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INDICE

INTRODUÇÃO 1
1.Dados do projeto. 2
2. Propriedades de estocagem. 3
3. Dimensionamento do isolamento. 4
4. Cálculo da carga térmica 6
4.1 Calor de condução e insolação 6
4.2 Calor de infiltração. 7
4.3 Calor de produto 8
4.4 Calor pela iluminação 9
4.5 Calor de pessoa 10
4.6 Calor dos motores de
equipamentos 11
4.7 Calor dos motores de ventiladores
de convecção forçada. 11
5. Carga térmica total 13
6. Seleção de equipamentos 14
7. Anexos 15
8. Bibliografia 26

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Introdução

Há mais de 4000 anos temos indícios de uma espécie de doce gelado onde se usava mel, suco de
frutas e NEVE inventado na antiga civilização chinesa sendo Alexandre, o Grande, reconhecido por
historiadores como o responsável por introduzi-lo na Europa com modificações na fabricação que
era difícil nas épocas mais quentes do ano

Em 1846 foi inventado um congelador por Nancy johson e em 1851 Jacob Fussel abriu a
primeira fábrica de sorvete produzindo-o em larga escala. No Brasil somente em 1941 a empresa
U.S.Harkson do Brasil lançou a primeira produção industrial de sorvete.

1. Dados do Projeto.

Será projetada uma câmara fria onde será armazenado sorvete em uma quantidade de 40
toneladas com movientação diária de 3 toneladas. Ela será instalada na cidade de Vitória no Estado
de Espírito Santo.

Tabela 1 - Alguns produtos perecíveis e prazo de armazenamento na câmara fria

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De acordo com a tabela 1, a temperaturado sorvete deve estar entre -30 e -20 graus Celsius e uma
umidade relativa de 85%, assim a temperatura interna escolhida e a umidade serão:

Ti = -20°C e φ = 85%;

Serão conservados 40.000 kg/24h de sorvete, que chegarão a câmara em uma temperatura de -
18°C e será resfriado até -20°C. Por ser uma unidade de conservação o forçador de ar será pouco
exigido.Após o processamento o sorvete é acondicionado em caixas apropriadas de papelão
plastificado de dimensões de acordo o as especificações do fabricante abaixo:

fonte:CAIXA PARA SORVETE 10 LITROS PLASTIFICADA – COM 50 CAIXAS – Caixas Online .

Observando a figura e sabendo-se que cada caixa armazena 10 kg do produto a câmara fria terá
as seguintes dimensões para suportar 40.000 kg sendo que serão quatro blocos de 1.000 caixas
dispostas em 10 filas de 10 caixas de largura e 10 caixas de profundidade com emplhamento de 10
caixas, que é o máximo que o fabricante recomenda. Haverá um espaçamento de 2,4 metros entre
cada bloco paralelo a porta, 1,5 m perpendicular a porta e também um espaçamento de0,15 m com
as paredes, conforme ANEXO 7.

2. Propriedades de estocagem.
O sorvete é industrial é produzido com água ou leite e também de suco de frutas, é adoçado
com açúcar ou xarope de milho, a textura é dada pela gordura do leite. Ao passar por inúmeros
processos elaborados de produção, os ingredientes são misturados combinando o leite com as
essências saborizadas e batidos até que o ar possa ser incorporado e depois resfriado lentamente
fazendo com que o ar não saia do produto deixando-o macio e então o produto final é colocado
numa câmara com a temperatura em torno dos -18°C chegando nessa temperatura na camara fria
até os -25°C recomendados.

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3. Dimensionamento do isolamento.
Para o dimensionamento temos a seguinte fórmula:

Usaremos o valor abaixo para se ter um isolamento de boa qualidade de acordo com a tabela a
seguir:

Então temos:

Para a cidade de Vitória temos a temperatura externa (Text) de 32°C e temperatura interna
câmara fria (Tcf) de -20°C

A temperatura de insolação será desonsiderada pois a câmara fria estará dentro de uma
construção de alvenaria sem contato com a estrutura da mesma. Então temos:

U= Kiso/Liso= 10/(32+0-(-20)) = 0,1923 kcal/(h.m2.°C)

Pela tabela 2 abaixo obtida ( Anexo I ) temos as caraterísticas dos revestimentosque


permitirá a esolha do mais apropriado ao projeto.

