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Novidade das Américas:

CENTRO DE TREINAMENTO & TECNOLOGIA CO2

Bitzer Brasil inaugura o primeiro


Centro de Treinamento & Tecnologia CO2 das
Américas na sua fábrica em São Paulo.

por Alessandro da Silva – Engenheiro de Aplicação – Bitzer Compressores Ltda


alessandro.silva@bitzer.com.br,
Fone: 55 11 4617-9138

Janeiro/2009
Primeiro Centro de Treinamento & Tecnologia CO2 das Américas instalado
na fábrica da Bitzer Brasil.

A Natureza exigiu e a Bitzer cumprindo um amplo programa de desenvolvimento e padronização global,


vem utilizando novas tecnologias com refrigerantes alternativos naturais como o Dióxido de Carbono –
CO2, evitando assim os problemas causados pelos (H) CFC’s e HFC’s na Camada de Ozônio e
Aquecimento Global (efeito estufa).
A Bitzer também consolida sua presença no Brasil através da sua nova e moderna fábrica localizada na
cidade de Cotia em São Paulo, a Bitzer Compressores Ltda., que passa a atender as necessidades do
setor em toda a América Latina. Isso tudo é fruto de uma empresa com mais de setenta anos de tradição
e líder mundial em tecnologia na fabricação de equipamentos para refrigeração e climatização de
altíssima qualidade e eficiência comprovada.
O objetivo do Centro de Treinamento & Tecnologia CO2 da Bitzer Brasil, que é o único das Américas, é o
de apresentar as novas tecnologias e promover o aprimoramento técnico de uma forma simples e
objetiva da aplicação do Dióxido de Carbono – CO2 utilizado como fluido refrigerante nos sistemas de
Refrigeração Comercial e Industrial. Durante os treinamentos serão abordados os temas de segurança,
projeto, instalação, operação e manutenção dos equipamentos com CO2 através das aulas práticas e
teóricas. Além disso, serão realizadas comparações de eficiência energética entre o sistema de CO2 e
os sistemas convencionais de expansão direta utilizando o R404A e R22.

Características dos equipamentos do Centro de Treinamento & Tecnologia CO2


Concluída no final de 2008, a primeira etapa do projeto do Centro de Treinamento & Tecnologia CO2
conta com a instalação de 03 racks de capacidades frigoríficas similares, que utilizam os modernos
compressores semi-herméticos alternativos da série Octagon® montados em paralelo, aplicados em
média e baixa temperatura de evaporação. De acordo com a figura 01, cada rack utiliza um fluido
refrigerante diferente, sendo o CO2 na condição subcrítica (CO2/R404A), R404A e R22.

R22

R404A
R744 - CO2

Figura 01: Detalhe dos racks do Centro de Treinamento & Tecnologia CO2 da Bitzer Brasil

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O Centro de Treinamento & Tecnologia CO2 também possui 03 câmaras frigoríficas, sendo 02 de média
temperatura (resfriados e walk-in cooler) e 01 de baixa temperatura (congelados). Em cada câmara
estão instalados os evaporadores (forçadores de ar) de seus respectivos racks (CO2, R404A e R22).
Além disso, também estão instaladas 02 ilhas de congelados conectadas somente no rack de CO2. Para
fins de comparação do consumo energético, o funcionamento dos equipamentos limita-se a apenas um
rack por vez, ou seja, enquanto um rack estiver operando os outros dois permanecerão desligados.

R404A R22

CO2
Figura 02: Detalhe das ilhas e câmara frigorífica (walk-in cooler). Figura 03: Detalhe dos evaporadores instalados nas
câmaras de congelados e resfriados.

Todas as condições de operação dos equipamentos frigoríficos são controladas e monitoradas através
dos gerenciadores eletrônicos Pco’s instalados em cada rack. Além disso, existe um sistema de
supervisão chamado PlantVisorPRO de altíssima precisão e confiabilidade que controla todo o sistema
frigorífico, ambos concedidos pela empresa Carel Itália. Este sistema de supervisão permite acesso a
todos os controladores e variáveis do sistema via RS 485 Carel, também possui acesso remoto via LAN
ou Internet, realiza envio de alarmes via fax ou SMS e possui histórico gráfico de todas as variáveis do
sistema.

