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Armazenamento DE Prata
refrigerado de banana BANANA
Anã ... PRATA ANÃ 1423
PROVENIENTE DE CACHOS COM 16, 18 E 20 SEMANAS
Refrigerated storage of Prata Anã banana originating from 16, 18 e 20 week-old bunches
RESUMO
Conduziu-se este trabalho, com o objetivo de verificar a influência da temperatura de refrigeração e idade do cacho sobre a
conservação e qualidade pós-colheita da banana Prata Anã , produzida no Norte de Minas Gerais, visando a exportação. Utilizaram-
se frutos de bananeira Prata Anã provenientes do município de Nova Porteirinha, MG. A colheita foi realizada na 16ª, 18ª e 20ª
semanas após a emissão floral. Dos cachos colhidos, utilizou-se às segundas pencas, separadas em buquês com 5 frutos, lavados e
pesados (18 kg). Em seguida, os frutos foram revestidos com embalagens de polietileno de baixa densidade, com 50m de espessura,
sob vácuo parcial, acondicionados em caixas de papelão e distribuídos em paletes. Depois de embalados e paletizados, os frutos foram
transportados para a EPAMIG/CTNM, onde foram armazenados em câmaras de refrigeração (10 e 12ºC) e umidade relativa de 95%,
por um período de 35 dias, sendo analisados antes e após a refrigeração. O armazenamento de bananas Prata Anã , provenientes de
cachos com 16, 18 e 20 semanas, por 35 dias a temperaturas de 10 e 12°C, não promoveu chilling nos frutos. A temperatura de 10ºC
foi mais eficaz em prevenir a evolução da coloração da casca de bananas provenientes de cachos com 18 semanas, que à temperatura
de 12ºC, enquanto as temperaturas de 10 e 12°C foram igualmente eficientes na contenção da mudança de cor de bananas provenientes
de cachos com 16 semanas. Frutos provenientes de cachos com 20 semanas amadureceram desuniformemente, ao longo do
armazenamento refrigerado.
Termos para indexação: Temperatura de refrigeração, idade de cacho.
ABSTRACT
This work had, as objective, to verify the influence of refrigeration temperature and bunch age on the conservation and post-
harvest quality of the Prata Anã banana produced in the North of Minas Gerais, looking towards exportation. Prata Anã banana tree
fruits were used originating from the municipal district of Nova Porteirinha, MG. The crop was harvested in the 16th, 18th and 20th
weeks after the floral emission. From the clusters picked, the second bunches was used, separated in clusters with 5 fruits, washed and
weighed (18 kg). Soon after, the fruits were wrapped with polyethylene packing of low density with 50mm of thickness under partial
vacuum, conditioned in cardboard boxes and distributed on palets. After being wrapped and put on paletes, the fruits were transported
to EPAMIG/CTNM, where they were stored in refrigeration chambers at 10 and 12ºC with a relative humidity of 95% for a period of
35 days, being analyzed before and after the refrigeration. The storage of Prata Anã bananas, coming from 16, 18 and 20 week-old
bunches, for 35 days at temperatures of 10 and 12°C of did not promote chilling injury in the fruits. The 10ºC temperature was more
effective in preventing the evolution of the coloration of the peel of bananas coming from 18 week-old bunches than the 12ºC temperature,
while temperatures of 10 and 12°C were equally efficient in the contention of the change of color of bananas coming from 16 week-old
bunches. Fruits coming from 20 week-old bunches matured non-uniformly during refrigerated storage.
Index terms: Refrigeration, bunch age.
1
Engenheiro Agrônomo, Doutorando Departamento de Tecnologia Universidade Estadual de São Paulo/UNESP Campus de Jaboticabal 14870-000
Jaboticabal, SP ramilomartins@yahoo.com.br
2
Engenheiro Agrônomo, Doutor, Pesquisador Empresa Agropecuária de Minas Gerais/EPAMIG Rodovia MGT 122, Km 155, Zona Rural Cx. P. 12
39525-000 Nova Porteirinha, MG mariodias@epamig.br
3
Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor Departamento de Ciências dos Alimentos/DCA Universidade Federal de Lavras/UFLA Cx. P. 3037
37200-000 Lavras, MG evbvboas@ufla.br
4
Mestranda Departamento de Tecnologia Universidade Estadual de São Paulo/UNESP Campus de Jaboticabal 14870-000 Jaboticabal, SP
leandraoli@yahoo.com.br Ciênc. agrotec., Lavras, v. 31, n. 5, p. 1423-1429, set./out., 2007
