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Seção 2
Quando falamos de jogo, percebemos que tem alguns conceitos que são
básicos para entendermos mais o contexto dele. Desta forma, trataremos, nesta
seção, de cada um deles com definições, características e objetivos para melhor
entendimento.
2.1 Lúdico
O lúdico vem do latim ludus, que significa brincar. Neste brincar estão incluídos
jogos, brinquedos e divertimento.
Para Marinho et al. (2007, p. 83), “o lúdico tem grande valor educativo e
pode ser utilizado na escola como um dos recursos didáticos no processo
de ensino-aprendizagem, contribuindo com o desenvolvimento de atividades
didático-pedagógicas”.
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2.2 Lazer
Por sua vez, Marcellino (2000, p. 37) entende que “o lazer é uma cultura
compreendida no seu sentido mais amplo, vivenciada, praticada ou fluída no
tempo disponível”.
O lazer pode ser abordado por dois aspectos: tempo e atitude. O lazer
considerado como atitude tem muito a ver com a postura do indivíduo com relação
à prática da atividade de lazer que buscou, ou seja, o sentimento encontrado
na realização de determinada atividade escolhida. Entretanto, o lazer ligado ao
aspecto tempo relaciona as atividades praticadas no tempo que o indivíduo se
encontra liberado de suas obrigações corriqueiras, desde profissionais, familiares,
sociais e até religiosas.
Portanto, lazer são atividades que se faz dentro do seu tempo livre, em busca
do lúdico; é o espaço de tempo livre entre trabalho e repouso.Buscamos no lazer
e no lúdico sensações que são:
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Essas sensações estão incluídas nas culturas do lazer, que, em Marcellino (1997),
encontramos uma classificação das culturas do lazer baseadas em cinco áreas de
interesse, feitas por Dumazedier (1980a):
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dispõe como seu, ocupando-o da forma como quiser. Isso se deve à conquista
de uma duração menor do tempo de trabalho diário, importante para o equilíbrio
psicológico dos trabalhadores.
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Até que ponto esse tempo livre é de lazer, cada pessoa é quem sabe. Para o
filósofo Dumazedier (1980b),de acordo com a classe social a qual pertencem, as
pessoas têm diferentes conceitos de tempo livre, por terem diferentes possibilidades
materiais e,consequentemente, várias formas de utilizá-lo.
Por sua vez, Jürgen (1982) vê três formas de comportamento no tempo livre,
estando relacionadas com o trabalho:
Para Haag (1982), o tempo livre tem sido determinado pelas formas fundamentais
do comportamento de lazer regenerativo, suspensivo ou compensatório. Deve ser
visto em relação às tentativas educacionais de preparar as pessoas para que saibam
dar um conteúdo adequado ao lazer.
De acordo com Tojeira (1992),o tempo livre tem caráter objetivo, mas uma
utilização subjetiva, entendendo-se como o tempo durante o qual o indivíduo está
de fato livre, materiale intelectualmente.
Segundo Granado,
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Desse modo, Vargas (1990, p. 30) ressalta que “a atividade lúdica é o berço
obrigatório das atividades intelectuais da criança.” Estas não são apenas uma forma
de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que
contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Como todas as atividades que fazemos no nosso lazer são atividades lúdicas,
elas se classificam em:
Percebemos que todas as coisas que fazemos no nosso lazer para ocupação do
tempo livre são atividades lúdicas seguindo da classificação e os seus conteúdos.
2.5 Recreação
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2.6 Brinquedo
É muito simples definirmos brinquedo, pois nada mais é do que um objeto com
o qual se brinca. Objeto é sempre suporte de brincadeira, é o estimulante material
para fazer fluir o imaginário infantil, e tem como função a brincadeira.
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2.7 Brincadeiras
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Toda brincadeira possui regras que são definidas e respeitadas por aqueles que
brincam e possui três características: a imaginação, a imitação e a regra.
A partir disso é que a criança aprende mais depressa, pois quanto mais
estimulada, mais terá vontade de descobrir novas situações, a linguagem verbal e
escrita ao seu redor é muito mais rica, se explorada.
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A criança reproduz na brincadeira a sua própria vida, através dela ela constrói o
real, delimita os limites frente ao meio e o outro sente prazer de poder atuar ante
as situações e não ser dominado por elas. Existe na brincadeira um simbolismo
secundário oculto, bem próximo do sonho.
Para Schmidt (1964, p. 81), “o tempo que a criança tem à disposição para brincar
deve ser considerado, ou seja, é importante dar tempo suficiente para que as
brincadeiras surjam, se desenvolvam e se encerrem”.
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Por sua vez, segundo Silva (1989b, p. 36), “não se deve restringir a liberdade da
criança no que se refere às brincadeiras e nem tampouco interferir na sua atividade,
pois isso pode ter repercussões desagradáveis”.
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A infância tem urgência na vida da criança. É nessa fase que o lugar do brincar,
tem o seu maior projeto: “o ser adulto”.
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