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1.3.

Tabela Periódica
PROFESSORA PAULA MELO SILVA
QUÍMICA 10
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TABELA PERIÓDICA

TABELA PERIÓDICA
Esquema de organização de informação sobre os elementos
químicos e respetivas substâncias elementares.

Antoine Lavoisier agrupou as substâncias então conhecidas


em quatro categorias: gases, não metais, metais e elementos
terrosos.

LEI DAS TRÍADES DE DÖBEREINER


Döbereiner organizou os elementos
em conjuntos de três com propriedades
semelhantes e por ordem crescente de
massas atómicas.
Lei das Tríades de Döbereiner.
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QUÍMICA 10
PARAFUSO TELÚRICO DE CHANCOURTOIS
Elementos organizados por ordem crescente de massas
atómicas, colocados sobre uma linha helicoidal, onde se
observa uma certa periodicidade dos elementos que
ficavam dispostos na mesma coluna.

LEI DAS OITAVAS DE NEWLANDS


Elementos organizados numa tabela obedecendo a uma
sequência de ordem crescente de massas atómicas. As
propriedades repetem-se a cada oito elementos, ficando
todos localizados na mesma coluna.

O Parafuso Telúrico
de Chancourtois.

Lei das Oitavas de Newlands (1863). 3


QUÍMICA 10
LEI PERIÓDICA DE MENDELEEV

Mendeleev é considerado o “pai” da Tabela Periódica. Organizou uma


tabela onde colocou os elementos por ordem crescente do número de
massa (regra pontualmente desrespeitada), onde os elementos com
propriedades semelhantes se localizavam na mesma coluna.

Com Moseley, a Lei Periódica passou a referir que, quando os


elementos são agrupados por ordem crescente de número atómico (Z),
se observa a repetição periódica de várias propriedades.

Na Tabela Periódica os elementos estão dispostos por


ordem crescente de número atómico.
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QUÍMICA 10

Tabela Periódica aprovada pela IUPAC em maio de 2013.

A Tabela Periódica é uma “base de dados” ainda


em evolução, já que prevê a possibilidade de
existência de elementos que ainda não foi
possível obter.
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3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica
Como organizar os elementos de forma a conhecer melhor
as suas propriedades?

ANTOINE LAVOISIER (1743-1794)

Em 1789, deu a conhecer uma lista de elementos


dividida em vários “conjuntos”: cromometais, gases,
ácidos e elementos terrosos.
Construiu uma tabela com 33 elementos.

Limitação: Não conseguiu classificar os elementos


tendo em conta uma propriedade específica dos
mesmos.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

J. JACOB BERZELIUS (1779-1848)


Isolou e determinou os “pesos atómicos” de
cerca de 43 elementos químicos e descobriu
elementos até então desconhecidos – selénio,
tório e cério.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

JOHANN W. DÖBEREINER (1780-1849)


Em 1817, organizou os elementos em “tríades”
(grupos) de elementos com propriedades
semelhantes.
Exemplo: lítio, sódio e potássio ou cloro, bromo e iodo
ou ainda cálcio, estrôncio e bário. A massa atómica do
elemento central da “tríade” era a média da massa
atómica dos outros dois elementos.

Limitação: Muitos elementos não podiam ser


agrupados em “tríades”.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

ALEXANDRE-ÉMILE CHANCOURTOIS
(1820-1886)

Em 1862, criou o “parafuso telúrico”, colocando os


elementos químicos por ordem crescente das suas
massas atómicas, numa linha espiralada de 45°
traçada sobre a superfície lateral de um cilindro.
Verificou que os elementos químicos com
propriedades semelhantes se situavam sobre a
mesma geratriz do cilindro.

Limitação: Não conseguiu classificar os elementos


tendo em conta uma propriedade específica dos
mesmos.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

JOHN NEWLANDS (1837-1898)


Em 1863, organizou os elementos por “oitavas”. A cada
oito elementos, colocados em linhas horizontais,
observa-se uma repetição das propriedades químicas do
primeiro elemento considerado – “lei das oitavas”.
Surgiu, assim, a noção de período.

Limitação: Esta lei apenas funcionava corretamente para


as duas primeiras “oitavas”.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

J. LOTHAR MEYER (1830-1895)


Criou um gráfico – “curva de Lothar Meyer” – que
relacionava o volume atómico dos elementos e as
suas respetivas massas atómicas relativas.

