Você está na página 1de 14

COLÉGIO PEQUENO PRÍNCIPE – CPP

NA TRILHA DO TEMPO: A HISTÓRIA


DA TABELA PERIÓDICA

MOSSORÓ-RN
MAIO/2020
EDUARDO VASCONCELOS MORAIS

ISHTER ISRAEL SOARES DE SOUZA

A HISTÓRIA DA TABELA PERIÓDICA

Trabalho apresentado ao Departamento de


Ciências Exatas e Naturais do Colégio
Pequeno Príncipe - CPP, 9º Ano “B” do
Ensino Fundamental, como requisito da
disciplina de Química ministrada pelo
professor Jan Clay Valentim Araújo.

MOSSORÓ-RN
MAIO/2020
Sumário

1.Introdução................................................................................................ 04
2.Histórico da tabela periódica..................................................................... 05
3.Conclusão................................................................................................ 13
4.Bibliografia................................................................................................ 14
4

1. Introdução

Quando pequenos, aprendemos que a Terra é povoada por seres


variados, que a areia da praia é fruto de um extenso processo erosivo, que o
Sol se põe, assim como as estações do ano têm o seu período definido, mas
numa necessidade contínua por avanços científicos, a Ciência precisou
conhecer, por dentro, cada elemento existente.
Ler esse texto, será como abrir um álbum de fotografias antigo,
traremos figuras simbólicas e necessárias. A nossa, atual, tabela periódica
sofreu alterações constantes para chegar ao seu resultado atual, mas ela está
sujeita a mudanças a todo instante.
Para desenvolver a ciência, e ampliar o conhecimento, é necessário
revisitar este álbum de lembranças e não “apagar” da memória, a importância
desses grandes cientistas, que foram o alicerce de toda essa ampliada gama
de saber, disponível.
Neste presente trabalho estudaremos sobre a trajetória que se teve até
chegar à Tabela Atual, e vislumbrar as possíveis modificações futuras que
poderão ocorrer nela.
O principal objetivo é levar o leitor a refletir sobre todos os desafios e
vitórias que a ciência enfrentou até essa enorme gama de conhecimento que
temos disponível sobre essa tabela, além de fazê-lo enxergar como “peça”
ativa nessa jornada por mais conhecimento.
Está organizado em quatro capítulos, no primeiro, introduzimos o
assunto, dando uma noção ao leitor acerca de todo o trabalho, no segundo,
adentramos na história da tabela periódica, contextualizando todos os pontos
citados, no terceiro, concluímos o trabalho, finalizamos, citando os meios que
utilizamos para a construção dessa pesquisa, os sites.
A metodologia utilizada foi o apanhamento de conceitos, muitas vezes,
extremamente teorizados pelo livro didático, transformando-lhe num conteúdo
mais acessível à linguagem do aluno. Além de reunir de forma consistente e
coesa, os percalços e descobertas que ocorreram até chegar a Tabela
Periódica atual.
5

2. A história da Tabela Períodica:

2.1. Classificação dos Elementos Químicos por John Dalton:

Legenda: Ilustração do químico – John Dalton -. Ele


desenvolveu trabalhos que o levou a considerar que a matéria é
descontínua. Além de ter estudado sobre a capacidade de
algumas pessoas, em não distinguir cores – daltonismo -,
problema que ele mesmo, sofreu. Deixou muitas contribuições
para a Meteorologia, a Química e a Física.
Disponível em:
https://www3.unicentro.br/petfisica/2016/07/28/john-dalton-1766-
1844/; Acessado em: 21/05/2020

Com base nas massas das substâncias envolvidas nas reações, John
Dalton (1766-1844) concluiu que a matéria é formada por pequenas partículas,
que ele supôs indivisíveis.

A sua teoria baseou-se na lei da conservação das massas e na lei das


proporções constantes.