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Tabela 2 - caraterísticas dos revestimentos EPS e PUR. Fonte: empresa TECTÉRMICA

Com o resultado obtido através dos cálculos e usando as tabelas de revestiementos com
opções de dois materiais: EPS, feito de poliestireno, e PUR de poliuretano, podendo ainda ser
escolhido de uma ou duas faces, sendo a vantagem do de duas faces é que com o de duas faces não
é necessário paredes de alvenaria, porque a camara já estará dentro de uma estrutura de alvenaria
economizando no projeto. Outra característica é que será descnsiderado o valor da condução
térmica do solo. Portanto serão considerados as paredes e teto para se usar o revestimento.

Da tabela == foi selecionado um isolante com núcleo PUR com 250 mm de espessura, com
temperatura de trabalho entre +50ºC e -40ºC, que engloba a faixa de teperatura de -20ºC que
necessita a câmara. Um fator considerado na escolha foi o fator pe transmissão
U=0,1627 kcal/h.m².ºC que é menor que a mínima de U=0,1923 kcal/h.m².ºC que foi obtida pelos
cálulos acima. Outro fator que influenciou a escolha foi o preço por m 2 , de acordo com a tabela
acima, o preço do revestimento EPS é de R$455,75 por m 2 e o preço do revestimento PUR é de
R$281,55 por m2. O revestiento escolhido está destacado na tabela==.

A quantidade de revestiento será de acordo co as áreas das paredes e teto.

Àrea = 2 . (7,10 . 3 + ) + 2 . ( 5,40 . 3) + (7,10 . 540)


Àrea = 113,34 m2

Portanto adquirindo-se 114 m2 será suficiente para o projeto

Preço do revestimento = 113,34 . 281,55 = R$ 32096,7

Abaixo algumas características do revestimento ( Anexo 2).

Painel frigorifico - Detalhe do encaixe e aparência dos núcleos isolantes

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figura 1 algumas caraterísticas do revestiemento. Fonte: TECTÉRMICA.

4. Cálculo da carga térmica

Para o cálulo da carga térmica usaremos a fórmula:

Onde temos:

Abaixo serão feitos os cálculos separadamente.

4.1 Calor de condução e insolação

Onde temos:

Como já foi descrito, não foram considerados o calor de condução pelo piso e insolação
sobre a câmara fria, bem como a resistência térmica por convecção. Com isso temos:

Qc = 0,1923. [ (7,1 . 3 . 2 + 5,4 . 3 . 2 ) . (32 - (-20) + (7,1 . 5,4) . (32 - (-20)] . 24

Qc = 27200,51 kCal/dia

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4.2 Calor de infiltração.

Usaremos a fórmula seguinte:

QI = fserviço . Vcâmara

Sendo o fator de serviço (fserviço) o valor numério da tabela abaixo em função do volume
da câmara e da diferença entre as temperatura do ar externo e interno.

tabela 2 - Fator de Serviço kcal/m3.24h.

Fonte:Material do professor Anderson Antonio Ubices de Moraes, UFSCar.

Como a diferença de temperatura do projeto é de 520C usaremos o valor imediatamente


superior, 550C, e interpolando os valores dos volumes e da diferença de temperatura temos:

fserviço= 413

Vcâmara= Altura . Largura . Profundidade= 3 . 5,4 . 7,1= 115,02 m3

Portanto:

QI = 413 . 115,02

QI = 47503,26 kcal/dia

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4.3 Calor de produto

Usaremos a fórmula seguinte:

Qpr = mp .[C1 . (Tp – Tc ) + L + C2 . (Tc – Ti )]

Onde temos:

Qpr = Calor removido do produto no processo considerando três processos, em kal/dia

mp = Massa diária de produto, em kg/dia

C1 = Calor específico do produto antes do congelamento (Tabela ==) em kcal/kg0 C

C2 = Calor específico do produto depois do congelamento (Tabela ==) em kcal/kg0 C

Tp = Temperatura inicial do produto, em °C

Tc = Temperatura de congelamento, em °C

Ti =Temperatura interna da câmara fria , em °C

A teperatura de entrada do produto na câmara é -18°C que sofrerá u resfriamento até a


temperatura de -20°C, conforme o objetivo do projeto. Também não haverá calor latente do produto
pois não haverá mudança de seu estado físico portanto consideraremos somente o calor sensível.