A última versão da proposta surge em 1868.

A partir da curva de Meyer foi possível classificar periodicamente os elementos,


provando, definitivamente, que estes têm propriedades semelhantes.

Limitações: Não fez distinção entre elementos e substâncias elementares; não


previu as propriedades dos elementos que ocupariam os lugares vazios.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

DMITRI MENDELEEV (1834-1907)


Em 1870, colocou os elementos por ordem crescente
das suas massas atómicas, distribuindo-os em
8 colunas verticais e 12 linhas horizontais.
As vantagens da tabela de Mendeleev sobre as
anteriores eram:
– exibia semelhanças verticais e horizontais e não
apenas em pequenos conjuntos, como as “tríades”;
– previa a existência de novos elementos e suas
propriedades físico-químicas, como o escândio, o
gálio e o germânio.

Limitação: Os elementos eram agrupados em função


da massa atómica (por esta ordem, o árgon deveria ser
um metal alcalino e o sódio um gás nobre).
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

WILLIAM RAMSAY (1852-1916)


Descobriu os elementos néon, árgon, crípton e
xénon que, juntamente com o hélio e o rádon,
formam um grupo da Tabela Periódica – os gases
nobres.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

HENRY MOSELEY (1887-1915)


Em 1913, corrige a tabela de Mendeleev,
estabelecendo a periodicidade dos elementos
em função do número atómico – Z.
3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica

GLENN SEABORG (1912-1999)


Seaborg descobriu elementos transurânicos
(do número atómico 94 até ao 102).

Reconfigurou a Tabela Periódica colocando a


série dos actinídeos abaixo da série dos
lantanídeos.

A sua proposta foi publicada em 1944.


3.1. Evolução histórica da Tabela Periódica
A Tabela Periódica atual é constituída por 118 elementos químicos
organizados em 18 colunas (grupos) e 7 linhas (períodos).

Tal como aconteceu até aos dias de hoje, a Tabela Periódica é um


documento aberto que poderá a qualquer momento receber mais
informações vindas de novas descobertas científicas.
M10 Síntese de conteúdos
A Tabela Periódica (TP) consiste na disposição sistemática dos elementos químicos,
na forma de uma tabela, em função das propriedades dos elementos e das
respetivas substâncias elementares.

A TP surgiu devido à crescente descoberta de elementos químicos e da


consequente necessidade de organização dos mesmos, de acordo com as suas
propriedades, determinadas pela estrutura eletrónica dos átomos.

Os principais contributos para a evolução da TP, desde o aparecimento da primeira


proposta até à versão atual (que se mantém um documento aberto), foram dados
por vários cientistas:
– Döbereiner (1817) organizou os elementos por “tríades” (grupos de três
elementos com propriedades semelhantes).
– Chancourtois (1862) criou o “parafuso telúrico” colocando os elementos por
ordem crescente das suas massas atómicas. Verifica que os elementos com
propriedades semelhantes se situam sobre a mesma linha traçada sobre a
superfície lateral de um cilindro.
M10 Síntese de conteúdos

– Newlands (1863) organizou os elementos por “oitavas”. A cada oito elementos,


colocados em linhas horizontais, as propriedades eram semelhantes. Surge a
noção de período.
– Meyer (1868) construiu a designada “curva de Meyer” que relaciona o volume
atómico dos elementos e as suas respetivas massas atómicas relativas.
– Mendeleev (1870) colocou os elementos por ordem crescente das suas massas
atómicas, organizados em 8 colunas e 12 linhas. Primeira proposta onde se
exibe semelhanças de propriedades em colunas e em linhas. Prevê a existência
de novos elementos e das suas propriedades.
– Moseley (1913) estabelece a periodicidade dos elementos em função do
número atómico.
– Seaborg (1944) descobre os elementos transurânicos e colocou a série dos
actinídeos abaixo da série dos lantanídeos.
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Como interpretar a posição dos elementos na Tabela Periódica?

Atualmente a Tabela Periódica é constituída por 118 elementos,


conforme a IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry),
organizados numa matriz quadriculada de filas verticais e horizontais,
por ordem crescente de número atómico (Z).
3.2. Estrutura da Tabela Periódica

Cada uma das quadrículas apresenta informações relativas ao elemento


químico, tais como o número atómico, o símbolo químico e respetivo
nome e a massa atómica relativa.

