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Indice

Introdução ....................................................................................................................................... 2
A Historia da Tabela Periódica ....................................................................................................... 3
Antecedentes ................................................................................................................................... 4
As primeiras tentativas .................................................................................................................... 5
A segunda tentativa ......................................................................................................................... 6
A tabela periódica, segundo Mendeleev e Meyer ........................................................................... 7
A descoberta do número atómico ................................................................................................... 7
As últimas modificações ................................................................................................................. 8
Interpretação da Tabela Periódica ................................................................................................. 10
Lei periódica de Mendeleev-Meyer .............................................................................................. 11
Constituição da Tabela Periódica.................................................................................................. 13
Electronegatividade....................................................................................................................... 14
Carácter Metálico e Ametálico ..................................................................................................... 16
Conclusão...................................................................................................................................... 19
Referência Bibliográfica ............................................................................................................... 20

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Introdução

No presente trabalho em vigor, trata-se da historia da tabela periódica e seus antecedentes, onde
irei decifrar o surgimento e modificacoes da tabela periódica. O trabalho ira ajudar-me muito
haverei de aprender e conhecer a constituição da tabela periódica, o número atómico, o carácter
metálico e ametálico, a lei de Mendelev e mais.

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A Historia da Tabela Periódica

A história da tabela periódica começa em 1817 com a "lei das tríades" de Johann Wolfgang
Döbereiner e termina com a disposição sistemática de Dmitri Mendeleev e Lothar Meyer dos
elementos químicos demonstrando a periodicidade dos mesmos em uma tabela organizada.
Teorias para explicar a matéria foram elaboradas pelos filósofos gregos ainda na Antiguidade,
pelo qual postulava-se que toda a matéria era formada a partir de quatro elementos que poderiam
ser transformados um no outro, conceito explorado pela alquimia.

A partir da separação da alquimia da química no século XVI, e posteriormente o trabalho


de Antoine Lavoisier que incluiu a organização de uma lista com os elementos conhecidos até a
época, foram iniciados os avanços científicos para definição e compreensão da matéria. Durante
os anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e
seus compostos foram adquiridos pelos químicos.

Com o aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de


modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação. A primeira
tentativa foi as tríades de Döbereiner, grupos de três elementos com propriedades similares, ideia
que foi expandida por outros cientistas. O primeiro modelo organizado que contemplava todos os
elementos foi o parafuso telúrico de Chancourtois, porém sua teoria não teve aceitação
inicial. Newlands e Odling também publicaram tabelas que demonstravam periodicidade, mas sem
aceitação académica.

A primeira tabela a ter aceitação entre os químicos foi elaborada por Dmitri Mendeleev em 1869,
que demonstrava avanços em relação às tentativas de seus antecessores como, por exemplo, a
previsão das propriedades de elementos ainda a serem descobertos. Lothar Meyer também havia
publicado uma tabela similar concomitantemente, que posteriormente recebeu reconhecimento
científico. Esta versão da tabela de Mendeleev foi aprimorada ao longo do tempo para
contemplar os elementos que vieram a ser descobertos até atingir o formato padrão da atualidade.

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Antecedentes

Tabela de substâncias simples de Antoine Lavoisier

As tentativas de organizar a matéria em função de suas propriedades remontam a Grécia antiga,


durante o qual filósofos como Tales de Mileto, Heráclito, Anaximandro e Anaxime

nescom jecturavam sobre a divisão da

matéria. Tales acreditava que toda matéria provinha da água enquanto Anaximenes, Heráclito e
Anaximandro acrescentaram o ar, fogo e o ápeiron, respectivamente. O
filósofo Empédocles consolidou a teoria dos quatro elementos, incluindo a terra e retirando
o ápeiron, formando assim as quatro entidades de elementos que seriam mantidos pelos
alquimistas. Posteriormente, Platão, Filolau e Aristóteles viriam a postular a inclusão de um
quinto elemento, denominado quita essentia por Aristóteles e que seria a matéria que constitui os
céus. Platão foi o primeiro a postular que cada elemento teria uma forma específica e a
possibilidade de transformação de um elemento em outro, conceito que foi empregado
na alquimia.