Figura 04: Detalhe do sistema de supervisão.

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A segunda etapa do projeto do Centro de Treinamento & Tecnologia CO2 está prevista acontecer ainda
este ano de 2009, o que incluirá a instalação de mais 02 racks, sendo um rack com CO2 na condição
transcrítica e outro utilizando CO2 e Amônia (R717) na condição subcrítica. Além disso, haverá um
resfriador de líquido (chiller) com R1270 (Propileno) que será utilizado para climatizar o centro e manter
constante a temperatura da água de condensação dos condensadores dos racks.

Opções de operação de cada sistema para comparação da eficiência energética


Compressores:
Os compressores de cada rack possuem opção de operação com variador de freqüência da marca Carel
e também com controle de capacidade de cabeçote (exceto para o compressor modelo 4TCS-8.2 com
R22 aplicado em baixa temperatura com CIC e também para o compressor de CO2 modelo 2KC-3.2K
que possui apenas um cabeçote, o que impossibilita para ambos os compressores a aplicação do
controle de capacidade de cabeçote). A aplicação dos compressores com variadores de freqüência varia
de 30 a 70Hz.

Figura 06: Variadores de freqüência Carel utilizados


Figura 05: Detalhe do compressor CO2. nos compressores e ventiladores dos condensadores.

Condensadores:
Cada rack possui opção de operação com condensadores resfriados a ar ou a água (inclusive o estágio
de alta do rack CO2 subcrítico). Os ventiladores dos condensadores resfriados a ar também possuem
opção de operação com variadores de freqüência e controle ON/OFF através de pressostatos para
controlar a temperatura de condensação. Os condensadores resfriados a água são do tipo shell-and-
tube (casco e tubo) e trabalham em conjunto com uma torre de resfriamento de água.

Figura 07: Detalhe dos condensadores resfriados a água e a ar. Figura 08: Detalhe dos condensadores resfriados a ar e da torre
de resfriamento de água.

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Evaporadores: Os evaporadores dos racks com R404A e R22 utilizados nas câmaras são de expansão
direta e possuem opção de operação com válvulas de expansão termostática e válvulas de expansão
eletrônica da Carel. Os evaporadores do rack com CO2 são da Bitzer Austrália (Bufalo Trident), os
evaporadores de congelados trabalham com expansão direta e utiliza somente a opção com válvula de
expansão eletrônica Carel, os 02 evaporadores de resfriados de CO2 trabalham com re-circulação de
líquido e utilizam somente válvulas de expansão manual para controlar a vazão do refrigerante.

Figura 09: Detalhe das opções com válvulas de expansão termostática mecânica e eletrônica da Carel instaladas nos
evaporadores com o R404A e R22. Os evaporadores de CO2 de baixa temperatura (câmara e ilhas) somente trabalham com
válvulas eletrônicas.

As válvulas de expansão eletrônica Carel trabalham com 480 diferentes posições de aberturas e possui
uma ótima performance na utilização com CO2. O “cérebro” dessa válvula é um módulo eletrônico
chamado MXPRO que recebe as informações de temperatura e pressão na saída do evaporador para
comandar a abertura e fechamento da válvula de acordo com o superaquecimento, utilizando algoritmo
de controle PID que garante a estabilização da temperatura. Além de controlar o superaquecimento do
evaporador, o módulo MXPRO controla as rotinas de degelo em tempo real, as rotinas dos ventiladores
dos evaporadores e o controle da solenóide da linha de líquido. Todos os MXPRO’s enviam as
informações das válvulas como alarmes, % abertura, pressão, temperatura, etc. ao sistema de
supervisão PlantVisorPRO, onde é possível visualizar e otimizar todas as condições de operação de
cada válvula.

Válvula Expansão Manual CO2

O degelo dos evaporadores de média


temperatura é do tipo natural e os de
baixa temperatura é com resistência
elétrica, inclusive para os evaporadores
de congelados com CO2 (câmara e
ilhas).