Pode, ainda, apresentar outras informações


características desse elemento, como, por
exemplo, a configuração eletrónica.
3.2. Estrutura da Tabela Periódica

Li
Lítio
6,94
Número atómico
Símbolo
químico
Nome
Massa atómica relativa
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Famílias de metais e de não metais

Metais Não metais

Semimetais
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

Os elementos químicos na Tabela Periódica encontram-se organizados


em 18 colunas (linhas verticais)e 7 linhas (horizontais).

Grupos – são as colunas da Tabela Periódica e encontram-se


numerados de 1 a 18, da esquerda para a direita.

Períodos – são as linhas da Tabela Periódica e encontram-se


numerados de 1 a 7, de cima para baixo.
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

1.° Grupo
Grupos e Períodos
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos
Grupos e Períodos
17.° Grupo
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

1.° Período
2.°
3.°
4.°
5.°
6.°
7.°
Grupos e Períodos
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

Dentro de cada grupo, as propriedades físicas e químicas dos elementos


são semelhantes.
Alguns grupos, ou famílias, são conhecidos por designações específicas:
Períodos

Metais alcalinos
Grupos

Metais alcalinoterrosos
Grupos, períodos e blocos
3.2. Estrutura da Tabela Periódica

Calcogéneos

Halogéneos

Gases nobres
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

Na Tabela Periódica os elementos também se encontram organizados


por blocos.

Blocos – são quatro conjuntos (blocos s, p, d e f ) agrupados de acordo


com a configuração eletrónica de valência.

A posição dos elementos na Tabela Periódica depende da sua


configuração eletrónica.
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

Na Tabela Periódica os elementos também se encontram organizados


por blocos.
1s1 1s2

2s1 2s2 2p1 2p2 2p3 2p4 2p5 2p6

3s1 3p6

3d 4p6
Bloco s Bloco d 4d Bloco p 5p6

5d 6p6

6d

4f
Bloco f
5f
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos
Relativamente aos grupos, verifica-se que:

Os elementos de um mesmo grupo possuem o mesmo número de eletrões


de valência. É por essa razão que esses elementos e as suas substâncias
elementares têm propriedades físicas e químicas semelhantes.
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos
Relativamente aos períodos, verifica-se que:

O nível de energia mais elevado da configuração eletrónica de um


elemento indica o período a que pertence.
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos
Relativamente aos blocos, verifica-se que:

Os elementos de um mesmo bloco possuem a última orbital de valência,


preenchida ou em preenchimento, do mesmo tipo (s, p, d ou f ).
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Grupos, períodos e blocos

Por exemplo, para o elemento enxofre de configuração eletrónica:

Configuração eletrónica de valência 3s23p4: 6 e– de valência Grupo 16

Nível de energia mais elevado n=3 3.° Período

Última orbital de valência tipo p (3p4) Bloco p


3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Elementos representativos e de transição
Os elementos dos blocos s e p (grupos 1, 2 e 13 a 18) também se designam
por elementos representativos.
Os elementos com eletrões em orbitais de subníveis d e f preenchidas ou
em preenchimento (grupos 3 a 12) designam-se por elementos de transição
e elementos de transição interna, respetivamente.

Bloco s Bloco d Bloco p

Bloco f
3.2. Estrutura da Tabela Periódica
Elementos representativos e de transição
Elementos representativos

Elementos de transição

Elementos de transição interna


M11 Síntese de conteúdos
A TP está organizada em 18 grupos (colunas verticais), em 7 períodos (colunas
horizontais) e em 4 blocos, de acordo com a configuração eletrónica dos 118
elementos que a constituem. Os elementos dos grupos mais à esquerda da TP são
metais e os que se encontram mais à direita pertencem à família dos não metais.

Os elementos de um mesmo grupo possuem o mesmo número de eletrões de


valência. É por essa razão que esses elementos, e as suas substâncias elementares,
possuem propriedades físicas e químicas semelhantes.

Os elementos de um mesmo período possuem o mesmo número de níveis de


energia. Os elementos de um mesmo bloco possuem a última orbital de valência
preenchida ou em preenchimento do mesmo tipo (s, p, d ou f).

Os elementos dos blocos s e p também se designam por elementos


representativos e os elementos com eletrões em orbitais de subníveis d e f,
preenchidas ou em preenchimento, designam-se por elementos de transição e
elementos de transição interna, respetivamente.
QUÍMICA 10
ORGANIZAÇÃO DA TABELA PERIÓDICA
Na Tabela Periódica atual, os elementos encontram-se dispostos
por ordem crescente de número atómico, ao longo de 7 períodos e
18 grupos.