Até meados do século XVIII, outros elementos foram postulados como constituintes da matéria.
O alquimista árabe Geber postulou que todos os metais eram constituídos de mercúrio e enxofre
e o alquimista medieval Paracelso postulou o conceito de que o mercúrio, enxofre e o sal seriam
princípios presentes em toda a matéria, teoria esta chamada de tria prima.

Entretanto, tais conceitos não tinham fundamentação científica e a partir do desenvolvimento


do método científico começaram a cair em desuso e uma teoria alternativa para explicar a
matéria começou a ser analisada. O livro The Sceptical Chymist (1661) de Robert Boyleé
considerado um marco na história da química por negar a existência dos elementais como
constituintes da matéria e dar início a uma abordagem científica da química ao prover a primeira
definição de elemento químico. O livro Traité Élémentaire de Chimie(1789) de Antoine
Lavoisier foi o marco seguinte na história da tabela periódica ao publicar uma lista com 33
substâncias elementares, isto é que não podiam ser decompostas em reações químicas, e das
quais muitas fazem parte da tabela atual. Lavoisier classificou tais elementos em quatro grupos:
substâncias simples, metálicas, não-metálicas e salificáveis ou terrosas.

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Com a sistematização da Lei das proporções definidas por Joseph Louis Proust e lei da
conservação da massa por Lavoisier, foi consolidado o conhecimento que permitiu o avanço
da teoria atômica por John Dalton que formulou o conceito do átomo como indivisível e
imutável e a lei das proporções múltiplas pela qual os átomos se combinavam numa proporção
fixa. Isto permitiu o cálculo da massa atômica relativa dos átomos e, embora houvesse erros no
cálculo de alguns elementos como o oxigênio, permitiu a identificação e relação inequívoca entre
os átomos.

As primeiras tentativas

Parafuso telúrico de De Chancourtois.

Em 1817, Döbereiner observou que muitos elementos podiam ser agrupados em tríades, isto é
um grupo de três elementos, baseando-se em suas propriedades químicas. Lítio, Sódio e Potássio,
por exemplo, foram agrupados juntos como uma tríade de metais reativos frágeis. Döbereiner
também observou que, quando arranjados pela massa atômica relativa, o segundo membro de
cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro elemento com o terceiro, o que ficou
conhecido como a Lei das tríades. Outras propriedades químicas dos elementos também
apresentavam esta particularidade matemática.

O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com este sistema e por volta de 1843 já tinha
identificado dez tríades, três grupos de quatro e um grupo de cinco. Os grupos de quatro
elementos, denominados tétrades, haviam sido identificados por Max Von Pettenkofer e o grupo
de cinco elementos, denominados pêntadas, por Jean-Baptiste Dumas que também publicou um
artigo em 1857 descrevendo as várias relações entre os grupos de metais. Embora vários
químicos pudessem identificar relações entre pequenos grupos, faltava ainda um esquema que
pudesse abranger todos.

Em 1862, o geólogo francês Alexandre-Emile Béguyer de Chancourtois publicou uma forma de


tabela periódica chamada de parafuso telúrico, sendo o primeiro a notar a periodicidade dos
elementos. Com este arranjo em espiral ordenados por massa atômica relativa no cilindro,
Chancourtois demonstrou que os elementos tinham propriedades similares que pareciam ocorrer
em intervalos regulares. Sua demonstração incluía alguns íons e compostos além de elementos.
Porém, seu artigo empregava termos geológicos ao invés de químicos e não incluiu um
diagrama. Como resultado, recebeu pouca atenção até o trabalho de Dmitri Mendeleev ser
reconhecido.

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Em 1864, o químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com 44 elementos
arranjados pelo conceito da valência que havia sido fundamentado seis anos antes por August
Kekulé. Esta tabela demonstrou que os elementos com propriedades similares às vezes
compartilhavam a mesma valência. Concomitantemente, o químico inglês William
Odling publicou um arranjo de 57 elementos ordenados com base em suas massas atômicas
relativas. Apesar de algumas irregularidades e espaços, ele notou que parecia haver uma
periodicidade de massas atômicas entre os elementos. Odling aludiu a ideia da lei periódica mas
não prosseguiu com esta. Subsequentemente, ele propôs uma classificação baseada na valência
dos elementos.

