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Délio Humberto Vasco Lopes

Tema:

Evolução Histórica da Tabela Periódica

Universidade Rovuma

Nampula

2021
Délio Humberto Vasco Lopes

Tema:

Evolução Histórica da Tabela Periódica

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Química Geral e Inorgânica, curso de Licenciatura
em Geologia, 1º ano, Turma A, leccionada pelo
Docente: MEng. Abelardo Gregório Banze

Universidade Rovuma

Nampula

2021

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Índice

I. Introdução………………………………………………………………………..4

II. Objectivos do Trabalho…………………………………………………………..5

III. Metodologia do Trabalho………………………………………………………...5

IV. Evolução Histórica da Tabela Periódica…………………………………………6

4.1. Antoine Lavoisier………………………………………………………………..6

4.2. John Dalton ........................................................................................................ 7

4.3. Johann Wolfgang Dobereiner ............................................................................ 8

4.4. Alexandre Chancourtois .................................................................................... 9

4.5. John Alexander Newlands ............................................................................... 10

4.6. Julius Lothar Meyer ......................................................................................... 11

4.7. Dmitri Mendeleev ............................................................................................ 11

4.8. Henry Moseley ................................................................................................. 13

4.9. Glenn Seaborg.................................................................................................. 14

4.9.1 Tabela Periódica Completa e Actualizada ........................................................ 15

V. Conclusão……………………………………………………………………….16

VI. Referências Bibliográficas……………………………………………………...17

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I. Introdução

O presente trabalho visa abordar sobre a Evolução Histórica da Tabela Periódica.

A tabela periódica é um modelo que agrupa todos os elementos químicos conhecidos e


apresenta algumas de suas características.

Após a descoberta de vários elementos químicos até aquela época conhecidos, houve
uma necessidade de agrupá-los e organizá-los usando certos critérios segundo as
propriedades que os mesmos apresentavam em comum. Daí surgiram vários cientistas,
propondo formas ou modelos de organização dos elementos químicos baseando-se em
certas propriedades para justificar o modelo proposto por cada um deles.

O trabalho irá referenciar desde as primeiras tentativas de organização ou agrupamentos


dos elementos químicos até a última alteração feita sobre a tabela periódica.

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II. Objectivos do Trabalho

Objectivo geral

Abordar sobre a Evolução Histórica da Tabela Periódica.

Objectivos específicos

 Ilustrar as tentativas de organização dos elementos químicos dos principais


cientistas;
 Explicação do fracasso ou sucesso dos modelos propostos por cada um dos
cientistas;
 Ilustrar o modelo da Tabela Periódica actual adoptada.

III. Metodologia do Trabalho

No que tange a Metodologia, para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se a:

 Levantamento bibliográfico (consulta de livros, pesquisa na internet de artigos


que continham informações referente ao tema);
 Reunião, análise, resumo das informações obtidas;
 Digitação e compilação do mesmo.

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IV. Evolução Histórica da Tabela Periódica

Elementos como a prata, o ouro, o cobre e o chumbo já eram conhecidos desde os


tempos antigos, mas a primeira descoberta científica de um elemento só aconteceu em
1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo. Nos próximos 200 anos
após essa descoberta, dezenas de outros elementos foram encontrados na natureza. Com
isso surgiu a necessidade de organizá-los, e então os cientistas iniciaram a busca por
propriedades que servissem como critério de classificação. (WIKIPÉDIA. 2010).

A Tabela Periódica é o resultado do contributo, ao longo dos anos, de um conjunto de


vários cientistas, que foram incrementando os conhecimentos sobre os elementos e as
suas propriedades. (PAIVA et al, 2017, p. 2)

4.1. Antoine Lavoisier

Fonte: (Paiva et al 2017)

Antoine Laurent Lavoisier, em 1789, foi o primeiro a tentar fazê-lo, publicando o


Tratado Elementar da Química.

Ordenou e sistematizou um conjunto de observações e hipóteses que deu origem à


química científica. Construiu uma tabela com 32 substâncias, que apelidou de
elementares de acordo com as analogias verificadas no seu comportamento químico.
Estes foram agrupados nas seguintes categorias: gases, não metais, metais e elementos
terrosos.

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Tabela de Lavoisier.

Fonte: (Paiva et al, 2017, p.3)

4.2. John Dalton

Em 1805, John Dalton listou os elementos conhecidos em ordem crescente de massas


atómicas, descrevendo as propriedades de cada um e os compostos formados por eles.
Entretanto, essa classificação não fazia sentido, já que deixava bastante afastados entre
si elementos com propriedades muito semelhantes. Os próprios valores das massas
atómicas eram duvidosos, pois foi Dalton mesmo quem os calculou baseado em dados
imprecisos. O cientista tomou o hidrogénio, que experimentalmente já havia sido
verificado como o elemento mais leve conhecido, e atribuiu a ele um “peso nocional
relativo” igual a 1. As massas dos demais elementos foram estabelecidas em relação ao
hidrogénio, e esse método resultou em muitos erros. (WIKIPÉDIA. 2010).

