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Governo do Estado do Ceará

Secretaria da Ciência Tecnologia e Educação Superior


Universidade Estadual do Ceará - UECE
Faculdade de Educação de Crateús – FAEC
Curso de História

ALUNO (A): Maria do Socorro Oliveira Sousa


PROF.: Caio Lucas
DISCIPLINA: Problemas Contemporâneos
TÍTULO DO TEXTO: Sociedade Do Cansaço
AUTOR DO TEXTO: Byung Chul Han

1. INTRODUÇÃO

1.1. Byung-Chul Han, nascido na Coreia do Sul, em 1959, é atualmente professor de


Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Berlim (UdK). As suas mais recentes
obras, a “Sociedade do Cansaço “e a “Sociedade da Transparência”, analisam as
estruturas da sociedade do século XXI para entender como o modelo do capitalismo
tem efeitos na vida psicológica das pessoas.

1.2. Em Sociedade Do Cansaço o autor defende que atual sociedade vive uma mudança de
paradigmas ( imanalogicos, adentrando em uma sociedade de emprego do excesso da
positividade, realização de diversas demandas escravização social, mental e físico,
ocasionando o adoecimento, vertente da preocupação do eu (sendo vítimas de si
mesma), ocasionando ( um vazio nessa era digital e solitária).

Han 2017, reflete o Homem que pode tudo ( homem deus, neoliberal, que busca a
perfeição, por serem cobrados para produzir mais, fins quantitativos com sentimos de
desconfiança quanto ao próximo, sendo ao mesmo tempo vítima e agressora, um
explorador que ao mesmo tempo é explorado. Que no meio do tempo, influenciado
pelo excesso de estímulos, informações, e impulsos aniquilando a concentração,
inibindo a concentração e a contemplação sem viés para a racionalização, gerando um
retrocesso, maximizando uma sociedade humana da vida selvagem.

A solução para tanto seria aprender a ler, a pensar, a falar, a escrever, ou seja não não
pensar em si de forma egoísta, mas em se entender, contemplar, fator esse que a
educação ajuda, evitando a reprodutividade, mecânica, manipulação. Han afirma que
essa sociedade é solitária, individualista e isolada.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Traga citações do texto:

2.1.1. “A dialética da negatividade é o traço fundamental da imunidade. O


imunologicamente outro é o negativo, que penetra no próprio e procura negá-
lo.” (p. 06, §. 02)

Essa competitividade está presente em nossa sociedade, onde cada um deseja superar os
demais em termos de conquistas e realizações. Negativar possibilita a questão de refletir que
nem sempre nossa média é a do outro, está medido e se comparando com os outros e muitas
vezes está associado à auto realização excesso de positividade, mas entender que nem sempre
somos mais que os outros, nos ajuda a refletir sobre nós mesmos.

2.1.2. “A sociedade disciplinar de Foucault, feita de hospitais, asilos, presídios,


quartéis e fábricas, não é mais a sociedade de hoje. Em seu lugar, há muito
tempo, entrou uma outra sociedade, a saber, uma sociedade de academias de
fitness, prédios de escritórios, bancos, aeroportos, shopping centers e
laboratórios de genética. A sociedade do século XXI não é mais a sociedade
disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. Também seus habitantes não
se chamam mais “sujeitos da obediência”, mas sujeitos de desempenho e
produção. São empresários de si mesmos.” (p. 11, §. 01)

Esse padrão socialmente exigido de felicidade constante não apenas coloca um fardo
emocional pesado sobre os indivíduos, mas também perpetua um ideal inatingível, essa
comercialização diz muito quanto a como nos vemos em sociedade é uma atividade reprodutiva,
alienadora, que quando não atingida pela realização, traz sentimento de valorização.

2.1.3. “Com o título Vita contemplativa não deveria ser conjurado aquele mundo no
qual esta estava alocada originariamente. Ela está ligada com aquela
experiência de ser, segundo a qual o belo e o perfeito é imutável e imperecível
e se retrai a todo e qualquer lançar mão humano..” (p. 11, §. 01)

O império da produtividade exige uma mudança na mentalidade e na forma como encaramos


o trabalho. É preciso estar disposto a abandonar as práticas antigas que não agregam valor e
abraçar novas formas de pensar e agir, sempre visando à excelência. Aproveitar ao máximo as
oportunidades, evitar a procrastinação e buscar constantemente a inovação são atitudes
essenciais nesse contexto.

