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FIGURAS DE LINGUAGEM II

Prof: Vinícius Bernardes


Português/ 2023
FIGURAS SONORAS
São aquelas que estão relacionadas com os aspectos fonéticos e
fonológicos das palavras.
ASSONÂNCIA
Consiste na repetição de fonemas VOCÁLICOS
ASSONÂNCIA
Consiste na repetição de fonemas VOCÁLICOS

“A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia


Pra ver Maria
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia”

FLOR DA IDADE – CHICO BUARQUE


ALITERAÇÃO

Consiste na repetição de fonemas CONSONANTAIS


ALITERAÇÃO

Consiste na repetição de fonemas CONSONANTAIS

“Pedro pedreiro penseiro esperando o trem


Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem”

PEDRO PEDREIRO – CHICO BUARQUE


ONOMATOPEIA

É o emprego de um fonema com a intenção traduzir sons específicos (exemplo


sons dos animais). O recurso é muito frequente em tirinhas:
ONOMATOPEIA

É o emprego de um fonema com a intenção traduzir sons específicos (exemplo


sons dos animais). O recurso é muito frequente em tirinhas:
PARONOMÁSIA

É o uso de palavras com sonoridade semelhante, produzindo um trocadilho.


PARONOMÁSIA

É o uso de palavras com sonoridade semelhante, produzindo um trocadilho.

“O rato roeu a roupa do Rei de Roma


a rainha com raiva resolveu remendar.”

CANTIGA POPULAR
FIGURAS SINTÁTICAS

São figuras associadas à organização e estrutura gramatical das frases.

Nestas figuras, há um “jogo” com os elementos tradicionais das orações.


FIGURAS SINTÁTICAS

São figuras associadas à organização e estrutura gramatical das frases.

Nestas figuras, há um “jogo” com os elementos tradicionais das orações.

Recordando:

JOÃO COMPROU UM CARRO


SUJEITO VERBO COMPLEMENTO
TRANSITIVO

ORDEM DIRETA DA FRASE


ELIPSE
É a omissão de um termo facilmente subentendido.

“Fizemos tantos planos


Compramos tantas coisas
Mas o amor é longe disso
(...)
Se o nosso amor se acabar
Eu de você não quero nada
Pode ficar com a casa inteira e o nosso carro
Por você eu vivo e morro.

MEU VIOLÃO E O NOSSO CACHORRO - SIMONE E SIMARIA


ZEUGMA

Ocorre quando há a omissão de um termo mencionado anteriormente.

“Terezinha de Jesus
Deu uma queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão

O primeiro foi seu pai


O segundo seu irmão (omissão do termo “foi”)
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão”
POLISSÍNDETO

É a repetição expressiva do conectivo:

“Numa cascata de luz


No espelho dessas águas
Vejo a face luminosa do amor
As ondas vão e vem
E vão e são como o tempo”

LULU SANTOS - SEREIA


ASSÍNDETO

É a omissão intencional da conjunção:


“Essa mina é louca
Quando eu 'to bolado, ela quer beijo na boca
Se eu 'to com frio, ela tira a minha roupa
Louca, essa mina é louca

(...)

A gente sabe viver, conviver


Dando prazer, anoitecer, amanhecer
Eu e você, eu e você.”

ESSA MINA É LOUCA - ANITTA


CONVERSÃO OU QUIASMO

É a repetição dos termos, de forma invertida.

“Você não acreditou


Você nem me olhou
Disse que eu era muito nova pra você
Mas agora que cresci você quer me namorar.
(...)
Isso é pra você aprender a nunca mais me esnobar
Baba baby, baby, baba, baba”

BABA - KELLY KEY


PLEONASMO

Consiste na repetição de uma ideia já expressa.

“Um dia ele chegou tão diferente “Chove chuva


Do seu jeito de sempre chegar Chove sem parar
Olhou-a de um jeito muito mais quente Pois eu vou fazer uma prece
Do que sempre costumava olhar Pra Deus, nosso Senhor
(...) Pra chuva parar”
E ali dançaram tanta dança
CHOVE CHUVA - JORGE BEN JOR
Que a vizinhança toda despertou

VALSINHA - CHICO BUARQUE


HIPÉRBATO

Ocorre quando há inversão da ordem direta das palavras em uma oração.

ORDEM INVERSA

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heróico o brado retumbante"

ORDEM DIRETA

“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico"

TRECHO DO HINO NACIONAL BRASILEIRO


SILEPSE

É a concordância de uma informação com um termo subentendido que temos em


mente (implícito).
Silepse de Pessoa: Todos brasileiros somos felizes. (O autor se incluiu na
construção)

Silepse de Gênero: A São Paulo é muito agitada (O autor deixa subentendida a


palavra cidade, por isso a concordância vai para o feminino)

Silepse de Número: A multidão gritaram (O verbo concorda com a ideia da palavra


multidão - várias pessoas)
APÓSTROFE

Ocorre quando há a invocação de alguém, um chamamento (VOCATIVO).

“Oh! Deus, perdoe esse pobre coitado


Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair, cair sem parar

Oh! Deus será que o senhor se zangou


E é só por isso que o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há”

SÚPLICA CEARENSE - RAPPA


ANÁFORA

É a repetição de termos no começo das frases (ou dos versos)

É o pau, é a pedra, é o fim do caminho


É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira

ÁGUAS DE MARÇO - TOM JOBIM


ANACOLUTO
Consiste na quebra da estruturação gramatical da frase, após uma pausa sensível.
Esse recurso é muito empregado na transcrição de diálogos, técnica que procura
reproduzir na escrita a língua falada.

“(...) umas carabinas que guardava atrás do guarda-roupa, a gente


brincava com elas de tão imprestáveis”.

(José Lins do Rego)

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