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Física em ação 10.

º ano

TA Teste de Avaliação Física e Química A – 10.º ano

Escola: Data:

Nome: N.º: Turma:

Professor: Classificação:

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével azul ou preta. Pode utilizar régua, esquadro,
transferidor e máquina de calcular científica.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que
pretende que não seja classificado.
Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas ilegíveis
ou que não possam ser identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um mesmo
item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


• o número do item;
• a letra identificativa da única opção válida.

Nos itens de resposta aberta de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos os
cálculos efetuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.
As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado do teste.
O teste inclui uma Tabela de Constantes e um Formulário nas páginas 1 e 2.
O teste termina com a palavra FIM.

TABELA DE CONSTANTES

Módulo da velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,0  108 m s−1

Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto à superfície da Terra g = 9,80 m s−2

Capacidade térmica mássica da água c = 4,18  103 J kg−1 K −1

Massa volúmica da água  = 1,00 g cm−3

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FORMULÁRIO

• Energia
1
Ec = mv2 Epg = m g h Em = E c + E p
2

W = F d cos   W = E c WF = −Epg
g

U =RI P = R I2 U = −r I

P
E = m c T U = W + Q Er =
A

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1. Um sistema de aquecimento de água por energia solar é composto por uma placa coletora, tubos
e um tanque. A água passa no sistema, onde é aquecida pelos raios de luz que passam através
de uma cobertura transparente, circulando nos tubos, e é depositada no tanque (figura 1).

Figura 1

1.1. Admita que o rendimento do coletor é de 20% e que a potência média da radiação solar por
unidade de área é de 700 W m−2 .
Pretende-se aquecer 200 litros de água que se encontra no tanque, durante uma hora, de
20 C para 40 C .
Determine a área da placa coletora.
Apresente todas as etapas de resolução.

• Cálculo da energia útil


E = m  c  T  E =   V  c  T  E = 1,00  200  4,18  103  ( 40 − 20 )  E = 1,7  107 J

• Cálculo da energia fornecida ao coletor


Eútil 1,7  107
=  100  20 =  100  Efornecida = 8,5  107 J
Efornecida Efornecida

• Cálculo da potência fornecida ao coletor durante uma hora


Efornecida 8,5  107
Pfornecida =  Pfornecida =  Pfornecida = 2,4  10 4 W
t 1 60  60

• Cálculo da área da placa coletora


Pfornecida 2,4  10 4
Er =  700 =  Área = 34 m2
Área Área

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1.2. A cobertura de vidro do coletor solar é _____ à radiação visível incidente e ____ à maior
parte da radiação infravermelha emitida no interior do coletor, o que contribui para o aumento
da temperatura no interior do coletor.
(A) transparente … opaca X (C) transparente … transparente
(B) opaca … transparente (D) opaca … opaca
Opção (A)

1.3. Indique o(s) mecanismo(s) de transferência de energia que ocorre no coletor solar.
Radiação, condução e convecção.

1.4. A energia de radiação emitida por um corpo, por unidade de tempo e por unidade de área,
exprime-se em
(A) kW h m−2 (C) kJ s m−2
(B) kJ s−1 m−2 X (D) kW h−1 m−2
Opção (B)
E J kJ
A grandeza é a irradiância:  ou
t  Área sm 2
s  m2

1.5. Os tubos dos coletores solares são constituídos por um material metálico, uma vez que os
metais têm _____________ elevada e, pintados de preto são bons ___________ de
radiação.
(A) capacidade térmica ... refletores (C) condutividade térmica ... absorsores X
(B) capacidade térmica ... absorsores (D) condutividade térmica ... refletores
Opção (C)
Os metais são bons condutores de calor, pelo que apresentam valores de condutividade
térmica elevada, e os tubos são pintados de preto, pois são bons absorsores e maus
refletores de radiação.

1.6. Explique o mecanismo de transferência de energia que ocorre, no interior dos tubos dos
coletores solares, para aquecer a água.
Apresente um texto bem estruturado e com linguagem científica adequada que fundamente
a sua resposta.
Mecanismo de convecção.
A água que está a uma temperatura mais elevada fica menos densa e tem tendência a subir,
formando correntes ascendentes quentes. A água que está a temperaturas mais baixas fica
mais densa e tem tendência a descer, formando correntes descendentes frias. A este ciclo
de subida e de descida chama-se correntes de convecção.