Tabela de Dalton.

Fonte: Wikipédia (2010).

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4.3. Johann Wolfgang Dobereiner

Fonte: (Paiva et al 2017, p.3)

Em 1829, foi a vez do químico alemão Johann Wolfgang Dobereiner dar sua
contribuição à ciência. Dobereiner analisou os elementos cálcio, estrôncio e bário, e
percebeu que a massa do átomo de estrôncio correspondia, aproximadamente, à média
dos valores das massas atómicas do cálcio e do bário. O químico observou que essa
relação também se dava em outra tríades, como (Enxofre, Selénio, Telúrio) e (Cloro,
Bromo, Iodo). (WIKIPÉDIA, 2010).

Dobereiner foi o primeiro cientista a relacionar os elementos químicos conhecidos com


base em um determinado critério, entretanto, suas observações não foram tidas como
relevantes pela comunidade científica da época. Uma das falhas do seu método é que
muitos metais não podiam ser agrupados em tríades.

Tabela de Dobereiner. Fonte:

Fonte: (Paiva et al, 2017, p.3)

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4.4. Alexandre Chancourtois

Em 1862, o geólogo francês Alexandre Chancourtois propôs o modelo de classificação


dos elementos até o momento então conhecidos, organizando-os numa ordem
hierárquica crescente de suas massas atómicas. (WIKIPÉDIA, 2010).

O cientista tomou por base um cilindro e traçou uma curva helicoidal, dividindo-o em
dezasseis partes. Sobre a já referida curva dispôs os elementos, conforme a ordem
crescente de suas massas atómicas.

Chancourtois demonstrou que os elementos químicos de propriedades semelhantes se


situavam nas verticais traçadas, como mostra a figura abaixo.

Esse agrupamento foi chamado de Parafuso Telúrico. A aceitação desse trabalho


também foi fraca, pelo facto de que algumas massas atómicas, na época, apresentavam
valores errados.

Parafuso telúrico proposto por Chancourtois.

Fonte: (Wikipédia, 2010)

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4.5. John Alexander Newlands

Fonte: (Paiva et al, 2017)

Em 1864 O químico inglês John Alexander Newlands reparou que, organizando os


elementos por ordem crescente de massa atómica, a cada oito elementos as propriedades
se repetiam, estabelecendo assim, uma relação periódica.

A esta relação Newland chamou Lei das Oitavas. No entanto esta lei não se aplicava a
elementos para além do cálcio e por isso este modelo não foi aceite pela comunidade
científica (CHANG, 2010).

Tabela de Newlands.

Fonte: (Chang, 2010).

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4.6. Julius Lothar Meyer

Em 1864, o químico alemão Julius Lothar Meyer, baseando-se principalmente nas


propriedades físicas dos elementos, fez uma nova distribuição segundo as massas
atómicas. (WIKIPÉDIA, 2010)

Ele observou que entre elementos consecutivos, a diferença das massas era constante e
concluiu a existência de relação entre massa atómica e propriedades de um grupo.

Através do estudo proposto por Meyer foi possível comprovar a existência de


periodicidade, ou seja, ocorrência de propriedades semelhantes em intervalos regulares.

A linha de investigação seguida por ele era bem próxima à de Mendeleev e os


resultados obtidos pelos dois foram bastante parecidos.

4.7. Dmitri Mendeleev

Fonte: (Paiva et al, 2017)

O químico russo Dimitri Ivanovich Mendeleev em 1869, estando na Rússia, teve a


mesma ideia que Meyer, que realizava seus estudos na Alemanha.

Mendeleev verificou que quando os elementos são listados em ordem crescente de


massas atómicas, as propriedades químicas apresentadas por eles se repetem
periodicamente. Por essa razão, ele chamou o modelo de Tabela Periódica dos
Elementos. (WIKIPÉDIA, 2010).

Ele, de forma mais meticulosa, organizou um quadro periódico, onde os 63 elementos


químicos conhecidos estavam dispostos em colunas com base em suas massas atómicas.
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Admitiu que as massas atómicas de alguns elementos estavam erradas Inverteu as suas
posições, como por exemplo no caso do Telúrio e do Iodo. (PAIVA et al, 2017, p.5)

Além disso, deixou espaços vazios na tabela para os elementos que ainda não eram
conhecidos. Mendeleev era capaz de descrever algumas informações dos elementos
faltantes com base na sequência que elaborou.

Mendeleev ficou conhecido como o pai da Tabela Periódica. O Trabalho de Mendeleev


foi o mais completo até então realizado, pois organizou os elementos conforme suas
propriedades, reuniu um grande número de informações de maneira simples e constatou
que novos elementos seriam descobertos, deixando espaços para inseri-los na tabela.

O elemento (Md) com número atómico 101 da Tabela Periódica chama-se Mendelévio
em homenagem a ele.

Tabela periódica proposta por Mendeleev.