1424 MARTINS, R. N. et al.
Anã armazenadas a temperaturas abaixo de 12°C, por 2 para que frutos das diferentes idades pudessem ser
semanas, desenvolveram chilling (LIMA et al., 2001). utilizados. Para isso, as pencas foram divididas em buquês
Não obstante, a sensibilidade ao frio depende do binômio de cinco frutos, e, utilizando um calibrador bananeiro fixo,
tempo x temperatura, bem como da cultivar e fatores pré- selecionaram-se os buquês com o fruto central
colheita, sendo que a temperatura limite para a ocorrência apresentando de 38 a 48 graus, bananeiros (30,16 a 38,10
de chilling em diferentes cultivares de banana varia, mm de diâmetro). Em tanques, os buquês foram tratados
normalmente, de 10 a 14°C, podendo, entretanto bananas com sulfato de alumínio, lavados com água e detergente
da Terra serem armazenadas a 7,2°C por 7 dias, sem objetivando o estancamento do látex e limpeza dos frutos.
sintomas visíveis da desordem fisiológica (MORRELLI et A seguir, os buquês foram acondicionados em caixas de
al., 2003; WILLS, 1990). papelão, com capacidade para 18 kg, revestidas com
Parte das perdas de produção ocorrem, embalagens de polietileno de baixa densidade de 50mm,
principalmente, na colheita. Para minimizá-las e preservar lacrados após a retirada parcial do ar, e paletizados de
as características originais dos frutos, a colheita deve ser acordo a idade. Depois de embaladas e paletizadas, as
realizada em momento oportuno. De modo geral, considera- frutas foram transportadas para a EPAMIG/CTNM, onde
se que os frutos devam ser colhidos tanto mais imaturos foram feitas três subdivisões para cada uma das três
quanto mais distantes estiverem do mercado consumidor, idades de frutas, sendo a primeira amostra imediatamente
porém, sempre depois de fisiologicamente maturos caracterizada quanto às análises físicas e químicas e as
(CANCIAN & CARVALHO, 1980). duas restantes armazenadas em câmaras de refrigeração,
De todos os critérios utilizados para determinar o a 10±1°C e 12±1°C, e UR = 90±5 %, por um período de 35
ponto de colheita, os mais utilizados são: desaparecimento dias. Realizou-se o experimento seguindo um
da angulosidade dos frutos, dias após a emissão da delineamento inteiramente casualizado, em esquema
inflorescência e diâmetro do fruto central da segunda penca fatorial (3x2+3), testando-se, respectivamente, três idades
(LICHTEMBERG, 2001). A colheita precoce permite a de frutos (16, 18 e 20 semanas), duas temperaturas (10 e
extensão da vida-de-prateleira dos frutos, embora possa 12ºC) e três tratamentos controle referente aos frutos
comprometer sua qualidade final. Bananas Prata , recém-colhidos com 16, 18 e 20 semanas. Assim, testaram-
provenientes de cachos colhidos a partir de 105 dias, se nove tratamentos, os quais se apresentaram com
apresentam características que garantem a extensão de sua quatro repetições. Cada unidade experimental foi
vida pós-colheita, bem como o amadurecimento normal constituída por quatro buquês com cinco frutos,
(AYUB, 1990; SANTOS & CHITARRA, 1998). totalizando vinte frutos.
Visto que a falta de informações sobre o Análises: Chilling - Foram feitas avaliações visuais
comportamento dos cultivares brasileiros limita a aplicação quanto o aparecimento do chilling após a retirada dos
de técnicas de conservação, objetivou-se, com o presente frutos das câmaras de refrigeração. As avaliações visuais
trabalho, verificar a influência da temperatura de se basearam na determinação de manchas escuras na casca
refrigeração e idade do cacho sobre a conservação e dos frutos. Coloração - Para avaliar a eficácia dos
qualidade pós-colheita da banana Prata Anã , produzida tratamentos, determinou-se a coloração da casca, antes e
no Norte de Minas Gerais, visando a exportação. após 35 dias de refrigeração, através da atribuição de notas
(Figura 1).
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizadas bananas Prata Anã ,
provenientes de Nova Porteirinha, Norte de Minas Gerais, Notas Coloração da casca
em uma área de produção a uma altitude de 520 m. As
1 Totalmente verde
frutas foram colhidas na 16ª, 18ª e 20ª semana após a
2 Verde com traço amarelo
inflorescência. O trabalho de campo consistiu em
3 Mais verde que amarelo
selecionar e colher os cachos que não apresentassem
4 Mais amarelo que verde
danos nas frutas. Após a colheita, os cachos foram levados
5 Amarelo com pontas verdes
via cabo aéreo para a casa de embalagem, onde se realizou 6 Totalmente amarelo
o despencamento e a seleção de buquês da segunda 7 Amarelo com leves manchas marrons
penca, com base no calibre do fruto. Como o calibre do
fruto está interativamente relacionado com a idade do FIGURA 1 Notas de coloração da casca de bananas.
cacho, adotou-se, neste trabalho, uma faixa de calibre Fonte: CSIRO (1972), citado por Wills et al. (1998).
