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Turma: 8822 - G2
RELATÓRIO DE EXPERIMENTO
Recristalização e determinação do ponto de fusão do ácido benzóico
Salvador – Ba
Maio, 2023
Instituto federal de educação, ciência e tecnologia da Bahia - IFBA
Coordenação do curso de química
Departamento acadêmico de Química - DAQ
Docente: Marcus Vinicius Bahia
Disciplina: química orgânica prática
Equipe técnica: Jessy Julia dos santos araújo e Maria Clara de Santana Ribeiro
Salvador - Ba
Maio de 2023
APRESENTAÇÃO
Este relatório descreve as atividades desenvolvidas por Jessy julia dos santos araujo,
aluno do curso de técnico de química integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Bahia, no âmbito da parte experimental da disciplina Química orgânica prática,
durante o 1° semestre de 2023.
Serão descritos os objetivos, a parte experimental, os resultados, os cálculos, a
discussão e as conclusões referentes ao experimento intitulado “Recristalização e
determinação do ponto de fusão do ácido benzóico ”.
_________________________
Jessy Júlia dos Santos Araújo
Sumário
1. Objetivos…………………………………………………………………………….……..4
1.1. Objetivo geral………………………………………………………………...…...………4
1.2. Objetivos específicos………………………………………………………….……….….4
2. Introdução…………………………………………………………...……………..………4
3. Parte experimental………………………………………………………………..……….7
3.1. Materiais e reagentes…………………………………………….…………..……………7
3.2. Metodologia………………………………………………………………..……………..8
3.3. Procedimento………………………………………………………….…………………..8
3.4. Fluxograma……………………………………………………………...……………….10
4. Reações……………………………………………………………………………………11
5. Mecanismo……………………………………………………………...…………………11
6. Discussão dos resultados…………………………………….……………………..…….12
6.1. Escolha do solvente…………………………………………………………….………..12
6.2. Recristalização e Determinação do rendimento do ácido
benzóico………………………………………………….……………………..……………16
6.3. Determinação do ponto de fusão do ácido benzóico………………………………...…..20
7. Conclusão………………………………………………………………..………………..22
8. Referências…………………………………………………………….………………….23
4
1. Objetivos
2. Introdução
3. Parte experimental
Bastão de vidro - 1
Tubo capilar - 2
Termômetro - 1
Garra - 2
Balança analitica - 1
Suporte universal - 2
Anel de látex - 1
Pinça - 1
Papel de filtro - 2
Filtro - 1
Filtro a vácuo - 1
Bomba de vácuo - 1
Aro metálico - 1
Kitassato 500 mL 1
Béquer 100 mL 1
Béquer 250 mL 2
Vidro de relógio - 1
Proveta 100mL 1
Espátula - 1
Tubo de ensaio - 2
Agitador magnético - 1
Contas de vidro - 2
Fonte: Criado por Jessy Araújo, 2023 “-” = Não se aplica
8
Tabela 2: Reagentes destinados à recristalização e determinação do ponto de fusão.
Àgua -
Glicerina - 40 -50 mL
Acetona P.A *
Diclorometano P.A *
Hexano 85% *
Etanol 95% *
3.2. Metodologia
3.3. Procedimento
1. Para obter a amostra finamente dividida, transferiu-se uma pequena fração, cerca de
0,1 g, para um vidro de relógio e pulverizou-a com auxílio de bastão de vidro;
2. Preparou-se três tubos capilares, previamente fechados com o auxílio de uma
lamparina.
3. Colocou-se um pouco da amostra pulverizada no tubo capilar, empacotando-a.
4. Alternativamente ao aparelho de determinação do ponto de fusão, utilizou-se um
béquer de 100 mL contendo 40-50 mL de glicerina para banho de aquecimento e,
neste caso, o conjunto tubo capilar/termômetro foi inserido no béquer, sem tocar o
fundo. O aquecimento foi realizado numa placa aquecedora. Acrescentou-se ao
béquer agitadores magnéticos, para um aquecimento homogêneo.
5. Aqueceu-se o sistema e registrou a temperatura no início e ao final da fusão.
6. Deixou-se o banho esfriar cerca de 10 a 15 °C abaixo do ponto de fusão que foi
determinado, substituiu-se o capilar por outro e repetiu o procedimento de
determinação.
10
3.4. Fluxograma
3.4.1. Fluxograma 1: Escolha do solvente
4. Reações
*Este item não se aplica ao experimento.
5. Mecanismos
* Este item não se aplica ao experimento.
12
6. Resultados e discussão
Acetona Solúvel -
Diclorometano solúvel -
sejam superadas pelas interações entre soluto e solvente 4. Com base nesta informação,
examina-se a estrutura dos compostos.
O ácido benzóico é um composto constituído por um anel benzênico de caráter apolar,
que devido às ligações carbono-carbono e carbono-hidrogênio possui forças de interação
fracas, dispersão de London. Por outro lado, o grupo carboxila que também compõe a
molécula do ácido benzóico possui caráter polar, com base na ligação de hidrogênio presente
(figura 1; p. 13). Sendo o anel aromático funcionalizado por um grupo altamente polar
(-COOH), a molécula porta um momento dipolo significativo. Com base nisso, atribui-se
caráter polar ao composto. A cadeia carbônica também contribui para a polaridade, entretanto
em uma escala menor 5.
Fonte: https://www.merckmillipore.com/BR/pt/product/Benzoic-acid,MDA_CHEM-822257
carbônica menor(Figura 3; p. 14) e devido a isto sua interação com a molécula de benzeno é
mais fraca e o polo positivo do hidrogênio da hidroxila está parcialmente mais carregado,
logo, a tendência de que a conexão entre soluto e solvente se de por pontes de hidrogênio por
meio da carboxila que constitui a molécula de etanol é maior 5, levando a solubilização
parcial do ácido benzóico em temperatura ambiente.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/etanol.htm
fortes do que as próprias interações dipolo - dipolo do CH2Cl2, sendo que as interações de
dispersão de London podem contribuir significativamente, já que ocorre em conjunto.
Em função de que a interação dipolo - dipolo depende da orientação espacial dos
dipolos interagentes 5, o contato muito próximo e alinhado ocasiona em uma interação mais
forte, se contrário, é mais fraca. Como os lados opostos dos dipolos se atraem, o átomo de
cloro interage fortemente com a carboxila e com o anel benzênico, que apresenta um dipolo
elétrico em virtude do grupo funcional polar. Assim, pode-se dizer que a distância e a
orientação em que essas moléculas interagem, corroboram para uma maximização da força
dipolo permanente - dipolo permanente.
No que se refere a acetona e o acetato de etila, solventes de caráter polar, em mérito
da presença do grupo carbonila (C=O), têm estruturas que lhes conferem interações tanto com
o benzeno quanto com a carboxila do ácido benzóico. O átomo de hidrogênio parcialmente
positivo do grupo carboxila ligado ao anel aromático pode estabelecer interações de ponte de
hidrogênio com o oxigênio parcialmente negativo da carbonila existente no acetato de etila e
na acetona. Aumentando, assim, a solubilidade do ácido benzóico nesses dois solventes em
uma baixa temperatura 5.
Fonte: https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/acetona/
Fonte: https://www.merckmillipore.com/BR/pt/product/Dichloromethane,MDA_CHEM-106048
16
Fonte: https://www.hoenka.com.br/blog/post/produtos-quimicos/acetato-de-etila
Fonte: https://www.merckmillipore.com/BR/pt/product/n-Hexane,MDA_CHEM-109687
A água, uma substância de caráter polar, possui interações de ponte de hidrogênio que
conectam suas moléculas fortemente, ao ponto de não haver a quebra de suas interações em
temperatura ambiente em razão da dissolução do ácido benzóico, por isso, para que ocorra,
fornece-se energia por meio de fontes de calor. Levando em conta que não aconteceu a
solubilização do sólido em baixa temperatura, dado também validado pela literatura (0.3g/
100ml de água a 20 °C) 7, entende-se que a parte da molécula do ácido que dificultou esta
interação foi o anel benzênico, visto que hidrocarbonetos são estruturas hidrofóbicas e a parte
hidrofílica, a carboxila, é muito pequena em comparação com o restante da estrutura,
possuindo uma interação muito forte, pontes de hidrogênio, similar a água. Ao passo que o
sistema é aquecido, a solubilidade do composto aumenta e as interações dos dois
componentes da mistura são rompidas, de modo que enquanto a solução estiver aquecida,
estas distintas moléculas podem se manter unidas por ligações de ponte de hidrogênio 5.
17
Fonte: https://www.todamateria.com.br/polaridade-das-moleculas/
Para além de cumprir os requisitos de solubilidade, a água é o solvente ideal, pois não
é tóxico, não interage com o soluto, possui baixo ponto de ebulição e é de baixo custo.
muito voláteis são potencialmente nocivos, já que volatilizam muito rápido e podem ser
inflamáveis. Desse modo, deixou-se os cristais secar livremente sem o uso de um dessecador
ou placa aquecedora.
Segundo os dados expostos (Tabela 4; p. 17), o rendimento da amostra foi de 60, 98%.
Compreende-se uma perda de 39,02% de material recristalizado, sendo parte desta perda
composta por impurezas.
Aferições 1° 2° 3° média
Amostra
120 - 121°C 120 - 121,5°C 122 - 123,5°C 120,7 - 122°C
recristalizada
inicial e a temperatura final. Este intervalo indica que houve a purificação da amostra após a
recristalização. De acordo com a literatura, a faixa de temperatura de uma amostra pura varia
de 1 a 2°C e se impura, a variação pode ser entre 3 a 5°C de diferença 6.
Quando há impurezas no sólido, esse intervalo aumenta e o ponto de fusão sucede
numa temperatura mais baixa do que o ponto característico da substância, isto porque a
presença de impurezas pode enfraquecer as interações intermoleculares da substância, de
modo que a energia necessária para romper as interações e fundir o sólido é reduzida 11. A
permanência destas impurezas após a purificação pode estar interligado a uma formação
amorfa dos cristais, uma vez que durante a recristalização o sistema é pertubado por
aplicação do método de nucleação com um bastão de vidro ou causado por um resfriamento
brusco, suscitando no acúmulo de impurezas na estrutura cristalina 9. Em virtude de que o
fenômeno não ocorreu neste experimento, o dado apontado pelo ponto de fusão revela a
obtenção de um resultado efetivo do procedimento.
Em relação à amostra padrão, a média das duas aferições feitas com o auxílio do
método alternativo, apresenta um intervalo de 5,5 °C, evidenciando que o ácido benzóico
padrão estava com um alto teor de impureza. Tal comportamento se dá justamente pela
existência de contaminantes, os quais alteram a interação entre as partículas que compõem o
material, de modo que compromete o valor inicial e final em que o composto passa da fase
sólida para a fase líquida.
Ao comparar os dados obtidos das médias de temperatura do ponto de fusão das
amostras, recristalizada 120,6 - 122°C e padrão 118,5 - 124°C, constata-se que ocorreu a
purificação do sólido durante o processo de recristalização devido a redução da faixa de
temperatura, atingindo, portanto, um alto grau de pureza.
22
7. Conclusão
8. Referências