Os elementos da Tabela Periódica são também divididos por uma


linha quebrada, de acordo com as suas propriedades físicas, em
metais, não metais e semimetais.
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QUÍMICA 10
TABELA PERIÓDICA E CONFIGURAÇÃO ELETRÓNICA DOS
ELEMENTOS

O grupo em que um elemento O período em que se situa


representativo se encontra cada um dos elementos é
relaciona-se com o número de dado pelo número do maior
eletrões de valência que esse nível de energia preenchido
elemento possui. ou em preenchimento.
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QUÍMICA 10
Os elementos da Tabela Periódica podem ainda ser agrupados
em 4 blocos, s, p, d e f, de acordo com o tipo de orbital que se
encontra em preenchimento.

Organização da Tabela Periódica em blocos.


QUÍMICA 10
PROPRIEDADES DOS
ELEMENTOS QUÍMICOS E DAS SUBSTÂNCIAS ELEMENTARES

Ponto de fusão
Energia de ionização Ponto de ebulição
Raio atómico Densidade
Estado físico

O elemento carbono, C, da origem


a varias substâncias elementares,
como, por exemplo, o diamante e a
grafite.

Estrutura do diamante e da grafite.


QUÍMICA 10
PROPRIEDADES PERIÓDICAS DOS
ELEMENTOS REPRESENTATIVOS
RAIO ATÓMICO
Distância média entre o centro do
núcleo e os eletrões que se situam na
camada mais afastada do próprio
núcleo. Representação do raio atómico
obtido a partir de uma molécula
diatómica homonuclear.
ENERGIA DE IONIZAÇÃO
Energia mínima necessária para remover um eletrão de um
átomo neutro isolado (meio gasoso e baixa pressão) no
estado fundamental, para uma distância tal que deixe de
existir interação eletrostática entre o ião e o eletrão.
QUÍMICA 10

Diminui ao longo do período


I CO
Ó M devido ao aumento da carga nuclear.
AT
AIO
R

Aumenta ao longo
do grupo devido ao
aumento do número
de níveis de energia
preenchidos.

Variação do raio atómico dos elementos dos blocos s e p ao


longo dos grupos e dos períodos da Tabela Periódica.
QUÍMICA 10
Aumenta ao longo do período
Ç ÃO devido ao aumento da carga nuclear.
I ZA
E ION
A D
GI
N ER
E

Diminui ao longo
do grupo devido ao
aumento do número
de níveis de energia
preenchidos.

Variação da energia de ionização (em kJ mol –1) ao longo dos


grupos e dos períodos da Tabela Periódica.
QUÍMICA 10
De todos os elementos, o que tem maior energia de
ionização é o hélio e o que tem menor é o césio.

Variação da energia de ionização em função do número atómico


(Z).
QUÍMICA 10
Relacionando as duas propriedades estudadas, pode
concluir-se que, à medida que aumenta o raio atómico
diminui a energia de ionização.
QUÍMICA 10
FORMAÇÃO DE IÕES E REATIVIDADE
DE ELEMENTOS QUÍMICOS

Os elementos do grupo 1
têm grande tendência a
perder o seu único eletrão
de valência, transformando-
se em iões monopositivos
(catiões monovalentes).

Os elementos do grupo 2 têm tendência a perder


os seus dois eletrões de valência transformando-se
em iões dipositivos (catiões divalentes).
QUÍMICA 10

• A reatividade dos metais


alcalinos e dos metais
alcalino terrosos aumenta
ao longo do grupo.

• Quanto mais fácil for a


remoção dos eletrões de
valência dos átomos de um
elemento, mais reativo
será o elemento.
QUÍMICA 10

Os gases nobres (grupo


18) apresentam as orbitais
de valência s e p
completamente
preenchidas, com exceção
do hélio que apresenta
apenas a orbital s, o que
lhes confere grande
estabilidade e, portanto,
baixa reatividade.
Os elementos do grupo 17, com sete
eletrões de valência, têm tendência a
captar um eletrão, transformando-se
em iões mononegativos (aniões
monovalentes).
QUÍMICA 10
RAIO IÓNICO E RAIO ATÓMICO

Os catiões apresentam
raios menores do que
os raios dos respetivos
átomos.
Comparação do raio do átomo de sódio (raio atómico) com
o raio do respetivo catião (raio iónico).