A tabela 3 mostra as propriedades de alguns produtos, Elas serão utilizadas assim como
proposto na literatura, ou seja, valores aproximados. Esses valores podem ser utilizados para o
sorvete.
Tabela 3 - Caraterísticas de alguns produtos perecíveis.

Fonte: Artigo Técnico da Tectermica, anexado ao trabalho.

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Portanto a fórmula a ser usada será:

Qpr = mp .[C2 . (Tp – Tc )]

E de acordo com tabela== temos:

C2 = 0,45 kcal/kg0 C

mp= 40.000 kg/dia

Tc = -18 0C

Ti = -200C

Qpr = 40.000 .[0,45 . (-18 – (- 20 ))]

Qpr = 36000 kcal/dia

4.4 Calor pela iluminação

Usaremos a fórmula seguinte:

Qil = 0,86 . W . t

W=A. ϖ

Onde temos:

W = Potência de iluminação instalada

ϖ = Potência da lâmpada

A = Àrea da câmara fria

t = Número de horas de funcionamento das lâmpadas

Para este projeto utilizaremos lâmpadas Fluorescentes especiais para baixas temperaturas
cuja potência é de 5 W/m2 e com um tempo de utilização diária de 8 horas por dia. Com isso temos:

ϖ = 5 . ( 7,1 . 5,4)

ϖ = 191,7 W

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portanto o calor de iluminação será:

Qil = 0,86 . 191,7 . 8

Qil= 1319 kcal/dia

4.5 Calor de pessoas

Usaremos a fórmula seguinte:

Qpe = n . tp . Co

n = Número de pessoas

tp = Tempo de permanência

co = Calor de ocupação de pessoas(Tabela ==)

A tabela 4 nos fornece o calor de ocupação de pessoas

Tabela 4 - Calor gerado por pessoas

Fonte: Material do professor Anderson Antonio Ubices de Moraes, UFSCar.

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Como terá movimentação diária de 3 t na câmara fria , a necessidade será de 4 pessoas
durante 8 horas para efetivar o trabalho portanto:

n=4 e tp = 8

Pela tabela temos que para -20oC o valor do calor de oupação é de 340 kcal/h, portanto:

Qpe = 4 . 8 . 340

Qpe = 10880 kcal/dia

4.6 Calor dos motores de equipamentos

Serão usados transportadores manuais, conforme figura, para a movimentação diária das
cargas então não haverá este calor dos motores de equipamentos.

Figura 2 - transportador manual de cargas.

4.7 Calor de metabolismo da carga de produtos

O sorvete chega congelado na camara fpor isso não existe calor de metabolismo da carga de
produtos.

4.8 Calor dos motores de ventiladores de convecção forçada.

Usaremos as fórmulas seguintes:

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Calculando-se a carga térmica aproximada obteremos o resultado em kcal/dia, ou seja,
kal/24h, que será transformada em cal/h e depois em TR ( toneladas de refrigeração) que vale
aproximadamente 1 CV (cavalo-vapor). Sendo essa a unidade que nos permitirá consultar as tabelas
correspondentes.

Então temos:

CTAPROX = 27200,51 + 47503,26 + 36000 + 1319 + 10880

CTAPROX = 122903,77 kcal/dia

Usaremos a stabela 5:

Tabela 5 - Conversões de unidades

Fonte: Como transformar kcal/ h em tr? (vocepergunta.com)

Então dividindo por 24 horas e depois pelo fator 3024 teremos a potência estimada do motor
do ventilado.