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2. Com o objetivo de determinar o rendimento de um processo de aquecimento, um grupo de alunos


utilizou um calorímetro com 5,0 g de água e 20,0 g de gelo em equilíbrio térmico, à temperatura

de 0,0 C .
Os alunos começaram por introduzir um sensor de temperatura num dos orifícios do calorímetro
e uma resistência de aquecimento no outro orifício, como ilustrado na figura 2.

Figura 2

Em seguida, os alunos montaram um circuito elétrico, ligando a resistência de aquecimento a uma


fonte de alimentação (pilha), a um voltímetro, a um amperímetro e a um interruptor.

Na figura 3, encontra-se representado o gráfico da massa de gelo no interior do calorímetro em


função do tempo de aquecimento e, na tabela, estão registados os valores de algumas propriedades
físicas da água.

ponto de fusão = 0 C

Hfusão = 3,33  105 J kg−1

cgelo = 2,10  103 J kg−1 K −1

Figura 3

A figura 4 representa o gráfico da tensão nos terminais da pilha em função da corrente elétrica no

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circuito obtido a partir do conjunto de valores experimentais.

Figura 4

2.1. Determine o valor máximo da resistência de aquecimento, admitindo que esteve em


funcionamento durante uma hora.
Apresente todas as etapas de resolução.

• Cálculo da energia necessária para fundir o gelo durante 60 minutos


12,0
E = m  H  E =  3,33  105  E = 4,00  103 J
1000
• Cálculo da potência elétrica

E 4,00  103
Pútil = Pdissipada na resistência  Pdissipada na resistência =  Pdissipada na resistência = 
t 60  60
 Pdissipada na resistência = 1,11 W

• Cálculo da corrente elétrica que passa no circuito para que a resistência elétrica seja máxima
Sendo:
U = R  I  9,6092 − 2,8128  I = R  I (1)
e
Pdissipada na resistência = R  I 2  1,11 = R  I 2 ( 2)
Substituindo (1) em (2), vem:
1,11 = ( 9,6092 − 2,8128  I )  I  −2,8128  I 2 + 9,6092  I − 1,11 = 0 

I = 0,120 A V I = 3,30 A (3)


para que a resistência seja máxima

Substituindo (3) em (2), vem:

1,11
1,11 = R  0,1202  R =  R = 77,1 Ω
0,1202

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2.2. Qual é o rendimento máximo do processo de aquecimento?


96,5%
Pútil UI U  9,6092 − 2,8128  I 
=  100   =  100   =  100   =    100 
Pfornecida  I   9,6092 

 2,8128  I 
 = 1 −  100   = (1 − 0,29272  I )  100   = (1 − 0,29272  0,120 )  100 
 9,6092 

  = 96,5%

2.3. Qual é a corrente elétrica para que ocorra curto-circuito?

3,4162 A

Curto-circuito:
9,6092
U = 0 V  U =  − r  I  0 = 9,6092 − 2,8128  I  I =  I = 3,4162 A
2,8128

2.4. Quando a água atingiu os 10 C , os alunos verificaram que a pilha não foi totalmente gasta.
Os alunos representaram graficamente a tensão nos terminais da pilha em função da corrente
elétrica no circuito.
Indique quais foram as diferenças que os alunos observaram relativamente ao gráfico da figura
4.

Força eletromotriz (ordenada na origem) menor e resistência interna (declive da reta) maior.

3. O gráfico da figura 5 mostra como a temperatura de massas iguais de duas substâncias diferentes
(óleo e água) varia no tempo, quando a energia transferida por intervalo de tempo é a mesma.

Figura 5

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3.1. Indique qual das substâncias apresenta maior capacidade térmica mássica.
Fundamente a sua resposta a partir de um texto bem estruturado e com linguagem científica
adequada.
• O declive da reta representa a razão entre a potência e a capacidade térmica, ou seja,
como a potência e as massas (do óleo e da água) são as mesmas, quanto maior for o
declive da reta, menor é a capacidade térmica mássica.
• Como o declive da reta da água é menor que o do óleo, significa que a água apresenta
maior capacidade térmica mássica.

