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RESUMO
Em diversos momentos, as atitudes e escolhas de cada indivíduo tendem a ocorrer de maneira
inconsciente a ser projetada ao ambiente externo de acordo com o que seus sentimentos
predizem, com o objetivo de dialogar com a forma como o indivíduo se coloca perante as
situações de insatisfação, o educador Mihaly Csikszentmihalyi desenvolveu um estudo chamado
ESM (Experience Sampling Method) que tem por finalidade mostrar ao indivíduo a forma como
se sente em cada ação e decisão tomada em seu dia a dia, e os sentimentos expressos a cada
momento em seus afazeres. Os resultados de diversos estudos baseados nesse mesmo método
demonstram que os indivíduos, além de não saberem o que os faziam felizes, também não
tomavam as decisões de forma consciente, e com isso acabavam por não agregar valores ou
importância ao que faziam, chegando a certo momento de passarem passivamente por diversas
situações e por fim não conseguirem mais dar sentido e propósito às suas próprias vidas, o
estudioso Mihaly apresenta respostas e meios para que se possa obter sucesso, satisfação e
superação a tudo o que se faz, por meio da Psicologia Moderna, da Sociologia, da Psicanálise e
da Filosofia.
ABSTRACT
At different times, the attitudes and choices of each individual tend to occur unconsciously and
be projected to the external environment, with the aim of dialoguing with the way the individual
is faced with situations of dissatisfaction, the educator Mihaly Csikszentmihalyi developed a
study called of ESM (Experience Sampling Method) whose purpose is to show the individual
how he feels in every action and decision taken in his day-to-day life, and the feelings expressed
at every moment in his tasks. The results of several studies based on this same method
demonstrate that individuals, in addition to not knowing what made them happy, also did not
consciously make decisions, and thus ended up not adding value or importance to what they did,
reaching a certain point. When they passively go through different situations and finally are no
longer able to give meaning and purpose to their own lives, the scholar Mihaly presents answers
and means for success, satisfaction and overcoming everything that one does, through
Psychology Modern, Sociology, Psychoanalysis and Philosophy.
INTRODUÇÃO
Utilizando como base teórica o livro sobre a descoberta do fluxo de Mihaly
Csikszentmihalyi, e com os acréscimos de citações de indivíduos de diferentes sociedades e
épocas, é possível compreender que todos se convergem numa mesma questão: a da importância
sobre ser consciente a respeito do que se produz e do que se pensa a respeito disso.
Neste contexto, torna-se intencional a forma como cada atividade é feita e onde é feita,
não mais de maneira inconsciente ou de forma passiva, termo que Mihaly usa para denotar as
atividades das quais temos pouco gasto de energia e normalmente não nos levam a evolução ou a
satisfação plena e tão pouco a conquista de algo. Nos mostra como é possível obter sucesso e
gratificação por diversos caminhos na prática, até mesmo das atividades mais difíceis e
complexas durante os momentos mais difíceis da vida, usando de algumas pequenas ferramentas
que já temos em nosso self e respondendo a poucas perguntas antes de decidir sobre aceitar ou
não, fazer qualquer atividade. Mihaly nos mostra que dessa forma é possível traçar metas e
conquistar vitórias, superando a ansiedade e até mesmo estabilizando transtornos mentais para
que se possa viver em sociedade de forma plena e satisfatória. Referente a isso, ele também
publicou um grande estudo que fez onde separou jovens autotélicos e não-autotélicos, o qual
pode evidenciar descobertas que mudariam a forma de entender o que é o prazer ao fazer as
nossas atividades ou o que realmente é necessário para se atingir o estado de fluxo ou como é
mais conhecido, o estado de atenção plena.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Csikszentmihalyi (1999) em seu livro “A Descoberta do Fluxo: A
Psicologia do envolvimento com a vida cotidiana”, o autor apresenta estudos sobre maneiras de
viver em um modo que se apoia o máximo possível em descobertas da psicologia contemporânea,
assim como na sabedoria do passado e nas formas como elas foram registradas no decorrer do
tempo em diversas culturas, surgindo assim o primeiro questionamento: “O que é uma boa
vida?”. O autor explica a resolução dessa pergunta de forma que se limita ao máximo as
evidências racionais com foco nos eventos cotidianos que geralmente encontramos durante um
dia de nossa vida.
