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Aula 3
Meios Corrosivos
Meios corrosivos mais freqüentes:
- Atmosfera;
- Águas naturais;
- Solo;
- Produtos químicos;
- Alimentos;
- Substâncias Fundidas;
- Solventes Orgânicos;
- Madeira e
- Plásticos.
-Seca:
Ocorre em atmosfera isenta de umidade, sem qualquer presença de filme de
eletrólito na superfície metálica. Tem-se uma lenta oxidação do metal com
formação do produto de corrosão, podendo o mecanismo ser considerado
puramente químico. Ex.: escurecimento da prata ou do cobre por formação de
sulfato de prata ou cobre, devido à presença de gás sulfídrico na atmosfera.
-Úmida:
Ocorre em atmosfera com umidade relativa de 1 a 100%. Tem-se um fino filme de
eletrólito depositado na superfície metálica, e a velocidade do processo corrosivo
depende da umidade relativa, poluentes atmosféricos e a higroscopicidade dos
produtos de corrosão aderidos ao metal (se absorvem água ou não).
-Molhada:
A umidade relativa está próxima de 100% e ocorre a condensação na superfície
metálica. A superfície fica, então, molhada com o eletrólito. Ex.: chuva e névoa
salina depositados na superfície metálica.
Meios Corrosivos
Detalhe da estrutura que aparece na foto anterior e que sofreu ação corrosiva
dos ácidos clorídrico e fluorídrico.
Meios Corrosivos
-Umidade Relativa: (UR)
- deposição de material não-metálico, como sílica, SiO2, que embora não atacando
diretamente o material metálico, cria condições de aeração diferencial (as partes
sujeitas à poeira são as mais atacadas em peças estocadas sem nenhuma
proteção);
- deposição de substâncias que retém umidade (absorve água), isto é, são
higroscópicas, acelerando o processo corrosivo, pois mantém a água mais tempo
em contato com a superfície;
- deposição de sais que são eletrólitos fortes, como o sulfato de amônio,
(NH4)2SO4, e cloreto de sódio, NaCl. A maior ação corrosiva em atmosferas
marinhas deve-se à deposição de névoa salina contendo sais como cloreto de
sódio e cloreto de magnésio, MgCl2;
Meios Corrosivos
A presença desses gases está associada aos diferentes tipos de indústrias, bem
como aos combustíveis utilizados.
Esses gases formam, com a umidade presente no ar, ácido sulfúrico, justificando o
fato de as atmosferas industriais serem bastante corrosivas e as atmosferas
urbanas mais corrosivas que as rurais.
Meios Corrosivos
- Substâncias Poluentes:
Gases:
A amônia, NH3, ocorre nas atmosferas vizinhas às fábricas de ácido nítrico (HNO3) e
de uréia (OC(NH2)2), que usam amônia como matéria-prima, e de fertilizantes, que
geralmente tem unidades de fabricação de amônia a ser empregada na produção do
fertilizante. Deve-se evitar, nessas regiões, a presença de instalações de cobre, pois
são bastante atacadas pela ação conjunta da amônia, água e oxigênio.
Meios Corrosivos
- Substâncias Poluentes:
Gases:
O cloro pode ser encontrado nas proximidades de fábricas de soda cáustica, NaOH,
que em contato com a umidade atmosférica forma ácido clorídrico. O cloro poderá
ainda, ser originado de estações de tratamento de água, que o usam para controle
microbiológico e de fábricas de celulose, que o usam para o branqueamento de
celulose.
Meios Corrosivos
Como ferro, zinco, alumínio e cobre são os metais mais utilizados em estruturas,
equipamentos e instalações externas, é preciso fazer algumas considerações
especiais sobre a corrosão destes materiais.
FERRO
Atmosfera Marinha
Proteção do Fe ou Aço
Os aços patináveis não possuem resistência à corrosão como o aço inox, mas são
mais resistentes do que o aço carbono.
Em atmosferas poluídas:
Em presença de SO2 o Zn sofre severa corrosão, de várias maneiras:
Zn + SO2 + O2 → ZnSO4 O ZnSO4 é solúvel, portanto,
2 Zn + 2 SO2 + O2 → 2 ZnSO3 não protetor.
3 Zn + SO2 → ZnS + 2 ZnO
ZnO + SO2 → ZnSO3
ZnO + SO2 + ½ O2 → ZnSO4
Zn(OH)2 + SO2 + ½ O2 → ZnSO4 + H2O
Meios Corrosivos
ZINCO
Em Atmosfera Marinha
O galvanizado é mais resistente do que em atmosferas industriais, devido a
ausência de SO2, permanecendo a proteção dada pelo carbonato básico de
zinco.
PROTEÇÃO
Aplicação de revestimento à base de tinta, usando-se um primer, ou tinta
primária, que tenha aderência em superfícies galvanizadas, ex.: primer à
base de resina epóxi isocianato.
ALUMÍNIO
Chapas de alumínio
manchadas em decorrência
do armazenamento: chapas
superpostas.
O cobre e suas ligas, como latão (70% Cu e 30% Zn) e bronze (Cu + 8 a 10%
Sn), sujeitos à corrosão atmosférica, tem mais emprego em instalações
elétricas, monumentos e coberturas de construções antigas, como museus e
teatros.
Em atmosfera externa
O Cu forma inicialmente Cu2O, cuprita, com coloração castanha, com
característica protetora. Com o tempo e O2, forma-se CuO, de cor preta.
Posteriormente, com a presença de umidade e CO2, aparece a coloração
esverdeada devido à formação dos carbonatos básicos, CuCO3.Cu(OH)2
(malaquita) e 2 CuCO3.Cu(OH)2 (azurita).
Com característica protetora.
Em atmosfera poluída
Possíveis reações de ataque:
- Presença de SO2
2 Cu2O + SO2 + 3/2 O2 + 3 H2O → CuSO4.3 Cu(OH)2 (brochantita)
3 CuO + SO2 + ½ O2 + 2 H2O → CuSO4.2 Cu(OH)2 (anterita)
que são esverdeados.
Meios Corrosivos
COBRE
- Presença de gás sulfídrico
Cu2O + H2S → Cu2S + H2O
CuO + H2S → CuS + H2O
Cu + ½ O2 + H2S → CuS + H2O
que são pretos.
- Presença de amônia
Cu + 4 NH3 + ½ O2 + H2O → Cu(NH3)4(OH)2 (azulado)
Em atmosferas marinhas
Coloração esverdeada causada pela formação de cloreto básico de cobre.
Em monumentos
Formação de uma pátina aderente e protetora com coloração esverdeada,
devido aos sais básicos originados na atmosfera.
Meios Corrosivos
-As chuvas podem ter ação benéfica em atmosferas poluídas, pois lavam a
superfície metálica exposta;