Os aniões apresentam
raios maiores do que
os raios dos respetivos
átomos.
Comparação do raio do átomo de cloro (raio atómico) com o raio do
respetivo anião (raio iónico).
QUÍMICA 10
• Átomos e iões com o mesmo número de eletrões e, portanto,
a mesma configuração eletrónica, são chamados partículas
isoeletrónicas.

• Na comparação do raio das partículas isoeletrónicas, o efeito


predominante é o aumento da carga nuclear, aumentando a
atração entre o núcleo e os eletrões.

Comparação do tamanho de partículas isoeletrónicas, em picómetros


(pm).
• Quando se comparam partículas
isoeletrónicas, quanto maior for a carga
nuclear menor será o raio iónico.
DOMÍNIO 1 | ELEMENTOS QUÍMICOS E SUA ORGANIZAÇÃO
Massa e tamanho dos átomos

Contudo, esta classificação nem sempre é clara para alguns elementos.


Nesses casos, o elemento químico é classificado com base nas propriedades
predominantes.

Em regra, ao longo de um período, as propriedades físicas e químicas dos


elementos variam gradualmente de metálicas para não metálicas, da
esquerda para a direita.

Assim, pode dizer‑se que o caráter metálico diminui ao longo dos períodos.

Por outro lado, ao longo do grupo as propriedades dos metais acentuam ‑se,
pelo que o caráter metálico aumenta ao longo dos grupos.

QUÍMICA 10 • Física e Química A l 10.º ano


3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Que propriedades periódicas se podem estudar na Tabela Periódica?

A grande vantagem da organização dos elementos na Tabela Periódica é permitir


inferir as propriedades de um dado elemento a partir da sua posição.
Algumas dessas propriedades, designadas por propriedades periódicas, variam à
medida que o número atómico de um elemento químico aumenta, ou seja,
assumem valores que crescem ou decrescem ao longo de cada grupo/período.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Que propriedades periódicas se podem estudar na Tabela Periódica?

A interpretação destas propriedades depende da força elétrica entre


os eletrões (cargas negativas) e os protões (cargas positivas) que se
encontram no núcleo.

A intensidade da força elétrica depende da distância entre os


eletrões de valência e o núcleo e ainda do número atómico.

Entre as propriedades periódicas mais importantes encontram-se o


raio atómico e a energia de ionização.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Que propriedades periódicas se podem estudar na Tabela Periódica?

Causas que
provocam variação
da intensidade da
força elétrica e
seus efeitos
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
O raio atómico
O raio atómico é uma propriedade do elemento que permite inferir, por
exemplo, sobre a probabilidade de dois elementos surgirem juntos na
Natureza. Geralmente, os elementos que se agrupam possuem
volumetrias e raios semelhantes.

Para determinar o raio dos átomos temos de os


comparar a esferas sólidas, no entanto, os átomos
não são esferas sólidas – o modelo atómico da
nuvem eletrónica prevê flutuações no volume do
átomo, o que torna o raio atómico um conceito difícil
de definir.
Em contrapartida, a distância entre dois átomos é
mais fácil de se medir, pois os átomos, com exceção
dos gases nobres, não se encontram isolados, mas
sim formando moléculas, estruturas cristalinas ou
agregados de átomos.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
O raio atómico

Raio atómico covalente é metade da distância entre os núcleos de dois átomos


do mesmo elemento que constituem uma molécula diatómica, X2.

Genericamente, o raio atómico aumenta ao longo do grupo (de cima para


baixo) e diminui ao longo do período (da esquerda para a direita).
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
O raio atómico: variação ao longo do grupo e do período
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
O raio atómico
Variação do raio atómico com o número atómico (Z)
ao longo de vários períodos
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
O raio iónico
O raio de um ião corresponde ao raio da forma iónica principal que um
determinado átomo tem tendência a formar.
Mede-se a partir da distância entre o ião positivo (catião) e o ião negativo
(anião), num cristal iónico.

O raio do catião será menor que o raio do átomo que lhe


deu origem e será tanto menor quanto maior a carga
elétrica do ião positivo.

O raio do anião será maior que o raio do átomo que lhe


deu origem e será tanto maior quanto maior a carga
elétrica do ião negativo.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
A energia de ionização

A energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão


de um átomo no estado gasoso e fundamental.

Assim, quanto maior for a energia de ionização, maior é a dificuldade para se


remover o eletrão.