Para exemplificar melhor este estudo, o autor desenvolveu uma técnica chamada ESM -
Método de Amostragem e Experiência (Experience Sampling Method), na cidade de Chicago, no
início dos anos 70. Esta técnica usa um pager ou relógio programável que avisa as pessoas a cada
duas horas para preencherem um livreto correspondendo onde elas estão, o que estão fazendo, no
que estão pensando, com quem estão e como estão se sentindo. A partir disso é possível
classificar o estado de consciência naquele momento de acordo com as várias escalas numéricas,
que mostra o quão feliz está, quão concentrada, quão fortemente a pessoa está motivada e o nível
da sua autoestima. Ao final de uma semana, cada pessoa terá preenchido 56 páginas do livreto,
foram analisadas cerca de 70.000 páginas de 2.300 indivíduos em seu laboratório em Chicago,
para fornecer o estudo do livro citado e usado como base para este artigo.
Com relação à resolução da primeira questão “O que é uma boa vida?”, esta trata sobre
indivíduos que trabalham de uma forma tão produtiva e significativa em tudo o que fazem que
acabam por meio dessa atitude, tornando-se indivíduos chaves em fábricas, culturas, tribos,
grupos de amizade dentre outros, são pessoas que não fazem bem feito as atividades que gostam
ou que lhes dão prazer mas sim pessoas que fazem com dedicação qualquer coisa que lhes é
dirigida a fazer, e, sobre isso, se propõe uma segunda pergunta: O que torna uma vida como a
desse indivíduo serena, útil e digna de ser vivida mais do que a de qualquer outro que trabalhava
junto a ele, mesmo em cargos mais altos?
A abordagem que se faz para solucionar esta questão revela três pressupostos principais.
O primeiro é que profetas, poetas e filósofos “vislumbraram verdades importantes no passado,
que são essenciais para a continuidade da nossa sobrevivência”, (CSIKSZENTMIHALYI, 1999,
p.13), porém que foram expressas em um vocabulário conceitual da época no qual foi escrito,
como os livros sagrados do judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo e dos livros sagrados dos
Vedas, que são alguns exemplos de repositórios de ideias importantes no qual Mihaly acredita
que seria um ato arrogante ignorá-los, porém igualmente ingênuo acreditar que tudo que foi
escrito contém uma verdade absoluta e imutável. Pois o tempo transforma tudo e tudo o que é
transformado precisa ser revisto e adquirido de formas diferentes de acordo com cada indivíduo
por meio de sua individualidade.
Partindo desta visão, Jung (2017, p.15) traz em seu tratado um ponto de vista Freudiano
segundo o qual todos os conteúdos inconscientes acabam por se reduzirem a tendências infantis
reprimidas devido a falta de compatibilidade entre um assunto e o ser, e acrescenta que além
deste, o subconsciente possui outros aspectos que não somente conteúdos reprimidos, mas todo
um material psíquico que está por de baixo ao limiar da consciência.
Indo um pouco mais a fundo e acessando a psicanálise, Moraes em a teoria das
representações sociais et al.(2014. p. 18), diz que:
Fonte: Adaptação feita por Vera Regina Klein - Terapeuta - Versão em Português
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=BAljbVf-HXA&t=465s
A ciência é muito gregária. Ela é essencialmente a diferença entre manter essa porta
aberta ou fechada. Quando estou fazendo ciência, mantenho a porta aberta…. Você quer
estar o tempo todo falando com as pessoas… porque só interagindo com outras pessoas é
possível fazer alguma coisa interessante. É uma atividade essencialmente comunitária.
Existem coisas novas acontecendo o tempo todo, e é preciso manter-se à frente e
conscientizar-se do que está acontecendo. É preciso falar constantemente. Mas,
naturalmente escrever é diferente. Quando estou escrevendo, tenho de fechar a porta, e
mesmo assim entram sons demais, de modo que quando escrevo, muitas vezes me
escondo na biblioteca. É um jogo solitário. (CSIKSZENTMIHALYI, 1999, p. 95).
Esta declaração demonstra a real importância do ambiente em que se está fazendo algo,
como reagir de acordo com o que lhe acontece, e como estar consciente do que se faz para que
propicie a obtenção do sucesso, por isso o preparo do ambiente e tudo o que envolve a
organização, bem como a listagem de tarefas é tão importante, a fim de ser capaz de estipular se
alguém conseguirá ou não fazer o que precisa ser feito, mas que também pela impossibilidade de
controlar fatores externos, é preciso entender a importância do que o outro também faz, e das
prováveis variáveis de seu ambiente e suas atitudes.
