Tópicos

• Política em Platão
• A República
• Como nasce o Estado
• Classes fixas e a Paideia
• A mulher na República
• A alma tripartida
• A cidade perfeita
• As formas possíveis de governo
1. Política em Platão
1.1 Família nobre: dedicou-se ao estudo 1.4 Estrutura: composto por dez livros, o
da política texto apresenta-se na forma de colóquio
> A nova política deve ter a filosofia entre Sócrates e um pequeno número de
como instrumento(via segura de acesso discípulos e amigos sobre a natureza da
aos valores de justiça e de bem) política
1.2 Livros: República, Górgias, Política e
Leis
1.3. A República: representa a busca pela
cidade ideal e tem como pontos cardinais
quatro virtudes fundamentais: justiça,
temperança, coragem e sabedoria
- Inspirado na Constituição de Esparta,
formulada esta pelo legislador Licurgo, no
século IX a.C.

2. Como nasceu o Estado?
2.1 Origem do Estado: tem origem no
fato de que o indivíduo não é
autárquico(não basta em si mesmo) e
por isso precisa do serviço de outros
homens
“Ninguém pode, com efeito, ser ao
mesmo tempo alfaiate, sapateiro,
professor, advogado, dentista,
camponês etc. Para satisfazer a todas
as suas necessidades o homem deve
associar-se a outros homens”(B.
Mondim)
“Um Estado nasce porque cada um de
nós não é "autárquico", ou seja, não
se basta a si mesmo e tem
necessidade dos serviços de muitos
outros homens: 1) de todos aqueles
que provem as necessidades materiais
(do alimento, às vestes, às
habitações); 2) de alguns homens
responsáveis pela guarda e defesa da
Cidade; 3) de poucos homens que
saibam governar adequadamente” (G.
Reale)
3. Classes fixas e a Paideia da República de Platão
3.1 Classes fixas: A Pólis ideal(Politeia)
ou Republica) deveria oferecer lugares
fixos aos cidadãos de acordo com a
natureza de cada um
3.2 Como descobrir a natureza, a
aptidão de cada um? Através da
Paideia
3.3 A Paideia:
- Etapa I: deveria acontecer em locais
de trabalho técnico baseada em
repetições de atividades produtivas. OS
indivíduos que não demonstrassem
aptidão para progredir a outros estágios
seriam incluídos na classe dos
produtores
- Etapa II: teria como princípio a coragem
e a moderação. Educ. composta por
música, poesia e ginástica. O indivíduo
que não demonstrassem interesse em
se aprofundar nos estudos, passariam a
compor a classe dos guardiões ou
guerreiros.
- Etapa III: os estudos incluiriam
Matemática, aritmética, Geometria e
astronomia. Os mais aptos seriam
encaminhados ao estudo da dialética
para desenvolver uma visão racional da
realidade. Os melhores formariam a
classe dos magistrados com a
possibilidade de se tornar governantes
 A mulher na Polis ideal de Platão

No livro V da República, Platão concebe um “...não há argumentos que me levem a

sistema ideal de educação em que mulheres e desistir do propósito de exigir que, na
homens teriam o mesmo valor e receberiam o educação como em tudo o mais e na
mesmo processo educativo medida do possível, a mulher se iguale ao
homem em matéria de exercícios" (Leis VII
805c-d).
“Portanto ... se se evidenciar que, ou o sexo
masculino, ou o feminino, é superior um ao outro
no exercício de uma arte ou de qualquer outra
ocupação, diremos que se deverá confiar essa
função a um deles. Se, porém, se vir que a
diferença consiste apenas no fato de a mulher
dar à luz e o homem procriar, nem por isso
diremos que está mais bem demonstrado que a
mulher difere do homem em relação ao que
dizemos, mas continuaremos a pensar que os
nossos guardiões e as suas mulheres devem
desempenhar as mesmas funções”. (Rep. V 454d-
e)
4. A alma segundo Platão
4.1 O homem é constituído de
corpo e alma: o corpo sofre
alterações enquanto a alma é
imutável, eterna e divina
4.1 A alma tem três partes:
- O lado racional: localizado
na cabeça, tem por finalidade
controlar os dois outros
lados. Com ele adquire-se
sabedoria e prudência
- O lado irascível: localizado no
coração, seu objetivo é
prevalecer os sentimentos e a
impetuosidade. Com ele
adquire-se a coragem.
-O lado concupiscente:
localizado no baixo ventre, sua
moral é satisfazer os desejos e
apetites sexuais.
A cidade perfeita em Platão
“A Cidade perfeita é, portanto, aquela em que predomina a
temperança na primeira classe social, a fortaleza ou coragem
na segunda e a sabedoria na terceira. A "justiça" nada mais é
que a harmonia que se estabelece entre essas três virtudes.
Quando cada cidadão e cada classe social desempenham as
funções que lhes são próprias da melhor forma e fazem
aquilo que por natureza e por lei são convocados a fazer,
então a justiça perfeita se realiza” (G. Reale)
5.As formas possíveis de Estado
Se você estivesse navegando a esmo
em um barco no meio do oceano, o
que você faria?
• 1 - Você poderia convocar uma
eleição entre as ocupantes para ver
quem poderia pilotar o navio ou...
• 2 - Você tentaria descobrir se há
alguém a bordo que é especialista
em fazer isso?
As formas de governo se
distinguem:
1)Pelo número: Monarquia,
Aristocracia, Democracia etc
2)Qualidade: Monarquia(honra),
Aristocracia(excelência) e
Democracia(liberdade)
Formas puras e impuras/degenaradas
de governo
• 1 democracia: governo de muitos, do
povo (demo= povo, cracia= governo).
Forma degenerada: anarquia
• 2 aristocracia: governo de poucos
- Forma Degenerada: Oligarquia
• 3 – monarquia: governo de um só
Forma degenerada: tirania
• Por que a Democracia não é uma boa
forma de governo? Por ser um governo
de muitos, a Democracia é como um
navio desgovernado, onde uma
multidão de marinheiros ignorantes
(ocupando o posto daquele que deveria
estar à frente da embarcação - o
piloto), conduz o navio pelos mares
sem qualquer tipo de perícia ou
conhecimento.
• Qual é a melhor forma de governo
segundo Platão? Monárquico(exercido
por um rei) ou aristocrático(exercido
por uma elite, pelos melhores da Polis).
Porém, SOMENTE OS FILÓSOFOS
SERIAM CAPAZES DE GOVERNAR, por
serem os únicos dotados de disciplina
moral e intelectual suficiente para
administrar a pólis e a si próprios, pelo
bom uso da razão.
Bibliografia
• ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes,
2012.
• A. L. CURADO. Mulheres em Atenas. Lisboa: Sá da Costa Editora, 2008
• HUISMAN, Denis. Dicionário de obras filosóficas. São Paulo: Martins
fontes, 2000.
• LUCE, J.V. Curso de filosofia grega. Rio de Janeiro, 1994, cap. 9.
• MONDIM, Battista. Curso de Filosofia. Vol. 1. São Paulo: Paulus, 2008.
• PLATÃO. A República. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
• REALE, G., História da Filosofia Grega e Romana. Vol. IV. Aristóteles.
Trad. de H. C. de Lima Vaz e M. Perine. São Paulo: Ed. Loyola, 2008.
• SAVIAN FILHO, Juvenal. Filosofia e filosofias: existência e sentidos.Belo
Horizonte: Editora Autêntica, 2016.