Figura 10: Detalhe da válvula de expansão manual dos evaporadores com


CO2 que trabalham com recirculação de líquido.

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A tabela 01 abaixo lista os principais dados técnicos de cada rack, incluindo os sistemas de média
temperatura (MT) e baixa temperatura (LT) :

Rack CO2 Subcrítico Rack R404A Rack R22


(CO2/R404A)
Condição de projeto MT TC = -5ºC (CO2 – recirc. líq.) TO = -10ºC TO = -10ºC
TO = -10ºC (estágio alta) TC = 40ºC TC = 40ºC
TC = 40ºC (estágio alta)
Condição de projeto LT TO = -30ºC (CO2 - DX) TO = -30ºC TO = -30ºC
TC = -5ºC (CO2) TC = 40ºC TC = 40ºC
Compressores 01 x 2KC-3.2K (CO2) 01 x 4CC-9.2Y (MT) 01 x 4CC-9.2 (MT)
01 x 4CC-9.2Y (R404A) 01 x 4TCS-8.2Y (LT) 01 x 4TCS-8.2 (LT)
Capacidade sistema MT 21,0 kW 21,0 kW 19,82 kW
Capacidade sistema LT 9,81 kW 10,66 kW 9,9 kW
Carga de refrigerante total 32 Kg 125 Kg 115 Kg
Tubulação cobre utilizada 62 Kg 196 Kg 187 Kg
Carga de óleo total 3 litros 20 litros 18 litros
Tipo óleo BSE60K (Polioléster) BSE32 (Polioléster) B5.2 (semi-sintético)
Potência nominal instalada dos 3 Hp (CO2) 9 Hp (MT) 9 Hp (MT)
Compressores de MT e LT 9 Hp (R404A) 7,5 Hp (LT) 7,5 Hp (LT)
Total = 12 Hp Total = 16,5 Hp Total = 16,5 Hp
Potência consumida comp. MT 8,66 kW (estágio alta R404A) 8,66 kW 7,49 kW
Potência consumida comp. LT 2,26 kW (estágio baixa CO2) 6,72 kW 6,11 kW
10,92 kW (compressores)
Potência consumida do Rack 0,5 kW (bomba CO2)
Total = 11,42 kW Total = 15,38 kW Total = 13,6 kW
Tabela 01: Dados técnicos dos sistemas de refrigeração.

A capacidade dos sistemas de MT e LT é maior do que a carga térmica requerida instalada nas câmaras
e balcões frigoríficos, a tabela 02 mostra os detalhes:

Câmara Câmara Câmara *Ilhas


Resfriados Walk-in Cooler Congelados Congelados
Dimensões 3,5m x 4m x 3,5 m 3,5m x 4m x 3,5 m 3,5m x 4m x 3,5 m comprimento total 5m
Carga térmica 7,5 kW 7,5 kW 7,5 kW 2,5 kW
Temperatura 0ºC +2ºC -25ºC -25ºC
interna
Tabela 02: Vista geral dos pontos de refrigeração.
* As ilhas de congelados somente estão conectadas no rack de CO2.

Princípio de operação do sistema CO2 - subcrítico

De acordo com a figura 11, os evaporadores de média temperatura com CO2 trabalham com re-
circulação de líquido a –5ºC, enquanto que os de baixa temperatura trabalham com expansão direta a –
30ºC através do ciclo de compressão a vapor utilizando um compressor semi-hermético Octagon®.
Para obter a vantagem da alta eficiência do refrigerante, o CO2 é usado no estágio de baixa pressão em
cascata onde o mesmo é condensado a –5ºC (condição subcrítica).
O estágio de baixa pressão é conectado a um sistema primário de refrigeração que utiliza o R404A, no
qual transfere o calor absorvido dos evaporadores do sistema de média e baixa temperatura com CO2 e
o dissipa à atmosfera através de um condensador resfriado a ar ou água.

Devido à alta densidade do vapor e a elevada eficiência volumétrica, os compressores aplicados com
CO2 geram economias energéticas bem superiores quando comparadas aos sistemas de
refrigeração convencionais com o R404A e R22.