A questão que dá sentido a todos os estudos de Csikszentmihalyi (1999) num âmbito geral
é então feita, “Como mudar os padrões de vida?” ele conta que se quinze por cento da população
dos EUA nunca tiverem tido a experiência de fluxo, então pelo menos milhares e milhares de
pessoas estariam se privando daquilo que torna a vida mais digna de ser vivida, e isso pode vir a
ocorrer de forma natural seja por situações com pessoas abusivas, privações, questões sociais e
também financeiras que os atinja, e pela questão de não se estar consciente de quando se pratica
algo que leva ao bem-estar, dessa forma dificilmente vindo a praticar novamente aquela ação,
mesmo que sendo benéfica.
A crença que determina que a qualidade de vida é determinada pelo ambiente externo é
inconsistente para Mihaly, e para contradizer isso ele traz o exemplo de Antonio Gramsci,
filósofo socialista humanista, que desde sua infância sofreu fortes pressões até que quando adulto
foi preso por Mussolini, e ainda assim continuou a escrever belos discursos entonados de luz e
apaixonantes. Acrescenta também Linus Pauling, que simplesmente viveu fazendo o que gostava
de fazer sempre inspirado de boa energia e vontade, e esclarece que isso não quer dizer que Linus
não faria o que fosse de obrigação caso não gostasse, mas sim que ele experimentara e
aproveitara de todas as situações e trabalhos a ele direcionados de uma maneira consciente,
fazendo com que qualquer coisa que se propusesse fazer fosse de extrema importância, sendo
algo simples ou complexo.
Durante o período de dois anos Csikszentmihalyi (1999) aplicou em adolescentes um
estudo onde dividia esses jovens em dois grupos, um deles com os que mais desfrutam de
experiências de fluxo e os outros menos, no decorrer do estudo pelo menos quarenta por cento
restante dos adolescentes que não desfrutavam tanto do movimento de fluxo, aumentaram este
movimento, e com isso mostrou-se possível traçar uma mudança na qualidade de vida.
Deve-se levar em consideração que a maior parte de nosso tempo é gasto com trabalho, e
fazer com que este trabalho seja benéfico ou não, é de nossa responsabilidade, caso não seja ele
considera que pelo menos quarenta por cento de nossa vida em vigília é descartada, e que para
descobrir se o trabalho de fato nos faz infeliz, é necessário três motivos principais: o primeiro
deles é saber se o emprego possui um sentido, para ser feito, o segundo é se ele é tedioso ou
rotineiro demais para o trabalhador, e o terceiro é se ele produz estresse e má relação com a
equipe ou com o chefe que se tem. Entretanto, mesmo que se observe que o emprego seja um
motivo de sua infelicidade é difícil agir perante ele, já que ao se demitir como num exemplo
apresentado na obra, o indivíduo pode vir a sofrer sérios problemas financeiros, porém devemos
levar em consideração um ponto importante, e para explicar isso ele traz um questionamento de
Hanna Arendt que mostrou em relação a Adolf Eichmann sobre os trabalhadores de campos de
extermínio nazista, que ao questionar sobre os assassinatos, eles facilmente alegaram não terem
culpa já que responderam dizendo “Eu apenas trabalho aqui.” (CSIKSZENTMIHALYI, 1999,
p.101), e portanto a importância de se tornar consciente de tudo o que se faz e produz.
Existem diversas formas de se fazer um bom trabalho por meio de se tornar consciente
sobre o mesmo, como exemplo de funcionários que realmente são atenciosos com seus clientes, e
médicos que se preocupam com o bem-estar de seus pacientes mais do que com os diagnósticos,
exemplos claros que o autor nos traz, e para ter toda essa estimada ação é preciso agir para além
do que somente as ordens que nos rege o cargo, o que requer um alto gasto de energia, e apesar
do trabalho ser a atividade que mais nos toma o tempo em sociedade, ele acrescenta que o mais
importante é o que se faz em seu tempo livre, e nos evidencia com exemplos, primeiramente de
Alexander Fleming que “descobriu a penicilina quando observou que culturas bacterianas eram
menos densas em placas que não haviam sido limpas e estavam emboloradas” e também de
Rosalyn Yalow “que descobriu a técnica da radioterapia depois de ter notado que os diabéticos
tipo II eram mais resistentes que os diabéticos normais”, e “Wilhelm C. Roentgen que descobriu
a radiação quando notou que alguns registros fotográficos mostravam sinais de exposição mesmo
na ausência de luz”(p.103) nestes casos e em outros casos de registro da ciência, temos
importantes descobertas feitas por meio de eventos rotineiros que mudaram a maneira como viam
algo por estarem com toda a sua atenção no momento em que estavam vivendo, não passando
pelo lazer de forma passiva.