Os pontos básicos da chamada, teoria atômica de Dalton, de forma


simplificada, são os seguintes:

a) A matéria é formada de partículas indivisíveis, chamadas, átomos.

b) Átomos de um mesmo tipo (mesmo elemento) são iguais (em


tamanho, forma, massa, por exemplo) e diferentes do átomo de outro elemento.

c) Os átomos podem se unir uns ao outros formando “átomos


compostos” (atualmente, esses “átomos compostos” são chamados de
moléculas).
6

d) As reações químicas podem ser consideradas, processos em que


ocorrem união e separação de átomos.

De forma sintática, a matéria é constituída de átomos, que são


partículas muito pequenas, esféricas, maciças, indivisíveis e indestrutíveis.

Apenas, muitos anos após a sua criação, esta teoria foi totalmente
aceita pelo meio científico.

Disponível em: https://ideiasesquecidas.com/2018/06/29/sobre-


atomos-e-vazio/; Acessado em: 21/05/2020

O modelo de Dalton nos permite imaginar os átomos como se fossem unidades


esféricas

a) 1ª parte da teoria de Dalton: afirma que toda a matéria é composta por átomos, que
são indivisíveis.
b) 2ª parte da teoria de Dalton: todos os átomos de um determinado elemento possuem
massa e propriedades idênticas.
c) 3ª parte da teoria de Dalton: afirma que compostos são combinações de dois ou
mais tipos diferentes de átomos.
d) 4ª parte da teoria de Dalton: afirma que uma reação química é um rearranjo de
átomos.

Ocorreram várias tentativas de organização da tabela periódica, antes de chegar na


atual, entre elas, podemos destacar
a) As tríades de Döbereiner, ou - A lei das Tríades -;
7

b) O parafuso telúrico de Chancourtois, ou – Parafuso Telúrico -;


c) A lei das oitavas de Newlands, ou – Lei das Oitavas -;
d) A tabela de Mendeleev.

2.2. A lei das Tríades:


Quando o químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner (1780-1849)
fazia suas pesquisas, eram conhecidos perto de 50 elementos. Agrupando
elementos que tinham propriedades químicas semelhantes, Döbereiner acabou
por perceber que a massa atômica de um correspondia, aproximadamente, à
média aritmética de outros dois. Assim, propôs a formação de tríades (grupo de
três elementos), tais como

Li 7 Cl 35,5

Na 23 Br 80

K 39 l 127

Definição: O átomo é divisível e possui elétrons encrustados na sua superfície

Legenda: Pintura de Johann Wolfgang Döbereiner;


Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Wolfgang_D%C3%B6ber
einer>. Acessado em: 21/05/2020
8

2.3. Parafuso Telúrico

Alexandre Chancourtois, um geólogo francês, organizou em 1862, um


arranjo, denominado de “Parafuso Telúrico”.

Legenda: Fotografia do geólogo francês, Alexandre


Chancourtois.

Em que ele propunha uma organização dos elementos em ordem


crescente de suas massas atômicas, dispostas em uma estrutura tridimesional,
conforme mostra a representação abaixo. Os elementos com propriedades
semelhantes eram posicionados na mesma linha vertical.
9

Esboço de uma parte do parafuso telúrico de Chancourtois.

Fonte: <https://www.infoescola.com/quimica/parafuso-telurico-de-
chancourtois/>; Acessado em: 21/05/2020

2.4. Lei das Oitavas:


Da mesma forma que os outros estudiosos aqui representados, John
Alexander Reina Newlands, estudou a periodicidade dos elementos químicos.

No ano de 1864, ele propôs umaorganização dos elementos químicos,


em ordem crescente das massas atômicas, sugerindo que as semelhanças se
repetiam de modo análogo - que expressa uma relação de semelhança -, às
notas musicais (em oitavas).

Embora as propostas descritas tenham contribuído para chegar à


Tabela Atual, elas foram abandonadas por suas inúmeras limitações.

2.5. Tabela de Mendeleev:

O trabalho de Mendeleev aprofundou o estudo com propriedades


químicas e preveu as propriedades de elementos ainda não descobertos.

Legenda: Dmitri Ivanovichi Mendeleev, químico russo, é considerado o


principal criador* da primeira Tabela Periódica semelhante à que conhecemos
hoje. Foto feita por volta de 1900.
10

*O trabalho de Meyer, indicou a tendência de repetição periódica de


algumas propriedades dos elementos em relação às suas massas atômicas,
entretanto, o de Mendeleev foi mais completo.