Relação polpa/casca - Obtida pela pesagem individual da determinaram, ao contrário do observado no presente
polpa e casca dos frutos, com auxílio de uma balança trabalho, que a temperatura mínima de segurança para
semi-analítica; Firmeza da polpa - Foi utilizado um banana Prata Anã era de 12°C.
penetrômetro de mão marca TR, modelo 327, com ponta Coloração - Os frutos controle, apresentaram índice de
de 8 mm de diâmetro, adaptada a um suporte com alavanca coloração semelhante, independentemente de serem
e bancada, marca Ferrari e as medidas foram tomadas na provenientes de cachos com 16, 18 e 20 semanas. A
região central dos frutos descascados. Os resultados temperatura de 10ºC foi eficaz na manutenção do índice de
foram expressos em Newton (N); Amido - foi extraído e coloração de frutos de 16 semanas e frutos de 18 semanas,
doseado pelo método de Somoghy, adaptado por Nelson ao longo do armazenamento refrigerado. Já a temperatura
(1944), e expresso em % na polpa fresca; Açúcares de 12ºC foi eficiente na prevenção da mudança de cor
solúveis totais (AST) - Determinados pelo método de apenas dos frutos de 16 semanas (Tabela 1).
antrona (DISCHE, 1962), sendo os resultados expressos
% na polpa fresca; Sólidos solúveis totais (SST) - Obtidos
por refratometria, utilizando o refratômetro manual (marca TABELA 1 Notas de coloração da casca de bananas
ATAGO, modelo N-1E). A determinação foi realizada Prata Anã , provenientes de cachos com 16, 18 e 20
através de metodologia descrita em AOAC (1992) e os semanas, após a colheita (controle) e armazenadas por 35
resultados expressos em % na polpa fresca; pH: dias sob refrigeração.
Determinado através de pHmetro digital (marca TECNAL), Armazenamento Idade dos cachos (semanas)
de acordo com a metodologia descrita em AOAC (1992); refrigerado 16 18 20
Acidez titulável (AT): determinada por titulometria, sendo Controle (frutos
a titulação realizada conforme os métodos descritos por 2 (100%) 2 (100%) 2 (100%)
recém-colhidos)
AOAC (1992); sendo os resultados expressos em % na 3 (30 %)
polpa fresca, considerando-se o ácido málico como o 35 dias a 10ºC 2 (100%) 2 (100%) 4 (40 %)
predominante; Análise estatística: os dados obtidos foram 5 (30 %)
submetidos à análise de variância, por meio do teste F, e 3 (10 %)
as médias foram comparadas mediante o teste de Tukey, 35 dias a 12ºC 2 (100%) 3 (100%) 4 (30 %)
em nível de 5% de probabilidade. Para o teste Tukey,à 5 (60 %)
medida que as fontes de variação idade de fruto e Obs: Os números entre parênteses indicam a proporção
temperatura de armazenamento demonstraram-se de frutos em cada estádio de coloração.
significativos na análise de variância, foram considerados
os efeitos isolados da idade do fruto, dentro do tratamento
controle e armazenados a 10 e 12°C;e os efeitos isolados Frutos de 20 semanas mostraram-se em estádio mais
do tratamento controle e armazenados 10 e 12°C, dentre avançado de maturação, baseado na coloração da casca,
os frutos colhidos com 16, 18 e 20 semanas. Quando a que frutos e 16 semanas e frutos de 18 semanas, após 35
análise de variância indicou efeito significativo para dias de armazenamento refrigerado, independentemente
interação idade de fruto x temperatura de armazenamento, da temperatura. Além disso, observou-se desuniformidade
procedeu-se ao teste de média concomitante para os dois na coloração da casca desses frutos. Frutos de 16 semanas,
efeitos isolados, anteriormente indicados. armazenados a 10°C e 12°C e frutos de 18 semanas,
resfriados a 10°C mantiveram, após refrigeração, o mesmo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
grau de coloração que apresentavam antes de serem
Chilling - Bananas Prata Anã , armazenadas por 35 armazenados. Já os frutos de 18 semanas, armazenados a
dias às temperaturas de 10 e 12°C, provenientes de cachos 12°C apresentavam-se em estádio mais avançado de
com 16, 18 e 20 semanas não apresentaram sintomas de maturação que os frutos controle após o armazenamento
chilling , na saída da câmara fria. Morrelli (2003) e Wills refrigerado.