Outro questionamento de Csikszentmihalyi (1999) é que em situações de “Crises
inesperadas, expectativas elevadas, problemas insolúveis de todos os tipos, como impedi-las de se
tornarem estressantes? ” A resposta que ele encontrou nos mostra que o primeiro passo consiste
em estabelecer as prioridades, dentre as exigências que se acumulam na consciência, e procurar
dar atenção e decidir o que realmente é importante e o que não é, mas que para isso é sugerido o
uso de cronogramas, para que se retire o peso dessa atribuição da mente e a passe para o papel.
Indiferentemente de como irão fazer, seja começar pelas atividades mais extensas ou
exigentes ou pelas mais fáceis é preciso descobrir qual a melhor forma para se exercer as
atividades durante o dia a dia, de acordo com cada indivíduo e para ajudar nesta questão
Csikszentmihalyi (1999) nos traz algumas perguntas que ao serem respondidas auxiliam nessa
resolução de forma simples e prática, sendo elas: “As tarefas podem ser delegadas por outra
pessoa?”; “Você pode conseguir ajudar?”; “Você pode aprender as habilidades necessárias a
tempo?”; “A tarefa pode ser transformada ou dividida em partes mais simples?”. O que parece
muito óbvio, porém as pessoas não se questionam antes de acrescentarem mais tarefas ao seu
horário, e assim acabam sobrecarregadas. Ao responder estas questões você traça um parâmetro
de provável produção, podendo organizar suas atividades da melhor forma possível de acordo
com seu tempo e suas habilidades para que possam ser feitas e concluídas, de maneira mais
gratificante., mas deve-se responder as questões sempre de forma consciente e trazendo para si a
real importância de fazer ou não cada atividade, já que em vez de ser um observador passivo, e
que “o entendimento de si mesmo surge de momento a momento”(KRISHNAMURTI, 2017,
p.294) assim como o livro da descoberta do fluxo que foi estudado a partir de questionamentos, e
não acerca de atividades passivas, o indivíduo agora pode decidir conscientemente.
Em outro estudo, Csikszentmihalyi (1999) define uma pesquisa em indivíduos auto-
télicos, e não-autotélicos. Autotélico é uma palavra composta de dois radicais gregos, auto (que é
relativo ao indivíduo) e telos (que é meta ou finalidade), autotélico é um indivíduo que tem uma
meta ou uma finalidade para si próprio, como retorno, e não para o outro, já um ser não-
autotélico é aquele no qual faz o que faz com finalidades e metas para outrem.
Durante uma semana ele geriu um estudo com duzentos adolescentes muito talentosos,
porém divididos em dois grupos, um de autotélicos, e outro de não-autotélicos, os resultados
mostraram que cinquenta deles cuja frequência em suas respostas requerem um nível mais alto de
desafio e habilidades, praticavam mais tarefas como hobbies e estudos do que lazeres passivos.
Mas com isso o autor traz o questionamento se os dois grupos estariam usando seu tempo de
maneiras diferentes.
Após anos de estudo com o ESM, Csikszentmihalyi (1999) percebeu que a felicidade
declarada não indica a qualidade de vida de uma pessoa, por muitas vezes os indivíduos dizem
estar felizes quando não estão, ele traz uma observação novamente a respeito da vida que Linus
Pauling levava, e que não demonstrava ser um menino prodígio que assombrava os adultos à sua
volta com sua excelente e incrível inteligência, mas que ao contrário disso, apenas fazia tudo o
que precisava com um grande uso de estímulos e determinação a fim de dar significado a tudo a
sua volta.