3.2. A razão entre as capacidades térmicas mássicas da água e do óleo é


3 4
(A) X (C)
2 3
2 3
(B) (D)
3 4
Opção (A)

E m  c   P  P
P= P =  =  = declive da reta
t t m  c t mc
P
declive da reta ( água ) m  cágua declive da reta (água ) cóleo
=  = 
declive da reta ( óleo ) P declive da reta (óleo ) cágua
m  cóleo

40 − 0
1,5 − 0 cóleo 2 c 3 cágua
 =  = óleo  =
60 − 0 cágua 3 cágua 2 cóleo
1,5 − 0

3.3. Para a mesma energia e no mesmo intervalo de tempo, a variação de temperatura sofrida
pela água é __________ que a variação de temperatura sofrida pelo óleo, pois a capacidade
térmica mássica da água é ____________ que a do óleo.
(A) menor ... menor
(B) menor ... maior X
(C) maior ... menor
(D) maior ... maior
Opção (B).
Sendo as massas iguais, para a mesma energia transferida, uma menor variação de
temperatura corresponde a uma maior capacidade térmica mássica.

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4. As temperaturas iniciais de uma massa m de um líquido A, 2m de um líquido B e 3m de um


líquido C são, respetivamente, iguais a 60 C , 40 C e 20 C .
Num sistema isolado, quando se misturaram os líquidos A com C e B com C, verificou-se que a
temperatura, quando foi atingido o equilíbrio térmico, foi de 30 C e 25 C , respetivamente.

4.1. Comente a veracidade ou falsidade na seguinte afirmação: “Quando se misturaram os líquidos


A e B, a temperatura do equilíbrio térmico foi de 50 C .”
Mostre como chegou à conclusão solicitada.
• Relação entre a capacidade térmica mássica dos líquidos A e C
Sendo o sistema isolado, significa que a variação da energia interna é nula, ou seja:
QA + QC = 0  m  cA  ( 30 − 60 ) + 3  m  cC  ( 30 − 20 ) = 0 

 −30  c A + 30  cC = 0  c A = cC (1)
• Relação entre a capacidade térmica mássica dos líquidos B e C
Sendo o sistema isolado, significa que a variação da energia interna é nula, ou seja:
QB + QC = 0  2  m  cB  ( 25 − 40 ) + 3  m  cC  ( 25 − 20 ) = 0 (2)
Substituindo (1) em (2), vem:
cA
−30  cB + 15  cA = 0  cB = (3)
2
• Cálculo da temperatura do equilíbrio térmico entre os líquidos A e B
QA + QB = 0  m  cA  (T − 60 ) + 2  m  cB  (T − 40 ) = 0 ( 4)
Substituindo (3) em (4), vem:
cA  (T − 60 ) + cA  (T − 40 ) = 0  2  T = 100  T = 50 C

Podemos concluir que a afirmação é verdadeira.

4.2. A capacidade térmica mássica do líquido B será de ___________, se a do líquido C for de


0,50 cal g−1 C .

(A) 0,25 cal g−1 C X

(B) 1,5 cal g−1 C

(C) 2,0 cal g−1 C

(D) 1,0 cal g−1 C

Opção (A)
cA c 0,5
Sendo cB = e cA = cC , então podemos afirmar que cB = C  cB = 
2 2 2
 cB = 0,25 cal g−1 C .

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5. Um estudante caminha descalço num dia em que a temperatura ambiente é de 28 C . O piso de


cerâmica muda para um de madeira.
Senta-se e, ao ler o jornal, depara-se com as seguintes notícias: “Profissionais da área da saúde
recomendam o uso de roupas brancas para a prática de exercício físico”, “Como caminhar ou
correr, principalmente no verão” e “Como desenvolver um termómetro”.
Após a leitura do último artigo, o aluno resolveu desenvolver um projeto: como medir a temperatura
de um meio? Para isso, desenvolveu um projeto em que fez a leitura da resistência elétrica de um
resistor (por exemplo, um fio de cobre) quando estava em equilíbrio térmico com esse meio. Assim,
para calibrar esse termómetro na escala Celsius, ele usou como referências as temperaturas de
fusão do gelo e de ebulição da água. Depois de várias medidas, obteve a curva apresentada na
figura 6.