2.1.4. “Precisamente frente à vida desnuda, que acabou se tornando radicalmente


transitória, reagimos com hiperatividade, com a histeria do trabalho e da
produção. Também o aceleramento de hoje tem muito a ver com a carência de
ser.” (p. 20, §. 02)

A exposição constante nas redes sociais e a busca por validação Atualmente, a


hiperconectividade proporcionada pelas redes sociais tem levado a uma nova forma de interação
social, em que a exposição pessoal é valorizada e incentivada. As pessoas sentem-se compelidas
a compartilhar detalhes de suas vidas buscando a aceitação dos outros e aumentando sua
autoestima. Resultando em doenças evidentes no presente contesto social atul.

2.1.5. “A vista contemplativa pressupõe uma pedagogia específica do ver. No


Crepúsculo dos ídolos, Nietzsche formula três tarefas, em vista das quais a
gente precisa de educadores. Devemos aprender a ler, devemos aprender a
pensar, devemos aprender a falar e a escrever. A meta desse aprendizado
seria, segundo Nietzsche, a cultura distinta. Aprender a ver significa “habituar
o olho ao descanso, à paciência, ao deixá-aproximar-se-de-si”, isto é,
capacitar o olho a uma atenção profunda e contemplativa, a um olhar
demorado e lento.” (p. 23, §. 01)

Em suma, a falta de tempo para descanso e lazer é uma realidade enfrentada por muitas
pessoas atualmente. É essencial encontrar maneiras de equilibrar as demandas do trabalho e da
vida pessoal, garantindo momentos de repouso e diversão. Ao fazer isso, estaremos
contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar tanto físico quanto mental, e a
contemplação proporciona o contato com o externo e interno.

2.1.6. [...] “ Os sentimentos de insuficiência e de inferioridade ou de angústia frente


ao fracasso ainda não fazem parte da economia dos sentimentos de Bartleby.
Ele não conhece auto acusações e auto agressões constantes. Ele não se vê
confrontado com aquele imperativo de ter de ser ele mesmo, que marca a
sociedade de desempenho pós-moderna.” (p. 28, §. 02)

No entanto, é importante lembrar que o verdadeiro significado da vida vai além da busca
frenética por autoafirmação. Ser verdadeiramente realizado envolve encontrar propósito pessoal,
cultivar relacionamentos significativos e buscar uma conexão mais profunda consigo mesmo.

2.1.7. “O cansaço de esgotamento não é um cansaço da potência positiva. Ele nos


incapacita de fazer qualquer coisa. O cansaço que inspira é um cansaço da
potência negativa, a saber, do não-pára. Também o Sabá, que originalmente
significa parar, é um dia do não-para, um dia que está livre de todo para-
isso, para falar com Heidegger, de toda e qualquer cura. Trata-se de um tempo
intermédio. Depois de terminar sua criação, Deus chamou ao sétimo dia
sagrado. Sagrado, portanto, não é o dia do para-isso, mas o dia do não-para,
um dia no qual seria possível o uso do inútil. É o dia do cansaço. O tempo
intermediário é um tempo sem trabalho, um tempo lúdico, que se distingue
também do tempo heideggeriano, que no essencial é um tempo de cura e de
trabalho.” (p. 35, §. 01)

A falta de profundidade nas interações sociais e nos laços emocionais é um fenômeno cada
vez mais presente em nossa sociedade. As relações superficiais e os vínculos afetivos frágeis
têm se tornado uma realidade preocupante. Relacionamentos saudáveis e genuínos podem nos
proporcionar um sentimento de valorização e satisfação. Ao cultivar relacionamentos baseados
na compreensão mútua, podemos encontrar um senso renovado de propósito em nossas
interações diárias.

3. CONCLUSÃO

As cobranças do dia a dia, pela perfeição, seja ela cobrada pela sociedade pelo outro
ou por si mesmo, leva a uma luta internalizada e conflituosa, na mente, no físico, na
mente deixando-nos mais cansados.

O que leva a corrosão que se intensifica pelo mal uso da tecnologia, e então nossas
relações pessoais que já não estão indo bem se tornam mais corrosivas, saindo da
realidade, uma hora ser humano usa esse meio para comércio outro para se
comercializar. A pessoa é reduzida ao valor puramente comercial, ao obsoleto
massificado recorrendo a um vazio existencial. Sem saber separar o que é trabalho e o
que não é. Para tanto, Han propõe três coisas a se fazer segundo Aristóteles: 1. Voltar
ao gozo das coisas belas. 2. Produzir belos atos a polis. 3. e a vida contemplativa.

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

4.1. BIBLIOGRAFIA DO LIVRO:

Han, Byung-Chul , Sociedade do cansaço / Byung-Chul Han ; tradução de Enio Paulo


Giachini. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2015.

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