Dessa forma, o autor acrescenta que nossas vidas deixaram uma marca no universo, em
irmãos, pais, amigos e todos à nossa volta, e as pessoas que têm a vida de forma autotélica
ajudam a reduzir a entropia na consciência daqueles com quem entram em contato. Sendo assim,
não é possível que uma pessoa seja realmente feliz se não sentir que pertence a algo maior ou a
um motivo maior de existência, mas é difícil não sobrecarregar a consciência e reduzir a
desordem que podemos causar sem nos tornarmos conscientes, para solucionar isso ele traz a
mensagem de Budistas que diz: “Aja sempre como se o futuro do universo dependesse daquilo
que você faz, enquanto ri de si mesmo por pensar que o que quer que você faça fará realmente
alguma diferença”(CSIKSZENTMIHALYI, 1999, p.129), mas de fato essa mistura entre
humildade e preocupação é o que nos faz ter boas atitudes, e nos sentirmos satisfeitos.
Outro grande passo seria compreender de forma mais clara o nosso self, a imagem que
cada um possui de si mesmo, nos faz ir mais longe, porém a sua desvantagem é que ela pode vir a
controlar a consciência de uma forma talvez prejudicial, por isso a importância de se manter
sempre muito consciente e reflexivo sobre tudo.
De maneira conclusiva um psicólogo chamado Carl Rogers endossou uma perspectiva
muito similar a de Mihaly a respeito de uma pessoa totalmente funcional, ele diz que “ela decide
ou escolhe seguir o curso de ação que é o vetor mais econômico em relação a todos os estímulos
internos e externos, porque esse é o comportamento mais profundamente satisfatório […]. A
pessoa completamente funcional, não só experimenta, mas utiliza a mais absoluta liberdade
quando espontânea, livre e voluntariamente escolhe e decide aquilo que é absolutamente
determinado” e acrescenta que: “o amor ao destino corresponde a uma disposição de aceitar a
responsabilidade pelas próprias ações, sejam elas espontâneas ou impostas pelo mundo externo”
(CSIKSZENTMIHALYI, 1999, p.130).
Nesse caso que vem a servir principalmente em momentos de confinamento ou crise,
onde o indivíduo tem a falsa impressão de que perderá seu poder de escolha e livre arbítrio,
quando na verdade, se feito de forma consciente até o simples escolher de tomar chá ou café, o
trará experiências de fluxo e de satisfação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo trazido por meio deste trabalho foi tentar encontrar respostas, ou meios por
onde um indivíduo em situações adversas do dia a dia pudesse por meio destas descobertas
melhorar a sua qualidade de vida, o seu bem-estar, e conseguir consequentemente de uma forma
mais fluida com a energia que é gasta em afazeres, concluí-los, não ficando somente nas
demasiadas tentativas, sem chegar a seus objetivos finais.
Os resultados encontrados por meio das conclusões de pesquisas e estudos de
Csikszentmihalyi (1999) através de sua técnica de ESM desenvolvida por ele mesmo, e suas
reflexões sobre o prazer da vida e o autoconhecimento, nos mostra como é possível obter
satisfação e sucesso nas atividades mais simples, mais exaustivas, e complexas que possamos vir
a vivenciar em nosso cotidiano, por meio de atitudes simples, e decisões conscientes, todas as
respostas são mostradas de forma assertivas por meio dos resultados de seus estudos através de
gráficos e dados que foram apresentados neste artigo.
Também ficou claro e é importante salientar que a psicologia anda junto a sociologia,
filosofia e teologia, mostrando que um indivíduo é altamente complexo e cheio de vertentes, mas
que isso não afasta nenhum destes de conseguir conquistar o que se deseja, seja em questões
práticas ou até mesmo de estabilidade mental ou psicológica, basta atentar-se ao simples e ao
mais básico questionamento que esteja mais próximo de si mesmo, e dessa forma se obterá o que
é necessário a cada um de forma específica para se obter o sucesso.
REFERÊNCIAS
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Brasil 2004.
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experiência de vida como um sistema dinâmico e aberto: um diálogo entre merleau-ponty e
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CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo: Ensaio sobre o absurdo. Tradução de Urbano Tavares
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KRISHNAMURTI, Jiddu, O Livro da Vida: 365 meditações diárias. São Paulo: Editora
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SIGMUND, Freud. Civilization and its discontents, in Freud, Civilization, Society and
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TALEB, Nassim Nicholas. Iludidos pelo acaso: A influência da sorte nos mercados da vida.
Editora Objetiva 6º reimpressão, 2020