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Produção de etileno em frutos de ameixeira ‘Prunus domesti-

ca’ sujeitos a duas temperaturas de conservação


Ethylene production by ‘Prunus domestica’ plums during storage at two
different temperatures

A.E. Rato1, J.M. Barroso1, A.C. Agulheiro1

RESUMO tos. No entanto, contrariamente à maioria


das espécies fruteiras, nesta variedade
A síntese de etileno em frutos climatéri- observa-se uma diminuição na taxa de pro-
cos tem sido bastante estudada pela influên- dução de etileno quando os frutos, sujeitos à
cia que tem na conservação dos mesmos. conservação pelo frio, são posteriormente
Por esse motivo tem-se tentado através de retirados para a temperatura ambiente. Este
alterações das condições ambientais, influ- decréscimo é tanto mais acentuado quanto
enciar a produção de etileno. Em muitas es- maior for o período de exposição ao frio.
pécies a exposição dos frutos ao frio favore- Esta variedade é habitualmente conservada
ce a síntese de etileno, quando estes são entre os 0-2 ºC e apresentando um período
transferidos para a temperatura ambiente, de comercialização de 2 semanas após a co-
também a actividade enzimática da ACC lheita.
sintetase aumenta rapidamente nos frutos Pretendeu-se com este trabalho perceber
quando da sua passagem para a temperatura que tipo de efeito existe relativamente à
ambiente. Em algumas variedades de pêras produção de etileno nesta variedade. Estu-
e maçãs têm-se mesmo utilizado a exposi- dou-se a influência de duas temperaturas de
ção a baixas temperaturas apenas com o ob- conservação, (1 ºC e 7 ºC ± 1 ºC), na produ-
jectivo de conseguir uma maturação mais ção de etileno. Os frutos foram sujeitos a
homogénea e uma textura aceitável. diferentes períodos de conservação frigorífi-
Relativamente à ameixeira Prunus ca: 0, 2, 5, 8 e 14 dias, ao fim dos quais era
domestica L. ‘Rainha Claudia Verde’ existe retirada uma amostra para monitorização da
pouca informação acerca da expressão dos produção de etileno. Estudou-se ainda a
genes que controlam a maturação, mais evolução, da textura, da acidez, e do SSC
concretamente das enzimas ACC sintetase e (teor dos sólidos solúveis) dos frutos duran-
ACC oxidase. Durante a maturação da te a sua conservação frigorífica.
ameixa ‘Rainha Claudia Verde’ observa-se Dos resultados obtidos verificou-se que a
um aumento na produção de etileno e na conservação dos frutos a 7 ºC não influencia
taxa de respiração, paralelamente a um significativamente a produção de etileno,
decréscimo da acidez e da firmeza dos fru- 0,3 nl/g/h, quando comparado com os frutos

1
Depto. de Fitotecnia, Instituto de Ciências Agrárias Mediterrânicas (ICAM),Universidade de
Évora, - Apartado 94 – 7002-554 Évora, e-mail: aerato@uevora.pt
332 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