A segunda tentativa

Tabela periódica de Newlands, apresentada em 1866 e baseada na lei das oitavas.

O químico inglês John Newlandspublicou uma série de artigos entre 1863 e 1866 notando que
quando os elementos eram listados em ordem crescente de massa atómica, propriedades físicas e
químicas ocorriam em intervalos de oito, o que ele ligou a periodicidade das oitavas na escala
musical. Porém estas observações, o qual denominou "Lei das Oitavas", foi ridicularizada pelos
contemporâneos de Newlands em virtude da comparação com a escala musical e a Chemical
Society se recusou a publicar seu trabalho. Embora a tabela original proposta tivesse algumas
falhas e contradições, a Royal Society somente reconheceu a importância de suas descobertas
cinco anos depois de terem publicado o trabalho de Mendeleev, outorgando-lhe a Medalha
Davy por sua contribuição.

Outra proposta de tabela foi elaborada pelo acadêmico dinamarquês Gustavus Hinrichs num
sistema periódico em espiral baseado na massa atômica, espectro e similaridades químicas, que
foi publicado em 1867. Seu trabalho foi considerado uma idiossincrasia, ostentosa e confusa o
que pode ter limitado seu reconhecimento e aceitação.

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A tabela periódica, segundo Mendeleev e Meyer

Tabela periódica de Lothar Meyer

O professor de química russo Dmitri Mendeleev e Meyer publicaram de forma independente


tabelas periódicas em 1869 e 1870, respectivamente. A tabela de Mendeleev foi a primeira
versão enquanto a de Meyer foi uma versão expandida da tabela publicada em 1864. Ambos
construíram suas tabelas listando os elementos em linhas ou colunas ordenados pela massa
atômica e começando uma nova coluna ou linha quando as características dos elementos
começavam a se repetir.

O reconhecimento e aceitação da tabela de Mendeleev vieram de duas decisões que havia feito.
A primeira foi deixar espaços na tabela que pareciam corresponder a um elemento que ainda não
havia sido descoberto. Ele não foi o primeiro químico a fazer isto, porém foi o primeiro a ser
reconhecido como usando a tendência em sua tabela para predizer as propriedades dos elementos
faltantes, tais como o Gálio e o Germânio. A segunda decisão foi ignorar ocasionalmente a
ordem sugerida pelas massas atômicas e trocar elementos adjacentes, tais como o Telúrio e
o Iodo, para classificá-los corretamente nas famílias químicas. Com o desenvolvimento das
teorias da estrutura atômica, parece que ele listou os elementos em ordem crescente de massa
atômica ou número atômico de modo não intencional.

A descoberta do número atómico

No final século XIX houve um avanço significativo na teoria atômicacom as descobertas


dos Raios-X por Wilhelm Rontgen e da radioatividade natural por Henri Becquerel por volta de
1895. Frederick Soddy e Ernest Rutherford constataram que as emissões radioativas dos
elementos resultavam em elementos químicos diferentes o que levou a conclusão de que a massa
atômica não era uma propriedade do átomo adequada para indicar a periodicidade dos elementos
químicos. Conforme demonstrado por Soddy, o mesmo elemento químico poderia ter uma massa
atômica diferente, condição denominada como isótopos.

Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley descobriu uma relação exata entre as linhas
espectrais fora da região do visível com um número ordinal, denominado número atômico, que
posteriormente constatou-se ser o número de prótons do núcleo. Quando os átomos foram
arranjados de acordo com o aumento do número atômico, as inconsistências existentes na tabela

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de Mendeleev desapareceram. Devido ao trabalho de Moseley, a tabela periódica moderna está
baseada no número atômico dos elementos.

As últimas modificações

Forma curta da tabela periódica, conforme originalmente publicada por Mendeleev, e atualizada
com os elementos descobertos até 2012.

