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Mão-

Matéria-
de- Nosso Foco

Prima obra
Gastos
Gerais de
Fabrico

Custo do Produto

Custo da Mão-de-obra
Por Isaquiel Estamilo, Lic
 Conceito de MOD
 Em termos gerais, a folha de pagamento das
empresas é composta de empregados alocados a
área administrativa (contabilisticamente
classificados como despesas) e outros na área
de produção (classificados como custos).

 Assim, o apuramento do custo de mão-de-obra


envolve por um lado a determinação do tempo de
trabalho de cada trabalhador, medido em horas.
 Conceito de MOD
 Entre estes custos, é fundamental
descriminar entre os custos de mão-de-
obra directa e indirecta.
 Os custos indirectos da mão-de-obra serão
alocados junto aos custos indirectos de
fabricação (CIF) ou gastos gerais de fabrico
(GGF).
 Conceito de MOD
 Em termos gerais, os custos de mão-de-obra
directa são equivalentes ao pessoal que
efectivamente manuseia as matérias-primas
para transformá-los em produtos acabados.
 Por exemplo, na construção civil, o pedreiro,
na carpintaria, o carpinteiro, etc.
 Com relação aos custos de mão-de-obra, a
finalidade é estabelecer o valor do homem
por hora.
 Cálculo do custo de MOD
 Basicamente, o cálculo do custo de MOD é dado
pelos tempos multiplicados pelo custo horário
respectivo, permitido determinar os custos com
pessoas por objectos de custo, que são os
produtos e os centros de custos..

 Ao nos referirmos do custo horário, é


fundamental descrever os tipos de remunerações:

◦ as fixas; e
◦ as variáveis.
 Cálculo do custo de MOD
 As remunerações fixas englobam:
a) A remuneração mensal;
b) Os subsídio (de férias, natal, etc);
c) 13º Salário;
d) Etc.

 Por outro lado, dos diversos tipos de


remunerações variáveis, há que destacar:
a) Horas extraordinárias (correspondentes à prestação
de trabalho para além do horário normal);
b) Comissões sobre vendas ou compras;
c) Prémios de produtividade.
 Cálculo do custo de MOD
 Às remunerações pagas aos trabalhadores, a
entidade patronal deve efectuar os seguintes
descontos:
i. A segurança social que a entidade patronal retém
para depois canalizar a INSS -Instituto Nacional de
Segurança Social;
ii. O IRPS – Imposto de Rendimento para Pessoas
Singulares que depende do nível de remuneração da
pessoa e da sua situação familiar, e
iii. Entre outros descontos como prestações de
empréstimos concedidos pela Empresa, etc.
 Processo de cálculo
 Deve-se considerar:
 Se os trabalhador é pago por Hora ou
mensalmente.
 Dias do ano, dias trabalhados, feriados e
férias.
 Encargos/impostos
a) Sociais - pagos ao governo
b) Trabalhistas - pagos ao empregado
 Processo de cálculo
 Deve-se considerar:
 Existem salários e encargos:
 Custos
a) Directos da produção
b) Indirectos da produção
 Despesas
a) Administrativos e
b) De vendas
 Cálculo do % de Encargo de Mão de-
obra (horistas e mensalistas)
• Objectivo
oVerificar o percentual que cada encargo
representa sobre o valor do salário do
trabalhador. (em função da lei de emprego)
• Assim:

Salário * percentual = Encargos

Salários + Encargos = Custo MO


 Cálculo do % de Encargo de Mão de-
obra (por hora e mensalmente)
• Encargos/Impostos
o Verificar a legislação vigente e aplicar os percentuais.
 Exemplo: Com base nos dias produtivos, pode-se
considerar a seguinte hipótese:
Dias do ano = 365
(-) Domingos = 52
(-) Feriados = 11 (dependendo de país para país)
(-) Férias = 26*
(=) 276 dias produtivos
*Descontando os domingos

 Com base nos dias produtivos por hora:


 52 domingos no ano / 276 dias trabalhados no
 Exemplo
 Suponhamos que um operário seja contratado por
10,00MT por hora, sabendo que semanalmente
deve completar 44 horas de trabalho (sem contar
com horas extras e nem os domingos).
1. Se pretendermos a calcular a jornada
máxima diária, seria:

44 / 6 = 7,3333 horas
Ou seja, 7 horas e 20 minutos.
 Exemplo
2. Se pretendermos estimar o numero
máximo de horas que um trabalhador pode
oferecer a empresa, seria:
Número total de dias por ano 365 dias
(-) Repousos semanais remunerados 48 dias
(-) Férias 30 dias
(-) feriados (hipotéticos) 12 dias
(=) Número máximo de dias à disposição do empregador 275 dias
(x) Jornada máxima diária (em horas) 7,3333 horas
(=) Número máximo de horas à disposição por 2.016,7
ano: horas
 Exemplo
3. Se pretendermos estimar a remuneração
anual desse trabalhador, em moeda
constante, seria:

(a) Salários: 2.016.7h x 10,00MT 20.167,00MT


(b) Repousos semanais : 48 x 7,3333 = 352h x 10,00MT 3.520,00MT
(c) Férias: 30 x 7,3333 = 220h x 10,00Mt 2.200,00MT
(d) feriados (hipotéticos): 12 x 7,3333h = 88hx10,00MT 880,00MT
(e) 13º Salário: 30 x 7,3333 = 220h x 10,00MT 2.200,00MT
Total 28.967,00MT
 Exemplo
4. Se considerarmos os encargos sociais desse
trabalhador (em percentagem), seria:
Previdência social 20%
IRPC 8%
Seguro de acidente de trabalho 3%
Outros impostos 2%
Total 33%
Custo total e anual: 28.967,00MT x 1.33 38.526.11Mt
Custo por hora: 38.526.11Mt / 2.016,7h 19.104MT

 Assim, neste exemplo, a empresa deverá atribuir a


taxa de 19.104MT por hora trabalhada e não os
10,00MT contratuais, dado o aumento verificado
com os encargos sociais.
 Contabilização
 O processo Contabilístico de custos referente a
Mão-de-obra no diário encontrará três (3)
lançamentos principais conforme as três (3) fases
que são as seguintes:
1. Processamento de salário;
2. Pagamento de salário;
3. Canalização das retenções ao Estado.
 Contabilização
1. Processamento de salário;
Contas Valor
Data Cód. Descrição Débit Crédito
o
Diversos
Remuneração a pagar aos
trabalhadores
P/ processamento do salário referente xxxxx
ao mês de Fev x Xxxxxx
Produção em processo x
Gastos gerais de fabrico xxxxxxx
x
 Contabilização
2. Pagamento de salário;
Contas Valor
Data Cód. Descrição Débit Crédito
o
Remunerações a pagar aos
trabalhadores
Diversos
P/ pagamento de salário aos xxxxxxx
trabalhadores Xxxx
Meios financeiros xx
Retenções a pagar ao Estado xxxxx
x
 Contabilização
3. Canalização das retenções ao Estado
Contas Valor
Data Cód. Descrição Débit Crédito
o
Retenção a pagar ao Estado xxxxx
Meios financeiros x xxxxxx
P/ canalização de retenções ao
Estado
 Contabilização (TPC)
1. Contabilizar pelo menos 3 meses do precessão
salariar apresentado no exemplo anterior.
Mão-
Matéria-
de-
Prima obra
Gastos
Gerais de
Fabrico Nosso Foco

Custo do Produto

Custos de Gastos gerais de fabrico


Por Isaquiel Estamilo, Lic
 Conceito
 Os gastos da área fabril que não respeitam às matérias-
primas e à mão-de-obra directa, são englobados nos
gastos gerais de fabrico.
 As fontes mais importantes das naturezas que
integram os gastos gerais de fabrico respeitam a:
◦ Matérias indirectas;
◦ Mão-de-obra indirecta;
◦ Energia eléctrica;
◦ Amortizações dos equipamentos, das máquinas e edifícios
industriais.
 Conceito
 As fontes mais importantes das naturezas que
integram os gastos gerais de fabrico respeitam a:
◦ Matérias indirectas;
◦ Mão-de-obra indirecta;
◦ Energia eléctrica;
◦ Amortizações dos equipamentos, das máquinas e
edifícios industriais.
 Conceito
 De maneira geral, trata-se de gastos comuns a
toda a produção da fabrica pelo que existem
dificuldades na sua repartição.
 Neste contexto, há que definir determinados
critérios de imputação (de distribuição ou de
repartição) dos GGF verificados no período
pelos produtos fabricados nesse período.
 Conceito
 Recorre-se para o efeito às chamadas bases ou
unidades de imputação.
 Tomando como exemplo de base de imputação
da mão-de-obra directa medida em horas e as
matérias consumidas (medidas em quantidade),
as unidades de imputação correspondente
respectivamente a hora de trabalho e a unidade
(kg, litro, etc.) de matéria consumida.
 Exemplo
 Admitamos que os GGF de uma empresa, em
Novembro, totalizando 500.000,00MT e que a
imputação se faz através do número de horas de
mão-de-obra.
 Fabricam-se três produtos, denominados A, B e C
e mão-de-obra directa totalizou 10.000 horas,
assim distribuídas:
 Produto A – 5000 Hh
 Produto B – 3000 Hh
 Produto C – 2000Hh
 Exemplo
 A distribuição dos GGF pelos produtos faz-se
proporcionalmente ao número de horas de
MOD, como segue:.
Coeficiente de imputação = GGF do mês
/ Nº de horas de MOD