não sujeitos ao frio. Os frutos conservados à tion of fruits softening rate, % acidity and
temperatura de 1 ºC durante 14 dias produ- SSC (soluble solids content).
ziram menores quantidades de etileno quan- Upon rewarming, it was observed at end
do comparados com os restantes grupos. of storage period (14 days), in fruits held at
Um período de conservação de 2 dias a 7 ºC 1 ºC, a decrease in ethylene production,
induziu nos frutos um aumento na produção relative to controls. In fruits held at 7 ºC the
de etileno quando comparados com os fru- storage period didn’t affected the maximum
tos não sujeitos ao frio. Em ambas as tempe- ethylene production, 0,3 nl/g/h.. A short pe-
raturas de conservação, verificou-se uma riod of cold (2 days at 7 ºC) induced an en-
antecipação no pico do climatérico, quando hancement of ethylene production relative
se comparam frutos com e sem conservação to fruits held at 20 ºC.
frigorífica. SSC and % acidity showed an expected
evolution. At end of storage period fruits
showed a higher SSC and lower % acidity
ABSTRACT due to metabolic processes and transpira-
tion. Fruits held at 7 ºC showed a higher
Low temperatures interacts with ethylene SSC and a lower % acidity than fruits held
biosynthesis and ripening in many species. at 1 ºC. Fruit firmness decrease during the
Exposure fruits to low temperatures pro- storage period. Fruits held at 7 ºC remained
motes ethylene biosynthesis in a number of significantly firmer after 14 days storage
apple and pears cultivars because low tem- than fruits held at 1 ºC.
peratures stimulates ACC synthase activity Despite SSC and % acidity evolutions
after fruits being warmed up.. Some pears suggests that fruit storage conditions are bet-
and apples varieties required a cold treat- ter at lower temperatures, fruits held at 7 ºC
ment to achieve good colour, acceptable showed a lower softening rate and a higher
texture and flavour. ethylene production rate than fruits held at
In ‘Prunus domestica’ plums cv ‘Raínha 1 ºC. The role of ethylene in softening and
Claudia verde’, a climacteric fruit, there is ethylene cold induction of this cultivar may
little information about ripening process but be clarified by future research on ACC oxi-
we observed after a cold storage period a dase and ACC synthase and in ethylene sen-
decrease in ethylene production upon re- sitivity.
warming. The longer the storage period the
stronger the depress in ethylene biosynthe-
sis. This cultivar is usually stored at 0-2 ºC, INTRODUÇÃO
it has small commercial period because of
its short postharvest life. In cold chambers A evolução da maturação nos frutos com
fruits became soft very quickly and im- climatérico é caracterizada, entre outros as-
proper to commercialise. pectos, pelo aumento da produção de etile-
The aim of this study was to compare the no. Nestas espécies, o máximo da produção
effect of two different storage temperatures de etileno marca o ponto irreversível da ma-
(1 ºC and 7 ºC ±1º) during 0, 2, 5, 8, and 14 turação, após o que se inicia a senescência.
days in ethylene production upon rewarm- A exposição a baixas temperaturas pro-
ing of ‘Raínha Claudia Verde ‘plums. It was move a produção de etileno em pêras, ma-
also studied, during cold storage, the evolu- çãs, kiwi e pepino (Agar, et al., 1999, Gera-
sopoulos & Richardson, 1997, Lara & Ven-
PRODUÇÃO DE ETILENO EM AMEIXA A DUAS TEMPERATURAS DE CONSERVAÇÃO 333

drell, 2003, Larrigaudiere et al., 1997, Leliè- vidade da enzima ACC oxidase provocado
vre et al., 1995, Tian et al., 2002). Nas pela diminuição de temperatura (Lederman
variedades de pêra de maturação mais tardia et al., 1997).
tais como ‘D’Anjou’ e ‘Passe-Crassane’ As nectarinas apresentam um tipo de
torna-se mesmo necessário a aplicação de dano provocado pelo frio que se identifica
um tratamento pelo frio para que a matura- por uma diminuição da consistência e au-
ção ocorra normalmente (Gerasoupolos & sência de sumo na polpa dos frutos. Ao con-
Rishardson, 1997, Lelièvre et al., 1995, trário de outras espécies em que o apareci-
Agar et al., 1999). Em algumas variedades mento dos danos pelo frio está associado a
de maçãs (‘Granny Smith’ e ‘Pacific Rose’) um aumento brusco da síntese de etileno,
observou-se que o efeito dos tratamentos quando os frutos são retirados da conserva-
prévios pelo frio poderiam substituir os efei- ção para a temperatura ambiente, em necta-
tos de um pré-tratamento por etileno, para rinas, o aparecimento de danos pelo frio pa-
que os frutos atingissem a consistência pre- rece estar relacionado com a inibição da
tendida (Johnston et al., 2002). O efeito do produção de etileno inibição esta provocada
frio na conservação dos frutos está muito pelo frio. A aplicação de etileno em nectari-
estudado para espécies tropicais que apre- nas da variedade ‘Flavortop’, durante a con-
sentam uma sensibilidade maior aos danos servação, diminuiu o aparecimento de danos
provocados pelo frio. Em mangas da pelo frio. (Zhou et al., 2001).
var.’Keitt’, espécie climatérica, verificou-se Na ameixa Prunus domestica cv ‘Raínha
que a produção de etileno a 20 ºC não era Claudia verde’ observa-se que a conserva-
aumentada quando se sujeitavam os frutos a ção frigorífica a 2 ºC com a passagem poste-
temperaturas baixas (0,2 e 5 ºC) durante a rior dos frutos para 20 ºC, leva a uma dimi-
conservação (Lederman et al., 1997). nuição na produção de etileno. Esta dimi-
Na origem do estímulo da produção de nuição verifica-se logo ao fim de 6 dias de
etileno está a conversão de ACC (aminoci- conservação frigorífica observando-se su-
clopropano-1-ácido carboxílico) em etileno cessivos decréscimos durante os 35 dias de
mediado pelas enzimas ACC oxidase ensaio (Rato et al., 2005). Esta variedade
(ACO) e ACC sintetase (ACS). O frio pro- apresenta um curto período de comerciali-
move um aumento da actividade das enzi- zação cerca de 2 a 3 semanas após a colhei-
mas ACC oxidase e sintetase. Assim, em ta, tornando-se a polpa dos frutos no final
maçãs da variedade ‘Braeburn’ verificou-se deste período pouco consistente.
que o aumento brusco na produção de etile- Com este trabalho pretendeu-se estudar o
no a 20 ºC após a conservação frigorífica comportamento que esta variedade teria à
deveu-se a uma maior actividade das enzi- temperatura ambiente quando anteriormente
mas ACS e ACO, sendo esta última activa- fora sujeita a duas temperaturas de conser-
da só quando os frutos são retirados do frio vação e qual a influência destes dois regi-
para a temperatura ambiente (Tian et al., mes térmicos na produção de etileno, firme-
2002). Em mangas da var. ‘Keitt’ a produ- za e composição química dos frutos.
ção de etileno a 20 ºC só era aumentada
quando se adicionava ACC ao meio e que
este aumento era tanto maior quanto menor MATERIAL E MÉTODOS
fosse a temperatura de conservação a que os
frutos foram sujeitos. Estes resultados suge- Os frutos foram colhidos de um pomar
rem, para esta espécie, um aumento da acti- localizado em Estremoz, quando se encon-
334 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

travam na maturação comercial, isto é quan- RESULTADOS E DISCUSSÃO


do apresentam 17% de SSC (sólidos solúveis
totais) e a polpa se destaca facilmente do A evolução crescente dos SSC deve-se à
caroço. Após a colheita os frutos foram divi- maior desidratação dos frutos e não à degra-
didos em dois grupos e conservados a 1º e dação do amido já que esta espécie não tem
7 ºC respectivamente. Um terceiro grupo de amido como açúcar de reserva (Figura 1)
10 frutos foi escolhido para monitorizar a (Seymour et al., 1993). Tendo a transpira-
produção de etileno a 20 ºC, ou seja sem o ção valores mais elevados a temperaturas
efeito do frio. Grupos de 10 frutos foram reti- mais altas, os frutos conservados a 7 ºC têm
rados da câmara ao fim de 2, 5, 8 e 14 dias de um teor de sólidos solúveis totais mais ele-
conservação sendo a produção de etileno ava- vado por haver uma maior concentração de
liada a 20 ºC. todos os constituintes celulares.
Para a recolha de etileno utilizaram-se con- A % de acidez verificada nos frutos con-
tentores com ventilação controlada onde os servados a uma temperatura de 7 ºC foi infe-
frutos foram encerrados durante todo o rior à verificada nos frutos mantidos a 0 ºC
período de colheita de amostras. As amostras ainda que em ambas as temperaturas a ten-
foram recolhidas do espaço de cabeça sendo dência tenha sido decrescente ao longo do
injectado 1 ml num cromatógrafo HP serie período de conservação (Figura 2). Resulta-
6890 equipado com detector FID a 280 ºC, dos semelhantes foram obtidos em pêras
com uma coluna de enchimento PORAPAK var.’Anjou’ em que no final de um período
N (80/100 mesh). O gás de arraste utilisado de maturação a 20 ºC, após um tratamento
foi azoto (20ml/min), a temperatura do forno prévio pelo frio, registaram valores da aci-
foi 70 ºC. (Song e Bangerth, 1996). Para dez inferiores aos valores iniciais (Geraso-
além da produção de etileno foram analisa- polous & Richardson, 1997). A diminuição
das, em todas as amostras, a concentração de da acidez ao longo da conservação tem ori-
Sólidos Solúveis Totais (SSC) em ºBrix, a gem, após a colheita, no consumo de ácidos
acidez titulável expressa em % de ácido má- como reserva energética nos frutos (Seymour
lico, e a firmeza da polpa. Para a avaliação da et al., 1993). À temperatura de 7 ºC a respira-
firmeza dos frutos foram analisados um gru- ção dos frutos tem valores mais elevados o
po de 10 frutos que foram retirados no final que justifica os valores inferiores da acidez
de cada período de conservação, após o teste para esta temperatura de conservação.
da firmeza o mesmo grupo de frutos era utili- Para as duas temperaturas de conservação
zado para a avaliação da acidez e o valor de observou-se um decréscimo na firmeza da
SSC. O dispositivo utilizado na avaliação da polpa (Figura 3). À temperatura ambiente e
firmeza dos frutos foi um texturómetro TA- após a colheita, ocorre nas paredes celulares
HDi com uma sonda cilíndrica de 3 mm de dos frutos uma degradação da pectina da
diâmetro de base plana. Para o efeito retirou- lamela média o que leva a uma perda da
se a epiderme dos frutos considerando-se consistência da polpa dos frutos (Seymour
como parâmetro de avaliação a força máxi- et al., 1993).
ma de penetração da sonda na polpa (Fmax). Neste ensaio, observou-se, ao fim dos 14
A avaliação da acidez foi efectuada por titu- dias de conservação a 7 ºC que os frutos
lação e o teor de SSC foi avaliado por refrac- apresentaram uma firmeza significativa-
tometria com um efractómetro modelo mente superior (p<0,0011) relativamente
ATAGO. A análise estatística foi efectuada aos frutos conservados a 1 ºC (Figura 3).
no software Statistica 5.0. Resultados semelhantes foram obtidos por
PRODUÇÃO DE ETILENO EM AMEIXA A DUAS TEMPERATURAS DE CONSERVAÇÃO 335

22,5

22

21,5

21 1ºC
SST

20,5 7ºC
20

19,5

19
0 5 10 15

nº de dias de conservação

Figura 1 – Evolução dos SSC em frutos conservados a duas temperaturas diferentes

Martinez-Romero et al. (2003) em pepino Observou-se nos frutos de ameixa que es-
onde observaram uma maior perda de fir- tiveram à temperatura de 1 ºC durante 14
meza nos frutos conservados a 1 ºC compa- dias que o máximo na produção de etileno
rativamente aos frutos conservados a tempe- (0,20 nl de etileno/g/h) ocorreu 3 dias mais
raturas superiores. Nesta espécie, segundo cedo do que nos frutos conservados apenas
estes autores, os danos pelo frio parecem es- 2 dias nas mesmas condições (Figura 4 e
tar na origem da redução de firmeza verifi- Figura 5). Esta antecipação do climatérico,
cada a 1 ºC. após a conservação frigorífica, foi igualmente