Em 1871, Mendeleev publicou uma forma actualizada da tabela periódica, fornecendo


informações detalhadas de suas previsões para os elementos que havia notado estarem faltando
mas deveriam existir. Estes espaços foram subsequentemente preenchidos conforme os químicos
descobriram os elementos naturais que existiam. Com a descoberta do argônio em 1894
por William Ramsay e Lord Rayleigh, houve uma dificuldade em acomodar o novo elemento
de acordo com a sua massa atómica na tabela periódica elaborada por Mendeleev. Devido a sua
massa atómica ser superior a do Potássio, este deveria possuir as propriedades dos metais
alcalinos todavia era inerte. Inicialmente, especulou-se que o gás poderia ser uma molécula
triatómica ou diatómica, o que não foi comprovado experimentalmente. Finalmente, o elemento
foi atribuído a um novo grupo, denominado gases nobres, quando outros com as mesmas
propriedades foram identificados.

Por vezes é afirmado que o último elemento químico encontrado na natureza a ser descoberto foi
o Frâncio, referido por Mendeleev como eka-césio, em 1939. Entretanto, o Plutónio, produzido
sinteticamente em 1940, foi identificado em traços como um elemento natural em 1971, e em
2011 foi descoberto que todos os elementos até o Califórnio podem ocorrer naturalmente como
traços em minérios de Urânio através da captura de neutrões e decaimento beta.

O formato popular da tabela periódica, também conhecido como forma comum ou padrão, é
atribuído ao químico americano Horace Groves Deming. Em 1923, Deming publicou uma versão
curta semelhante à de Mendeleev e uma média com dezoito colunas. A Merck preparou um guia
com a forma de 18 colunas de Deming em 1928 que foi amplamente distribuída nas escolas
americanas. Por volta da década de 1930, a tabela estava aparecendo em livros-textos e

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enciclopédias de química. Esta tabela também foi distribuída por muitos anos pela Sargent-
Welch Scientific Company.

Com o desenvolvimento das teorias da mecânica quântica da configuração dos electrões dentro
do átomo, ficou evidente que cada período (linha) na tabela correspondia a um preenchimento
de nível electrónico dos electrões. Átomos maiores tinham mais subníveis, portanto as últimas
tabelas exigiam períodos constantemente mais longos.

Formato popular, ou padrão, exibindo os elementos do bloco f abaixo da tabela.

Em 1945 o cientista americano Glenn Seaborgsugeriu que os elementos actinídeos estavam


preenchendo um subnível f assim como os lantanídeos. Antes disso, acreditavam-se que os
actinídeos formavam uma quarta linha do subnível d. Os colegas de Seaborg sugeriram que ele
não publicasse uma sugestão tão radical pois poderia arruinar sua carreira. Entretanto, a sugestão
de Seaborg estava correta e ele foi subsequentemente premiado com o prêmio Nobel de química
em 1951 pelo seu trabalho na síntese dos elementos actinídeos.

Embora pequenas quantidades dos elementos transurânicosocorram naturalmente, todos eles


foram descobertos em laboratórios. Suas produções expandiram a tabela periódica
significativamente, o primeiro destes elementos foi o Neptúnio em 1939. Por causa da maioria
dos elementos transurânicos serem altamente instáveis e decaírem rapidamente, são de difícil
detecção e caracterização quando são produzidos. Tem havido algumas controvérsias em relação
à nomenclatura e alegações de descobertas concorrentes para alguns elementos, que exigem uma
revisão independente para determinar qual parte tem prioridade, e portanto os direitos de nomear.
Os nomes mais recentemente aceitos são o Fleróvio (número atômico 114) e
o Livermório (número atômico 116), ambos nomeados em 31 de maio de 2012. Em 2010, uma
colaboração russo-americana em Dubna, alega ter sintetizado seis átomos
do ununseptium (número atômico 117) que é a mais recente descoberta alegada.