= 500 000 MT / 10 000 Hh = 50MT/Hh


 Exemplo
 Portanto, a quota de GGF a considerar no
custo de cada produto:
 Produto A: 5000Hh x 50MT = 250 000MT
 Produto B: 3000Hh x 50MT = 150 000MT
 Produto C: 2000Hh x 50MT =100 000MT
500 000MT
 Coeficiente de imputação
 Entretanto, a determinação de um
coeficiente de imputação implica:
◦ 1. Identificar os custos indirectos (G.G.F)
◦ 2. Definir base de imputação.
◦ 3. Dividir o valor de G.G.F pela
respectiva base de imputação.
 Tipos dos coeficientes
 Coeficiente global - se utiliza quando se fabrica um só produto ou
quando se fabricam diferentes produtos que passam através dos mesmos
departamentos produtivos e se imputam valores similares de G.G.F.

 Coeficientes múltiplos - se usa quando se fabricam diferentes produtos


que não passam, ou que sim passam, se lhes deve imputar valores diferentes
de G.G.F devido às quantidades diferentes de atenção que cada produto
recebe.

 Imputação dos coeficientes separados - as Empresas imputam


separadamente os seus gastos gerais de fabrico tanto variáveis como fixos
perante uma mudança de actividade pois eles não se comportam de igual
maneira. Esses coeficientes são úteis para o controle e análise dos G.G.F
imputados contra os G.G.F reais.
 Exemplo
 Consideremos os dados abaixo apresentados num
determinado período de tempo referente a Empresa
Moçambique LDA.
Produto A Produto B Totais
MOD 6.000 h 4.000 h 10.000 h
G.G.F - - 500.000,00Mt
Secção 1 3.000 h 1.000 h 300.000,00
Secção 2 4.000 h 2.000 h 200.000,00

 Pretende-se:
◦ A imputação dos G.G.F aos 2 (dois) produtos sabendo que a
base é horas/MOD e que a Empresa utiliza base única e
múltipla.
 Exemplo
 Cálculo de coeficiente de base única:
Coef. de base única = G.G.F / HMOD
= 500.000,00MT /1.000h =50,00MT/h
• Imputação do coeficiente aos produtos:
Produto A
Secção 1 - 3.000h x 50,00MT/h = 150.000,00MT
Secção 2 - 4.000h x 50,00MT/h = 200.000,00MT
Coef. Global: 350.000,00MT

Produto B
Secção 1- 1.000h x 50,00Mt/h = 50.000,00MT
Secção 2 - 2.000h x 50,00/h = 100.000,00MT
Coef. Global: = 150.000,00MT
 Exemplo
 Coef. de base múltipla = G.G.F : HMOD
Secção 1- 300.000,00 MT / 4.000h = 75,00MT/h
Secção 1- 200.000,00 MT / 6.000h = 33,33MT/h

 Imputação dos coeficientes aos produtos:


Produto A
Secção 1 - 3.000h x 75,00MT/h = 225.000,00 MT
Secção 2 - 4.000h x 33,33MT/h = 133.400,00 MT
Coef. Global = 358.400,00 MT

Produto B
Secção 1 - 1.000h x 75,00MT/h = 75.000,00MT
Secção 2 - 2.000h x 33,33MT/h = 66.600,00MT
Coef. Global = 141.600,00MT
Obrigado

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