(1990) observaram variações na sensibilidade ao chilling , Santos & Chitarra (1998) observaram que quanto
em função da cultivar e tempo de exposição de bananas às mais precoce a colheita mais tardia são as mudanças na
temperaturas de armazenamento. Os autores, embora não coloração da casca de bananas Prata . Os dados
tenham trabalhado com banana Prata Anã , verificaram observados no presente trabalho são coerentes com as
que a temperatura mínima de segurança variou de 7,2°C a observações de Santos & Chitarra (1998). De acordo com
14°C, dependendo da cultivar. Lima et al. (2001) Lima et al. (2001), o amadurecimento de banana Prata Anã
é retardado, mas não influenciado negativamente por Os frutos controle (recém-colhidos) apresentaram
temperaturas iguais ou superiores a 12°C. firmeza semelhante, independentemente de serem
Relação polpa/casca - A relação polpa/casca foi provenientes de cachos com 16, 18 e 20 semanas. O mesmo
influenciada apenas pelo fator idade do cacho (Tabela 2). foi observado para os frutos armazenados por 35 dias a
10ºC. Já um amaciamento foi notado em função do avanço
da idade dos cachos, para os frutos armazenados por 35
TABELA 2 Médias de relação polpa/casca de bananas dias a 12ºC.
Prata Anã , em função da idade do cacho independente A temperatura de 10ºC foi eficaz na prevenção do
do armazenamento sob refrigeração. amaciamento dos frutos de 16 semanas e frutos de 18
Médias semanas. Já a temperatura de 12ºC foi eficiente na prevenção
Idade de cacho (semanas) do amaciamento em frutos de 16 semanas apenas. A
Relação Polpa/Casca
20 1,572 a temperatura de 10ºC foi mais efetiva que a temperatura de
18 1,292 b 12ºC, na prevenção do amaciamento de bananas
provenientes de cachos com 20 semanas, embora o
16 1,220 b
amaciamento dos frutos armazenados a 10ºC tenha sido
Médias seguidas da mesma letra são iguais entre si pelo observado, em comparação ao controle.
teste Tukey, ao nível de significância de 5%. O amaciamento de banana é um indicativo do
avanço no seu amadurecimento (BLEINROTH, 1993;
CARVALHO et al., 1988; SILVA et al., 1996; VILAS-BOAS
Os frutos provenientes de cachos com 20 semanas
et al., 2001), que pode ser controlado pela refrigeração. Os
apresentaram relação polpa/casca superior àqueles
resultados que evidenciaram-se no presente trabalho são
provenientes de cachos com 16 e 18 semanas. A relação
condizentes com tal afirmação.
polpa/casca, que obteve-se neste trabalho foi em média de
Amido, açúcares e sólidos solúveis totais - A variável amido
1,22 e 1,29 para frutos de 16 semanas e frutos de 18
foi influenciada pelos fatores idade do cacho e
semanas, ambos grupos estando verdes, apresentando
armazenamento refrigerado, isoladamente (Tabelas 4 e 5),
índice de coloração 2 e 1,57 para os frutos de 20 semanas,
enquanto as variáveis açúcares e sólidos solúveis totais,
estes com índice de coloração variando de 2 a 5. Esses pela interação entre ambos fatores (Tabela 6).
valores foram próximos aos encontrados, para banana Os frutos de 20 semanas apresentaram, em média,
Prata , por Santos & Chitarra (1998) e superiores aos teores de amido inferiores aos frutos de 16 e 18 semanas
apresentados por Vilas-Boas (1995), em média 1,09, para (Tabela 4), o que sugere um mais avançado estado de
os frutos verdes. maturação para os frutos de 20 semanas.
Firmeza - A firmeza foi influenciada, interativamente, pelos Os frutos armazenados a 10 e 12°C, por 35 dias,
fatores armazenamento refrigerado e idade do cacho apresentaram, em média, teores de amido semelhantes
(Tabela 3). entre si, embora inferiores aos dos frutos controle,
indicando o início da degradação do amido, durante o
armazenamento refrigerado, independentemente da
TABELA 3 Valores médios de firmeza (N) de bananas temperatura.
Prata Anã , provenientes de cachos com 16, 18 e 20
semanas, após a colheita (controle) e armazenadas por 35
dias sob refrigeração. TABELA 4 Valores médios de amido (%) de bananas
Armazenamento Idade dos cachos (semanas) Prata Anã , após a colheita e armazenadas por 35 dias, sob
refrigerado 16 18 20 refrigeração a 10°C ou 12°C, em função da idade do cacho.