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Interpretação da Tabela Periódica

O primeiro passo para se aprender química, é aprender a interpretar a Tabela Periódica: as


divisões nela existentes, o por quê de cada elemento estar localizado em determinado período ou
família e quais elementos são naturais e quais são sintéticos, todas essas dúvidas podem ser
esclarecidas com uma boa investigada na Tabela.

A tabela Periódica foi organizada com o intuito de facilitar seu estudo, o posicionamento de cada
elemento obedece à seguinte lei periódica:
“As propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas de seus números
atómicos".
Comecemos por distinguir Períodos e Famílias:

Períodos: são as linhas horizontais da tabela, ao todo são sete períodos;

Famílias ou grupos: corresponde às linhas verticais da tabela periódica, a tabela atual é


constituída por 18 famílias. As principais famílias estão destacadas em verde na figura acima,
vejamos:

Família dos Alcalinos: Lítio (Li), Sódio (Na), Potássio (K), Rubídio (Rb), Césio (Cs), Frâncio
(Fr).

Família dos Alcalino-terrosos: Berílio (Be), Magnésio (Mg) , Cálcio (Ca), Estrôncio (Sr), Bário
(Ba), Rádio (Ra).

Família dos Gases Nobres: Hélio (He), Neônio (Ne), Argônio (Ar), Criptônio (Kr), Xenônio
(Xe), Radônio (Rn).

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A tabela também é subdivida de acordo com a natureza do elemento em metal, semimetal,
ametal, gás nobre, sendo que os elementos em rosa constituem os semimetais (sete elementos).

A divisão é simples: os elementos que estão à esquerda dos semimetais compreendem os metais
(totalizam dois terços dos elementos) e os que se localizam à direita são os ametais (11
elementos). Os gases nobres ficam na extremidade direita da Tabela (parte verde).

Os dois períodos separados da Tabela compreendem os elementos de Transição interna: série dos
Lantanídeos (número atômico 57 a 71) e Actinídeos (número

Lei periódica de Mendeleev-Meyer

Com base na Lei Periódica e nos demais estudos que desenvolveu, Mendeleev propôs, em 1869,
uma classificação dos elementos químicos, que resultaria na hoje conhecidíssima tabela
periódica.

Estudos semelhantes foram desenvolvidos independente e simultaneamente pelo alemão Lothar


Meyer.

A grande contribuição do trabalho de Mendeleev foi a de prever a existência de elementos que


ainda não tinham sido descobertos. Mendeleev deixou alguns espaços vazios em sua tabela que
mais tarde foram preenchidos.

Dmitri Ivanovich Mendeleev foi um químico russo que desenvolveu a primeira versão da tabela
periódica dos elementos químicos.
Mendeleev nasceu na cidade de Tolbosk, na Sibéria em 1834. Concluiu seu doutorado pela
Universidade de São Petersburgo, onde começou a lecionar em 1866.
Embora outros cientistas tivessem percebido propriedades comuns a vários elementos químicos,
foi Mendeleev quem enunciou a lei periódica de forma bastante precisa.
Ao iniciar seu trabalho como professor, Mendeleev começou a pesquisar sobre a periodicidade
dos elementos e sentiu a necessidade de organizar os seus dados com mais precisão. Foi quando
começou a anotar as propriedades de cada elemento em cartões, que eram fixados na parede. A

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medida que ele observava alguma semelhança entre os elementos, mudava a posição dos cartões.
Foi esse quebra-cabeça que deu origem a uma Tabela Periódica, na qual os elementos foram
dispostos em filas horizontais, de acordo com as massas atômicas crescentes, e colunas verticais,
com elementos de propriedades semelhantes. Além disso, Mendeleev deixou posições vazias em
sua tabela dedicada aos elementos que eram desconhecidos. Em 1869, apresentou à comunidade
científica a sua lei periódica dos elementos.
A tabela de Mendeleev serviu de base para a elaboração da atual tabela periódica, que além de
catalogar os 118 elementos conhecidos, fornecia inúmeras informações sobre o comportamento
de cada um. Seu trabalho foi homenageado ao classificarem o elemento de número atômico 101
como Mendelévio.

