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Professora: Daniela Berbert

Disciplina: Língua Portuguesa


Realize Concursos Preparatório: Prefeituras de São
Fidelis
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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

• Os domadores conseguiram enjaular a fera.


(sentido próprio ou literal)

• Ele ficou uma fera quando soube da notícia.


(sentido figurado)

• Aquela aluna é fera na matemática.


(sentido figurado)
• Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal)
quando apresenta seu significado original, independentemente
do contexto frásico em que aparece.

• Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando


apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes
interpretações, dependendo do contexto frásico em que
aparece.
Figuras de linguagem
Figuras de palavras (semânticas)

Metáfora : comparação sem conectivo (comparação “implícita”).


Minha vida é um livro.
Sua boca é um cadeado.

Comparação: com conectivo (como, tal qual, da mesma forma, assim como, ...).
A minha vida é como um livro aberto.
A minha vida é tal qual um livro aberto.
A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
Metonímia : uso de um termo para substituir outro de mesma relação semântica.
• Continente (o que contém) em lugar do conteúdo (o que está contido) (vice-versa):
Comemorou o aniversário tomando um copo de caipirinha.
Bebi uma taça de vinho.
Comi um prato de comida.
(continente = um copo; conteúdo = caipirinha contida no copo)
• Consequência pela causa (ou vice-versa):
Com muito suor o operário construiu a casa. (suor = trabalho)
• Autor em lugar da obra:
Gosto de ler Jorge Amado desde que era jovem.
(Gosto de ler “os livros de Jorge Amado”, mas apenas o nome do autor foi usado na frase.)
• A marca pelo produto
Vou tirar uma xérox.
Adoro beber Coca-Cola.
• Uso da parte em lugar do todo

Muitos cérebros trabalharam nesta pesquisa.


Muitas mãos construíram esse condomínio.

(Os cérebros não têm vida própria. Nessa frase, muitas pessoas
usaram seus cérebros quando trabalharam na pesquisa.)
Sinestesia (X anestesia): mistura de percepções sensoriais.

Um doce abraço indica amor. (doce = sensação gustativa;


abraço = sensação tátil)
O cheiro doce e verde do capim me traz lembrança da infância.
(cheiro = sensação olfativa; doce = gustativa; verde = visual)
Ele tem uma voz áspera. (voz = audição; áspera = tátil)
Catacrese
Braço da cadeira.
Por falta de uma palavra específica para denominar a parte da cadeira onde apoiamos os
braços, usamos a própria palavra “braço”.
Embarcar no avião/ no trem/ no ônibus.
Originalmente, a palavra “embarcar” servia apenas para designar a entrada em um
barco. Hoje em dia, ela é usada quando nos referimos à entrada em vários meios de
transporte.
cabeça de alho, Dente do alho Céu da boca
Asa da xícara Leito do rio
Bico do bule etc.
• Nome pelo apelido
O rei do reggae espalhou uma mensagem de amor e paz enquanto esteve
neste mundo. (A expressão “rei do reggae” está no lugar do nome do
cantor e compositor Bob Marley.

Foi um fim de semana agitado na terra da garoa. (A “terra da garoa” está


substituindo o nome da cidade de São Paulo.)

Que bela imagem aérea do Velho Chico. (“Velho Chico” é como o Rio
São Francisco é carinhosamente chamado.)
FIGURAS DE SOM:
ALITERAÇÃO: repetição de fonemas consonantais.
Chove chuva, Chove sem parar (...)
(Jorge Bem Jor)

Tô namorando aquela mina


Mas não sei se ela me namora
(...) (seu Jorge)

O rato roeu a roupa do rei de Roma.


FIGURAS DE SOM:
ASSONÂNCIA: repetição de sons vocálicos.
Essa desmesura de paixão
É loucura do coração
Minha Foz do Iguaçu
Polo sul, meu azul
Luz do sentimento nu (Linha do Equador – Djavan)
FIGURAS DE SOM:
ONOMATOPEIA: palavras que tentam imitar o som das coisas.

Ding dong: som da campainha.

Blem blem blem: o som do sino da igreja.

Tic-tac: som do relógio.


FIGURAS DE PENSAMENTO:
ANTÍTESE: aproximação de palavras ou expressões de sentidos
opostos.
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim... (certas coisas – Lulu Santos)
FIGURAS DE PENSAMENTO:
PARADOXO (OXÍMORO): aproximação de palavras ou de ideias
opostas coexistentes. Absurda, incoerente, impossível...

Ouvi um silêncio barulhento.


Ela dorme acordada.
Senti uma paz perturbadora.
Ferida que dói e não se sente
Contentamento descontente
“Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar.”
FIGURAS DE PENSAMENTO:
EUFEMISMO: suavização de uma expressão ou ideia
desagradável.

Ela está dormindo o sono eterno.

DESFEMISMO: contrário de eufemismo. Expressão grosseira.

Ela cantou pra subir.


FIGURAS DE PENSAMENTO:
IRONIA: emprego de palavra ou expressão de modo que ela
tenha um sentido diferente do habitual e produza um humor
sutil.

Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá pra ouvir.

Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.


FIGURAS DE PENSAMENTO:
PROSOPOPEIA (OU ANIMIZAÇÃO OU PERSONIFICAÇÃO):
atribuição de atitudes e sentimentos a seres inanimados.

O vento beija meus cabelos


As ondas lambem minhas pernas
O sol abraça o meu corpo
Meu coração canta feliz (De repente, Califórnia. Lulu
Santos)
(...)
FIGURAS DE SINTAXE
Elipse: omissão de termo não citado.
Na minha estante, livros e discos antigos. (há)
Chegamos tarde ontem da festa. (nós)

Zeugma: caso particular de elipse. Omissão de termo já citado


Eu gosto de morango e de melancia também. (gosto)
Meus amigos adoram praia, e eu também. (adoro)
FIGURAS DE SINTAXE
Anáfora: repetição de uma ou mais palavras no início de frases
ou versos.

Quando não tinha nada, eu quis


Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei (À primeira vista – Chico César)
FIGURAS DE SINTAXE
Pleonasmo: palavras que produzem redundância.
• Pleonasmo literário: objetivo de enfatizar o que está sendo dito.
Chovia uma triste chuva de resignação. (Manuela Bandeira)
Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
(Chico Buarque)
• Pleonasmo vicioso: palavras redundantes usadas sem
nenhuma função.
Todos subiram em cima do palco.
É um filme baseado em fatos reais.

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