Controle (frutos Idade do cacho (semanas) Amido (%)
6,50 a A 6,94 a A 7,32 a A
recém-colhidos)
20 19,331 b
35 dias a 10ºC 7,25 a A 6,68 ab A 6,39 b A
35 dias a 12ºC 6,97 a A 5,64 b B 3,55 c C 18 21,540 a
Médias seguidas da mesma letra, maiúscula na horizontal 16 22,994 a
e minúscula na vertical, não diferem entre si pelo teste Médias seguidas da mesma letra são iguais entre si, pelo
Tukey, ao nível de significância de 5%. teste Tukey, ao nível de significância de 5%.
TABELA 5 Valores médios de amido (%) de bananas com a degradação do amido, à exceção da variável açúcares
Prata Anã , provenientes de cachos com 16, 18 e 20 solúveis totais, para os frutos de 16 semanas.
semanas, após a colheita (controle) e armazenadas por 35 A conversão de amido em açúcares, com
dias sob refrigeração. conseqüente acúmulo de sólidos solúveis totais, consiste
Armazenamento num importante evento durante o amadurecimento de
Amido (%) bananas, responsável por modificações desejáveis, no seu
refrigerado
sabor e textura (VILAS-BOAS et al., 2001). O armazenamento
Controle (frutos
23,086 a refrigerado visa retardar tais alterações, que diminuiriam a
recém-colhidos)
vida de prateleira do produto, sendo que o estádio de
35 dias a 10ºC 20,468 b
maturação dos frutos influencia sua vida pós-colheita
35 dias a 12ºC 20,312 b (SANTOS & CHITARRA, 1998).
Médias seguidas da mesma letra são iguais entre si, pelo pH e acidez titulável - O pH e a acidez titulável foram
teste Tukey, ao nível de significância de 5%. influenciados pelos fatores idade do cacho e
armazenamento refrigerado (Tabela 7).
foram inferior e superior, respectivamente, em relação à MORETTI, V. A.; BICUDO NETO, L. de C.; ALMEIDA, L.
dos frutos mantidos à temperatura de 10ºC e dos frutos A. S. B.; RENESTO, O. V. Banana: cultura, matéria-prima,
controle, devido a seu estado mais avançado de processamento e aspectos econômicos. 2. ed. Campinas:
maturação. A acidificação da polpa de banana é uma ITAL, 1993. 302 p. (Frutas tropicais, 3).
modificação natural, observada ao longo do seu
amadurecimento (VILAS-BOAS, 2001). BOTREL, N.; FREIRE, M. J.; VASCONCELOS, R. M. de;
Os valores de pH e acidez titulável, que observaram- BARBOSA, H. T. G. Inibição do amadurecimento da banana
se este trabalho, são concordantes com os publicados por Prata Anã com a aplicação do 1-Metilciclopropeno.
outros autores, para diferentes cultivares de banana, verde- Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 1,
maturas (BLEINROTH, 1995; BOTREL et al., 2002; p. 53-56, abr. 2002.
FERNANDES et al., 1979; SGARBIERI & FIGUEIREDO,
1966), entretanto, são discordantes dos apresentados por CANCIAN, A.; CARVALHO, V. D. Manejo pós-colheita da
Santos & Chitarra (1998), ao trabalharem com banana banana. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 6, n. 63,
Prata , em função da idade do cacho. p. 47-53, jul. 1980.
BLEINROTH, E. W. Matéria prima. In: INSTITUTO DE MORRELLI, K. I.; PIERCE, B. M. H.; KADER, A. A. Genotypic
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS. Bananas: cultura, matéria- variation in chilling sensitivity of mature-green bananas and
prima, processamento e aspectos econômicos. 2. ed. plantains. Hortechnology, Davis, Apr./June 2003.
Brasília, DF: Embrapa, 1995. (Série Fruta do Brasil).
SANTOS, J. E. da S.; CHITARRA, M. I. Relação entre a
BLEINROTH, E. W. Matéria prima. In: MEDINA, J. C.; idade do cacho de banana Prata à colheita e a qualidade
BLEINROTH, E. W.; MARTIN, Z. J. de; TRAVAGLINI, D. dos frutos após a colheita. Pesquisa Agropecuária
A.; OKADA, M.; QUAST, D. G.; HASHIZUMED, T.; Brasileira, Brasília, v. 33, n. 9, p. 1475-1480, set. 1998.
SGARBIERI, V. C.; FIGUEIREDO, I. B. Estudo bioquímico Ciências dos Alimentos) Universidade Federal de Lavras,
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