Na sua lei periódica, partindo do princípio de que volumes iguais de gases diferentes em
condições idênticas de pressão e temperatura possuem o mesmo número de moléculas, ele
definiu que todos os elementos são arranjados em ordem crescente de massa atômica. Assim, ele
sistematizou nessa proposta algo que tempo depois veio a ser percebido por outros cientistas:
existe uma relação entre as propriedades de certas substâncias e a massa atômica dos átomos que
constituem estas.

Ele então classificou os sessenta e quatro elementos químicos que eram conhecidos na época e os
dispôs em ordem crescente de massa atômica e ao notar que as propriedades de certos elementos
se repetiam periodicamente, aproveitou-se disso e usou o fato como critério para reuni-los em
famílias. Desse modo, formulou a lei periódica de classificação dos elementos químicos. No
entanto, ao montar sua tabela, notou que havia algumas lacunas e previu que estas deveriam ser
preenchidas por átomos ainda desconhecidos Juntamente com a previsão que teve, descreveu
possíveis propriedades para tais elementos que pudessem vir a ocupar as lacunas. Tempos
depois, foram descobertos três elementos: Gálio em 1875, Escândio em 1879 e Germânio em
1886, confirmando sua hipótese. Assim, com a montagem da tabela periódica outras
propriedades foram descobertas, como por exemplo, uma das leis da natureza que fala que as
propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas de sua massa atômica, essa
rege a chamada lei periódica.

As descobertas feitas por Mendeleev foram de tamanha importância que a lei por ele proposta é
chamada de lei grandiosa. A tabela periódica que ele definiu é usada até hoje e ela se difere das
demais porque as semelhanças apresentadas nessa se relacionam verticalmente, horizontalmente
e diagonalmente. Devido à esse trabalho, recebeu o Prêmio Nobel e foi reconhecido como o ‘’Pai
da Tabela Periódica’’.

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Constituição da Tabela Periódica

Na tabela, os elementos estão arranjados horizontalmente, em seqüência numérica, de acordo


com seus números atómicos, resultando o aparecimento de sete linhas horizontais (ou períodos).
Cada período, com excepção do primeiro, começa com um metal e termina com um gás nobre.
Os períodos diferem entre si no comprimento, sendo que alguns possuem apenas 2 elementos
(período curto) e outros já contam com 32 elementos (período longo).

Os grupos correspondem às linhas verticais, que foram agrupadas baseando-se nas estruturas
similares da camada externa (como no exemplo do grupo 2). Em alguns desses grupos, os
elementos estão relacionados tão intimamente em suas propriedades, que são denominados de
famílias, por exemplo, o grupo 1 A é a família dos Metais Alcalinos.

A Tabela Periódica é constituído por:

Símbolo;

Massa atómica;

Número atómico;

Nome do elemento;

Electrões nas camadas;

E se o elemento é radioactivo.

O número da ordem de cada período indica o número de níveis energéticos ou camadas


electrónicas do elemento. A tabela periódica apresenta sete períodos, sendo eles:

 1° período → 2 elementos;
 2° período → 8 elementos;
 3° período → 8 elementos;
 4° período → 18 elementos;
 5° período → 18 elementos;
 6° período → 32 elementos;
 7° período → 30 elementos (até hoje);

As colunas verticais são os grupos (também conhecidos como famílias), nas quais os elementos
estão reunidos segundo suas propriedades químicas.

Estes grupos vão de 1 a 18, algumas grupos possuem nome, como por exemplo:

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 Grupo 1 elementos → alcalinos;
 Grupo 2 → alcalinos terrosos;
 Grupo 13 → do boro;
 Grupo 14 → do carbono;
 Grupo 15 → do nitrogênio;
 Grupo 16 → dos calcogênios;
 Grupo 17 → dos halogênios;
 Grupo 18 → dos gases nobres.

Os grupos 1, 2 e 13 até o 18 chamamos de elementos representativos.

Os grupos do 3 até 12 chamamos de elementos de transição.

Electronegatividade

A eletronegatividade é uma propriedade periódica dos elementos que indica a tendência que cada
um tem de atrair os elétrons em uma ligação química.

