum conheci-
mento prévio sobre a EM e a AC. Aos primeiros, GARFINKEL, H. Algumas Regras de Tomada
o livro serve como um aperitivo, apresentando os de Decisão que os Jurados Respeitam. Confluên-
principais conceitos e a mentalidade analítica et- cias, v. 15, n. 1, p. 3–10, 2013.
nometodológica; aos demais, presta-se a reforçar
a necessidade de reaproximação das duas abor- GARFINKEL, H.; SACKS, H. On formal
dagens, que já há algum tempo vêm se distan- structures of practical actions. In: MCKINNEY,
ciando em virtude de uma expansão por vezes J. C.; TIRIAKYAN, E. A. (Eds.). . Theoretical
míope da AC para além da sociologia. sociology: perspectives and developments. New
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minal: estudos empíricos sobre instituições, inte-

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