Figura 6

5.1. O estudante tem a sensação de que a cerâmica está mais fria que a madeira.
A sensação do estudante deve-se ao facto de a
(A) capacidade térmica mássica da cerâmica ser maior que a da madeira.
(B) capacidade térmica mássica da cerâmica ser menor que a da madeira.
(C) condutividade térmica da cerâmica ser maior que a da madeira. X
(D) condutividade térmica da cerâmica ser menor que a da madeira.
Opção (C)
A sensação de que cerâmica está mais fria resulta de a condutividade térmica desta ser maior
que a da madeira. Assim, o calor dos pés do estudante é transferido mais rapidamente na
cerâmica do que na madeira, o que lhe causa essa sensação.

5.2. A preferência por roupas brancas deve-se ao facto de elas


(A) absorverem menos radiação térmica do que as roupas escuras. X
(B) refletirem menos a radiação térmica do que as roupas escuras.
(C) absorverem mais a radiação térmica do que as roupas escuras.
(D) impedirem a formação de correntes de convecção com maior facilidade do que as roupas
escuras.
Opção (A)
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O branco é um bom refletor e mau absorsor de radiação.


5.3. O estudante quer relacionar a temperatura  , em C , e a resistência elétrica R , em  , e
obtém a seguinte equação:
100
=  ( R − 16 )
6,6
Mostre que o estudante tem razão, apresentando todas as etapas de resolução.
Analisando o gráfico da figura 6 podemos relacionar estas duas grandezas:

100 C 22,6
 C R

0 C 16

 −0 R − 16  R − 16 100  ( R − 16 )
=  =  6,6   = 100 ( R − 16 )   = c.q.d.
100 − 0 22,6 − 16 100 6,6 6,6

6. Uma amostra de um material sólido desconhecido, de massa 15,0 g , recebe energia por calor de

modo que a sua temperatura se modifica de acordo com o gráfico da figura 7.


1 cal = 4,18 J

Figura 7

6.1. Considere os troços AB, CD e DE.


A variação da energia interna do sistema
(A) é nula apenas em dois dos intervalos de tempo considerados.
(B) é nula nos três intervalos de tempo considerados.
(C) é diferente de zero apenas em dois dos intervalos de tempo considerados.
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(D) é diferente de zero nos três intervalos de tempo considerados. X


Opção (D)
Em qualquer um dos troços, a variação da energia interna é diferente de zero, pois nos troços
AB e CD há absorção de energia para ocorrer variação de temperatura do material, enquanto
no troço DE, embora não haja alteração da temperatura do material, há absorção de energia
para quebrar as ligações intermoleculares.

6.2. Determine a capacidade térmica mássica da fase sólida, em J g−1 K −1 .

Apresente todas as etapas de resolução e o resultado com dois algarismos significativos.

• Cálculo da quantidade de energia absorvida pelo material, em J, para subir a temperatura


de −40 C para −20 C
E = 40  4,18  E = 1,7  102 J

• Cálculo da capacidade térmica mássica, em J g−1 K −1

1,7  102
E = m  c  T  1,7  102 = 15  c  ( −20 + 40 )  c =  c = 5,7  10 −1J g−1 K −1
300

6.3. A razão entre a variação de entalpia de vaporização e de fusão é


2 (B) 9 1 5
(A) (C) (D) X
5 9 2
Opção (D)
Evaporização m  H vap 150 H vap H vap 5
=  =  =
Efusão m  H fus 60 H fus H fus 2

6.4. A variação de temperatura sofrida pela amostra quando recebe 1,881 103 J de energia é de
(A) 270 K X (B) 190 K (C) 543 K (D) 463 K
Opção (A)
1881 = E  4,18  E = 450 cal
Analisando o gráfico, verifica-se que a variação de temperatura sofrida pelo material quando
absorve esta quantidade de energia é:
 = ( final − inicial )   = 230 − ( −40 )    = 270 C .

Por outro lado, sendo: T (K ) =  ( C ) + 273

podemos afirmar que:


T = ( 230 + 273 ) − ( −40 + 273 )   T = 270 K .

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FIM

COTAÇÕES
Item
Pergunta
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 1.6.
1
12 8 8 8 8 12 56
2.1. 2.2. 2.3. 2.4.
2
12 8 8 8 36
3.1. 3.2. 3.3.
3
12 8 8 28
4.1. 4.2.
4
12 8 20
5.1. 5.2. 5.3.
5
8 8 8 24
6.1. 6.2. 6.3. 6.4.
6
8 12 8 8 36
TOTAL 200

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