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Média Temp.

Trocador
Cascata Condensador R404A
Média Temp. CO2 /
R404A

Tanque de líquido CO2


Tanque de líquido R404A
Inter-
cambiador
Calor
Baixa Temp.

Bomba CO2 Sistema R404A


Sistema CO2

Figura 11: Fluxograma simplificado do sistema cascata com CO2 / R404A. Os evaporadores de baixa temperatura
trabalham com expansão direta e os de média temperatura com re-circulação de líquido.

O sistema cascata também tem a vantagem de obter um elevado grau de sub-resfriamento de líquido, que
resulta em reduções significativas no diâmetro das linhas e também na carga de refrigerante comparado
com os refrigerantes R404A e R22.
Em geral, os diâmetros das linhas do sistema com CO2 foram reduzidos em até 1/5 comparados com os
sistemas de R404A e R22 para a mesma capacidade frigorífica.
Devido ao preço de aquisição do CO2 ser muito mais barato do que os refrigerantes R404A e R22
atualmente comercializados, o custo total da carga de refrigerante foi significativamente reduzido (ver a
tabela 01).
Embora o sistema de média temperatura, que é resfriado através da re-circulação do líquido refrigerante,
não ofereça reduções significativas no custo energético, porém as economias substanciais podem ser
obtidas através da redução da carga de refrigerante e da redução real no custo do refrigerante.
Outros benefícios também são obtidos através de evaporadores com menores áreas de troca de calor,
também pela rápida queda da temperatura devido à elevada transferência de calor gerada pelos
evaporadores inundados.
Os circuitos de média e baixa temperatura também podem ser combinados em um sistema de tubulação
integrada, assim é possível reduzir significativamente o tamanho do equipamento, tornando-o mais
compacto.
No coração do sistema está um tanque de líquido especialmente projetado que alimenta uma bomba com
CO2 líquido. Esta bomba alimenta todo o sistema de resfriados e congelados com líquido refrigerante –
CO2.
O CO2 líquido é bombeado através dos evaporadores de média temperatura no qual se evapora
parcialmente, depois o mesmo retorna ao tanque de líquido através de uma mistura “líquido / vapor”,
permanecendo ainda na temperatura de aproximadamente –5°C.
Os evaporadores de baixa temperatura também são alimentados pela bomba de CO2. Porém, neste caso
o refrigerante passa através de uma válvula de expansão, ao qual assegura que somente vapor
refrigerante superaquecido irá retornar ao compressor de baixa temperatura de evaporação.
O vapor refrigerante que chega na sucção do compressor de baixa temperatura, é por sua vez comprimido
até a temperatura de condensação. Este vapor comprimido é então enviado a um trocador de calor a
placa juntamente com o retorno do refrigerante proveniente dos evaporadores de média temperatura,
assim ambos são condensados e acumulados no tanque de líquido.

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Válvulas de segurança
ça e alívio
Nos sistemas com o R404A e R22 foi instalada somente uma válvula de segurança no tanque de líquido
de cada rack. Qualquer um desses racks quando pára de operar, a pressão do lado de alta diminui e a de
baixa aumenta, até ocorrer a equalização das pressões a um nível equivalente à temperatura ambiente.
Entretanto, se em qualquer um dos racks de R404A e R22 a válvula de segurança estiver fechada, a
pressão do sistema não irá aumentar drasticamente. Já no sistema com CO2, por uma questão de
segurança, o CO2 não poderá ficar aprisionado em nenhuma parte do sistema, principalmente na fase
líquida, o que poderá aumentar sua temperatura e pressão caso ocorra alguma transferência de calor. Por
este motivo, foi instalada uma válvula de alívio em cada parte do sistema para evitar o aprisionamento do
CO2, assim as pressões acima de 40 bar do lado de alta e 25 bar do lado de baixa serão aliviadas e o
sistema irá trabalhar com segurança.

Válvula de Bloqueio

Linha de sucção
revestida com
isolamento térmico.

Válvula de Retenção
(Check valve) atuando como
válvula de alívio para evitar
o aprisionamento do CO2
em determinados pontos do
sistema.

