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SOBRAL - CE
OUTUBRO / 2023
RESUMO
O presente trabalho aborda o processo interativo das relações emotivas / psicológicas entre
professor-aluno, e como isso pode influenciar no processo de ensino-aprendizagem dos
discentes, colocando em pauta as contribuições e implicações que transcorrem no espaço de
sala de aula. Nesse sentido, é relevante apontar que o professor em meio ao seu processo de
transmissão de conhecimento para com os alunos deve proporcionar o espaço de trocas de
comunicação para que assim possa-se desenvolver as potencialidades destes. Com objetivo
de analisar a relação emotivas / psicológicas do professor-aluno, realizou-se uma breve
entrevista com uma ex- estudante do ensino médio, a fim de obter uma melhor compreensão
de que forma ocorre essa interação do professor com os estudantes, pegando a sua visão e
experiência e em meio a tal processo destacando pontos positivos e negativos. Para mais, será
usado método de fundamentação bibliográfica, evidenciando o educador Paulo Freire e
colocando em pauta o seu pensamento sobre a importância do docente no desenvolvimento
dos alunos. Diante do que foi observado, percebeu-se uma ausência de cooperação em parte
dos docentes perante ao emocional / psicológico dos discentes, consequentemente, fazendo
com que haja implicações no processo de ensino.
INTRODUÇÃO
"A questão do diálogo por muita das vezes tornou-se fragmentada na medida em que eu sentia que o
professor (a) desenvolvia um papel excessivo conteudista de “imposição” e eu não observava uma
possibilidade para o questionamento, para ser ouvida e compreender a dúvida, ou muita das vezes,
ter a dúvida ocultada ou considerada não tão importante, principalmente pela questão de não ter
tempo para sanar a mesma, pois o tempo da aula era considerado curto e o planejamento deveria ser
cumprido, além disso, diversas vezes fui orientada a pesquisar na internet sobre o assunto, para que
o'tempo da aula não fosse comprometido".
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A aluna também colocou em pauta de que a ideia de estigmatizar os alunos, também
foi um dos empecilhos nessa relação psicológica, emotiva, de educador e aluno que a mesma
viveu, uma vez que ela percebia um certo receio de dialogar com os professores por questões
de desempenho nas provas, se não não tivesse tirado uma nota adequada em determinada
avaliação, automaticamente eu seria um aluna irresponsável, desinteressada, onde isso muita
das vezes era alimentado pela própria instituição, decorrente de por exemplo premiar apenas
alunos com notas altas e “separar” destes, os que não eram “dedicados”. A discente destacou:
" Não que eu esteja criticando a meritocracia," muito pelo contrário, mas sim destacar a grande
diferença entre meritocracia e um ensino que apenas foca na geração de resultados instantâneos e
superficiais por notas e resultados plausíveis, onde em muita das vezes para beneficiar apenas a
instituição. Infelizmente um ensino incoerente que geralmente acaba favorecendo um cenário voltado
para a questão da evasão escolar, do preconceito, e em questões mais graves, podendo propiciar
indícios de transtornos como a ansiedade, por exemplo, decorrendo dessa ideia de insuficiência de
resultados".
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
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preocupava bastante a discente, pois se ela não estivesse se sentiria muito pressionada para
estar no próximo que fosse divulgado.
"A autocrítica e cobrança desencadeada por esse processo me prejudicava muito, mesmo eu
realizando as atividades de maneira correta ou mesmo apresentando seminários de forma adequada
eu nunca me sentia realizada ou boa o suficiente. Infelizmente essa cobrança excessiva me afetou de
uma maneira bem desgastante, no sentido de me sentir em “alerta” de maneira recorrente, criar
muitas expectativas e frustrar-se com a própria expectativa depositada em autojulgamento,
principalmente por essa questão de querer fazer tudo com “perfeição”.
"A questão de alcançar resultados veio a intensificar-se principalmente na faculdade, com a questão
da validação acadêmica e um bom índice de rendimento acadêmico, Obviamente seria normal essa
preocupação, porém não de uma forma exagerada, consequentemente do meu processo escolar."
Pode-se observar que fazendo a análise desse depoimento chega-se à conclusão que
não só os professores juntamente com a instituição de ensino demonstram pouca preocupação
diante do emotivo / Psicológico dos alunos, uma vez que se concentram bastante na gama por
bons resultados que devem vir de maneira constante. Isso pode acabar prejudicando não só o
psicológico dos discentes, mas a sua relação com os professores.
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relação professor-aluno, mas também de evitar essa possível banalização no contexto
emotivo,psicológico, nesse aspecto de ensino, aprendizagem.
Mudanças comportamentais dos educadores, como por exemplo, a questão do aluno
ter a percepção de pertencimento da sala de aula, do contato com o professor , assim como
com a comunidade escolar, na medida que o aluno compreender que ele tem esse espaço de
fala, de escuta e compreensão, isso completamente fica subentendido no pensamento dele o
quanto o questionamento que ele fizer será válido, o quanto ele contribui para o entendimento
não só dele, mas também de outros colegas.
Além disso, a questão de iniciativa do professor em reconhecer o que está
impossibilitando o progresso de determinado aluno, enquanto educador, o que está ao seu
alcance para o auxílio do aluno e não apenas ocultando e descartando a ideia desse impasse.
Adotar metodologias que sejam ausentes na rotina letiva do aluno, como por exemplo,
mecanismos que possuam o intuito de conduzir a aula de uma forma mais flexível,
estimulando discussões dos conteúdos de uma maneira mais didática, atividades cognitivas, a
fim de gerar uma participação mais espontânea, diferente das que são frequentes nas aulas,
onde acontece uma aula conteudista, a qual na maioria das vezes apenas o professor fala e os
Os discentes têm a “responsabilidade” de absorver todo o conteúdo. Dessa forma,
possivelmente acaba permitindo uma compreensão mais próxima acerca da inteligência
emocional, psicológica, para o convívio educacional.
A Questão do diálogo entre professor e aluno também propicia uma ideia de retorno,
por exemplo, ao propor o espaço ao diálogo seria válido o professor demonstrar
“curiosidade” para as demandas construtivas do aluno, dessa forma, o educador favorece essa
escuta,essa comunicação, permitindo que o mesmo conhecesse as necessidades e demandas
dos discentes e de como eles poderiam contribuir com a construção da aula, ademais, seria de
extrema importância também a receptividade para colocações individuais.
Estabelecer uma perspectiva de “igualdade” entre educador discente também é um
dos meios de auxílio na relação, uma vez que é importantíssimo desconstruir essa ideia de
que o professor possui todo o conhecimento, vale salientar que é uma aprendizagem mútua,
nessa visão, o professor passa a atuar como um “parceiro” do estudante no seu
desenvolvimento de ensino-aprendizagem, um mediador do conhecimento, propagando assim
não só essa orientação, mas dando oportunidade para esse ensino conjunto, para um contato
mais próximo, reforçando a aprendizagem e fortalecendo a ideia de como o educador não
necessita ser uma “figura central” que demonstra autoridade, mas um agente da
aprendizagem que está incluso nessa propagação do conhecimento da mais diversas formas."
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS