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“GRAVIMETRIA”
Em uma análise gravimétrica utiliza-se uma série de operações para se
determinar a quantidade de um constituinte de uma amostra, tanto por
pesagem direta do elemento puro, quanto por um seu derivado, cuja
composição é conhecida e bem definida. Esse procedimento analítico constitui-
se em método de extensa aplicação na determinação de macroconstituintes de
uma amostra. As principais vantagens da análise gravimétrica constituem-se
em operações unitárias de fácil execução e utiliza-se equipamentos simples;
entretanto, as desvantagens são: tempo muito longo para sua execução e
sujeito a uma série de erros acumulativos.
No procedimento de uma análise gravimétrica deve-se observar as etapas
sucessivas que compõem esse tipo de análise, a saber:
1 – preparação da amostra;
2 – preparação da solução – ataque de amostra;
3 – precipitação e digestão;
4 – filtração;
5 – lavagem;
6 – calcinação ou secagem;
7 – pesagem;
8 – cálculos.
Preparação da amostra: A quantidade de substância utilizada numa análise
química é de cerca de 1 g, todavia, deve-se tomar os cuidados e precauções
necessárias para que essa pequena quantidade represente fielmente o material
cuja composição se quer determinar.
Preparação da solução – ataque de amostra: Para início da análise
gravimétrica é necessário que o elemento desejado esteja em solução.
Prepara-se, portanto, uma solução conveniente através de um tratamento
químico escolhido de acordo com a natureza da amostra analisada.
Precipitação e digestão: O elemento a ser dosado (macroconstituinte) é
separado da solução preparada através da formação de um precipitado
convenientemente escolhido em cada caso. Deve-se escolher um reagente
precipitante que conduza à formação de um precipitado quantitativamente
insolúvel.
Envelhecimento dos precipitados: É comum nos procedimentos
gravimétricos deixar o precipitado repousar, na presença da água mãe, durante
determinado tempo, antes de ser filtrado. Nesse tempo ocorre um
envelhecimento do precipitado. Este envelhecimento foi definido como o
conjunto de transformações irreversíveis que ocorrem num precipitado depois e
é também chamado de digestão do precipitado. Durante este processo as
partículas pequenas tendem a dissolver-se e reprecipitar-se sobre a superfície
dos cristais maiores. Este fenômeno é chamado “amadurecimento de Ostwald”
e ocorre porque as partículas menores são mais solúveis que as maiores, de
tal modo que uma solução contendo partículas pequenas é supersaturada em
relação a uma solução que contém partículas grandes, o que provoca um
crescimento das partículas maiores a custa da dissolução das menores.
EXERCÍCIOS
1) Uma amostra de minério de cálcio, pesando 0,450 g foi tratada
convenientemente e o cálcio precipitado na forma de oxalato (CaC 2O4).
Após a secagem, o resíduo foi pesado acusando 0 6583 g. Qual o teor
de óxido de cálcio na amostra?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa, G.P., Química Analítica “Uma abordagem Qualitativa e
Quantitativa, Editora Érica/Saraiva, São Paulo, 2014.
Baccan, N., et al, Química Analítica Quantitativa Elementar, Editora Edgard
Blücher Ltda, São Paulo, 1990.
EXEMPLO RESOLVIDO
Uma amostra de calcita (CaCO3) impura que pesa 1,0168 g foi dissolvida e
precipitada na forma de oxalato de cálcio obtendo-se 1,2504 g de precipitado.
Calcular o teor de carbonato de cálcio na amostra de minério analisada.
CaC2O4 → Ca+2 + C2O4
128 g – 40 g
1,2504 g – X
X = 0,39075 de Ca +2
0,976875
Teor CaCO3 na amostra = x 100 = 96,073%
1,0168