0,99
0,97
0,95
0,93
%acidez

0,91
0,89 7ºC
0,87
0,85 1ºC
0,83
0,81
0,79
0 2 5 8 14

nº de dias de conservação
Figura 2 – Evolução da acidez em frutos conservados a duas temperaturas diferentes
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4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1ºC
Fi

1,0
0,5 7ºC
0,0
(N)

0 2 5 14
Dias de conservação frigorífica
Figura 3 – Evolução da firmeza dos frutos após conservação a 1 ºC e 7 ºC

observada por Tian et al. (2002) em maçãs apresentados). Em kiwi ‘Hayward’ Antunes
da var. ‘Braeburn’ e por Gerasoupolos & & Sfakiotakis (2002) verificaram um acrés-
Richardson (1997) em pêras da var. cimo no máximo da produção de etileno a
‘d’Anjou’. 20 ºC, nos frutos após conservação a 0 ºC
Verificou-se também que nos frutos sujei- durante 12 dias, no entanto para períodos de
tos a 1 ºC durante apenas 2 dias o valor conservação de 17 dias a quantidade de eti-
máximo da produção de etileno foi de 0,240 leno produzida diminuia bruscamente.
nl/g/h. Para os restantes períodos de conser- Segundo estes autores a capacidade de pro-
vação em estudo (5 e 8 dias ) a 1 ºC, obser- duzir etileno depende do tempo de exposi-
vou-se, de igual forma, uma diminuição ção às baixas temperaturas. Nos frutos
gradual do valor máximo da produção de expostos
etileno à temperatura ambiente (dados não

0,35
0,30
0,25
nl/g/h

0,20
0,15
0,10 2 dias
0,05 a 1ºC
0,00 2 dias
a 7ºC
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1112
control
dias a 20ºC
Figura 4 – Evolução da produção de etileno (nl/g/h) a 20 ºC em frutos com
2 dias de conservação frigorífica
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0,35
0,3
0,25
nl/g/h

0,2
0,15
0,1
14 dias
0,05 a 1ºC
0 14 dias
a 7ºC
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
control
dias a 20ºC
Figura 5 – Evolução da produção de etileno (nl/g/h) a 20 ºC em frutos com 14
dias de conservação frigorífica

ao frio por períodos longos podem ocorrer dos a 7 ºC estavam simultaneamente mais
danos na enzima ACO que levam à dimi- doces e menos ácidos que os frutos conser-
nuição da produção de etileno (Antunes & vados a 1 ºC.
Sfakiotakis, 1997). Considerando as 3 temperaturas de con-
Os frutos que não foram sujeitos ao tra- servação (1º, 7º e 20 ºC), só a temperatura
tamento pelo frio apresentaram um má- de conservação de 1 ºC levou a um decrés-
ximo de 0,24 nl/g/h para a produção de cimo do climatérico. Os frutos conservados
etileno após 7 dias à temperatura ambien- a 7 ºC apresentaram, para qualquer período
te (Figuras 4 e 5). de conservação, um valor máximo para a
Para os frutos conservados a 7 ºC produção de etileno de 0,3 nl/g/h. Este valor
durante 14 dias, o climatérico ocorreu 4 foi superior ao valor máximo exibido pelos
dias antes comparando com os frutos con- frutos conservados a 20 ºC. Os resultados
servados apenas 2 dias (Figura 4 e Figura apresentados parecem indicar a ocorrência
5). Verificando-se ainda que o valor de danos provocados pelo frio nesta varie-
máximo atingido foi para aquele grupo de dade. Seria interessante perceber em futuros
frutos, o mais elevado (0,30 nl/g/h). trabalhos qual a relação destes danos nesta
variedade com a acção das enzimas ACO e
ACS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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