Em sua tabela, Mendeleev colocou os pouco mais de 60 elementos


conhecidos na época de forma crescente (em ordem crescente) de massas
atômicas.

Ele deixou espaços vazios na tabela períodica, para que elementos até
então, desconhecidos, pudessem ser inseridos. Em relação a três desses
elementos, Mendeleev chegou a fazer a descrição de muitas das suas
propriedades, que se mostraram semelhantes às verificadas em posteriori
(posteriormente), quando foram descobertas.

Enfim, o Trabalho de Mendeleev representa um divisor de águas na


história da Química por sua capacidade de pesquisar as informações
acumuladas, reuni-las e sintetizá-las.

Legenda: Imagem da Tabela de Mendeleev.

Na época ele não contava com determinados conhecimentos químicos


que poderiam ter facilitado seu trabalho de elaboração da classificação
períodica, como:

a) muitos elementos químicos naturais, entre os quais os gases


nobres, que se destacam pela falta de reatividade, eram desconhecidos.

b) não eram conhecidos os números atômicos (números de prótons),


usados para sequenciar os elementos na Tabela Periódica atual. Apesar
disso, Mendeleev inverteu a posição de alguns elementos, com base nas
massas atômicas (pesos atômicos) – ordem que ele adotara -, de modo a
11

colocar elementos de comportamento químico semelhante nas mesmas


verticais. Foi o caso do iodo (I) de massa atômica 127, e do telúrio (Te), de
massa atômica 128.

Entretanto, a conclusão de que os elementos na classificação


períodica estão na mesma ordem crescente que a de seus números atômicos
só foi possível em 1913, quase 20 anos após a morte de Mendeleev.

Atualmente é fácil entender a relação entre a classificação periódica e as


configurações eletrônicas dos elementos. No entanto, é importante destacar que “[...]
a tabela periódica pertence à química do século XIX”.
BENSAUDE-VICENTE, B; STENGERS, L. História da Química, Lisboa: Piaget, 1992, p.202.

Legenda: Representação duma tabela contendo os


elementos conhecidos por Mendeleev, e aqueles
desconhecidos, mas previstos por ele.

2.6. Tabela Atual:

A Tabela Períodica atual é denominada de Forma Janet (left-step). No


ano de 1928, Charles Janet apresentou este modelo de tabela em que os
elementos são dispostos conforme o seu preenchimento orbital. Nesse modelo, os
blocos são lidos no sentido horário – da direita para a esquerda, e, em cada linha,
tem-se a soma dos números quânticos principais e secundários.
12

Legenda: Representação da Tabela Periódica atual.


13

3. Conclusão:

Neste trabalho abordamos a trajetória da tabela períodica, e


concluímos que a ciência está em constante transformação.
Cumprimos todos os objetivos que tínhamos proposto de democratizar
a linguística utilizada no trabalho, para ficar compreensível e didático, de certa
forma, aos alunos em geral.
Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento e
ampliação de saberes, no que cerne à trajetória da tabela periódica.
14

4. Bibliografia:

 <http://www.cienciaviva.pt/tabelaperiodica/>; Acessado em: 21/05/2020

 RAFAELA, Agnes. “Classificação periódica de Mendeleev”; Estudo Prático.


Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/classificacao-periodica-
de-mendeleev/>; Acessado em: 21/05/2020

 FABRO, Nathalia. “Tabela periódica: conheça a história e o futuro incerto do


sistema”; Revista Galileu
<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/03/tabela-periodica-
conheca-historia-e-o-futuro-incerto-do-sistema.html>; Acessado em:
21/05/2020

 LOCK, Mark. “Tabela periódica completa 150 anos: conheça sua história”;
Revista Galileu
<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/01/tabela-periodica-
completa-150-anos-conheca-sua-historia.html>; Acessado em: 21/05/2020

 BATISTA, Carolina. “Tabela Periódica”; Toda Matéria.


Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/tabela-periodica/>;
Acessado em: 21/05/2020

Você também pode gostar