Figura 12: By-pass com válvula de alívio em uma válvula de bloqueio.

No rack de CO2 as principais áreas são protegidas com válvulas de segurança, como por exemplo, lado de
sucção, lado descarga, tanque de líquido e descarga da bomba de CO2 (linha de líquido). Juntamente com
cada válvula de segurança foi instalada uma válvula de serviço de ¼” para manutenção. Com isso é
possível ter acesso ao sistema através de vários pontos, o que permite adicionar, remover e transferir o
refrigerante, ou para fazer evacuação. Já que o CO2 se transforma em gelo seco com temperaturas abaixo
de -56°C ou abaixo de 5,2 bar, a transferência de gás de uma tubulação para outra é uma prática muito
útil para impedir a formação de gelo quando houver a presença de líquido.

Figura 13: Detalhe das válvulas de segurança e válvulas de serviço instaladas no do Rack de CO2.

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As válvulas de segurança sempre deverão ser direcionadas longe das áreas ocupadas, preferencialmente
para o lado de fora da sala de máquinas e também longe dos dutos de entrada do ar condicionamento; o
mesmo deverá ser feito quando o CO2 for liberado para a atmosfera. É importante saber que quando o
CO2 na fase líquida for retirado de um sistema ele estará a -56°C, como sua pressão ficará abaixo 5,2 bar,
conseqüentemente sua temperatura cairá a -78°C e irá formar gelo seco.

Para evitar qualquer obstrução ocorrida pela formação de gelo seco no interior das linhas de alívio,
recomenda-se sempre instalar a linha de alívio de pressão até a válvula de segurança e nunca após a
mesma, principalmente as linhas que irão aliviar o CO2 na fase líquida. Caso contrário, se o CO2 for
liberado através de uma linha de alívio instalada após a válvula de segurança, essa linha irá congelar
(ocorrerá a formação de gelo seco - CO2 no ponto de expansão) e, conseqüentemente, ainda haverá CO2
em alta pressão nessa linha e possivelmente causará problemas para o pessoal de manutenção. A figura
14 mostra as válvulas de segurança instaladas na parte externa do Centro de Treinamento & Tecnologia
CO2, estas válvulas estão conectadas às linhas provenientes do tanque de líquido e da descarga da
bomba de CO2, ambas as válvulas estão ajustadas para abrir caso a pressão ultrapassar 40 bar.

Figura 14: Detalhe das válvulas de segurança instaladas na parte externa.

Sistema de monitoramento de vazamento de CO2


Os sensores de CO2 (monitores) foram instalados na sala de máquinas e câmaras para detectar possíveis
vazamentos de CO2 e acionar o sistema de exaustão e alarme. Os sensores de CO2 são do tipo
infravermelho e possuem limites de alarme de 500 – 9.000 ppm.

EXAUSTORES DE AR

Figura 15: Detalhe do sistema de exaustão de ar e do alarme usado em caso de vazamento de CO2.

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Unidade de emergência do sistema de CO2

Para evitar o problema com a elevação da pressão


quando o rack de CO2 estiver fora de operação, foi
instalada uma unidade condensadora Bitzer modelo
LH64/2FC-2.2Y em conjunto com o trocador cascata
de CO2 (ver a figura 16). A função básica dessa
unidade é manter o CO2 frio dentro do tanque de
líquido. Esta unidade, chamada de unidade de
emergência de CO2, é acionada pela energia elétrica
da concessionária e também por um gerador elétrico
de maneira automática em caso de falta de energia.
Existem também outras maneiras para manter o CO2
frio dentro do tanque, por exemplo, instalar o próprio
tanque dentro da câmara de congelados, instalar o
conjunto gerador no estágio de alta pressão, etc.
Figura 16: Unidade de emergência CO2.

De acordo com a figura 17 abaixo , é possível visualizar a válvula de expansão eletrônica da unidade de
emergência, esta válvula está conectada em paralelo com a válvula do estágio de alta pressão no trocador
de calor cascata de CO2.

Válvula de expansão Válvula de expansão


eletrônica Carel do eletrônica Carel da
estágio de alta pressão. unidade de emergência
de CO2.