Valores de eletronegatividade dos elementos da Tabela Periódica segundo Linus Pauling

A eletronegatividade corresponde à capacidade que o núcleo de um átomo tem de atrair os


elétrons envolvidos em uma ligação química.

Falando um pouco sobre ligação química, o texto ligação covalente explicou que, quando dois
átomos unem-se assim, eles compartilham pares de elétrons presentes em suas últimas camadas
eletrônicas (camada de valência). Desse modo, há interação elétrica entre os núcleos dos átomos
e os elétrons das camadas de valência de ambos. É como mostra a ilustração a seguir da
formação da molécula de CO2 (dióxido de carbono). Veja que o carbono, que é o átomo central,
está compartilhando dois pares de elétrons com cada átomo de oxigênio. Os três núcleos desses
átomos estão, portanto, atraindo os elétrons envolvidos nas ligações:

Molécula de dióxido de carbono (CO2)

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No entanto, a força com que cada átomo atrai os electrões é diferente. O átomo de oxigénio é
mais electronegativo que o carbono, o que significa que ele atrai os electrões da ligação com
mais força. Mas como sabemos que um elemento é mais electronegativo que outro?

Bem, a electronegatividade é uma propriedade periódica, o que quer dizer que ela aumenta ou
diminui em intervalos regulares na Tabela Periódica de acordo com o aumento ou diminuição do
número atómico dos elementos.

O cientista Linus Pauling determinou experimentalmente a electronegatividade dos elementos da


Tabela Periódica, conforme é mostrado a seguir:

Valores da eletronegatividade de Pauling na tabela periódica

Observe que, quando consideramos os elementos pertencentes a uma mesma família (mesma
coluna), a eletronegatividade aumenta de baixo para cima. Veja, por exemplo, os elementos da
família 2 (Be, Mg, Ca, Sr, Ba). Os seus respectivos valores de eletronegatividade são 1,6; 1,2;
1,0; 1,0 e 0,9. Portanto, esses valores comprovam que a eletronegatividade cresce de baixo para
cima na Tabela Periódica.

É importante ressaltar que esse sentido é exatamente o contrário do sentido do crescimento do


raio atômico, outra propriedade periódica. Essas duas propriedades estão intimamente
relacionadas, pois, conforme o número atômico aumenta para os elementos pertencentes a uma
mesma família, o número de camadas eletrônicas e, consequentemente, o tamanho ou raio
atômico também aumentam nesse sentido.

Porém, quanto maior o raio atômico, mais distante ficará o núcleo da camada de valência, e isso
resultará em uma diminuição da atração entre os prótons (cargas positivas) do núcleo e os
elétrons (cargas negativas) da camada de valência, ou seja, haverá diminuição da
eletronegatividade.

Agora, se considerarmos os elementos pertencentes ao mesmo período (mesma linha) da Tabela


Periódica, veremos que a electronegatividade cresce da esquerda para a direita. Por exemplo,

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olhe os elementos do segundo período (Li, Be, B, C, N, O, F). A electronegatividade deles cresce
nesse sentido, ou seja, da esquerda para a direita: 1,0; 1,6; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0.

Ordem do crescimento da electronegatividade na tabela periódica

Isso também está relacionado com o raio atómico, pois, em um mesmo período, todos os
elementos possuem a mesma quantidade de camadas electrónicas. Porém, conforme o número
atômico vai aumentando (da esquerda para a direita), a quantidade de protões no núcleo atómico
também cresce. Com isso, a atracão protões -electrões fica mais intensa e o raio atómico diminui,
mas a electronegatividade aumenta.

Veja que o oxigénio (4,0) é realmente mais electronegativo que o carbono (3,5), comprovando o
que foi dito anteriormente para a molécula de CO2. Analisar essa diferença de
electronegatividade dos elementos ligados entre si ajuda-nos a determinar se a molécula será
polar ou apolar. Veja sobre isso no texto Polaridade das ligações.