Fonte: (Wikipédia, 2010)

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4.8. Henry Moseley

Fonte: (Paiva et al, 2017)

O físico inglês Henry Gwyn-Jeffreys Moseley , em 1913, fez importantes descobertas,


estabelecendo o conceito de número atómico. O físico observou que quando os
elementos eram colocados em ordem crescente de números atómicos, suas propriedades
se repetiam periodicamente.

Com o desenvolvimento de estudos para explicar a estrutura dos átomos, um novo passo
foi dado para organização dos elementos químicos. (WIKIPÉDIA, 2010).

A partir de seus experimentos, ele atribuiu números inteiros a cada elemento e,


posteriormente, foi constatada a correspondência ao número de protões no núcleo do
átomo.

Moseley reorganizou a tabela proposta por Mendeleev de acordo com os números


atómicos, eliminando algumas falhas da tabela anterior e estabeleceu o conceito de
periodicidade da seguinte forma: Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos
variam periodicamente na sequência dos números atómicos.

Assim chegou-se a uma versão da Tabela Periódica muito parecida com a que temos
actualmente, composta por linhas chamadas de períodos (ou níveis) e colunas chamadas
de famílias (ou grupos).

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4.9. Glenn Seaborg

Fonte: (Paiva et al 2017)

A última grande alteração aplicada à Tabela Periódica foi resultado do trabalho


de Glenn Theodore Seaborg. (PAIVA et al, p.5)

Dentro do Projecto Manhattan, que trabalhava para desenvolver a bomba atómica,


Seaborg foi chefe da divisão que lidava com os elementos transurânicos (ou seja, os
elementos com número atómico superior a 92, que é o número atómico do urânio). Ao
lado de E. M. McMillan, J. W. Kennedy e A. C. Wahl, o cientista americano descobriu
o plutónio. Depois descobriu outros quatro elementos transurânicos e participou da
descoberta de mais cinco.

Em 1944, Seaborg levantou a hipótese de que os elementos com número atómico


superior ao do Actínio (que é igual a 98) formavam uma série de elementos semelhantes
à série dos lantanídeos. A partir dessa hipótese foi possível explicar propriedades
químicas de alguns elementos já conhecidos e até a de outros que ainda não tinham sido
identificados. Em 1945, o cientista publicou uma versão da Tabela Periódica que incluía
os elementos transurânicos recentemente descobertos. A configuração dessa Tabela
diferia da anterior por trazer a série dos actinídeos abaixo da série dos lantanídeos. Em
1951, Seaborg recebeu o Prémio Nobel de Química. O elemento (Sg) com número
atómico 106 na Tabela Periódica chama-se Seabórgio em homenagem a ele.

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4.9.1 Tabela Periódica Completa e Actualizada

A tabela periódica recebe esse nome em relação à periodicidade, ou seja, os elementos


estão organizados de forma que suas propriedades se repetem de forma regular.

De facto, todos os modelos propostos, de alguma forma, contribuíram para as


descobertas sobre os elementos químicos e suas classificações. Além disso, foram
fundamentais para que chegasse ao modelo actual de tabela periódica que apresenta 118
elementos químicos.

Fonte: (Wikipédia, 2010)

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V. Conclusão

Após a realização do presente trabalho, conclui-se que:

A tabela periódica recebe esse nome em relação à periodicidade, ou seja, os elementos


estão organizados de forma que suas propriedades (físicas e químicas) se repetem de
forma regular.

A Tabela Periódica é o resultado do contributo, ao longo dos anos, de um conjunto de


vários cientistas, que foram incrementando os conhecimentos sobre os elementos e as
suas propriedades.

Embora o químico russo Dmitri Mendeleeev seja frequentemente citado como o


inventor da Tabela Periódica, outros cientistas antes dele já vinham tentando elaborar
um sistema de classificação dos elementos químicos.
Desde a primeira tentativa de Antonie Lavousier, até a última alteração de Seaborg,
todos cientistas pretendiam organizar ou agrupar os elementos consoante suas
propriedades (físicas ou químicas) que os assemelhava.

Todos os modelos propostos, de alguma forma, contribuíram para as descobertas sobre


os elementos químicos e suas classificações, pois foi através das irregularidades que um
modelo anterior apresentava, surgia um outro com objectivo de melhorar a organização,
até chegar-se ao modelo actual aceite.

A finalidade fundamental de criar uma tabela era para facilitar a classificação, a


organização e o agrupamento dos elementos químicos conforme suas propriedades.

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Referências Bibliográficas

Chang, R. (2010). Chemistry. New York: McGraw-Hill.

http://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_Tabela_Periódica (acesso em 19/03/2010)

MUNIZ, Carla. Dostoieski. Toda Matéria, 2019. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/dostoievski. Acesso em: 25 Set. 2019.

PAIVA João, FERREIRA António José, FOLHAIS Carlos. Química e Física 10º Ano -
Novo Q10. Texto Editores. Adaptado pelo Prof. Luís Perna

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