CTAPROX = 17 TR

PMOT = 0,5 . 1,7

PMOT = 0,85 CV

A tabela 6 nos fornece a eficiência do equipamento com a sua potência em CV:

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Tabela 6 - Relação de eficiência de equipamentos com sua potência .

Para um rendiento de 70% e potência do motor de 0,85 CV e 20 horas de funionamento por


dia, temos o valor prourado:

QMOT = 0,85 . 632 . 20


0,7

QMOT = 15348,57 kcal/dia

5. Carga térmica total

Com os valores obtidos dos cálculos acima podemos construir a tabela 7

Tabela 7- Contribuição de cada arga térmica


Calor total na câmara fria para estocagem de sorvete
tipo Kcal/dia %
Condução 27200.51 19.67%
Infiltração 47503.26 34.36%
Produto 36000 26.03%
Iluminação 1319 0.95%
De pessoas 10880 7.87%
Evaporador 15348.57 11.01%
Total 138251.34 100.00%

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6. Seleção de equipamentos

Para selecionarmos os equipaentos será preciso calular a carga térmica em kcal/hora ,


definiremos um uso de 24 horas/ 24horas.

Carga térmica total (kcal/h) = Carga térmica total (kcal/24h)/n

sendo n o número de horas de funcionaento do equipamento. Portanto:

Carga térmica total (kcal/h) = 138251,34/24

Carga térmica total (kcal/h) = 5760,47 kcal/h

6.1 Evaporador

O Anexo 3 mostra modelos de evaporadores da empresa TRINEVA e função da temperatura


de operação, portanto selecionaremos o equipamento com valor mais próximo acima do valor do
projeto para uma teperatura de operação de -200C:

equipamento escolhido:

Uma unidade do Evaporador FTBN 821 com capaidade de 5860 kal/h e vazão de ar de
9000 m3/h

6.2 Unidade condesadora

FoI escolhido uma unidade condensadora SLMB4400, para uma temperatura ambiente de 32
ºC e temperatura de evaporação de -20°C. Este equipamento tem uma capacidade de refrigeração de
6060 kcal/h.

O Fluído Refrigerante R404B ONU3163 é indicado para aparelhos ar condicionado e


sistemas de refrigeração, como bomba de calor e até mesmo para refrigeração comercial. O Fluído é
mais um dos gases ecológicos, garantindo a preservação da camada de ozônio, pois não possui
CFCs (clorofluorcarbonos).

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7 ANEXOS

ANEXO 1 - Tabelas para esolha do isolante térmico

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ANEXO 2 – Página do fabricante do isolante térmico

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ANEXO 3 – Tabela para escolha do evaporador

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ANEXO 4 – Página do fabricante do evaporador

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ANEXO 5 – Tabela para escolha da unidade condensadora

DADOS DE CAPACIDADE - Kcal / 60Hz | Modelos Media/Baixa Temperatura DADOS


DE CAPACIDADE - Kcal / 60Hz | Modelos Media/Baixa Temperatura

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ANEXO 6 – Página do fabricante da unidade condensadora

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ANEXO 7 – Esquema das dimensões da câmara fria

Vista superior

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Esboço da vista superior

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Vista frontal

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8 Bibliografia

ANELLI, G.; TRAIANO, R. (Tradutor). “ Manual Prático do Mecânico e do Técnico de .


Refrigeração”. Centro Studi Ca´Romana, (1995).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6401: Instalações centrais de ar-


condicionado para conforto Parâmetros básicos de projeto. Brasil, 1980.

CHAGAS, José Augusto Castro. Projeto e Construção de Câmaras Frigoríficas. York Refrigeration,
Joinville, p.1 -14, 2012.

TRINEVA, Catálogo de Produtos. TRINEVA, São Paulo, p.1-22.

ELGIN, Catálogo de Compressores e B-Unit.

MERCADO LIVRE, Embalagem Caixa De Sorvete 10 Litros - Caixa Com 50 Unidades.


Disponível em: < CAIXA PARA SORVETE 10 LITROS PLASTIFICADA – COM 50 CAIXAS –
Caixas Online >.

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