Esse mesmo texto mostra que Linus Pauling criou uma escala dos elementos mais
electronegativos, que pode ser de ajuda para determinar a intensidade da polarização de
diferentes ligações:

F > O > N > C? > Br > I > S > C > P > H

Valores das eletronegatividades: 4,0 > 3,5 > 3,0 > 3,0 > 2,8 > 2,5 > 2,5 > 2,5 < 2,1

Existe um “macete” para lembrar a fila de eletronegatividade, basta dizer a seguinte frase:
“Fui Ontem No Clube, Briguei I Saí Correndo Para o Hospital”. A inicial de cada palavra
corresponde ao símbolo dos elementos em questão.

Carácter Metálico e Ametálico

Também chamado de reatividade química, o caráter metálico de um elemento químico é a


propriedade que esse elemento possui de reagir quimicamente. O caráter metálico ou não-
metálico do elemento é consequência direta de uma série de outras propriedades. “O que
chamamos de caráter metálico é, na verdade, um conjunto de propriedades baseadas no seguinte

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fato geral: um elemento é tanto mais metálico quanto maior é sua capacidade de perder
elétrons”1.

Pode-se relacionar inúmeras propriedades ao caráter metálico dos elementos, o que pode ser
observado no Esquema 1.

ESQUEMA 1. Caráter metálico e propriedades periódicas.

Desse modo, vemos que outras propriedades periódicas determinam o caráter metálico de um
elemento químico. Assim, conforme a sua posição na tabela periódica tem-se um indicativo de
sua tendência em reagir quimicamente. Na tabela periódica observa-se nas famílias um aumento
de caráter metálico de cima para baixo e nos períodos da direita para a esquerda. O caráter não-
metálico, obviamente, tem variação contrária, como mostra a Figura 1.

FIGURA 1. Variação do caráter metálico e não-metálico nas famílias e


períodos da tabela periódica (1)

No sentido horizontal, os períodos da tabela periódica, conforme mostra a figura acima, o caráter
metálico dos elementos decresce da esquerda para a direita, pois é neste sentido que decresce o
tamanho dos átomos e aumenta sua energia de ionização. Dessa forma, o elemento
químico sódio(Na) e o magnésio (Mg) são mais metálicos que o silício (Si), reagem
quimicamente com maior facilidade, e o silício, por sua vez, é mais metálico do que o cloro (Cl).
Os elementos de maior electropositividade localizam-se na parte inferior esquerda da tabela
periódica, e os não-metais mais característicos estão localizados na parte superior direita.

A eletropositividade representa o inverso da electronegatividade. Os elementos fortemente


electropositivos formam compostos iónicos. Óxidos e hidróxidos dos metais são compostos

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básicos que se dissociam formando hidroxila. Abaixo é representado a dissociação aquosa do
óxido de cálcio (CaO) e do hidróxido de sódio (NaOH), respectivamente.

CaO + H2O → Ca+2 + 2OH-


NaOH → Na+ + OH-

O grau de electropositividade se manifesta de diversas maneiras. Elementos fortemente


electropositivos reagem com água e ácidos. Os metais apresentam sempre altas
electropositividades, pois uma de suas características é sua grande capacidade em perder
electrões. E, como foi discutido, entre o tamanho do átomo e sua eletropositividade há uma
relação genérica, pois quanto maior o tamanho do átomo menor é a atracão núcleo -elétron e,
portanto, maior a sua facilidade em perder electrões.

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Conclusão

Neste Patente trabalho, ajudou me a conhecer a historia completa da tabela periodica,


electronegativo, carácter metálico e ametálico e muitos mais, pois conclui que em 1871,
Mendeleev publicou uma forma actualizada da tabela periódica, fornecendo informações
detalhadas de suas previsões para os elementos que havia notado estarem faltando mas deveriam
existir.

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Referência Bibliográfica

www.google.com

www/wikpedia-SARDELLA, Antônio; MATEUS, Edegar; Curso de Química: química geral,


Ed. Ática, São Paulo/SP – 1995.

Google-SOUZA, Líria Alves de. "Organização da Tabela Periódica"; Brasil Escola. Disponível
em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/organizacao-tabela-periodica.htm>. Acesso em 01
de junho de 2018.

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