Figura 17: Detalhe das válvulas de expansão eletrônicas do


trocador de calor cascata de CO2.

Vantagens do sistema com CO2 sobre os sistemas com R404A e R22:

‰ Redução do consumo de energia elétrica (aproximadamente de 20 a 35%)


‰ Baixa relação de compressão & aumento vida útil compressores CO2
‰ Alta densidade & alta pressão no estágio de baixa
‰ Redução dos diâmetros da tubulação de CO2
‰ Redução da carga de refrigerante de CO2
‰ Baixo custo do refrigerante (CO2)

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‰ Elevada entalpia de evaporação & alto grau de líquido sub-resfriado & maior
rendimento frigorífico
‰ Baixo GWP & menor taxa de carbono (CO2)
‰ Menor volume deslocado & tamanho menores dos compressores CO2
‰ Rack & instalação mais compacta & menor número compressores
‰ Evaporadores mais compactos & eficientes
‰ Redução dos gastos com a instalação & manutenção

Pontos importantes que deverão ser levados em consideração

É importante e necessário que o todo o grupo técnico (O&M, instalador, cliente final, etc.), seja
previamente treinado com a tecnologia de CO2 antes de iniciar os serviços de instalação, operação e
manutenção dos equipamentos com CO2.
De certo modo o sistema subcrítico com CO2 é mecanicamente muito simples, mas exige um amplo
conhecimento referente ao seu comportamento sob certas condições. O mais importante é saber como o
sistema irá reagir com a falta de energia elétrica, ou com uma falha no estágio de alta pressão que
deixará de refrigerar o trocador de calor cascata.
É muito importante que cada situação seja muito bem estudada antes do equipamento ser entregue ao
cliente, de modo que a equipe de comissionamento saiba como será a reação do sistema, e a equipe de
manutenção, que é responsável pelo sistema, saiba o que deverá fazer. Somente então o sistema
poderá ser instalado e operado de maneira segura e confiável com a satisfação de todos.
O pessoal de manutenção precisa ter um conhecimento íntimo das interdependências entre os sistemas
de controle do estágio de alto e baixa, assim como ser eficaz na manutenção e na conservação destes
sistemas. O pessoal já deverá ter familiaridade com a operação, questões de segurança e controle para
se assegurar de que o sistema irá operar de maneira segura e eficiente ao longo de sua vida útil.

Informações sobre o Curso de CO2


Este curso de CO2 foi desenvolvido pela Engenharia de Aplicação da Bitzer Brasil. Todas as
informações sobre o uso de CO2 em sistemas de refrigeração foram obtidas através de várias fontes ao
redor do mundo e reunidas em um curso de cinco módulos, que inclui: Fundamentos sobre o CO2;
Segurança dos Sistemas Aplicados com CO2; Sistemas de Refrigeração com CO2; Componentes
do Sistema de Refrigeração com CO2; Procedimentos de Comissionamento, Operação e
Manutenção.
A Bitzer Austrália também contribuiu no desenvolvimento desse curso de CO2 através do fornecimento
de um excelente material de aprendizagem, equipamentos de refrigeração e muitas informações
técnicas. Toda essa troca de experiência e conhecimento sobre o uso do CO2 resultou na criação deste
curso inovador, que tem como objetivo transmitir informações úteis e claras sobre o CO2 usado como
refrigerante.

Público alvo: O curso de CO2 destina-se aos estudantes, técnicos, engenheiros, projetistas,
instaladores e também a todos aqueles interessados pelo assunto.
Duração: 5 dias com aulas práticas e teóricas.

Idiomas: Os cursos de CO2 serão realizados nas versões em português, espanhol e inglês.

Maiores informações sobre o curso de CO2, favor contactar a Sra. Patrícia Javara.
Departamento de Marketing, patricia.javara@bitzer.com.br

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Bitzer Compressores Ltda
Rua João Paulo Ablas, 777 – 06711-250 Cotia/SP.
Tel (11) 4617-9100 – Fax (11) 4617-9128
www.bitzer.com.br - bitzer@bitzer.com.br

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