A energia de ionização tende a aumentar ao longo do período (da esquerda para


a direita) e a diminuir ao longo do grupo (de cima para baixo).
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
A energia de ionização: variação ao longo do grupo e do
período
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
A energia de ionização
Variação da energia de ionização com o número
atómico (Z) ao longo de vários períodos
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
A energia de ionização
Os átomos transformam-se em iões para adquirir uma configuração eletrónica
quimicamente estável (8 eletrões na generalidade dos casos ou 2 nos átomos
de menor dimensão), que corresponde à configuração eletrónica do gás nobre
de número atómico imediatamente anterior a cada átomo.

Distribuição eletrónica mais estável e respetivo ião formado para os grupos 1, 2, 16, 17 e 18.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
A energia de ionização

Assim, dada a sua configuração eletrónica de valência:

 átomos de elementos metálicos adquirem uma configuração eletrónica


mais estável de gás nobre, transformando-se em iões positivos;

 átomos de elementos não metálicos adquirem uma configuração eletrónica


mais estável de gás nobre, transformando-se em iões negativos.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Propriedades do elemento versus propriedades da
substância elementar

Analisando com atenção a Tabela Periódica, podemos verificar que:

 algumas das informações apresentadas, tais como o símbolo químico, o


número atómico, a massa atómica relativa, a configuração eletrónica, o raio
atómico e a 1.ª energia de ionização, são referentes aos elementos químicos
respetivos;

 outras informações dizem respeito às substâncias elementares (substâncias


constituídas por átomos de um mesmo elemento), tais como o estado físico, o
ponto de fusão, o ponto de ebulição e a densidade.
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Propriedades do elemento versus propriedades da
substância elementar
Exemplo: propriedades do elemento zinco (Zn) e da substância elementar
zinco metálico (Zn(s)).
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Propriedades do elemento versus propriedades da
substância elementar
Propriedades físicas das substâncias metálicas e não metálicas
3.3. Propriedades periódicas dos elementos representativos
Propriedades do elemento versus propriedades da
substância elementar
Para identificar ou avaliar o grau de
pureza de uma substância (elementar
ou composta), os químicos usam
frequentemente como técnicas a
medição das propriedades físicas
como o ponto de fusão, o ponto de
ebulição e/ou a densidade.
Por comparação dos valores obtidos
experimentalmente com os valores
tabelados para a mesma substância,
é possível identificá-la ou avaliar se a
substância em estudo apresenta
impurezas ou não.
M12 Síntese de conteúdos

Entre as propriedades periódicas mais importantes dos elementos na TP,


realçam-se o raio atómico e a energia de ionização.

Genericamente, o raio atómico aumenta ao longo do grupo, de cima para


baixo (maior número de camadas; maior distância ao núcleo; menor atração
núcleo-nuvem eletrónica; maior raio) e diminui ao longo do período, da
esquerda para a direita (igual número de camadas; maior carga nuclear
efetiva; maior atração núcleo-nuvem eletrónica; menor raio).

A primeira energia de ionização (energia necessária para extrair o eletrão


mais energético) varia de forma oposta ao raio atómico. Aumenta, em geral,
ao longo de um período, da esquerda para a direita, e diminui ao longo de
um grupo, de cima para baixo.
M12 Síntese de conteúdos
Os átomos transformam-se em iões para adquirir uma configuração
eletrónica mais estável (configuração de gás nobre). Enquanto os metais têm
tendência a libertar eletrões (transformando-se em catiões), os não metais
têm tendência em captar eletrões (convertendo-se em aniões), para adquirir a
configuração eletrónica de gás nobre.

Os elementos incluídos na família dos metais alcalinos são os que mais


facilmente libertam o eletrão mais energético, por estar sozinho na camada de
valência (elementos mais reativos), enquanto os gases nobres não têm
tendência em libertar os seus eletrões de valência, uma vez que possuem a
última camada completa (possuem baixa reatividade).
M12 Síntese de conteúdos
Enquanto algumas das propriedades apresentadas na TP, como o símbolo
químico, o número atómico, a massa atómica relativa, a configuração
eletrónica, o raio atómico e a 1.ª energia de ionização são referentes aos
elementos químicos respetivos, outras características, tais como o estado
físico, o ponto de fusão, o ponto de ebulição e a densidade, dizem respeito às
substâncias elementares correspondentes a cada elemento.

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